My One Life For Sure escrita por Natalia Vezza


Capítulo 7
Capítulo 7 - So why can't you see? You belong with


Notas iniciais do capítulo

Desculpas a demora , estava sem inpirações !



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- Sabe Ash, eu dava tudo pra ver aquela Sarah denovo e arrebentar a cara dela. - Jhenny dizia sentada na cama, enquanto eu escolhei uma roupa no armário.
- É, eu também. Ele merece muito uns bons murros na cara pra aprender. - Eu concordei. - Aqui! - Eu disse, pegando uma calça jeans bonita, uma blusa decotada vermelha e uma jaqueta jeans preta.
- Vai com calma Ash! Vai matar seu namorado com esse decote aí. - Ela disse, olhando minha blusa quando eu a estendi na cama.
- Nem vou, Justin aguenta.. eu acho. - Eu sorri, sendo ironica.
- Posso tomar banho no seu banheiro? - Disse, ela pegando uma toalha. Jhenny já era de casa.
- Claro, vai lá. - Disse apontando pro banheiro.
Jhenny caminhou até o banheiro do meu quarto com a toalha na mão, entrou e fechou a porta. Eu continuei escolhendo minhas roupas.. Por enquanto era uma calça jeans cinza clara, uma blusa decotada vermelha e uma jaqueta jeans preta.. Eu só precisava escolher o que calçar... Olhei para todos os calçados que eu tinha trago de Atlanta..
- Tênis? ... Não. - Eu falei comigo mesma. - Sandália? ... Não. Sapatilha? ... Nem pensar! - Eu olhei para a janela, e já estava ficando um pouco escuro, e estava um pouco frio. - Hum.. Bota. - Eu sorri, falando comigo mesma.
Deixei tudo separado e arrumado, pra que quando eu saísse do banho tudo estivesse bem fácil pra pegar.
- Terminei. - Disse Jhenny abrindo a porta do banheiro e saindo dele só de toalha.
- Bem na hora. - Eu a olhei e sorri. - Trouxe roupa Jhenny?
- Claro ! Vir pra sua casa é sempre uma aventura. - Ela sorriu.
- Ah claro, eu tinha me esquecido. - Eu falei pegando uma toalha e indo tomar banho.

Tomei banho bem rápido, eu ainda sentia um pouco de dor no corpo mais os remédios estavam ajudando e ainda mais com um banho quente, ficava tudo certo! Não saí tão rápido do banheiro. Passei uns mil cremes e um quilo de corretivo e base na minha cara pra ver se melhorava minha cara amassada, finalmente, teve êxito! Saí do banheiro de toalha, estava um pouco frio fora do banheiro.
- Vai gatinha, se arruma logo, vai dar 6 horas e os garotos vão vir. - ElA já estava pronta, e estava tão linda que eu até me desanimei. Ela estava vestida com uma calça jean muito colada, uma sandália gradiador preta e uma blusa preta com um ENORME decote na parte da frente, e com mangas cumprida.
- Você tá linda, sua chata! - Eu disse, caminhando até a janela e fechando a cortina para que ninguém me visse.
- HAHAHA' Engraçada você hein. - Ele começou a passar perfume.
Eu me troquei rápidamente, e fui pro banheiro me maquiar.. foi até rápido, mais a maquiagem ficou perfeita, juro. Sequei meu cabelo e com a chapinha eu coloquei as pontas do meu cabelo repicado, pra fora. Eu fiquei bonita, admito.
- Pronto. - Peguei um perfuma nas minhas coisas e comecei a passar, olhando pra Jhenny.
- Você é uma ridicula. É unutil se arrumar perto de você, você fica mais bonita. - Ela fingiu estar brava.
- Piadista você. - Revirei os olhos. Terminei de passar perfume, e guardei. - Eaí, vamos descer? Faltam 5 pras 6h e Justin é meio que MUITO pontual. - Eu abri a porta do quarto.
- Vamos. - Jhenny saiu, me puxando pelo braço até o corredor.
Andamos devagar, até porque o barulho dos saltos fazia muito eco. Descemos as escadas e ficamos sentadas no sofá, até que então.. a campainha tocou. Eram eles.

Me levantei rápido e tentei não cair. Aposto que se Christian estivesse ali, ele ia rir com todo o meu desespero. Caminhei rápido até a porta, parei, me arrumei, arrumei minha roupa, respirei fundo e então abri a porta. Lá estavam eles. Nem olhei pra Christian, olhei diretamente pra Justin.. Ele estava perfeito! E quando eu digo perfeito, não é lindo e só.. é PERFEITO! Com exatamente todas as letras. Estava com um boné roxo escuro, uma blusa de frio, com capuz preta e uma camiseta branca com umas coisas coloridas escritas por baixo, e uma calça, com um tênis branca. Perfeito. Ele me olhou de cime a baixo, e sorriu.
- Está perfeita. - Ele veio ao meu encontro, me beijou.
- Caramba! Nem começo a noite e já estão assim! Imagine no final. - Christian disse, olhando e entrando em casa.
- HAHA'. - Jhenny foi ao encontro dele e o abraçou.
Eu e Justin paramos de nos beijar e ele entrou em casa, ficamos de mãos dadas.
- PAI, VOU SAIR COM JUSTIN, JHENNY E CHRISTIAN, VOLTO TARDE. - Eu Gritei, pra quie ele ouvisse.
- OK, TOME CUIDADO. - Ele gritou de dentro do quarto.
Saímos os quatro. Eu de Mão dada com Justin e Jhenny com Chris. Era até bonitinho.
- E então, onde vamos? - Jhenny perguntou, enquanto caminhávamos pela rua.
- Ao boliche. - Justin respondeu.
- Porque vocês fazem isso? - Eu perguntei.
- Fazendo o que? - Justin me olhou.
- Nos levando pro boliche. Vocês não estão cansados de perder pra agente em tudo? E ainda querem perder no boliche? - Eu sorri.
- ATÉ PARECE. Ouviu isso Christian? - Justin falou.
- Ouvi. Ela não tem noção do que fala, somos campeões no boliche, meu amor. As gatinhas beijam nossos pés. - Christian sorriu.
- AH É? - Jhenny ergueu a sombrancelha.
- Quer dizer, BEIJAVAM.
Todos nós rimos.

