A Seleção da Herdeira escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 5
Eu não queria isso | A Seleção


Notas iniciais do capítulo

Gente... nem sei o que dizer. EU AMO VOCÊS! Só isso, obrigada, obrigada. Não sabem o quão importantes são para mim. Todos que comentaram no capítulo anterior, muito obrigada mesmo, vocês fizeram, com absoluta certeza, o dia de uma pessoa muito mais feliz, mesmo com tantas coisas negativas acontecendo ao meu redor, e eu não poderia ser mais grata!
Passei 79 minutos do prometido, mil perdões! De verdade mesmo! *escondendo o rosto com as mãos* E a Lê (obrigaaaaaaaaaaddddddaaaaaaaaammmmmmm) a pessoa muito legal e paciente que beta a história, me mandou a mais de cinco horas o capítulo, mas eu estava cuidando da minha mãe, aí não deu, e depois fiquei assistindo o Buddy, aí emendei no segundo programa mais bosta da TV depois de BBB, que é A Fazenda, então pensei "vou fazer algo realmente importante", então abri o NYAH e cá estou eu *chuva inesperada de glitter*
Gente, mesmo sendo um poema que abre o capítulo, se puderem escutar XO, na versão do ilustre John Mayer eu ficaria MUITO feliz. Essa música vai voltar a aparecer aqui, mas... deem uma escutada enquanto leem, porque acho que o ritmo se encaixa super bem aqui :) BEIJOOOOOOOOOSSSSSSSSSSS E ESPERO QUE GOOOOOSSSSTTTEEEEMMMMMMM!! Mais curto, super Peeta e Delly, mas... esse conto de fadas está chegando ao fim. Um trecho do próximo anexado ao final do capítulo, que já está betado B) *mais uma chuva de glitter, então eu desapareço*



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Porque se olhares em mim verás...
Não sou tão má quanto pensas;
apenas não sou tão corajosa como imaginas...
Pareço forte, mas no fundo sou fraca
Fera, porém sou bela
As vezes chata, mas no meu íntimo há sentimentos diversos
Pareço metida, porém se olhares em meu semblante com seu coração verás apenas humildade
Calma, sempre...
Posso até parecer solitária ...
é que realmente tenho poucos amigos...
a diferença é que os poucos que tenho
não valem metade de um seu...
Pense nisso
depois me julgue
Lembre-se que se me julga pela aparência...
sou apenas o reflexo de sua ignorância
– Desconhecido

A semana passou voando, totalmente o oposto do que eu imaginava.

Deitado em minha cama, olhando para o teto com apenas tijolos e uma leve camada de cimento, embora bem resistente, comecei a pensar em Delly, e seus gemidos preencheram o quarto temporariamente vazio, ocupado apenas por mim e meus pensamentos.

Lembrei-me de quando começamos a namorar... antes vieram os olhares, conversa sobre tudo, e a lamentação de um de nós precisarmos ir embora.

– Flashback de 3 anos atrás -

No meu aniversário de 15 anos, eu estava no meu quarto, enquanto Amélia, Amanda e Stacy comiam o bolo que nossa mãe fez para nós dois. Era um bolo muito bonito, de dois andares, de chocolate, com cobertura de chocolate, mas eu não estava com fome, pois os olhares de Delly e suas insinuações, que apenas eu notava, deixaram minha mente enevoada.

Ela foi com um vestido um pouco mais decotado que o normal, assim como um pouco mais curto, todo florido, e de vez em quando, ao perceber que eu a olhava, arrumava a postura, deixando o decote mais aberto, me fazendo notar também que ela cruzava mais as pernas, mas, de certo modo, não era vulgar. Eu quem pensava besteiras mesmo.

— Eu vi. — Levei um susto, quase caindo pra fora de casa, por eu estar na janela. Sua risada me fez sorrir.

— Viu o que? — fiz-Me de desentendido e ela cruzou os braços, depois de fechar a porta, inspecionando o corredor.

— A forma que olhou para meus peitos, Peeta. — disse meu nome de forma diferente... da mesma forma como minha mãe chama meu pai às vezes, então Ben precisa dormir na minha cama, e nós dormirmos mais cedo. — Quando ficamos vermelhos, — Aproximou-se um pouco. — é o mesmo que dizer sim. — Minhas bochechas pegavam fogo com seu comentário, e por ter notado que eu notava, corei ainda mais.

— M-m-m-m-me d-d-d-desculpe... — gaguejei, sem saber o que dizer. “Você tem um belo par de seios, realmente”.

