Loving can hurt
Loving can hurt sometimes
But it's the only thing that I know
When it gets hard
You know it can get hard sometimes
It is the only thing that makes us feel alive

We keep this love in a photograph
We made these memories for ourselves
Where our eyes are never closing
Our hearts were never broken
And time's forever frozen still

So you can keep me inside the pocket
Of your ripped jeans
Holding me close until our eyes meet
You won't ever be alone
Wait for me to come home

Loving can heal
Loving can mend your soul
And it's the only thing that I know
I swear it will get easier
Remember that with every piece of ya
And it's the only thing we take with us when we die

We keep this love in this photograph
We made these memories for ourselves
Where our eyes are never closing
Our hearts were never broken
Time's forever frozen still

So you can keep me inside the pocket
Of your ripped jeans
Holding me close until our eyes meet
You won't ever be alone
And if you hurt me that's okay baby
Only words bleed
Inside these pages you just hold me
And I won't ever let you go
Wait for me to come home
Wait for me to come home
Wait for me to come home
Wait for me to come home

So you could fit me
Inside the necklace you got
When you were sixteen
Next to your heartbeat where I should be
Keep it deep within your soul

And if you hurt me
Well, that's okay baby
Only words bleed
Inside these pages you just hold me
And I won't ever let you go

When I'm away
I will remember how you kissed me
Under the lamppost back on 6th street
Hearing you whisper through the phone
Wait for me to come home
( Photograph- Ed Sheeran )

— Mamãe ? por que é que você não está dormindo na sua cama mamãe ? — ouvi sua vozinha sonolenta enquanto sentia seu corpinho se acomodar junto ao meu no sofá.

— Tá gostoso aqui filha — enfatizei rodeando seu corpinho e beijando o topo de sua cabeça — não conseguiu dormir?

— É porque lá você vai sentir o cheirinho do papai não é? e vai sentir muita saudade né? — levei minha mão até seus cabelos afagando-os. Bea está prestes a completar 6 anos, não consigo acreditar em como esses anos passaram rápidos, ela está tão linda, tão parecida com o pai.

— Não importar o lugar amor — sussurrei mais para mim mesma do que para ela — você precisa dormir amor, para amanhã chegar mais rápido, esqueceu que o papai chega amanhã?

Bea assentiu e fechou os olhinhos com força. Não consegui segurar o riso com sua careta, aproveitei seu esforço e também tentei pegar no sono, mas suas mãozinhas vieram até meus ombros me chacoalhando.

— Mamãe você dormiu?

— Não Bea, mas a senhorita deveria tentar — continuei com os olhos fechados.

— Mamãe a gente não pode fazer um bolo? — abri meus olhos confusa e me sentei — o que foi? — perguntou estranhando minha reação — amanhã é aniversário da Sam e quando alguém faz aniversario a gente canta parabéns não é mamãe? — ela se levantou juntando as mãozinhas implorando — por favor mamãe ela é minha melhor amiga.

— Mas filha, Sam é apenas uma boneca — soltei me arrependendo logo quando vi seu rostinho se entristecer — meu amor você sabe que horas são? já está tarde filha.

— Mas mãe .. — seus braços rodearam meu pescoço e sua cabecinha se apoiou na curva do meu pescoço — por favor mamãe.

E eu acabei cedendo. Já era mais de meia noite e nós estávamos indo para a cozinha. Fizemos um bolo incrivelmente bonito, também pudera, a cozinha estava um horror. Farinha para todo lado, eu perderia longas horas limpando tudo aquilo. Bea parecia cravar uma briga interna com seus olhinhos que piscavam pesados de sono, acabei dando banho nela e colocando-a para dormir em seu quarto.
Fui para meu quarto e fiquei um bom tempo na banheira, eu estava exausta. Os dias que Oliver passava fora de casa eu mal conseguia dormir, principalmente na nossa cama. O cheiro dele ficava concentrado no travesseiro e a cama exageradamente enorme e fria. Acabei optando por voltar a dormir na sala. Cheguei a sala e la estava a minha princesa dormindo como um anjo agarrada a sua boneca. Tirei com cuidado Sam de seus braços e me deitei ao seu lado puxando-a para mim. Enterrei meu rosto em seus cabelos e acabei adormecendo.