Continuamos andando até que chegassemos ao ponto de ônibus. Não demorou muito e o onibus parou no ponto, nós subimos. Justin e eu nos sentamos em um banco e Christian e Jhenny no banco em nossa frente. O onibus estava quase vazio, á não ser por dois garotos lá atrás nos ultimos bancos. Christian e Jhenny ficaram conversando algumas que não dava pra ouvir, até porque eu e Justin não ficamos prestando muita atenção.
- Eu te amo. - Ele sussurrou, beijando o alto da minah cabeça.
- Eu também te amo. - Eu levantei a cabeça pra olhar pra ele e dei-lhe um selinho.
- Amor.. - Ele falou, parecia que estava com um nó na garganta. - Como vai ser depois?
- Como assim? - Eu o olhei sem entender. - Depois? Depois de quê?
- As férias vão acabar, as aulas vão começar.. - Ele falou, ainda com um nó na garganta. - Você vai ter que... voltar... pra sua casa.
- Eu não quero pensar nisso agora. - Eu encostei a cabeça em seu ombro novamente. - Eu te amo, e é só isso que importa agora ok? Mais nada. - Eu falei, com um aperto no coração.
- Ok. - Ele sorriu, beijando minha cabeça novamente.
O onibus de repente parou e Christian e Jhenny se levantaram, e nos olharam.
- Hey, já chegou. - Christian disse, estralando os dedos.
Eu e Justin nos levantamos. Nós quatro descemos do onibus, estava mais frio do que antes. Já estava escuro, mais as ruas estavam movimentadas e iluminadas.. O shopping era logo á frente. Caminhamos uns 10 minutos e já estávamos lá dentro.

Eu sinceramente nunca tinha visto tanta gente bonita antes. Me senti horrível, como se eu estivesse ridicula, sério. Justin apertou minha mão, como se ouvisse meus pensamentos e me repreendesse por eles. Caminhamos até o boliche, estava meio cheio, mais não totalmente, Justin e Christian pagaram pra mim e Jhenny apesar de eu odiar que paguem as coisas pra mim. Pegamos uma mesa e estava ao lado de uma mesa cheia de garotas bonitas.. Comecei a olhar cada uma delas e entre elas estava a garota que eu mais odiava no mundo, Sarah. Jhenny olhou ao mesmo tempo que eu e depois olhou pra mim.
- É, parece que nossos desejos vão se realizar hoje. - Ela disse, sorrindo.
- Eu não tenho nenhuma duvida sobre disso. - Eu retribui o sorriso maléfico.
Christian e Justin também avistaram Sarah e se entre-olharam, ambos confusos. Eu e Jhenny começamos a gargalhar pra chamar atenção.
- É, PARECE QUE TEM GENTE QUE NÃO TEM MEDO DE MORRER MESMO. - Ela gritava pra Sarah ouvir.
- REALMENTE, NÃO DEVE TER AMOR PELA VIDA. - Eu gritei depois de Jheny.
Sarah nos olhou, com raiva e se levantou. Eu tinha certeza que ela estava vindo em nossa direção. Justin me abraçou, e ficou olhando pra ela como se quisesse dizer: '' Ela é minha namorada agora. '' Eu sorri.

Sarah ficou nos encarando, assim como o resto de suas amiguinhas. Mesmo assim, eu não estava nem aí, eu queria mais é quebrara a cara dele.
- Amor, calma.. Vamo se divertir, ignora elas. - Justin disse me puxando pela mão e me dando um selinho.
- Ok amor. - Eu sorri e dei outro selinho nele.
Começamos a jogar. Eram duplas: Jhenny e Christian, eu e Justin. Jhenny começou jogando e quase provocou um strike. Eu e Justin suamos frio, e depois rimos. Depois, foi a vez de Justin, e ele fez um strike. Eu me levantei, ele veio e me abraçou.. eu olhei direto pra Sarah, pude ver a cara de ódio dela e comecei a rir, assim como Justin. Era a vez de Christian, ele jogou e quase atingiu a outra pista, vizinha. Todos nós rimos.
- Cuidado com as pessoas Chris. - Eu zombei da cara dele, e Jhenny e Justin começaram a rir. - Bom, é minha vez! - Disse pegando a bola de boliche, caminhando e lançando-a.
- STRIKEEEEEEEEEE! - Gritei, saindo correndo e pulando em Justin. Nós nos beijamos.
- Deveria fazer strike com a cabeça da vadia ali. - Jhenny sorriu e apontou pra Sarah.
Eu gargalhei.

Eu e Jhenny nos sentamos e ficamos vendo Chris e Justin se divertindo, jogando. As garotas ao lado também jogavam, mais não paravam um minuto se quer de olhar pra Chris e Justin, aquilo estava realmente me irritando. Depois de um tempo, Sarah e mais duas garotas se levantaram e foram em direção ao banheiro.. Jhenny e eu nos olhamos na mesma hora:
- Agente vai no banheiro. - Jhenny falou, avisando Christian e Justin.
- Ok. - Os dois responderam em coro.
Os resto das amigas de Sarah ainda estavam na mesa ao lado, mais elas não eram loucas o suficiente pra mexerem com nossos garotos. Jhenny e eu nos levantamos e saímos andando em direção ao banheiro. Eu estava morrendo de raiva! Mais porque diabos eu tinha que encontrar essa garota bem aqui? Mais que droga! Vimos Sarah e as amiguinhas dela entrando no banheiro e nós entramos em seguida. Ficamos esperando até que elas saíssem dos boxes, e não demorou muito tempo até que elas saíssem e se deparassem com agente, paradas em frente o espelho.. Só havia eu, Jhenny e Sarah com suas amigas dentro do banheiro. Seria mais divertido do que eu imaginava.
- Olha, eu não sabia que isso agora tinha virado casa de prostituição pra ter tantas putas circulando por aqui, né Ash? - Jhenny disse pra mim, se olhando no espelho enorme do banheiro.
- Realmente. Esse lugar aqui não deve ter um nível tão alto pra deixar esse tipinho de gente entrar. - Eu complementei, me olhando no espelho e depois me virando pra olhar Sarah. - Não é mesmo, Jhenny? - Eu sorri.
- Concerteza. - Ela se virou pra Sarah também.

