A Seleção da Herdeira escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 36
Péssima mentirosa | A Elite (bônus)


Notas iniciais do capítulo

Eu gostaria de agradecer imensamente a Deus e a todos vocês, que me apoiam, que me acompanham, mesmo sem me conhecer, obrigada. Isso é muito importante para mim, pois é algo que pessoas ao meu lado não me oferecem, por pensar que está tudo de boas, quando nem tá. Fico falando e rindo sozinha com o Snapchat porque a verdade é que eu não tenho com quem ser eu, e aqui eu posso expressar as coisas que sinto através de outros personagens.
Espero que gostem, e que seja especial. Um milhão de gratidão, paz, e amor.
OBS: Tem MUUUUITOS GIFS! Se possível, vejam todos, foram selecionados com muito amor ♥ ♥ Ah, e galera, para mim, na minha cabeça, a Katniss aqui é melhor descrita pela Selena Gomez ou a Demi mesmo, não vejo ela muito como a Jennifer Lawrence, pelo menos não nas minhas fics, estou aberta a várias sugestões de gifs, quem quiser me mandar um que acha que combina, só jogar no comentário ou por MP, QUE EU AMOOOOO!
OBS2.: A música Theres nothing holding me back do Shawn aparece quando eles começam a conversar sem brigar! Podem escutar, porque representa demais o momento. O Peeta realmente é a garota descrita na música!
OBS3.: desculpas desde já poor algum erro. Eu acabei de ter uma crise enquanto editava, passei meio mal, mas logo será corrigido.



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Ooh, você está levando um pedaço da minha mente (da minha mente)

Oh ooh, toda vez que eu vejo você passar

 

Oh, estou tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando

Oh, tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando

Não pensar em você

Não, não, não, não

Não pensar em você

Não, não, não, não

 

Oh, estou tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando

Oh, tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando, estou tentando

Não ceder a você

Não, não, não, não

Não ceder a você

 

Oh, com os meus sentimentos em chamas

Acho que sou uma má mentirosa

 

Eu vejo como sua atenção cresce

É como olhar em um espelho

O seu toque é como uma pílula feliz

Mas ainda assim, tudo o que fazemos é ter medo, ah ah

 

O que poderia acontecer a seguir?

Podemos nos concentrar no amor?

Pinte meu beijo em seu peito

Sinta a arte, eu serei o pincel

 

Ooh, você está levando um pedaço da minha mente (da minha mente)

Oh ooh, toda vez que eu vejo você passar

— Bad Liar, Selena Gomez.

 

— Mãe, eu não tive culpa, ele me pediu, e eu só dei o livro por uma semana, não tive cul — fui interrompida por um estalo certeiro bem na minha cara quando minha mãe me trancou no meu próprio quarto.

Quem pode ler os livros vermelhos? — perguntou, feroz, segurando meu maxilar, me fazendo ter as marcas de suas unhas também em meu rosto.

— Ninguém — respondi, já chorando. Ela me machuca de todas as formas possíveis de machucar uma pessoa.

— Então o que o livro fazia lá?! — ela berrou, com todo seu fôlego. Meu coração já estava descompassado, e o nervoso me consumia de uma forma que eu não posso, não consigo, me mexer.

Me acelerei de tal forma, que tudo o que eu vi foi ela pegando uma escova de cabelo de ferro, e acertando-me em cheio no braço. Depois de novo. E de novo. Então nas minhas costas. E de novo. E de novo.

Corri, mas ela me segurou pelo cabelo. De novo. E de novo.

Um soco. Dois socos. Um tapa.

Caio no chão, quase inconsciente. São duas mães. Em uma só. Balançam, oscilam, são cinco.

Um chute. Um berro.

Lágrimas. Choro alto. Cala a boca, doente, mais um grito. Outro chute. Outro soco. Outro tapa. Outro palavrão. Muitos palavrões. Silêncio, sua imunda, não vejo mais nada, apago.

<>

A dor de cabeça é insuportável, como o previsto, e eu quase vomitei, porém não consegui.

— Céus… — murmurei, com tanta dor, que não posso medir em quaisquer palavras. — Céus…

Dessa vez, é um pedido mesmo, para que Deus venha me pegar em Seus braços e me fazer respirar em paz, pois a cada inspiração meus pulmões latem de dor, tal como meu corpo paralisado.

— Tem alguém ai? — perguntei, ainda com meus olhos - inchados por causa do choro, com certeza -, fechados. — Tem alguém aqui?

Não ouvi resposta.

Chorei mais.

Depois do que pareceu uma eternidade de dor e sofrimento, consegui me levar, aos gemidos internos, sem surpresa com os calombos roxos que minha mãe deixara por todo meu corpo, sem a menor pena, assim como suas unhas próximo ao meu ombro.

— De novo não… — murmurei, sem medo de chorar de novo. Essas marcas são as provas de que qualquer pessoa é uma psicopata em potencial. Minha mãe é uma delas. — Não… não…

Murmurei seguidas vezes, passando minhas mãos por cima de onde as dela deslizaram por mim, junto com qualquer coisa que visse, deixando marcas profundas na minha pele. Mais uma vez eu desmaiei e ela fez pior.