OLIVER

Cheguei em casa bem cedo, estava extremamento cansado querendo a minha cama, mas assim que passei pela sala e vi Felicity e Bea dormindo no sofá não resisti. Me aproximei beijando a testa da minha mulher e a cabeleira loira da minha filha. Felicity abriu os olhos e resmungou alguma coisa mas voltou a dormir, ela parecia tão cansada quanto eu. Acabei deitando no tapete ali da sala ao lado do sofá que elas estavam e adormeci. Acordei com Bea pulando sobre mim

— Papai papai você chegou — disse beijando todo meu rosto — seu trabalho é muito longe sabia papai? — disse colocando as mãozinhas na cintura e fazendo bico — a gente fica com saudade, você não fica também?

— Claro que eu fico minha princesa — me levantei e peguei-a no colo — fala baixo se não você vai acordar a mamãe, vamos la pra cozinha fazer o café?

— Eba.

Cheguei a cozinha e tomei um susto, parecia que um tornado havia passado por ali. Olhei para Beatrice fingindo está muito bravo e vi ela levar as mãos a boca tentando conter uma gargalhada.

— Que aconteceu aqui? — indaguei.

— A mamãe fez o bolo de aniversário papai, mas ai ela ficou tão cansada que não limpou a bagunça — aniversário? será que eu tinha esquecido o aniversário de alguém?

— Que aniversario amor? — perguntei curioso.

— Papai você esqueceu? — me olhou horrorizada — hoje é o aniversario da Sam.

— Mas é claro — bati a mão na testa — hoje é aniversário da Sam, como eu sou esquecido, precisamos comemorar princesa.

— O bolo tá na geladeira, papai você sabia que a mamãe faz o bolo mais gostoso de todos os mundos? — disse com os olhinhos brilhando — precisamos chamar a Tia Sara, Thea, o Tio Roy e o tio Ray, o padrinho e a tia Lyla também — começou a tagarelar como a mãe — pai?

— Oi amor ?

— A gente pode colocar algumas bexigas? por favor papai.

— É claro que sim meu amor, agora vamos limpar essa bagunça aqui pra por a mesa do café? jaja a mamãe acorda morrendo de fome.

— Ah papai, limpar não é legal — disse fazendo uma carranca.

— Mas princesa, a mamãe não pode fazer tudo sozinha.

— Tudo bem — disse pegando um pano e começando a limpar as farinhas espalhadas pela mesa — sabe papai a mamãe tá dormindo todos os dias no sofá.

— Por que princesa? — indaguei, eu havia estranhado o fato de Felicity estar dormindo no sofá e iria perguntar a ela quando acordasse.

— Porque la na cama ela sente o seu cheirinho e fica com saudades — disse balançando os ombros.

— E o papai também estava morrendo de saudades da mamãe, sabia disso princesa?

— Só da mamãe? — disse arqueando a sobrancelha com as mãos na cintura.

— Huuum deixa eu pensar — coloquei as mãos na cintura e fiz cara de confuso — e de uma baixinha loirinha que é a coisa mais linda também.

Limpamos toda a bagunça e colocamos a mesa do café, havia panquecas e ovos mexidos como Felicity gostava, donults e bagels para Bea e um café forte para mim. Coloquei um pratinho para Bea e fui até a sala acordar Felicity. Ela já não estava mais no sofá, procurei ela pela casa até encontra-la no banheiro no nosso quarto.

— Amor ? — tentei abrir a porta mas estava trancada — tá tudo bem amor?

— Tá amor, só um instante — sentei na cama e esperei que ela abrisse.

Ela saiu do banheiro vestindo apenas um roupão, incrivelmente sexy, mas havia algo errado com ela. Me aproximei abraçando-a e pressionando meus lábios contra sua testa.

— Senti sua falta — ouvi ela murmurar e forcei ainda mais o abraço.

— Eu também meu amor — murmurei de volta — tem certeza que está tudo bem amor? — indaguei preocupado.

— Sim amor, foi só um enjoo. Onde está Beatrice? — Perguntou.

— Na cozinha nos esperando para tomar café.