- Ninguém chamou vocês aqui, vadias. - Sarah disse com aquela voz que me irritava.
- Relaxa querida, agente só veio dar um aviso. - Eu continuei. - Justin agora é MEU namorado. Sabe o que isso significa?
- Não, e nem quero saber. - Ela respondeu me dando as costas e indo em direção a porta do banheiro.
Puxei ela pra trás de uma vez pelos cabelos até que ela voltasse e quase caísse no chão, o que bagunçou o cabelo dela. Ela olhou pra mim, com uma cara de ódio, se levantando.
- Isso significa que se você chegar perto dele, eu quebro a sua cara. - Eu disse, sorrindo.
- E eu também. - Jhenny disse, caminhando até mim.
- Bom, recado dado. - Entrelacei meu braço no braço de Jhenny e nós saímos do banheiro, sorrindo, triunfantes.
Caminhamos até a mesa que Justin e Chris estavam e nos sentamos. Eles já haviam parado de jogar e agora estavam comendo.
- Vocês demoraram. - Justin disse, me olhando.
- Fomos tratar de assuntos pendentes. - Eu disse, me sentando ao lado dele e encostando minha cabeça no ombro dele.
De longe pude ver Sarah e as amiguinhas dela saindo do banheiro, ambas com cara de ódio. Eu apontei e Jhenny olhou, começamos a rir.. Christian e Justin ficaram sem entender nada.

Eu e Jhenny começamos a comer, assim como Justin e Christian estavam fazendo. Eu estava realmente me divertindo.. Era tão bom ter eles por perto. Jhenny, Chris, Justin principalmente.. Era como se não me faltasse nada, como se eu nunca tivesse estado triste, era perfeito. Nós ficamos conversando sobre várias coisas durante um tempão, e sinceramente, eu nunca ri tanto na minha vida! Christian e Justin eram muito engraçados.
As garotas ainda continuavam olhando, agora apenas pra Justin. Elas queriam mesmo me irritar. Jhenny me dizia algumas coisas pra me acalmar, mais não adiantava.
- Eu vou enfiar o bico fino da minha bota na cara dela. - Eu disse pra Jhenny, olhando pra Sarah.
- Demorou já. - Jhenny sorriu.
Continuamos jogando e nos divertindo. Estava meio tarde, então resolvemos ir embora.
Justin e Chris ficaram sentados na mesa, conversando sobre alguma coisa, enquanto eu e Jhenny fomos pagar as coisas que nós todos consumimos. Não demorou e logo o carinha que estava no caixa nos atendeu. Entregamos a ficha da nossa mesa junto ao dinheiro. Ele retirou o recibo e entregou na mão de Jhenny. Nós começamos a caminhar até a nossa mesa. Jhenny parou com os olhos arregalados, eu olhei na direção em que ela olhava.. Sarah tentava beijar Justin.

Foi a gota d'água. Eu saí andando, ainda mais rápido em direção á Sarah. Nada no mundo me seguraria agora.. Nem meu pai, minha mãe, meus amigos, ou o Chuck Norris. (Justin so fala dele *-*) 
Quando cheguei perto Justin tentava empurra-la, mais ela tentava agarrá-lo mesmo assim. Christian estava parado, sem saber o que fazer, Jhenny ainda paralizada, enquanto as amiguinhas de Sarah riam. Eu não vi mais nada, a única coisa que me vi fazer foi puxar Sarah tão forte pelos cabelos a ponto dela cair. Nessa hora, juntou um bolinho de gente em volta da gente. Subi em cima dela, prendi seus dois braços com uma mão e com a outra comecei a dar murros na cara dela. Eu estava morrendo de raiva! Eu estava descontralada.
Era como queimar a ponta do rabo de um urso durante a hibernação.
Eu não conseguia parar de dar socos na cara dela. Justin me puxava pelo braço, tentando me tirar de cima dela:
- ASH, PARA! - Justin gritava, enquanto tentava me tirar de cima dela.
- EU VOU MATAR ELA! - Eu continuava dando socos na cara ela.
A cara dela de vermelha, começou a ficar inchada.. Mais eu não me importei.
Ela me jogou pro lado, e conseguiu levantar e sair correndo. Eu saí correndo atrás dela e toda a multidão atrás, inclusive Justin. Quando consegui alcançá-la, eu a empurrei e ela caiu de cara no chão. Eu fiquei parada pra que ela levantasse e eu continuasse. Ela se levantou, e junto com sua cara inchada, agora, seu nariz sangrava.

Ela começou a chorar, e fazer o sinal com as mãos pra que eu parasse. Eu não conseguia sentir pena dela, nem muito menos parar de bater nela. As mesmas duas amiguinhas que estavam com Sarah no banheiro vieram em minha direção, correndo.. Imaginei que elas avançariam em mim. Jhenny veio logo atrás, puxando uma pelos cabelos e dando um empurrão na outra. Agora era eu e Jhenny.
Eu conseguia ver o rosto de Justin e de Christian, estavam ambos aflitos. Justin tentava passar pelas pessoas pra me tirar dali, mais era inútil.
Antes que eu pude perceber, Sarah saiu correndo pro banheiro e eu fui atrás.. Seria melhor ainda! A confusão continuou, várias pessoas correndo atrás pra ver. Entreino banheiro e tranquei a porta que dava acesso e sorri: seria só eu e ela agora.
Ela estava encostada na pia, me olhando.. agora não mais com medo, e sim com raiva.
Ela avançou em cima de mim e nós caímos, ela em cima de mim. Ela tentava prender meus braços, mais não conseguia.. Eu os deixava em movimento pra que ela não os prendessem.
Por um descuido dela, eu consegui me levantar. Ela ainda estava deitada no chão, e eu comecei a arrastá-la pelos cabelos até um dos boxes.. eu tremia de raiva.