Por favor, solicite um kit de primeiros socorros — falei de forma sofrida e desesperada ao relógio, que comunicaria a enfermaria. São duas da madrugada, não vou acordar ninguém, com certeza não vou.

Fiz em mim mesma o procedimento já bem conhecido por mim, e com uma camisola de seda, sem sutiã ou calcinha, fui deitar, com o cabelo solto, sem maquiagem alguma.

Sou só eu, minha roupa, minhas marcas, meus pesadelos.

Peguei um pequeno espelho, e abri, me encarando deitada na cama Queen Size, sozinha, e analisei meus olhos, cinzas, sem vida, opacos. Olheiras. Espinhas. Está claro que eu vou apagar.

— Chamar Papai — falei para o relógio, chorando.

Coloquei um robe para que ele não visse as marcas mais significativas, e logo ele estava aqui, bagunçado, mas aqui.

— Filha… — murmurou, me pegando nos braços.

— Eu odeio ela, pai, eu odeio — falei entre meus soluços de muita dor. — Você não sabe com quem se casou.

— O que você quer dizer? Katniss, precisa entender que eu preciso saber o que está acontecendo. Eu me esforço ao máximo, mas não consigo. Vocês não se abrem.

— Eu vou ter um apagão. Eu vou ter um apagão. — repeti, sentindo meu corpo tremular, nas mãos do papai, que me abraçou mais forte.

Com alguma dificuldade, me levou para deitar, e me abraçou, muito apertado, o suficiente para eu ouvir suas batidas fortes e com emoção.

— O que eu posso fazer, amor? — perguntou, embolando meu cabelo em seu carinho, mas não liguei, apenas abri um fraco sorriso, quebrado, porém sincero.

— Só fica aqui, papai. Até eu dormir.

— Sempre que você quiser e precisar.

E ele ficou.

Quase desmaiada de dor, consegui dormir, envolvida pelo amor do papai.

<>

Meu relógio estava suposto a tocar e me despertar às sete, como de costume, mas não tocou absolutamente nada. Delly veio me acordar com Madge e Johanna, cantando no meu quarto, quase que ao meio-dia.

— Queridinha, sabemos da sua vida de cão, mas dormir para sempre não pode, por favor, vamos nos levantando, amiguinha.

Jô disse, sorrindo, me ajudando a levantar.

— Trouxe chá! — Madge avisou, saindo do banheiro. — Enchi sua banheira, e você está intimada a ir tomar banho, ou nada de ir ver a Pepê!

Quis dizer algo, mas não consegui. Elas perceberam.

Senti que deveria segurar minhas lágrimas, mas não consegui.

Chorei muito.

Sei que estou entre amigas, e por isso acreditei poder chorar sem muitos problemas, sem vergonha alguma.

— Eu acho que vou logo ter um apagão — falei, trêmula. Madge e Johanna estavam pálidas. — Eu só quero que vocês fiquem aqui à noite. Por favor.

Pedi, em súplica. Uma rainha deve saber ser submissa a seus servos.

— Katniss, você poderia ter nos pedido isso ontem. Não conseguimos vir porque bloquearam nossos passes de noite. Amiga, estamos junto com você — Delly disse, se aproximando mais, com muita sinceridade, tocando minhas mãos. — Por favor, conta comigo. Eu sou sua serva. E sua amiga.

— E nós também. — Madge e Johanna disseram, pegando em meus joelhos com carinho.

— Me ajudam a tomar banho? — pedi, sem forças para sequer me colocar de pé.

Sem responderem, me ajudaram a levantar, e a tirar o robe, sem perguntarem das marcas horríveis e que ardem feito um caos. Minha mãe é a resposta óbvia. Até mesmo para Delly, que é nova aqui.

Puseram algumas músicas animadas, e Delly me deu uma dose extra de antidepressivos, o que me fez ficar me sentindo melhor e mais confortável.

Fui dormir de novo, depois de conseguir comer uma sopa que Sue fez, a base de legumes e frango, mas nada além de meio prato.

Quando eram duas da tarde e eu acordei, mas melhor, bem melhor, Johanna e Madge estavam no quarto, reparando algumas das minhas roupas. Uma música ambiente tocava, bem calma, e Madge cantarolando.

— Já posso ir ver a Prim? — perguntei, rouca, de sono, ainda deitada.

— Pode e deve! — Jo disse. — Ela está bem. Vai lá ver ela, queridinha.

Sorri, de verdade, indo trocar de roupa, como se nada mais cedo tivesse acontecido. Na verdade, mel estou pensando sobre isso, só que preciso ir ver Prim o mais rápido possível. Faz um tempo que não a vejo.

— Boa sorte, flor do Sol! — Madge exclamou, quando eu estava prestes a sair, me fazendo rir.

— Boa tarde, Ovo Frito — ela e Johanna riram. Criei um pseudônimo para Madge, que é Egg.

Sai, tranquila, soprando para longe as lembranças da minha mãe, e me teletransportei para o caminho do hospital, para ver minha irmã.