Entrelacei nossas mãos e seguimos para cozinha. Bea estava sentada com Sam ao seu lado comendo danuts. Felicity ficou surpresa pela limpeza da cozinha e me agradeceu com um beijo calmo nos lábios. Eu nunca iria me enjoador do sabor do beijo dela, tinha um gosto de morango, calmo e satisfatório. Bea foi ligar para os tios convidando-os para a festa da sua boneca Sam, e eu aproveitei para matar um pouco a saudade da minha Felicity.
Depois do almoço decidi descansar um pouco, Bea tinha combinado que a festa seria as 15h e eu ainda estava um trapo por conta da viagem, ajudei encher algumas bexigas e cai na cama.

FELICITY

Oliver estava em nosso quarto enquanto Bea e eu terminávamos os últimos detalhes da festinha. Havia um banco extenso repleto de ursinhos de pelúcia e bonecas, todos convidados da Sam.
Eu estava perdida em pensamentos observando Bea com Sam em seu colo quando a chamei para o meu.

— Amor a mamãe precisa te perguntar algo — disse acomodando-a sobre meu colo — você gostaria de ter uma irmãzinha para brincar? ou irmãozinho é claro.

— Mas mamãe eu já brinco com a Sam — enfatizou arrumando os cabelos da boneca.

— Mas e se, e se amor .. se a mamãe te contar que tem um anjinho bem aqui na barriga da mamãe.

— Eu não vou acreditar porque o papai não disse nada — deu de ombros.

— Amor a mamãe não contou pro papai ainda — ela arregalou os olhos e me encarou.

— Mamãe você tá falando sério? — assenti atordoada com sua reação — mamãe eu amo você — disse me abraçando depois se levantou beijando a minha barriga — eba, precisamos contar pro papai logo.

— Calma amor — disse pegando-a novamente no colo — mas a mamãe vai precisar da sua ajuda. Você pode guardar esse segredo até depois da festa? — ela tombou a cabeça para o lado estudando meu rosto numa versão perfeita de mim mesma e assentiu.

Colocamos as umas coisas na mesa e fomos acordar Oliver, ele se comprometeu a dar banho nela enquanto eu mesma me arrumava. Depois ele foi se arrumar e eu fui receber os convidados. Sara e Ray foram os primeiros a chegarem com os gêmeos, Beatrice logo os levou até os balanços no quintal. Logo depois Thea chegou com o meu ex-estagiário e agora seu namorado, seguidos de John e Lyla com a pequena Molly. Fui para cozinha terminar de fazer os salgadinhos e Lyla Sara e Thea vieram atrás.

— Já contou a ele? — perguntou Sara.

— Ainda não, pretendo fazer ainda hoje. — Confessei receosa.

— E porque tem essa ruguinha de preocupação aqui na sua testa? — perguntou Thea tomando a bandeja da minha mão

— Está com medo de que ele não queira o bebê ? — indagou Lyla.

— Ou medo que ele surte? sugeriu Sara.

— Vocês vão dar um nó na minha cabeça — sentei frustada relaxando os ombros — Sim e não para todas as perguntas.

— Precisa ser mais especifica — queixou-se Thea — eu nunca pensei que meu irmão pudesse ser um bom pai, mas veja você mesma — apontou para Beatrice que estava sentada no balanço com o pai a empurrando — ele ama ser pai, vai dar tudo certo.

— Thea tem razão — concordou Sara — Oliver é um ótimo pai Fê, ele vai adorar a noticia.

— Mas e Bea? — perguntou Lyla — John e eu pensamos em ter mais um filho mas Molly é muito ciumenta, não sei se ela aceitaria.

— Já conversei com ela — dei de ombros — ela adorou.

— Então pronto Fê, vai dar tudo certo você vai ver — Disse Sara confiante.

— Mamãe a gente já pode cantar parabéns? — Bea entrou correndo como um furacão — eu quero comer o bolo.

— Tudo bem amor, vá chamar os gêmeos e Molly — ela assentiu e saiu correndo — e vocês me ajudem com essas bandejas.

Colocamos as badejas de docinhos sobre a mesa com o bolo e começamos a cantar parabéns, Oliver estava ao meu lado com os braços rodeando minha cintura. Enquanto Bea segura Sam completamente feliz. Sara e Ray seguravam os pequenos Tommy e Simon. Thea e Roy espetavam as bexigas como se fossem crianças enquanto John e Lyla seguravam Molly. Minha família estava toda ali, completa e totalmente feliz.