Pessoas batiam na porta, ou tentavam arrombá-la.. Consegui arrastar Sarah pelos cabelos pra dentro de um boxe.
- Você pode mexer com qualquer pessoa, menos comigo. - Eu falei entre-dentes. - Você pode mexer com qualquer namorado menos com o meu.
Ela se levantou e saiu correndo até a porta, mais antes que ela destrancasse a porta eu a puxei. Peguei sua cabeça e bati com tudo no compartimento de por papel higienico grudado na parede. Ela gritou de dor. Eu me afastei e pude vê-la.. Ela estava com a cabeça e o nariz sangrando muito, a cara muito inchada, com ematomas, e caída.. Eu senti que ainda deveria bater mais nela, mais por bom senso, eu destranquei a porta e saí. Havia muitas pessoas lá fora: Justin, Christian, Jhenny com a blusa rasgada mais não estava machucada e sorria pra mim.. as amigas de Sarah estavam com expressões assustadas. Justin correu até mim, com a expressão assustada também.
- VOCÊ É LOUCA? - Ele gritou pra mim, irritado.
- Não, não sou. - Respondi calma, enquanto o olhava.
- PORQUE VOCÊ FEZ ISSO COM ELA? - Ele continuou gritando.
- VOCÊ VAI DEFENDER ELA? - Disse, incrédula por ele estar gritando comigo por causa dela.
- VOU, PORQUE VOCÊ ESTÁ ERRADA! - Ele gritava ainda.
- JÁ QUE TÁ DEFENDENDO ELA, VAI NAQUELA DROGA DE BANHEIRO E CUIDA DELA.. - Lágrimas começavam a sair. - APROVEITA E FICA COM ELA! - Eu saí correndo, em meio as pessoas.

Eu saí do boliche. Minhas roupas estavam apresentáveis, nada rasgado, nada sujo.. Apenas minhas mãos , um pouco sujas de sangue dela. Agora sim eu queria matá-la! Justin defendeu ela, e á mim? ele preferiu julgar! Pois é né, pessoas nos supreendem..
Pude ouvir passos de alguém correndo e em direção á mim, eu não quis me virar pra ver quem era, não importava.
- Ash! - Pude ouvir uma voz, a voz familiar de sempre.. Christian.
- Se for pra me julgar, não precisa. - Eu continuei andando.
- Não, Ash.. - Ele coreu e ficou de frente pra mim. - Eu só quero dizer que Justin não fez por mal.. e ele te ama.
- Ama? - Eu olhei, sem demonstrar reação. - Tem certeza? Defendendo ela.. ele me ama?
- Ele não quis..
- Que modo mais moderno de amar, não? - Eu tentei sorrir. Comecei a caminhar novamente..
Eu não queria mais saber de nada, nemde amigos, boliche, Sarah, Justin, nem muito menos das minhas férias.. Eu só queria ir pra minha casa, e ficar lá. Voltar a ser a garota invisível da escola, voltar a conversar com Jhessica, a desejar Dave. Agora eu posso realmente ver, eu era feliz antes de vir pra cá. Mesmo com a minha vida monótona e meus poucos amigos. Agora eu tinha amigos, um namorado.. ou ex, e vários problemas, sofrimento. Eu amava Justin, contudo eu ainda o amava.. Mas se ele defendeu ela, que fique com ela então.. Porque sinceramente, eu não quero mais.

Caminhei e deixei Christian pra trás. Saí do shopping, estava escuro e não havia quase ninguém na rua.. Eu estava com medo, é.. ainda mais sozinha. Eu caminhei até o ponto de onibus olhando pros lados, pra ver se via alguém, mais nada. Fiquei sentada no ponto de onibus mais de 40 minutos e nada do onibus passar. Já era quase meia-noite. Agora, não havia ninguém mais na rua. Fiquei olhando meu anel por um tempo, o anel que Justin tinha me dado. Por um momento eu pensei em voltar lá e me desculpar.. mais me desculpar porque? Ela havia me provocado, e ele havia defendido ela. Quem deveria se desculpar era ele, eu não devia desculpas á ninguém. Em outro momento eu pensei em jogar aquele anel fora, assim como tudo o que eu sentia por ele.. Mais não era tão simples como jogar algo que você não usa fora, era bem mais do que isso. Enquanto eu pensava, pude perceber um grupo de garotos se aproximando do ponto, eles pareciam muito tontos, bêbados. Fiquei parada, sentada onde eu estava.. eu não senti medo, eu estava preocupada com outras coisas pra ficar pensando em garotos bebados no meio da rua. Continuei pensando, de cabeça baixa, até que eles se aproximaram de mim. Agora eu podia ver, estavam todos drogados, mais cheiravam a destilaria. Bebados e drogados, talvez. Eram garotos bonitos.
- O que a princesa fez sozinha na rua essa hora? - O mais bonito disse, e sentou ao meu lado.
- Er, estou voltando pra casa. - Eu disse, tentando sorrir.
- Você está triste? - Ele sorriu pra mim, eu podia sentir o cheiro do seu hálito.. cheirava á alcóol.
- Mais ou menos. - Eu abaixei a cabeça.
- Vem se divertir com agente.. - Ele colocou a mão na minha coxa. - Agente promete que não te machuca. - Ele começou a acariciar minha coxa.
- Para! - Eu tirei a mão dele da minah coxa.
- Ih, ela tá de rejeitando David. - Um dos garotos do grupo zombou dele.
- Não tá não. - Ele me puxou com força pelo braço.
- EI, ME SOLTA! - Eu gritei, ele estava me machucando. - TÁ ME MACHUCANDO.