Não cumprimentei ninguém, porque não estou disposta mesmo. Estava tamborilando na caixa de presente para Prim, e agradecendo mentalmente por estar frio, pois eu estou com uma jaqueta, para esconder minhas marcas roxas - e que estão piores agora -, mas ninguém sequer desconfia. Também estou com um uma camiseta mais justa, para ajudar a esconder de verdade as marcas horríveis.

Quando tudo ia da forma mais menos pior possível, me deparo com Peeta, no momento em que ele esbarrou em mim, e o meu presente para Prim caiu no chão. Não escondi que isso não passou de um grande inconveniente e desagradável para mim, mesmo que meu coração triunfasse em mim como uma marcha de vitória por vê-lo bem aqui na minha frente. Pensei que a minha mãe iria, no mínimo, tê-lo arrebatado para o Canadá com órgãos a menos.

— Katniss, me des – aconteceu tudo rápido demais. Um guarda me agarrou pela cintura, e eu gritei junto com Peeta, quando as sirenes disparam sinalizando que estamos sendo atacados nesse momento, e paralisei por completo, até que Peeta me pegou no colo, desesperado, e o guarda nos lançou em um esconderijo, antes que eu pudesse acertá-lo para ir desesperadamente até onde Prim está.

Droga! – gritei, querendo chorar já, quando as portas se fecharam, e também para extravasar a dor que estou sentindo por ter sido apertada logo com tem três marcas roxas.

As lágrimas imediatamente me saltaram dos olhos, e eu me deixei lamentar em um silêncio molhado, me largando em uma cama que tem aqui nesse abrigo para duas pessoas.

— Como vamos sair daqui se não tem fechadura? – Peeta perguntou, depois de uns cinco minutos. Não falei nada nesse período porque me dói todo o corpo.

— As portas abrem automaticamente depois de dois dias, mas meu relógio abre as portas, se eu quiser, mas eu infelizmente sei que se abrir nesse exato momento é a mesma coisa que pedir para morrer.

Respondi, bem seca, sem a menor vontade de interagir com Peeta, francamente.

Ele é a razão pela qual estou toda me queimando.

— E aqui não tem um ar-condicionado? – perguntou, andando de um lado para o outro, vasculhando as coisas.

— Peeta, isso aqui é um esconderijo, não uma suíte. Dá para você pelo menos aquietar-se por ns instantes. Está só elevando a temperatura do quarto.

Ele tossiu um pouco, então se sentou ao meu lado, com uma expressão pensativa, que nano fiquei admirando por muito tempo, para não me esquecer a razão pela qual estou com raiva, machucada e decepcionada, por ele ter ido completamente literal com o que eu lhe dissera há poucos dias, quando pensei que estivéssemos de acordo em não prejudicar um ao outro.

— Perdão. – disse, simplesmente, com os olhos tristes e decepcionados, olhando bem em meus olhos. – Recebi um tapa na cara da sua mãe, mas não doeu mais depois que eu vi que você foi correndo para seu quarto chorando. Eu te decepcionei. De novo. Mas nem foi minha intenção, eu juro. Só falei o que meu coração disse para eu dizer.

Fiquei quieta, absolutamente em silêncio, sem dizer nada.

Parecendo constrangido, levantou-se.

— Quer comer alguma coisa? – Pensei em dizer que sim, porque eu realmente estou com fome, porque não comi nada que realmente sustente há dois dias, mas a dor está grande demais, e entendi a razão quando olhei a hora em meu relógio. Os remédios estão perdendo seu efeito, e eu preciso me medicar urgentemente se quero correr menos chances de sofrer um apagão.

— Veja se na dispensa tem primeiros socorros – falei, em um suspiro, tirando minhas luvas, depois de deixar a caixa com um cachecol para Prim sobre uma pequena cabeceira.

O esconderijo é minúsculo, mal dá para duas camas, um armário com suprimentos e um banheiro coberto com uma parede também resistente, com um vaso sanitário, pia, e um bom minúsculo para tirar somente as sujeiras que não podem ficar muito no corpo, como é o caso de sangue, lama, barro, ou algo semelhante.

Peeta foi imediatamente para o outro lado do quarto, abrindo o armário, e procurou uma caixa vermelha com uma cruz, abrindo-a.

— Do que precisa?

— Morfina. – falei, em um tom mais dificultado pela dor.

— Sinto muito, mas não tem, só ibuprofeno, não ajuda? O que você está sentindo? – perguntou, com atenção e preocupação comigo, pude enxergar em seus olhos azuis, que parecem pretos pela pouca luz do lugar.

— Me dá essa caixa – pedi, com as minhas lágrimas voltando com tudo em meus olhos, mas dessa vez por causa da dor. Suor estava começando a surgir na minha testa e nuca, me fazendo, então, fazer um coque no alto da cabeça.

— Que marca é essa, Katniss? Céus! – Peeta exclamou, preocupado como sempre, e exagerado também, tocando em um dos hematomas que a minha mãe deixou na noite passada. Frustada, e em um momento bem rápido de fúria, joguei toda a caixa de metal no chão com força, o empurrando, dando um grito.

— Mas que inferno, Peeta! – exclamei, sentindo meus olhos pinicarem forte. Eu quero só chorar curtindo minha dor ir embora com morfina e água morna em panos sobre onde dói, incluindo meu peito. – Você estragou tudo mais uma vez!