— Precisa apagar as velas princesa — Disse Oliver se aproximando para que ela não se queimasse — faça um pedido.

— Mas papai é a Sam que tem que fazer, não é meu aniversário — falou colocando as mãos na cintura brava.

— Tudo bem Sam faça um pedido — falei me aproximando achando a cena uma graça — pronto?

— Uhum — disse Bea balançando a cabeça e esfregando as mãos — mamãe sabe o que a Sam pediu?

— Não sei amor, você quer contar? — perguntei.

— Posso contar Sam? — ela cochichou para boneca arrancando gargalhadas e depois olhou para mim — ela quer que o anjinho da sua barriga nasça logo, ela disse que vai se chamar Angie.

Ninguém disse sequer uma palavra, eu olhava para minha filha estática. Eu podia sentir o olhar de Oliver sobre mim mas sequer consegui encara-lo.

— Epa — soltou vendo minha cara perplexa — Sam a mamãe falou que era pra guardar segredo — disse descendo do banquinho e vindo agarrar minhas pernas — pode deixar mamãe que eu vou por ela de castigo tá?

— Tudo bem amor, tudo bem. — Me abaixei e peguei-a no colo beijando sua testa — então você não quer abrir os presentes da Sam? Molly e os gêmeos podem te ajudar.

— Mas eu quero que você veja mamãe, você e o papai — disse olhando sobre meus ombros para o pai.

— Você pode nos mostrar depois tudo bem? — ouvi a voz de Oliver ao meu lado — o papai quer falar com a mamãe. Ela assentiu e desceu do meu colo. Oliver pegou em minha mão e estava me levando para o quarto, Thea passou por nos sorrindo me encorajando. De repente eu já sentia meu coração bater mais rápido, o que será que ele estava pensando? Entramos no quarto e ele fechou a porta a nossas costas.

— Por que não me disse? — perguntou se sentando na cama de frente — você acha que eu não o quero?

— Não é isso Oliver — falei andando de um lado para o outro — eu descobri tem pouco tempo, eu ia te contar mais tarde.

— Quanto tempo?

— Que diferença isso faz? — perguntei me aproximando — eu queria te contar do jeito que eu não pude na primeira vez — confessei com pesar — não é sobre você — falei sentando em seu colo e colocando sua mão sobre a minha barriga — é sobre ter uma gravides diferente, sobre sonhar com você qual vai ser o sexo, apesar de acreditar que seja outra menina, sobre imaginar os olhinhos, fazer planos, comprar as roupinhas, eu quero te dar tudo o que você perdeu na outra gravides amor.

— Eu amo você — falou rodeado meu corpo — eu amo a nossa vida, eu amo a nossa filha, e eu já amo esse bebê aqui dentro.

— Eu sei amor, eu também amo você, demais — falei beijando seu rosto — me desculpe não ter dito antes.

— Tudo bem amor — beijou meus lábios — mas agora vai ser um menino — revirei os olhos e tentei me levantar mas ele voltou a me puxar — onde você pensa que vai?

— Amor, tá todo mundo la fora.

— Tudo bem, mas depois nos vamos rever certinho como aconteceu — sorriu malicioso.

— Com esses hormônios? pode apostar que sim. — Sorri beijando-o lentamente.

Saímos do quarto e fomos lá pro quintal, Bea reunia todo mundo em volta da mesa do bolo segurando um porta-retrato cor de rosa em suas mãos.

— Vem mamãe, veeem papai — ela correu até nos e segurou nossas mãos — o padrinho meu deu o porta-retrato e eu quero dar pra Angie quando ela nascer uma foto de todos nós — tagarelou amontoando todo mundo — mas quem vai tirar a foto? — parou cruzando os braços e fazendo bico.

— Aqui amor — peguei a câmera de suas mãos — só programar que ele tira sozinho, corre la pro colinho do papai que eu vou soltar em — ela sorriu e saiu correndo se jogando nos braços do pai. Programei a câmera e sai correndo parando ao lado de todos eles, minhas mãos e as de Oliver se unirão em minha barriga e gritamos xx até sermos atingidos pelo flash.

Aquela não era apenas uma fotografia, era a recordação da minha família.