Eu estava ficando com medo, afinal, eu estava sozinha.. estava muito escuro. Eu não sabia pra onde correr, ou a quem recorrer, só havia eu e eles lá.
- Eu te fiz uma proposta, você não quis aceitar.. - Ele continuava me puxando e apertando meu braço. - .. então você vem comigo agora. - Ele começou a me puxar.
- ME SOLTA! POR FAVOR, TÁ ME MACHUCANDO! - Eu continuava gritando, meu braço doía.
- Não vou soltar, até você me fazer um agrado. - Ele começou a gargalhar com os outros garotos.
Eu não sabia o que fazer, meu coração batia rápido, e eu estava morrendo de medo.
Olhei para os lados e novamente não havia ninguém, me bateu um desespero. Eu não sabia o que fazer, então, dei um chute nas partes ''intimas'' dele, ele se agaixou de dor. Eu saí correndo, desesperada. A bota tinha o salto muito alto, o que não me ajudou. Eu saí correndo m meio toda aquela escuridão daquela rua. Os garotos que estavam com ele saíram correndo atrás de mim, o que me deixou com mais medo ainda. Eu não sabia o que fazer ou aonde ir, eu só queria sair dali.
- Corre não princesa! - Um dos amigos dele gritava, enquanto eu corria pra tentar me salvar deles.
Eles eram bem mais rápidos que eu, por causa da bota. Parei pra tentar tirar as botas, infelizmente eles foram mais rápidos e me pegaram. Dois garotos me seguravam, um de cada lado, eu não sabia o que fazer. Eu tentava me soltar, tentava bater neles, mais eu não conseguia machucá-los. Era inútil. O garoto que eu havia chutado se aproximou d emim:
- Mais é uma vadia mesmo. Eu tento te fazer uma proposta.. - Ele me deu um soco na cara. - E você me chuta.
Meu rosto doía, eu comecei a chorar. Não havia á quem recorrer. Ele se aproximou de mim, os dois garotos ainda me seguravam, e começou a beijar meu pescoço. Eu sentia nojo, tentava chutá-lo, mais com os dois garotos me segurando era inútil. Não tinha mais o que fazer, pedi á Deus que ele me ajudasse.

Em pensamento comecei a rezar e pedir pra que algo ou alguém me salvasse naquele momento. Eu nunca tive muita fé em milagres e coisas desse tipo, sempre fui do tipo que ficou bem longe de bíblias e igrejas. Mais nesse momento a quem eu recorreria á não ser o cara lá de cima? Eu realmente não sabia o que fazer. As lágrimas rolavam em meu rosto, eu estava desesperada, minha voz quase não saía mais de tanto gritar. Era inútil, 5 contra 1. Uma garota contra cinco garotos, covardia.
- Por favor.. - Eu tentava falar alto. - Me solta.. - Eu implorei, ainda chorando e me chacoalhei novamente.
- Talvez mais tarde, vadiazinha. - Ele ainda beijava meu pescoço.
Eu ainda tentava me soltar, ou dar algum chute nele. Agora já passava algumas pessoas na rua, mais elas não conseguiam ver o que estava acontecendo, pois estava muito escuro, pouca iluminação na rua. Com sorte, eu consegui morder uma das mãos dos garotos que me seguravam e com a mão solta, arranhei o outro, tirando pele das mãos dele e fazendo ele me soltar, dei mais um chute nas ''partes íntimas'' do garoto que beijava o meu pescoço e com a pouca força que eu tinha agora, saí correndo sei direção. Pude ouvir um grito desesperado de alguém:
- ASH, NÃO! - Era Justin.
Olhei pra frente, vi um clarão. De repente, tudo ficou escuro.

Narrado por Justin, B.

Eu estava assustado, não sabia o que fazer. Christian tentava me acalmar, estávamos sentados na mesma mesa em qual haviamos sentados antes do ''ocorrido'' com Sarah e Ash. Eu podia ouvir alguns barulhos, elas ainda estavam dentro do banheiro, trancadas. Eu queria poder invadí-lo e tirar a minha Ash dali, mais não havia como. Todos ficaram olhando para a porta do banheiro, e todos podiam ouvir os barulhos. Coisas quebrando, coisas caindo.. Eu só queria que ela estivesse bem. Eu tremia.
- Acalme-se, cara! Tudo vai ficar bem. - Christian dizia, tentando me acalmar. Sem êxito.
De repente, ouvi um barulho de porta se abrindo, me levantei e olhei. Era Ash, a minha Ash. Meus olhos brilhavam, eu sabia que eles estavam brilhando. Olhei pra Ash, suas mãos estavam sujas de sangue, fiquei paralizado. O que ela havia feito? Matado Sarah? Tremi. Ela veio ao meu encontro, sem expressão alguma em seu rosto. Eu estava preocupado, saí correndo até ela:
- VOCÊ É LOUCA? - Eu gritei, assustado.
- Não, não sou. - Ela respondeu, calma, com a cabeça baixa.
- PORQUE VOCÊ FEZ ISSO COM ELA? - Eu gritei novamente. Eu não conseguia ficar calmo. Ela poderia ter se machucado.
- VOCÊ VAI DEFENDER ELA? - Ela disse.. levantando a cabeça, com os olhos arregalados.
- VOU, PORQUE VOCÊ ESTÁ ERRADA! - Eu não conseguia falar calmo, eu estava preocupado com Ash.
- JÁ QUE TÁ DEFENDENDO ELA, VAI NAQUELA DROGA DE BANHEIRO E CUIDA DELA.. - Ela começou a chorar, o que fez meu coração cair em pedaços. - APROVEITA E FICA COM ELA! - Ela saiu correndo, antes que eu pudesse dizer que eu não queria saber de Sarah, se sim dela.