— Esse é o meu presente... — disse dando de ombros, estendendo-me com um grande sorriso um envelope. — Eu adoraria que você fosse. — peguei meio sem jeito, passando uma mão no cabelo, nervoso e sem graça.

— Muito obrigado... — eu disse baixo, e abri o envelope.

Summer, rua Sunshine, 738. Meia-noite, embaixo da árvore.

Levantei os olhos, confuso. — Mas esse é o seu endere... — Ela não estava mais lá. Sai do quarto, dando de cara com meu pai, que riu, mesmo tendo levado um susto.

— Calma, rapaz! — disse sorrindo. — Sua mãe deixou bolo para você, não se preocupe.

— Ok. Pai, aonde está a Delly? — Olhou-me maliciosamente.

— Acabou de ir... o que foi?

— Nada pelo que deve se preocupar. — Ele assentiu suavemente, deu dois tapinhas em meu ombro, e entrou em seu quarto.

Apenas se eu for preso por sair depois do toque de recolher, pensei, voltando para meu quarto, desejando que a hora voe.

Eu não dormi naquela noite, apenas fingi. Depois que todos meus irmãos dormiam, e eu tinha absoluta certeza disso, sai pela janela, para evitar suspeitas, e fui em direção ao endereço.

Delly estava sentada próxima a alguns arbustos, especificadamente abaixo uma árvore bem alta, cheia de galhos grossos, onde tinha um pneu amarrado como balanço, para no caso de ser um guarda, acredito eu, se aproximar, ela poder se esconder.

— Pensei que não viria — disse em um sussurro e eu sorri, um pouco ofegante. — Vem, tenho que te mostrar um lugar. — Não respondi, apenas a segui, que foi para a lateral de sua casa, em um canto escuro, e tirou alguns galhos dali, revelando uma escada improvisada. — Não se preocupe, é seguro. — E subiu na minha frente.

Ao chegar lá em cima, reparei em todo o ambiente. Pouco iluminado, com cheiro de livros antigos, e com um tapete bem felpudo no canto, para duas pessoas se deitarem

— Então, pode começar a me dizer a razão de olhar para as minhas pernas? — perguntou em um tom normal, sem medo de ser ouvida, e tinha uma expressão divertida. — Você não é mudo, Peeta.

— Desculpe... nunca fiz esse tipo de coisa antes. — Ela sorriu com minha resposta. — não tem medo de ser pega? Tipo, estamos violando as leis... — Estava nervoso, apreensivo, perguntando-me um milhão de vezes a razão de estar ali. Por que eu vim?

Ela se aproximou de mim, corajosa. Como sempre. — Peeta, aqui podemos conversar com mais privacidade, e não tem ninguém nos olhando. Apenas a lua, e tem vezes que nem ela fará isso. — Arrumou a gola da minha blusa com cuidado, exalando carinho. Tá, o perfume dela era algo de frutas, acho que laranja, não sei. É extremamente viciante, e para mim, cheiro de frutas é sinônimo de carinho. — O que há entre nós? — Não disse nada. O que eu deveria responder? Dizer “nada” era muito vago, e uma grande mentira. Há sim uma coisa entre nós.

— Posso sentar? — perguntei.

— Claro! Desculpe-me... Às vezes, esqueço a distância entre os distritos. — Sorri de verdade pela primeira vez desde que cheguei. Acomodamo-nos no tapete – Minha mãe fez brigadeiro mais cedo, para levar para sua casa, mas me esqueci, então, nada mais justo. Mais um presente. — Sorri novamente. Claro, né? Quem não sorri com comida?

Enquanto comíamos, trocávamos olhares, e ela sorria quando percebia que não era a única

— Vai ficar me deixando no vácuo mesmo? — Coloquei a colher de volta no prato, ainda com muito doce, e contive um suspiro. Eu não sabia o que falar. Nunca soube. Se tem uma coisa da qual sou péssimo, é com as palavras.

Olhei para ela, e ela olhou para mim. Estávamos um de frente para o outro, e uma coisa meio que me empurrou, e eu encostei nossos lábios. Uma mão minha segurou seu rosto com muito cuidado, quase não encostando, e ficamos ali. Apenas sentindo essa emoção. Naquela época, eu não sabia, mas aquele também tinha sido o primeiro beijo de Delly, assim como foi o meu.