Elle ficou quieto, corando. Mesmo com baixa luz, podia ver o quando ele está corado, a três passos de mim.

— Não foi minha intenção… – começou, mas um soluço cortou meus lábios, de muita dor e angústia. Meu remédios que ajudam nas minhas mudanças de humor precisam ser ajustados em breve. Não tenho tido muito controle pelas coisas que sinto e como demonstro. – Não quero te ver chorar, eu quero te ajudar.

Seu tom de voz foi absurdamente sincero, e um pouco triste por não estar entendendo o que se passa comigo, mas a questão é que eu estou com muita raiva, dele, da minha mãe, de seja lá quem está invadindo o palácio. Não me preocupo exatamente com Prim nesse exato instante porque sei que se algo acontecer a ela mais uma vez, não faço a menor ideia do que minha mãe pode ser capaz de fazer, honestamente, e nem meu pai e eu. Ela é escoltada mais do que papai, e no hospital possui uma passagem secreta que dá diretamente no esconderijo do meu pai e da minha mãe, no porão. é o lugar mais seguro do palácio, ela está a salvo.

Suspirei profundamente, fechando meus olhos, e tentei manter a calma. Peeta começou a limpar minha bagunça silenciosamente, e nada do que acontece do lado de fora podemos ouvir aqui do lado de dentro.

Minha mente foi se acalmando lentamente. Mas meu corpo não. A dor estava me fazendo transpirar. Meus hematomas estão ardendo duas vezes mais.

Abri meus olhos mais uma vez, me deparando com Peeta deitado na outra cama, olhando para cima, respirando calmamente. Mas quase posso ouvir o grito de seus pensamentos.

— Sei que não devo mais confiar tanto em você, mas poderia manter em segredo sobre o que eu vou fazer agora? – perguntei, envergonhada. Estamos aqui há uma hora.

Ele se virou, me fitando.

— Eu já te pedi perdão, Katniss, me desculpe, eu esqueci de deixar o livro no quarto… – também parece estar envergonhado. Nós temos muitos altos e baixos.

Então, em silêncio - que só foi possível porque mordi meus lábios com muita força, para machucar mesmo, para eu não gritar -, comecei a tirar minha roupa, bem, da cintura para cima.

A jaqueta, depois a blusa, depois a camisa, e o sutiã.

— Mas o quê…? - Peeta murmurou, sem entender. Não fiz a menor questão de cobrir meus seios quando voltei a me deitar. – Katniss…

— Minha mãe me bateu depois que todo mundo foi dormir – comecei, com um tom de voz contido para não chorar de dor ou afundar minha cara de vergonha. – E deixou algumas marcas que estão doendo muito. Muito mesmo. Não precisa dizer nada, nem quero que diga.

Ficamos naquele silêncio horrível, cada um tentando controlar a respiração para não sair muito, e não fazer som.

Eu estava ficando perturbada com todo o silêncio, com toda a certeza. Obrigada, Deus, por me deixar entrar em cada problema por causa da minha bipolaridade, resmunguei em pensamentos, até me policiar. Peeta não teve culpa, afinal, pois fui eu quem deixei que ficasse com o livro mais importante de Panem. Deus nunca tem culpa, sou eu mesma, mas é mais fácil culpá-Lo por minha irresponsabilidade.

Mas meu orgulho não quer dizer de forma sonora, não agora.

Com o ar-condicionado agora ligado, fiquei de costas para ele, agarrando em meu edredom até a altura do peito, para que não note. Só que ainda sim, não estou envergonhada com minha seminudez porque estou na frente de Peeta.

Quando um sono perturbador estava prestes a me sequestrar, escutei seus passos atravessarem o quarto, enquanto meu coração latia desesperado. Quase me mandei ficar em silêncio, para que não escute meus batimentos desenfreados só em me recordar de sua presença.

Até que eu senti um toque morno - mas mais para quente - em uma das minhas marcas, uma toalha morna. Toda minha tensão foi solta em um suspiro.

— Não precisa fazer isso — murmurei, relaxada, com um braço debaixo do travesseiro, e outro encima, relaxada com cada toque que dava com a toalha.

— Mas você precisa — respondeu, baixo. — Não sei o que fazer para não mais vacilar com você.

Fiquei em silêncio. O que eu poderia responder? Não há o que dizer.

Depois que passou em cada marca, passou por todas minhas costas sensíveis, abrindo a toalha, fazendo uma massagem leve em meus ombros.

— Não é de se admirar que cuidava das flores — comentei, com um sorriso torto, virando minha cabeça para encarar sua beleza. Ele sorriu, continuando, sem me olhar nos olhos, apenas para as minhas costas.

Mas em um momento de intrepidez, fiquei de barriga para cima, cobrindo com um braço meus seios.

— Peeta, é sério, eu não sei o que falar ou fazer ao seu respeito.

Sentei na cama, e continuei com um braço me cobrindo, dando uma olhada no quarto, enfim. Estou me sentindo perturbada.

Suspirou, desviando nossos olhos, e o olhar do meu corpo, sendo atraído por suas mãos.