Fiquei desesperado eu não conseguia me mexer e sair correndo atrás dela, eu não conseguia nem sair do lugar, Christian saiu correndo atrés dela e eu fiquei lá, paralizado. Pude ver Sarah saindo do banheiro, ela estava em um estado deprimente: o nariz dela sangrava bastante a ponto de pingar, sua cabeça sangrava e todo seu corpo estava cheio de ematomas. Ash era realmente forte. Jhenny caminhou até mim e me puxou.
- Justin, agente precisa ir atrás dela. - Ela disse me puxando.
Fomos correndo, saímos do boliche e fomos até a entrada principal do Shopping, havia muita gente indo embora, eu e Jhenny não conseguiamos avistar Ash, estava escuro lá fora.
- Vai pra o lado esquerdo que eu vou pro direito, procure e depois me escontar aqui! - Eu disse, saindo correndo pro lado direito da entrada principal do shopping.
Olhei para todos os lados, pérguntei pra algumas pessoas que passavam e nada. Ninguém havia visto ela. Corri até a entrada novamente e Jhenny estava lá, ela também não havia achado.
- Ela deve estar no ponto. Se ela foi embora, tem que ter ido de onibus certo? - Jhenny falou, e puxou, saindo correndo.
Tive esperança de poder encontrá-la lá e explicar tudo. Cheguei no ponto e não havia mais ninguém lá, nem sinal de vida dela. De repente, Jhenny apontou: havia um grupo de garotos em uma rodinha e uma garota lá dentro. Eu pude ter certeza, era ela. Ela conseguiu se soltar e começou a correr, cambaleando, tentando atravessar a rua. Pude ouvir um barulho de motor, era um carro.. eu tinha mais do que certeza! Saí correndo até a ponta da calçada pra atravessar a rua e poder salvar Ash, mais Jhenny me puxou.
- ASH, NÃO! - Foi o que eu consegui gritar ao ver minha namorada sendo atropelada e aremessada por um carro em alta velocidade.

Os garotos saíram correndo, e em questão de segundos não se via mais nenhum deles. O motorista deu ré e em seguida fugiu, dirigindo em alta velocidade. Mais eu não estava preocupado com nada e nem com ninguém, ou melhor, só ela importava.
( leiam com essa musica: http://www.youtube.com/watch?v=i1zuN17t51A )
Eu saí correndo em direção á Ash. Ela estava caída no asfalto, inconsciente, com a cabeça sangrando bastante e o rosto esfolado. Caí de joelhos, lágrimas percorriam meu rosto. A idéia da morte dela começou a percorrer minha cabeça e eu chorava ainda mais, eu não conseguia sequer pensar na minha vida sem ela. Não conseguia me imaginar sem ela por perto. Eu não podia ficar sem ela. Ficar sem os abraços dela, ficar sem sentir seu cheiro, sem sentir o gosto do beijo, sem poder tocá-la. Minha vida não teria sentido algum sem a garota da minha vida. Eu estava arrasado, não conseguia mais parar de chorar. Minhas mãos tremiam, eu não conseguia me levantar, não conseguia sair de perto dela ou parar de segurar suas duas mãos com as minha mãos, trêmulas. Passou um filme pela minha cabeça, tudo o que eu havia passado com ela. Todos os dias, todos os momentos, todas as noites que eu havia dormido abraçado com ela. Será que mesmo depois de tudo aquilo, ''agente'' poderia acabar assim? Eu não sabia. A unica coisa que eu sabia é que eu a amava mais que tudo, e que se ela se fosse, meu coração e alma iriam junto com ela.
- Where are you now? I can't see the light. - Eu disse, em meio as lágrimas que não paravam de cair.

A cabeça de Ash continuava sangrando muito, tirei minha blusa e coloquei sobre sua cabeça para estancar o ferimento, como minha mãe havia me ensinado uma vez que eu havia caído de skate. Estava frio, mais eu não ligava. Jhenny estava do meu lado, chorando, calada. Ouvimos passos de alguém correndo e então olhamos para trás, era Christian.
- Eu falei com ela, ela disse que.. - Christian dizia até que se aproximou e viu Ash caída. - ASHLEY! - Ele se agaixou, com os olhos arregalados. - O QUE ACONTECEU COM ELA? AGENTE PRECISA CHAMAR A AMBULANCIA! ELA TÁ BEM? ME RESPONDAM POR FAVOR !
- Ela foi atropelada, Chris. Agente não sabe como ela está. - Jhenny disse, chorando, tirando seu celular do bolso e discando um numero que eu deduzi que fosse da emergencia. Eu ainda sim não consegui pensar em outra coisa, era só Ash na minha cabeça, era só ela e mais nada. Eu pude ver a aliança que eu havia dado pra ela em sem dedo, brilhando, com sangue em cima, mais brilhando.
- Eu quero uma âmbulancia com urgencia aqui pra rua na frente do shopping de Stratford! Minha amiga foi atropelada e tá sangrando muito! - Jhenny dizia desesperada no telefone. - Ok, venham logo! - Ela desligou.
Um bolinho de gente foi se juntando em volta de nós. Alguns querendo ajudar, cedendo carros pra levar ao hospital. Outros querendo ver só o que estava acontecendo. Outros nos ajudando nos primeiros socorros. A ambulancia finalmente chegou. Os para-médicos começaram a fazer os primeiros socorros ali mesmo, colocaram ela em uma maca, imobilizaram, colocaram algo em seu pescoço, em sua cabeça e a cobriram com um tipo de papel metálico.