Meus lábios se abriram um pouco, e depois se fecharam. Eu não fazia ideia de como os jovens e adultos, principalmente meus pais, faziam aquilo todos os dias. Nos separamos lentamente, com as respirações lentas, mesmo que tenhamos prendido o ar por alguns instantes, e eu consegui dizer: — Me desculpe, mas não consigo achar palavras para dizer quando te vejo. — Abri meus olhos, vendo que ela ainda estava de olhos fechados, mas os abriu. — Não sei se podemos, mas eu quero saber... — Segurei a respiração. — Se você quer ficar comigo. — Ela sorriu tão magicamente, que eu tenho certeza que uma pessoa podia ser curada com esse sorriso.

— Te sugiro outra proposta... — disse sorrindo torto, tombando a cabeça para o lado direito, onde minha mão repousava em seu rosto, com meu polegar fazendo suaves movimentos circulares. — Aceita namorar comigo? Mas tem que ser escondido, pelo menos até nós dois completarmos 18. — Parei para analisar sua sugestão, e sem responder, a beijei novamente, na verdade, encostei nossos lábios de novo.

— Vou contar ansiosamente para os nossos 18 anos. — E ela sorriu ainda mais, colocando os braços ao redor do meu pescoço. — Mas e o fato de eu ser um Sete? São quatro Distritos inferiores ao seu.

— Vamos ignorar os números por enquanto — disse abraçada a mim. — Como fazíamos quando menores. — A única coisa que consegui fazer foi abraçá-la de volta, bem apertado.

– Flashback off –

Nós sempre fomos amigos, desde pequeno. Conversávamos sobre tudo, às vezes sobre nada, e nem nos importávamos sobre. Até os 13 anos, nem notávamos o corpo um do outro, desejávamos conversar sobre outras coisas, mas em meados dos 13 anos dela, sei lá... uma coisa começou a acontecer. Nossas trocas de olhares mudaram, os abraços começaram a ser mais longos...

PÃOZINHO! — Amanda deu um berro no meu ouvido, tão alto, mais tão alto, que eu dei um berro também, caindo da cama. — Só assim pra me escutar, né? — Estava bufando, de braços cruzados.

— Cara... — eu disse gesticulando ao me levantar. — Pelo amor de Deus! — Bati palmas três vezes. — Vamos ser mais carinhosa e menos escandalosa! — Negou, balançando a cabeça, fazendo seus cabelos se moverem. – Mandy!

— Estou te chamando para assistir o Jornal Oficial a mais de 10 minutos, e nada de me aparecer, então resolvi vir aqui. Vamos? — Estendeu a mão, e eu aceitei de bom grado. — Acha que vai ser selecionado? Vão anunciar hoje! — Ela radiava energia e positividade.

— Menos, Nana. Bem menos. São milhares de garotos, muito mais capacitados do que eu.

— Não! — repreendeu-me. — Nada disso! Você é muito bom! — Olhou para mim, nos parando no meio do corredor. — Você precisa parar de se diminuir, Peeta. Não é porque somos sua família que estejamos mentindo. Você. É. Incrível. E tem todos os quesitos para ser Um. — Ela me olhava com carinho, intensidade e sinceridade.

— Obrigado, Mandy. — Sorriu torto, gentil como sempre, mas ainda tinha preocupação na forma que agia.

— Acredita em mim? — Assenti. — Então acredite quando eu digo que você é demais.

— Eu sou demais. — Sorriu abertamente, e voltamos nosso caminho para a sala, onde todos estavam espalhados e bem acomodados.

— Empadão! —Stuart disse saindo da cozinha. — Mel fez brigadeiro. Pega lá. — Eu fui? Óbvio que não. Puxei a colher de sua mão, e fui para meu lugar, ao lado da Stacy. — Ei!

— Vai pegar você. Já mandei não me chamar de Empadão — eu disse e Sauro riu.

— Tú vai ver só... — disse fazendo um sinal repetido, para que eu aguardasse. — Ah, Peeta... você que me aguarde!

–Tá vendo, né, pai? Ai ele me ameaçando! — Cutuquei a canela do meu pai, que estava deitado no sofá, de barriga para cima, ao lado da minha mãe, e ambos liam o mesmo livro. Ai inveja... eles se amam tanto...

— Stuart, se você fizer alguma coisa para o seu irmão, pode esquecer seu presente de natal. — Lancei meu melhor olhar vencedor para ele, tirando a colher cheia de brigadeiro lentamente da minha boca, com uma de “se. Fer.rou. otário”, enquanto ele me olhava com raiva, por eu ter pego seu brigadeiro, e por correr o risco de não ganhar uma bola de futebol. — E Peeta, se não tirar essa expressão da cara agora, pode desistir de uma nova paleta de lápis de cor. — A colher na mesma hora caiu da minha boca, e eu olhei para meu pai, que estava lendo ainda, sem mover os olhos na minha direção.