— Sou um idiota, só vacilo.

— Muito bom que admita isso em voz alta, porque é isso o que eu penso vinte e quatro horas por dia, até através de sonhos você dá bola fora.

A conversa está em um tom normal, sem um tom acusatório, mas realista, bem realista. É o que eu mais gosto nele e em nossa relação.

— Tento fazer o que é certo, mas parece nunca funcionar, é impressionante. Me sinto afundando na areia movediça, com o prêmio bem na minha frente, chamando por mim.

— Então a gente está junto, porque eu estou completamente ligada à você, e honestamente, isso leva toda a minha reputação, como está vendo. Não é fácil apanhar com dezoito anos na cara

Suspirou, triste, para então me encarar com seus olhos azuis enigmáticos e atraentes.

— Então, o que está nos prendendo a esse fracasso?

Sei que não era dessa forma que ele queria falar, não era essa a palavra certa, mas entendi. É como se estivéssemos em um círculo, sem fim.

Aceitamos nossos sentimentos, para que no dia seguinte repensemos sobre tudo. Brigamos. Nos beijamos. Voltamos. E assim infinitamente.

Por quê?

— Talvez esse sentimento. — deixei deslizar, sem querer, me fazendo ficar roxa de vergonha, por ter dito algo tão pessoal, mesmo que ele demonstrasse a mesma coisa.

— Será? — perguntou, retoricamente, pensativo, tentando entender. Também tem medo de dizer. Mas não mais do que eu.

— O que sabemos sobre a vida, não é? — falei, sem graça, me encolhendo, cobrindo-me com o edredom.

— Menos do que deveríamos, no mínimo — comentou também, vagamente. — Mas quer saber de uma coisa?

Assenti, olhando em seus olhos, internamente decepcionada e frustrada.

— Sei suficientemente bem que quando ficamos juntos não é hora para pensamos sobre isso!

Disse, e mal deu tempo de raciocinar, quando nós pensamos juntos, em nos unir com um beijo, mas não um qualquer. Foi o beijo.

Começou devagar, tímido, indicando se afastar, mas desistimos, nos aproximando mais uma vez, para enfim nos juntar, em uma batalha intensa e cheia de honras.

Não sei bem onde eu estou. Só sei como estou: maravilhosa.

Deixei que ditasse as regras, sem problemas, apenas me deixei.

Não me senti culpada quando o edredom caiu em minha cintura, porque sua camisa e casaco misteriosamente foram parar no chão.

Porém, ao me dar conta de nossas posições, fiquei constrangida demais, resolvendo parar antes que fosse tarde. Céus, me perdoe, Senhor, me perdoe. Eu sou muito fraca quando o assunto é esse.

Mesmo respirando bem fraco durante o beijo, ele me deixa ofegante, me afastei sem avisar, o empurrando com um riso, e ele também.

Deitou-se de modo que eu ficava com meu ouvido sobre seu peito, sentindo as batidas de seu coração, batendo ritmado, forte, acelerado feito o meu, mesmo depois de recuperar sua respiração.

— Ainda se sentindo culpado? — perguntei, baixo, com uma mão entrelaçada a dele. Meus seios estão bem na lateral de sus barriga desnuda, como se eu estivesse vestida. Sem a menor maldade.

mas se quiser que tenha disposta e pronta.,

tive o pensamento, e corei absurdamente. É como se duas Katniss morassem dentro de mim.

— Como não me sentir? — A sinceridade com a qual ele se expressa é o que me fascina.

Peeta… — murmurei, em um suspiro de lamentações. Não posso me fechar para todas as pessoas. Alguém precisa saber a verdade.

E quem melhor que Peeta? Tive uma prova considerável de que não é a melhor pessoa para esconder um segredo, mas confio nele. Eu daria minha vida totalmente se assim for necessário, tendo que escolher alguém para proteger.

Sentei, de frente para ele, sobre minhas pernas, cabelo solto de novo, sobre minhas costas.

Continuou meio deitado, a posição de interessado.

— Talvez saiba da minha rincha com minha mãe.

Assentiu, pacientemente, me dando liberdade para contar.

Não me mantive escondida.

Contei tudo, desde Prim, e pela primeira vez em toda minha vida, não chorei, embora tenha sentido alguma vontade, consegui explicar a razão pela qual estou aqui, no entanto, não dei muito detalhe sobre as barbaridades da minha mãe, porque me constrange. Ela não me abusa sexualmente, pelo menos isso, mas é quase. É como se eu fosse, porque seu abuso é moral, verbal, psicológico, e me atinge inteiramente nas memórias, no meu estilo de vida, e não há nada que eu possa fazer para pará-la e que não afete Prim ou papai.

Peeta ouviu atentamente, com muita paciência, aceitando quando eu parava para não chorar, e nos preparou um lanche com as coisas que tinham na dispensa.

Salchichas enlatadas com pão árabe era o que tinha e que nos agradava, comemos, e rimos, sobre nada. Estar em sua presença era suficiente para que eu ganhe o dia.

— Nossa, Katniss, você tem uma vida péssima — disse, de forma muito espontânea, com uma expressão um pouco assustada, o que é normal. Não tem quem conscientemente aja de outra forma.