Eu não soltei sua mão nem um por um minuto, queria estar sempre com ela tanto agora, quanto pra sempre e sempre, e um dia depois do sempre pra sempre..
- Hey garotos, vocês são amigos dela? - Um dos para-médicos perguntou pra mim, Chris e Jhenny.
- Eu sou o namorado da Ash, sou Justin. E eles dois são amigos dela: Christian Beadles e Jhennifer Morgan. - Eu respondi, ainda chorando.
- Tudo bem. Entrem na âmbulancia. - Disse ele, abrindo uma das portas.
Nós entramos e nos sentamos, continuei segurando a mão dela. Os para-médicos ainda a atendiam dentro da ambulancia.
- Ela vai ficar bem? - Eu perguntei, em meio as lágrimas.
- Eu não sei garoto, vamos rezar pra que fique. - Ele disse, sorrindo. - Você tem sorte, ela é uma bela garota.
- É, eu sei. - Eu tentei sorrir, mais depois a tentativa de sorriso de desfez. - Por favor, eu te imploro. Salva ela? Ela é tudo pra mim.
- Eu vou fazer de tudo garoto, eu prometo. - Ele sorriu.
Eu sorri, e abaixei a cabeça logo depois.
Não demorou e chegamos ao hospital. Não havia transito em Stratford, e a ambulancia andava muito rápido. Eles desceram a maca e saíram correndo com ela pela porta de emergencia. Tive que soltar sua mão, senti como se estivesse sem chão.
- Salva ela! - Eu falei para o para-médico, que sorriu.
Eu, Christian e Jhenny entramos na sala de espera do hospital. Já haviam telefonado pro pai de Ash, e ele já estava a caminho. Nos sentamos na sala de espera e demos as mãos, para que desse tudo certo.

- Justin, Christian, Jhenny! Como vocês estão? - Ouvimos uma voz e nos viramos pra ver quem era.. Era Chad, o pai da Ash.
- Estamos bem. - Falamos em coro.
- E Ash? Onde está? O médico já disse algo á vocês? - Ele se sentou com Sophie no outro sofá, preocupado.
- Não, ainda nada. - Jhenny disse. - Isso está nos matando.
Passaram-se duas horas, e nada. Duas horas de espera, de pura ansiedade e frio na barriga. Eu ainda tremia, de nervoso e frio. Qualquer barulho que fazia, de pessoas andando, ou indo de vindo de médicos e outros funcionários do hospital, ou pacientes.. nós olhávamos, e nunca era o médico.
- Eu vou entrar lá dentro! - Eu ameaçei levantar e Christian me puxou pra baixo denovo, sentei-me novamente.
- Relaxa cara! Eles sabem o que fazem, eles são profissionais. Deixe eles trabalharem em paz! Ashley tá bem ok? - Christian disse, fazendo um gesto com as mãos.
Passaram-se mais 15 minutos e nada. Até que ouvimos um barulho de sapato, de alguém atravessando o carredor e vindo em nossa direção.
- É o médico. - Chad se levantou, de mãos dadas com Sophie.
Assim, todos nós levantamos.
- Vocês são parentes de Ashley Stewart? - O médico perguntou, com uma prancehta na mão.
- Sim, somos. - Todos responderam em coro.
- Ok. Bem, a Ashley..

- Ela teve traumtismo crâniano. Está em coma induzido agora. Eu e os outros médicos achamos melhor deixá-la assim por umas duas semanas.. - O médico disse, calmo. - Após o coma ela vai perder a memória parcialmente, mais vai voltar aos poucos.
- Mais ela está bem? - Eu perguntei, ansioso.
- Quebrou duas costelas, e o pulso. - Ele olhou pra mim. - Mais fora isso, ela está bem.
- NÃO CORRE NENHUM RISCO ? - Meus olhos brilharam.
- Não, nenhum garoto. - Ele sorriu.
- Graças é Deus! - Falamos todos suspirando em coro.
- Podemos vê-la? - Jhenny perguntou.
- Sim, podem. Mais.. - Ele nos olhou. - Um de cada vez.
- AE! - Eu disse olhando pra Christian.
- Eu e Sophie vamos primeiro. - Chad falou. - Depois Jhenny e Chris, e por ultimo, Justin. - Ele olhou pra mim sorrindo.
- Ok. - Nós dissemos em coro, e nos sentamos novamente.
Chad e Sophie deixaram a sala de espera e foram em direção ao corredor. Em poucos segundos não se ouvia mais os passos deles. Estava tudo muito silencioso, e muito vazio. O barulho do telefone tocando na recepção era a unica coisa que quebrava o total silencio.
Christian abraçou Jhenny e ambos se encostaram no sofá, enquanto eu, fiquei de cabeça baixa e sentado no outro.

Passaram-se 30 minutos exatamente, eu contava cada segundo em minha cabeça. Eu contava cada milésimo de segundo, e rezava para que eles se passassem rapidamente para que eu pudesse ver a minha Ash. Pude ouvir barulhos no corredor, era Sophie e Chad. Eles vieram caminhando calmamente, sem nenhuma expressão no rosto. Sophie dava leves tapinhas no peitoral de Chad, o acalmando. Eles dois se aproximaram da gente:
- Hey garotos, podem ir! - Sophie disse, poupando Chad de dizer alguma coisa. - É a quinta porta á esquerda, não façam barulho, ok?
- Ok, não vamos fazer. - Disse Christian e Jhenny se levantando de mãos dadas e indo em direção ao corredor.
Eu podia ouvir a conversa deles, mais eu não prestava atenção. Eu só queria vê-la, e vê-la. Só.
- Er.. Justin.. - Chad começou a falar. - Você e Ashley..
- O que tem? - Eu perguntei, parando de encarar o vazio e olhando pra ele.
- Vocês são namorados, certo? - Ele perguntou.
- Errm.. - Eu não sabia o que dizer. - Somos..
- Rs.. - Ele sorriu. - Ela vai ficar bem e você poderá ficar com ela. - De algum modo, aquilo me confortou.

