Capitulo 20 — estou de volta, amor.

Alison olhou em volta, o Central Park estava relativamente cheio, algumas famílias fazendo o piquenique, algumas pessoas passeando com seus cachorros ou apenas fazendo um exercício físico.

— sabe, há uma beleza nessa estupidez humana, semideusa.

— serio? E quem é? — Ela perguntou. Loki maneou a cabeça para uma loira, um pouco mais a frente deles, a loira se virou e franziu o cenho.

— Aly? — a morena franziu o cenho.

— Cass?

— aimeudeus! — as duas falaram juntas e se abraçaram.

— eu não acredito! Menina! Você tá gata — Cassie disse, sorrindo — e de namoradinho novo. Aliás, desde quando você namora? — Cassie perguntou.

— ai, Cass, você está gata também — ela fez um gestou e murmurou um “eu sei, sou diva, meu amor” e as duas riram — mas ele não é meu namorado, e tipo um guardião que me segue o tempo todo. — ela fez uma careta e olhou melhor para ele.

— até que ele é bonitinho, mas eu acho que já vi a cara dele...

— e já viu mesmo. Arquivos da S.H.I.E.L.D. ele é o Loki. — ela arregalou os olhos, e olhou para Aly.

— e é seu guardião. Tá mais para o contrário — as duas riram.

— então, Cass, como tá a vida?

— bom, eu era uma heroína registrada... mas agora que provaram que o registro matou mais entes queridos de super heróis que eram inocentes do que outra coisa... quase que perco minha mãe e meu padrasto, foi há uns três meses. Eu acho. Eles estão apagando tudo que menciona nosso nome verdadeiro ou algo parecido. Mas a gente se apresentava antes de falar, no caso do Tony, Carol e esses ai que são o topo.

Ela disse dando de ombros

— que bom que você está bem. — Aly disse.

— é. O cap. Tinha razão. — ela disse e abraçou a amiga, disse um “tchau, já tenho que ir” e correu na direção de um casal, a mulher tinha uma tipoia no braço esquerdo e o homem tinha as pernas quebradas, de modo que estava em uma cadeira de rodas.

Loki não falou mais nada, nem fez nenhum sinal de que queria conversar, eles apenas se sentaram na sombra de uma arvore e ficaram admirando a paisagem.

Depois de meia hora, o celular de Aly vibrou. Ela pegou e atendeu.

— oi, pai.

—  oi, abelhinha. Er. Eu queria saber se você poderia vir aqui na torre, hoje.

— hm, posso tentar, alguma ocasião especial?

— sim. Abelhinha. E vai ter doce, não se preocupe.

Ela riu.

— ok. Que horas?

— oito da noite está ótimo.

— ok. Eu passo ai.

Ela desligou e olhou para Loki, batendo nas coxas do ex-Deus e deitando a cabeça sobre elas.

— o que foi agora, criança?

— vamos ter que passar na torre as oito. Não sei a ocasião. Mas eu vou vestida normalmente.

— se acabarmos indo em uma festa de gala, use meu poder para nos tornar o casal mais lindo — Loki disse e os dois riram.

— casal... essa foi ótimo, meu deus — ela enxugou algumas lagrimas.

— não vamos ficar sentados aqui o dia todo, vamos?

— claro que não! — ela disse e levantou — da última vez que você veio a NY nem visitou os pontos turísticos da cidade!

— é, eu estava meio ocupado tentando destruí-los. — ele diz e Alison ri.

— por isso, hoje, iremos passear por NY. E agradeça a frente fria que vem para o natal, vamos ter neve e aqui fica lindo — ele fez uma careta — se acostume.

Ela disse e levantou, o puxou pelo braço e foram passear pela cidade.

**

Maria os observava de longe, ela jurava que talvez Loki e Alison estivessem namorando, e isso poderia até ajudar em suas deduções. Mas não estavam, e com Loki ela era risonha, brincalhona.

 O que aconteceu com essa menina...

— manhê. — Maya chamou.

— oi, meu amor.

— eu telo solvete.

— repete comigo: eu quero sorvete.

— eu queuro sorvelte.

— é, quase. Mas não vai ter por que você está gripadinha, nem sei por que raios eu te trouxe — ela disse e olhou em volta, reconheceu a ruiva sentada no banco. Foi até lá.

— Maria, que bom te ver.

— bom ver você também, Natalia.

As duas se entreolharam e Jaime começou a brincar com Maya.

— Matt está sendo um bom pai? — Maria perguntou.

— o melhor pai cego que tem sentidos apurados. — ela disse e deu uma risada baixa. — Jaime o adora, ele diz que Matthew é o herói dele.

— mas, Natalia, se o Matt não tem nada comparado ao seu metabolismo... o que te fez engravidar? — ela pareceu prender a respiração por alguns segundos.

— eu quis. — ela disse — então eu fui naquela missão que fiquei longe um tempo, que eu superei o Bruce e achei mais respostas para a minha origem.

— me conta logo a história e para de enrolar.

A ruiva revirou os olhos.

— mais tarde, Hill. Deixe-me apreciar a vista — ela disse enquanto olhava Jaime e Maya brincando em frente ao banco onde elas sentadas.