De tão triste, achei engraçado.

— Ao menos você não está mentindo. É mesmo uma vida horrível. E só está ficando pior. Sinto que estou só caindo.

Respondi, segurando o lençol na altura para cobrir meus seios, não por vergonha, é porque aparentemente o ar-condicionado foi ativado pela percepção de movimento, ficando mais frio a cada segundo, mas Peeta continua sem camisa alguma.

O que é bom. Muito bom!

Poderia ser assim todo o dia!

Katniss, para com isso, você sabe que é errado,

discuti comigo mesma.

Cale-se e faça o que sente vontade, idiota

Não vou.

Vai. Uma hora vai. 

— Lembra que eu estou aqui para ir com você — rebateu, com um sorriso, fazendo piada, e eu ri, deixando sua mão entrelaçada na minha. — Sério. Você cai, eu caio. Você pula, eu pulo. Não acho que seja muito reversível. Sua pessoa é muito importante para mim.

E me deu mais um de seus beijos, que me tiram da órbita terrestre.

Às vezes fico me perguntando porque tudo não acaba logo, e eu e Peeta nos casamos, vivendo em uma utopia perfeita, cheia de amor, cheia de paz, tranquilidade.

— O que foi? — perguntou, quando lentamente eu me afastei, olhando para minhas mãos.

— Quando a gente sair daqui vai voltar tudo a ser o de sempre.

A menos que… — Jogou no ar, sorrindo.

— Peeta, nunca que eu vou poder terminar isso tudo agora! — exclamei, em lamento.

Ele riu.

— Quem disse em casamento? Não estou emocionalmente preparado para isso, Katniss. Céus, não! — respondeu, brincalhão. — Estou falando de sairmos e passarmos o dia na casa da árvore. Para evitar um problema maior com a sua mãe, podemos ir com o pessoal todo da Seleção.

Sorri, me deixando ser embalada por seu carinho no meu rosto.

— Agradável, no mínimo… — ele sorriu, assentindo.

Então, nos deitamos, cobri meu corpo, e ele nos cobriu com um outro cobertor mais grosso, passando um pé no outro.

Com o silêncio confortável, dormi, e ele também.

<>

— Vossa Alteza, a senhorita está aqui? — Soldados entraram de supetão, me acordando no susto, junto com Peeta, que estávamos bem abraçados um no outro, pelo frio congelante aqui dentro.

Em instinto, me apertei mais no lençol, assustada, com as luzes fortes. Estamos aqui há quase um dia.

Minhas bochechas ficaram roxas de vergonha, com a quantidade de pessoas que entraram, mas pelo menos ninguém tem uma câmera ou semelhante em mãos.

— Liguem para o Rei! Achamos eles! — Um guarda exclamou.

— Não! Não! Esperem! Não chamem meu pai agora! — Pedi, segurando o edredom, meu cabelo todo bagunçado, assim como Peeta, que estava vermelho da cabeça aos pés de vergonha.

Os guardas estavam paralisados. Mas o que esperar? Eu serei a futura sucessora, e é crime relação sexual antes de um casamento, e pecado, para as leis religiosas, e dado como estou com Peeta agora, não é para se esperar menos.

— Pri-princesa, o que vamos dizer? — Wooden, de acordo com o crachá, disse. Há cinco guardas aqui.

— Nada! Isso não é o que estão pensando!

— Realmente, isso não é o que vocês pensam nesse momento — Peeta afirmou, arrasado. Sei que não é vergonha de mim, mas da situação, assim como eu estou.

— O que não é o que pensam que é? — Tudo o que eu comi veio na minha garganta quando ouvi a voz do meu pai, e logo ele apareceu ali, com Prim no colo, que olhou para mim, depois para Peeta. Nossas blusas no chão. Depois para mim, então para Peeta. Cobriu a boca com as mãos, e por seus olhos li que está segurando a gargalhada.

Pa-pa-pai, misericórdia, Peeta — Eu estava branca, senti que todo meu sangue sumiu, e Peeta estava ainda pior. Quase me arrependi de ter jogado a bola para cima dele.

— Senhor, e-ela estava desconfortável com a blusa, daí precisou tirar — Ele começou, nervoso, o que me deixou com medo que desmaiasse, mas eu não conseguia falar nada.

— Onde está a sua blusa então, rapaz? — Eu caí de novo, mas me joguei, cobrindo meu rosto. É muita vergonha e humilhação mesmo!

— Estava muito quente no começo mesmo, ai eu precisei tirar.

— E o sutiã, Katniss?

A gente não disse nada. Voltei a me sentar. Os guardas estavam achando divertido, para quem não deve estar sendo, quando está assistindo tudo, e não enfrentando isso mesmo?

Então, tudo ficou mil vezes pior. Meu pai e Prim começaram a rir, e os guardas também, pois agora que minha vista está se acostumando com a luz forte, sei que são da guarda pessoal do pai, e um da de Prim.

Não aguentei, e falei um palavrão, cobrindo meu rosto com as mãos, sentindo a mão de Peeta nas minhas costas, em pedido de perdão pela cena. Ele está devastado.