— Caô... na moral, pai! Deixa eu sacanear com a cara dele também! — Stacy ria de quase chorar com a cena.

— Não.

— Sério?

— Muito sério.

— Sacanagem...

— Problema é de vocês. — Cruzei os braços, com raiva, por nem poder rir da cara do meu irmão mais novo, e me virei para a frente. — Stuart, pega brigadeiro para a gente. Por favor. — Olhei para meu irmão, que apenas fez um “uhum”, depois de apontar para mim, e gargalhar silenciosamente, fazendo um sinal de se “ferrou” com as mãos, me deixando indignado.

— Pode parar de rir aí, Sauro. — Stacy na mesma hora parou de rir, e me olhou super séria.

— Por que você não supera isso, cara? Na moral!

— Porque você fala enquanto dorme, e fica falando “saurooooo... saurooooo...” — Fechei um pouco os olhos, balançando as mãos, e nossos pais abafaram a risada. — É um apelido legal. Melhor que pãozinho, mas eu nem reclamo.

— Pãozinho é um apelido bem legal! — Amanda se meteu na conversa, sentando-se ao meu lado com três colheres carregadas de brigadeiro, dando uma para mim e outra para Stacy, enquanto Stuart dava duas para nossos pais, que agradeceram, continuando focados na leitura. — E Sauro também.

— Stacysaulo! — Ben disse no colo de Amélia, com a boca e queixo todo sujo de chocolate, assim como sua blusinha. — Dinosaulooooo! — Todos caímos na risada, quando Amélia colocou ele no chão, e ele apontou para Stacy. Não, ela não se parece com um dinossauro, e sim como uma boneca, de tão perfeita que é, mas ela fala enquanto dorme.

Eu e Amanda gostamos de gastar os outros, ai há uns cinco anos, ela começou com isso, de falar dormindo. “Do que você gosta,Stacy?” perguntei cutucando-a, sabendo que dormia “Diz pra gente, Stacy...” pediu Amanda “Sauroooooooo... saurooooo...” nós dois quase fizemos xixi nas calças de tanto rir, e ela ainda mexeu as mãos, balançando-as. Não deu... Impossível não gastar.

— Stacy é o meu saulinho favolito! —Ben trocou as letras pela pouca idade, o que o torna ainda mais fofo e gentil. – Stacysaulo!

— Ai, te chamou de dinossauro, denominou você se Stacysauro, e nós que gastamos? — perguntei em um sussurro para ela, que revirou os olhos, mas um sorriso encantador jazia em seu rosto. — Ai, gente. Vai começar. — Coloquei a cabeça no colo da Stacy, e ela começou a fazer carinho no meu cabelo.

Dei um último olhar para Amélia, que sorriu para mim, com a boca suja de brigadeiro.

— Relaxa. — Não saiu som, apenas moveu os lábios, e eu sabia que era apenas para mim que ela dizia isso.

Então, o programa teve início.

O rei e a rainha foram extremamente breves, e nenhum dos dois podia conter seu sorriso, mas disfarçavam ao máximo, diferente de Prim, que saltitava no seu trono, e Katniss precisou arrumar sua tiara umas cinco vezes em um período de 10 minutos, fazendo todos nós rirmos.

— Ela parece ser uma de nós — Amanda comentou, depois de encher a colher com brigadeiro mais uma vez.

— E ela é — nossa mãe disse, de barriga para baixo no sofá, olhando para a TV, com meu pai ao seu lado, abraçado a ela, e com a cabeça apoiada em suas costas, como dois adolescentes, e nenhum de nós nos importávamos se estávamos na sala e eles demonstravam tanto afeto. Se você está apaixonado, mostre. Se está magoado, mostre. Não guarde nada para si, exceto algumas palavras, que é melhor ficarem guardadas em nosso coração, e partilhadas com apenas uma pessoa. — Apenas com muito mais dinheiro.

— E já é chegada a hora, minha cara Panem! — Caesar disse, pegando um envelope com alguém dos bastidores, e a princesa parecia nervosa, enquanto sua irmã, Prim, batia palmas. — Pela sua animação, princesa, creio que já sabem quem são os escolhidos, não? — A loira sorriu, olhando para os pais, que assentiram.