**

Tony estava trabalhando na oficina. Passando o tempo construindo uma nova armadura.

—  Sr. Stark, o capitão Rogers está aqui.

— diz para a aranhinha parar de graça.

— Sr... é realmente o capitão.

— Jarvis, o que há de errado com você?

Tony perguntou, perdendo a paciência com a IA. Então, ele voltou ao seu trabalho. Duas batidas na porta de vidro da oficina. Ele fez um gesto para a pessoa ir embora, e não olhou, após um tempo, a porta se abriu.

— que porra...

As únicas pessoas que tinham a senha era ele, Alison... e Steve.

— oi, Tony. — o bilionário sentiu o seu coração parar, os fragmentos, ele sentiu o ar em seus pulmões. Então, seu coração voltou a bater, rápido, o reator brilhava com intensidade. E ele se virou, tomando um choque.

Ambos se encararam. Não tinham palavras. Então, Tony andou para perto de Steve. E lhe desferiu um tapa na cara. Ele nem virou a cabeça.

— desculpe. Queria saber se você era real — Tony disse, rápido.

Steve deu um sorriso doce, colocou as mãos no ombro de Tony. Descendo pelos braços, até as mãos.

Tony sentiu um arrepio quando Steve fez Tony tocar a sua face, a barba dele estava bem curta, fazendo cosquinhas na mão de Tony. Ele sentiu as lagrimas antes de puxa-lo pela nuca para um beijo desesperado.

— ok, agora, me explica — ele pediu, depois de dar um longo selinho em Steve.

— não era para eu estar aqui, eu deveria estar na base, mas eu estou aqui, eu... eu preciso de você, Tony.

Steve disse enquanto acariciava o rosto de Tony.

— se isso for um sonho, eu mato a criatura que me acordar — Tony sussurrou.

— acredite, não é um sonho.

**

Loki olhava a cidade, era tão tedioso estar ali, ao menos tinha a companhia de sua protegida... que ele amava, mas não como ela amava Bucky.

Era impressionante aos olhos do deus, o fato dela amar um humano e não ele. Mas ele aprendeu a controlar qualquer resquício de ciúme com o tempo que passaram juntos, seja passeando pelos bosques de Asgard ou indo até a cozinha escondidos durante a noite porque por algum motivo perderam o jantar.

Ela falava muito, Loki não dava ouvidos, talvez ele estivesse viajando, indo para o mundo da lua. Se tivesse seus poderes, poderia muito bem se transformar em Bucky. e aparecer para ela. Ter um pouco do amor dela. Mas isso seria impiedoso até para ele. Mas ela estava com o colar, ela tinha a pedra, ela o controlava. Se ela quisesse que ele dançasse balé ele o faria... ou ela pensava isso.

— Loki, está me ouvindo. — ele revirou os olhos.

— estou.

— sobre o que eu estava falando?

— a estátua da criminalidade?

— liberdade, Loki. A estátua da liberdade.

Ela disse e revirou os olhos, já passava da hora do almoço.

— sanduiche... — Loki sussurrou. Alison acompanhou o olhar dele e viu uma barraquinha que vendia sanduiches.

— vamos.

**

Tony estava viajando, ele literalmente encarava Steve como se ele fosse sumir a qualquer segundo.

— você tá me assustando. — Steve disse.

— eu fumei alguma coisa? — Tony perguntou — você tá realmente aqui?

— estou. E não se preocupe, eu não vou sumir. — ele disse e deu um longo selinho em Tony.

— não sei não. E espero que não seja uma brincadeira da Alison com aquele deus fraco. — o moreno disse.

— claro que não é. Como acha que eu conheço seus sinais.

Tony franziu o cenho.

— anh?

— você levanta um pouco a cabeça quando está sentindo prazer — Steve disse. O stark perdeu as palavras, e o que fez foi encarar o loiro por quinze minutos. Steve viu a hora no celular.

20:02

— puta merda. — ele disse e se levantou com rapidez. Vestiu a cueca e começou a puxar a calça.

— não vai, por favor — Tony pediu.

Steve olhou para ele e lambeu os lábios, engatinhou até Tony e lhe acariciou o queixo.

— não se preocupe. Eu volto. — ele colou seus lábios e desceu os beijos pelo pescoço, deixando um chupão bem evidente ali. — para o caso de ainda achar que é um sonho. — ele disse e se levantou. Jogou a cueca de Tony para ele.

— Steve...

— se veste, a Alison tá vindo.

— ah, caralho. — ele disse e se levantou, Steve saiu do quarto, Tony saiu logo depois, puxando as pernas da calça moletom. — Rogers! Espera! — Steve virou e Tony o atacou, eles caíram no chão e Tony não se machucou já que Steve estava embaixo. — não posso deixar você ir sem dizer que... eu te amo, velhinho.

— eu também te amo, meu gênio, bilionário, playboy, filantropo.

Eles colaram os lábios, Steve passou levemente a língua nos lábios de Tony, e logo eles começaram um beijo um pouco mais rápido.

Plim.

— pela santa barba de Odin — Loki e Alison exclamaram juntos.

Tony levantou a cabeça rapidamente. Deixando um filete de saliva e a língua de Steve para fora. O loiro suspirou alto e bateu a sua cabeça no chão.

— Aly...