— Se vista, antes que sua mãe veja. Não vai sair daqui, mas nossa, eu esperava que vocês fossem pelo menos esperar Janeiro. Sua mãe e eu esperamos até a lua-de-mel, pelo menos. Esses jovens… — Papai falou, ainda rindo. Nem ameaçou castrar o Peeta, até que olhei para os dois. Meu pai o olhou rindo, como se dissesse algo. Peeta apenas suspirou aliviado.

Entendi foi nada.

Corri para o banheiro para colocar o sutiã, e toda a roupa de cima, pois as marcas ainda estão bem nítidas, enquanto Peeta punha a camisa.

Fomos escoltados cada um para um canto. Ele foi para o quarto, e eu diretamente para a área hospitalar, não encontrando nada além de muitos criados limpando às pressas as paredes e chão, cujo não me dei o trabalho de notar.

Eu e Peeta nos mantemos um ao lado do outro até sermos forçados a nos separar, tudo em silêncio. Completo silêncio.

Papai e Prim conversavam animadamente sobre algo que eu realmente não prestei atenção.

Olhei para trás, enquanto andava. Quase não vi seus olhos por causa dos guardas, mas vi, e ele sorriu para mim. Está tudo bem. Sorri e acenei, sendo correspondida.

Não vi mais nada, porque caí, desacordada.

<~>

— Ela precisa de repouso absoluto por no mínimo três dias, Majestade. Está tendo muito stress ultimamente, sem contar que está com vários hematomas — Maggs disse.

Lentamente, eu me sentei na cama, na beira, sentindo meu cabelo liso e desembaraçado. Em meus dois pulsos eu carrego pulseiras de hospital.

Não estou mais sentindo dores, por incrível que pareça, mas carrego duas cicatrizes de agulhas e cortes feitos por médicos no meu antebraço.

Papai entrou no quarto, com roupas normais, e Prim logo atrás, com um dos meus casacos europeus. Ambos preocupados.

— Se lembra do que aconteceu? — Prim perguntou, um pouco chorosa, vindo até mim, me dando um de seus abraços que me tiram de órbita.

Fechei os olhos, repousando minha cabeça sobre a dela. Não consegui mais me mexer, mesmo que eu não esteja dolorida. Estou cansada.

— Filha, acho melhor ficar aqui essa noite. Liberei suas amigas para um final de semana de folga. Você e elas merecem.

Apenas assenti, sentindo as lágrimas me preencherem, mas não me transbordaram.

— Podem dormir comigo? — perguntei, em um tom mínimo, abrindo meus olhos de modo sofrido.

— Claro que sim — disseram juntos. — Vamos vir pra cá, pois seus medicamentos não são aconselhados aplicar no quarto. Vou pedir para arrumarem para a gente ficar junto.

— Mas papai, e a mamãe? — Primrose perguntou. Meu pai olhou para ela, então olhou para mim. Repetiu o olhar duas vezes, até me olhar, e dizer com os olhos que me entende e respeita.

— Ela não precisa da gente mais do que a sua irmã agora, Pepê — ele disse, afagando nossos cabelos.

— Obrigada, — mexi os lábios, e sei que ele entendeu.

Os enfermeiros arrumaram a minha ala para que nós três coubéssemos o suficiente para passarmos a noite. Prim ficou entre eu e papai, contando animadamente sobre sua amiga, uma princesa da Escócia. Só se viram três vezes pessoalmente, mas isso não as impede que conversem pelo Smarter ou qualquer câmera conectada a internet.

Rimos todos, jantamos, como se fosse uma noite normal e não estivéssemos em uma U.T.I., e como se nenhuma doença pudesse nos alcançar.

Consegui entregar a Prim o cachecol que Johanna fez, e ela imediatamente colocou, feliz.

Ela foi a primeira a dormir, então meu pai disse que ela está resistindo ao tratamento.

— Não está surtindo efeito… mais nada está — disse, parecendo mais velho, ao lembrar no diagnóstico de Prim. — Mas ela está lutando para ficar curada. Ou ter mais momentos lúcidas e em paz.

— Acho que todos nós estamos lutando por isso, não é? Um pouco de paz?

Abriu um sorriso. Tranquilo, feito ele, o meu pai.

— Sim. Por isso eu amo vocês. Me trazem paz.

— O senhor também traz pra gente. — falei, pegando em sua mão, e fechei os olhos, sendo aquecida pelo corpo de Prim, agarrado no meu, e pela mão de papai na minha, transmitindo todo o seu amor.

Tive a sensação de que eu não posso ter um apagão enquanto eu me lembrar desse amor do meu pai por mim, do amor de Prim, do meu relacionamento com Peeta e da forma da qual me trata. Não podem tirar a minha paz quando estou perto deles.

Mas essa é só uma verdade. A gente sempre tem paz quando se sente amado, quando se está perto de quem a gente ama.

O problema é que não estamos o tempo todo assim. Logo, senti que mais alguns fios dentro de mim se arrebentaram, e eu estava prestes a explodir em escuridões, mas por hora, dormi como em nuvens de algodão.