— Sim, eu tive a honra de ver cada ficha depois que a Kat pegou do pote as cartas. Ela não viu, apenas eu e meus pais, e posso dizer que ela é uma boba por isso. Realmente, tio, os caras são in.crí.ve.is — disse pausadamente, e todos rimos, como sempre. Ela é muito espontânea, e é uma pena que não apareça em todos os programas do Caesar, pois sofre de alguns problemas de saúde, dos quais nunca foram revelados.

— Eu e todo o país acreditamos na Senhorita, com certeza. — Ela sorriu confiante, e Katniss mexia as mãos, passando-as pelo vestido azul, destacando sua tiara cheia de brilhantes.

Quando ele abriu o envelope, uma parte da televisão foi preenchida pelo rosto da princesa, que mordia o lábio inferior, escutando algumas coisas de seu pai. Ela assentia, olhando para Caesar, e quando o Rei terminou de falar, ela sorriu. — De San Francisco, Distrito Dois, Cato Mason! — E a foto de um rapaz loiro, com os olhos azuis claros, pele clara e um olhar confiante, com um sorriso de lado, apareceu na tela.

— Ele não me é estranho... — falei fechando um pouco os olhos, para identificar este ser.

— Ele é modelo, aquele que eu fico falando o quanto é bonito sem camisa — Amélia disse e eu assenti, mas depois bufei. — A irmã dele também é se não me engano...

— Julie Mason — eu e Amanda dissemos juntos, trocando um olhar cúmplice. — Ela é a garota que eu disse que usou um vestido que eu queria — Mandy comentou.

— O de flores? — perguntei e ela assentiu. — Ela é muito bonita.

— E ele também — minha mãe disse provocativamente.

— Ai, pai. Vai deixar? —Stuart perguntou em um tom risonho.

— EU sou MUITO melhor que ele, e muito mais bonito sem camisa. — Nosso pai disse piscando, e todos rimos, inclusive nossa mãe, que se virou, sussurrando alguma coisa, e o sorriso dele aumentou. Quero nem saber o que ela disse! — Ben, o que acha de dormir com o Peeta hoje? — meu pai perguntou, e o caçula sorriu, com seus dentinhos separados. Cara, que nojo... eu não queria saber o que eles vão fazer! Agora já posso imaginar o que ela disse pra ele. Eu não queria imaginar...

— Eu amo dolmi com o Peeta! — Jogou os bracinhos para o alto, e eu sorri, chamando-o para se sentar perto de mim, e assim ele o fez.

— De Minessota, Distrito Dois, Marvel Jacobsen! — A princesa comentou algo com a rainha, que assentiu com um sorriso. Na foto, dava para notar seus cabelos cor de mel, um sorriso meigo, e um brilho nos olhos castanhos claros. Não era um candidato fraco. — De Carolina, Distrito três, Gloss Smith! — Alto, loiro, e de olhos verdes. Não é lá grandes coisas, mas parece ser confiante e saber o que quer.

Várias pessoas foram aparecendo, vários caras. Os que mais se destacaram, depois do Cato, Marvel e Gloss, foram o Finnick Odair, Distrito Quatro, e Gale Hawthorne, distrito cinco.

Finnick tem a pele bronzeada, olhos verdes claros, cabelos dourados, e um sorriso galanteador, olhando com uma sobrancelha arqueada para a câmera. A princesa corou ao ver sua foto, e comentou algo com a mãe, que sorriu, depois de lançar um olhar malicioso para ela, fazendo-a corar ainda mais.

Gale tem a pele de oliva, ou seja, pardo, assim como Katniss, olhos cinzas tempestuosos, cabelos desalinhados, dando um ar leve e divertido, em um tom chocolate. Seu sorriso era de uma pessoa que é impossível não gostar, e parecia ser bem simpático.

— E agora, o último selecionado! — Caesar disse, e meu coração bateu mais forte. Eu não... eu não.. eu não... por favor... eu não... — De White, — Fechei os olhos, cobrindo o rosto com as mãos. — Distrito... distrito... — Olhou mais uma vez o papel, como se não cresse no que visse. — Sete, Peeta Mellark! — *pensamentos censurados*.

E lá estava minha foto! Eu, com o cabelo atrapalhado, meus olhos brilhando, azuis como o mar, as bochechas coradas pelo sol, minhas covinhas que dificilmente aparecem, algumas sardas no nariz, e um sorriso de dar inveja no sol, de tão radiante, puro e sincero. Qualquer um que visse essa foto, dada as atuais circunstâncias, juraria que eu estava apaixonado pela princesa.