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Notas finais do capítulo

Bem, galera, foi isso, espero que gostem do capítulo, de verdade, escrevi com muito carinhho, e sei que ficou um tanto confuso, mas essa era a intenção mesmo. Agora em diante, a Katniss vai estar cada vez mais confusa e incompreendida, mas teremos mais a Prim e o rei, onde nesse final não foi emocionante para quem lê, mas foi para mim, que fiz pensando no meu pai, ainda mais agora que eu estava lembrando dele aparecendo no meu quarto para perguntar como eu estava... gente, é muito difícil. Não consigo explicar.
Mas bem, eis aqui o trecho do próximo, que está totalmente escrito, e vai trazer uma surpresa triste-feliz, logo no título!

Música: Clarity, Zedd
Trecho: "— Katniss me desafiou, me desacatou. Snow e eu estamos sem nos falar há duas semanas inteiras, e agora ele colocou até restrições para eu ver minha própria filha… sabe o por quê?
— Não, majestade.
Engoli em seco. Minha nuca está suando frio. O toque dela é penetrante como uma faca afiada.
— Por sua causa.
— Minha? Não entendi — arrumei a gola da blusa, e tentei puxar meu braço de maneira educada, mas suas unhas não deixaram. Jesus, eu vou infartar bem aqui se ela não me soltar, pensei.
— Sim, sua… porque eu disse que você deve ser eliminado. Para concluir, Snow decretou em assinado que eu não tenho mais poderes reais aqui, e é ele quem fará as decisões junto ao Primeiro Ministro. Cogitou a ideia de divórcio. Por sua culpa, Katniss está tão doente agora, e ele acha que é por minha causa.
Não falei nada. Cada coisa que ia dizendo ia incendiando mais os meus pensamentos e aumentando meu ódio e repulsa por essa mulher. Katniss merece só prazeres até a morte só pelas coisas que passa nas mãos da própria mãe.
— Sabe que durante os últimos dez anos trocamos duas vezes de Primeiro Ministro? — Vi que é retórico. — Estive envolvida. Eu dito as ordens aqui. Mas algumas coisas parecem que saem do meu poder, mas ainda não do meu controle.
Ela apertou muito forte. Senti suas unhas marcarem minha pele.
— Ah… — murmurei, quase agoniando. Não sei como ela consegue manter esse sorriso. Juro, os olhos dela estão brilhando, como se de amor. Tudo enquanto rasga meu braço.
— Não amo a Katniss. Deveria, no mínimo, mas o que acontece aqui é que quero que saiba que quando eu ver que você não é mais necessário, eu acabo com você e com a sua família, está entendendo bem?
— Katniss me desafiou, me desacatou. Snow e eu estamos sem nos falar há duas semanas inteiras, e agora ele colocou até restrições para eu ver minha própria filha… sabe o por quê?
— Não, majestade.
Engoli em seco. Minha nuca está suando frio. O toque dela é penetrante como uma faca afiada.
— Por sua causa.
— Minha? Não entendi — arrumei a gola da blusa, e tentei puxar meu braço de maneira educada, mas suas unhas não deixaram. Jesus, eu vou infartar bem aqui se ela não me soltar, pensei.
— Sim, sua… porque eu disse que você deve ser eliminado. Para concluir, Snow decretou em assinado que eu não tenho mais poderes reais aqui, e é ele quem fará as decisões junto ao Primeiro Ministro. Cogitou a ideia de divórcio. Por sua culpa, Katniss está tão doente agora, e ele acha que é por minha causa.
Não falei nada. Cada coisa que ia dizendo ia incendiando mais os meus pensamentos e aumentando meu ódio e repulsa por essa mulher. Katniss merece só prazeres até a morte só pelas coisas que passa nas mãos da própria mãe.
— Sabe que durante os últimos dez anos trocamos duas vezes de Primeiro Ministro? — Vi que é retórico. — Estive envolvida. Eu dito as ordens aqui. Mas algumas coisas parecem que saem do meu poder, mas ainda não do meu controle.
Ela apertou muito forte. Senti suas unhas marcarem minha pele.
— Ah… — murmurei, quase agoniando. Não sei como ela consegue manter esse sorriso. Juro, os olhos dela estão brilhando, como se de amor. Tudo enquanto rasga meu braço.
— Não amo a Katniss. Deveria, no mínimo, mas o que acontece aqui é que quero que saiba que quando eu ver que você não é mais necessário, eu acabo com você e com a sua família, está entendendo bem?"

Fortes emoções! E bem, a Lala me fez refletir sobre a forma de poder encarada aqui, onde parece que o rei é mais passivo, enquanto a rainha "pinta e borda", então, o Peeta irá explicar um pouco de como tudo funciona, o que vai ser bem legal, porque aé abriu os meus olhos sobre como as coisas estavam acontecendo aqui.
Espero que tennham gostado, peço desculpas por qualquer coisa, e espero ansiosamente para saber o que acharam do capítulo! Foi um enorme prazer escrevê-lo, e estarei voltando o mais rápido possível!
Todo o amor do mundo, toda a Paz, todo o carinho! É sempre um prazer estar aqui! Vocês me fazem sentir adorável e importante. Espero que se sintam assim por mim, porque é a mas verdadeira verdade!