— AI MEU DEUS! PEETA! VOCÊ CONSEGUIU! — Amanda berrou, dando um pulo. —AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! — Meus irmãos ficaram de pé, comemorando, assim como minha mãe, mas ela optou por ficar no sofá, sentada, com seu mais lindo sorriso. Olhei para meu pai, boquiaberto, e o mesmo olhava para a TV, vendo minha foto. Quando notou que eu o observava, subiu o livro para cobrir seus olhos, mas eu sabia que ele sorria, embora não tenha visto. Eu podia sentir. Traidor.

— E então, vossa Majestade, algum conselho para os rapazes? — Caesar dirigiu a palavra ao rei, que assentiu.

— Não muitos, apenas um: não tentem ser o que não são.

— Excelente conselho, Majestade — Caesar reconheceu. — E a senhora, Majestade? — perguntou para a rainha, que tinha participado da Seleção muitos anos atrás.

— Sejam vocês mesmos, aproveitem bastante esta última noite, para passarem com seus familiares, pois não importa o rumo que isso tome, a vida de nenhum de vocês será a mesma. Um de vocês será rei de Panem, e apenas Katniss estará acima de vocês. — Caesar sorriu gentilmente.

— Belas palavras, minha Rainha. — Ela sorriu gentilmente. — E a senhora, princesa? O que tem a dizer para esses 36 rapazes?

— Eu estou tão nervosa quanto vocês. Não sintam medo, pois eu também estou. É muito estanho para vocês? Também está sendo para mim, senhores. — Sorriu torto. — Mantenho os conselhos dos meus pais, e somo ao meu. Ninguém, para mim, é melhor do que ninguém, então não pensem que os de Distritos superiores possuem mais vantagens. Todos vocês estão na estaca zero comigo, e quando estiverem na minha presença, não me tratem como sua soberana, e sim como uma amiga. Sejam vocês mesmos, porque eu serei eu mesma. Isso é tudo. — Ela foi aplaudida, e meus irmãos estavam com um sorriso no rosto.

— Ela parece ser uma verdadeira dama — Amélia disse.

— Mas quem vai poder nos contar isso, será o Peeta Mellark! — Stacy disse, batendo palmas. Eu não podia acreditar... — Ai, meu Deus! Meu irmão vai ir para o palácio! — Deu um gritinho histérico. Não vi o Jornal Oficial ser encerrado, porque corri para meu quarto, e me tranquei lá, começando a chorar de soluçar. Eu não queria ser selecionado!

Ouvi alguns fogos de artifício, e diversos gritos de comemoração no Distrito pela minha “vitória”, mas eu não queria nada daquilo.

E nunca vou querer.


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Notas finais do capítulo

Então, pessoal? O que acharam? :) *olhos brilhando por animação, mesmo que o capítulo tenha sido totalmente contra Peetniss*
"— Não! Compreenda você! — me aproximei dela. — Eu não quero ir! Eu não quero! Eu quero você! Eu amo você! — e a puxei pela cintura, colidindo seu corpo contra o meu, e segurei seu rosto, beijando-a com delicadeza e urgência. Sinto que poderia beijar esses lábios o dia todo, sentir sua língua com a minha o dia todo, e nunca me cansar, nem enjoar.
Ela suspirou na minha boca, e colocou os braços ao redor do meu pescoço, aprofundando o beijo, e a minha mão que estava sem seu rosto, desceu para sua cintura, aproximando ainda mais nossos corpos, quando o ar preciso ser reposto, nos separamos lentamente, ofegantes, necessitando de ar, mas queríamos aproveitar o momento.
— Eu preciso de você... — sussurrei, abraçando ela. — Não quero ir para A Seleção. — ela se separou um pouco, tocando meu rosto, com suas mãos finas e pequenas. "
Vai ser sad pro Peeta, e a música não poderia ser nada mais nem nada menos que... It Will Rain, Bruno Mars. Estou SUPER ansiosa para postar o capítulo 7, onde eu nem sei o que vocês vão querer fazer comigo! Mas... estou confiante *colocando óculos escuros e um sorriso estilo Finnick* Culpa de vocês aí, com esses coments lindos! Beijos, pessoal, valeu mesmo, e até o próximo, do qual não demorarei nada para postar ;) PROMETO!
PS.: A música XO é a que vai tocar no capítulo 5, então, já digo: Capítulo 5 será deprimente. Muito deprimente.