- É, ela vai ficar bem.. - Eu tentei sorrir, porém, sem êxito.
Depois disso, voltou o silencio infernal.. O silencio que martelava na minha cabeça, que me matava. Acho que eu nunca havia odiado tanto o silencio quanto agora! Eu comecei a contar os milésimos de segundos, os segundos, e minutos novamente. Eu estava tão ansioso pra ficar peerto dela novamente, segurar sua mão, sentir seu cheiro, saber que estava tudo bem..
- Hey cara! - Era Christian. Mais já? - Pode ir lá.
- Já? - Eu disse, me levantando em um pulo.
- Já. - Ele sorriu. - Agente não queria demorar pra não matar você.
- Valeu cara! - Dei um tapinha nas costas de Christian e saí correndo até o corredor.
Eu não sei o porquê, mais meu coração começou a bater tão rápido, que parecia que ia sair pela boca, ou atravessar meu peito. Contei as portas e finalmente chegou na quinta. Parei de correr e olhei a porta por alguns segundos.. Eu não sabia como ela estava, ou em que situação ela estava. Coloquei a mão na massaneta, meu coração voltou a acelerar, girei-a devagar e empurrei a porta, abrindo-a.

Ash estava deitada em uma cama, desacordada, parecia um anjo de tão linda.. O rosto dela estava meio esfolado pelo acidente, e ela tinha uma faixa branca em volta de sua cabeça, mais ela ainda estava linda. Me bateu uma tristeza vendo ela assim, sem estar acordada, sem estar falando, sem estar sorrindo.. Era como se você pudesse ter a estrela mais linda, e ela não brilhasse. Entrei no quarto, fechei a porta e caminhei lentamente até ela. O próprio quarto do hospital tinha o cheiro dela, o que me deixou melhor. O silencio já não era mais um problema pra mim, eu estava do lado dela agora. O monitor de frequencia cardíaca apitava, indicando que o coração dela batia. Segurei a mão dela, e fiquei olhando seu rosto por um tempo.. Era horrível vê-la assim, naquele estado. Puxei uma das cadeiras que estavam no quarto pra perto da cama dela e me sentei, eu podia ouvir sua respiração e dei graças á Deus por isso.
- Ash, meu amor.. - Eu comecei a falar. - Eu sei que você não está ouvindo mais eu preciso falar. Ter te conhecido foi a melhor coisa que já me aconteceu.. Eu estou tão feliz hoje, com você que eu nem me lembro mais como era a vida sem você. É como se eu fosse apenas um corpo ambulante por aí, e foi você aparecer e dar vida ao meu corpo que eu pude ver como é ser feliz. Eu te amo mais que tudo nessa vida, e se você for embora.. Eu não quero ficar aqui pra ver como vai ser sem você. - Eu suspirei. - Eu te amo. Você é tudo o que eu tenho, tudo o que eu quero e tudo o que eu preciso.
O silencio voltou a reinar. Lágrimas começaram a rolar sobre meu rosto,e cair em cima do cobertor que estava em cima de Ash. Eu deitei com a cabeça perto do corpo dela, por um momento, eu pude sentí-la.

Fiquei com ela por mais de duas horas, ninguém me tiraria daquele quarto, nem a força. Eu não queria soltá-la ou sair de perto dela. Eu estava cansado, toda aquela correria, ambulancia, hospital havia me deixado realmente cansado. Me lembrei que eu ainda não havia avisado minha mãe, mais não me preocupei. Nada nem ninguém me faria sair daquele quarto, até que ela ficasse boa eu estaria do lado dela! O sonp começou a chegar e eu senti que ia acabar dormindo, me levantei, beijei sua testa e me sentei novamente, me acomodando da cadeira sem soltar sua mão. Acabei dormindo.

Acordei ouvindo alguns ruídos e algumas vozes:
- Justin está arrasado.. - Era Christian.
- Será que Ash vai se salvar? - Jhenny perguntou.
- Eu não sei.. Eu espero que sim. - Christian suspirou. - Eu não sei o que seria de mim, de Justin sem ela..
Abri os olhos, e fui despertando. Minhas costas doíam, assimcomo meu corpo todo. Imaginei que fosse por causa da cadeira.
- Hey, oi.. - Eu falei baixo, me levantando e dando um beijo na testa de Ash que ainda estava do mesmo jeito que eu havia deixado-a, desacordada.
- Eaí cara. - Christian forçou um sorriso. - Sua mãe está aí, o pai da Ash avisou á ela..
- Ah, ok.. Eu ia avisar, mais não quis sair de perto dela. - Eu ainda segurava sua mão.
- Olha, eu sinto muito. - Jhenny disse, triste.
- Ash não vai morrer, vocês não precisam sentir muito. - Eu falei, tentando não ser ignorante, sem êxito.
- Me desculpe. - Jhenny disse olhando Ash. - Mais ela parece tão.. sem vida.
- É, não parece a Ash.. - Christian complementou.
- É... - Eu abaixei a cabeça.

Ficamos durante horas ali, no quarto.. Eu, Chris, Jhenny e Ash. Me torturava ver ela daquele jeito, deitada em uma cama, sem se mexer. Eu ainda segurava sua mão, não a soltava por um minuto sequer. Era um modo de estar perto dela, de sentí-la.
- Se eu não tivesse brigado com ela, não teria acontecido. - Eu disse, olhando-a.
- Cara, não fala isso! - Christian me repreendeu. - Não foi sua culpa!
- Foi sim, eu sei. - Eu disse, quase chorando.
- Não, não foi! - Ele gritou.
- É, não foi mesmo Justin. - Jhenny completou.
- Eu preciso ficar sozinho com ela. - Eu disse, me sentando novamente na cadeira ao lado dela. - Saiam. - Eu disse, acariciando a mão dela.
Christian e Jhenny me olharam, expressões de pena no rosto dos dois, logo depois se retiraram. Ficou um silencio.. Eu não sabia mais o que fazer, sem ela pra alegrar meus dias. Eu estava arrassado, e eu nem queria olhar-me no espelho pra ver minha olheiras enormes de tanto chorar. Talvez tenha sido a pior coisa que havia acontecido em minha vida. Eu não sabia como era perder alguém que se gostava, mais agora eu estava sentindo isso. Eu tinha a sensação que estava perdendo ela aos poucos, que eu iria ficar sem ela pra sempre. Senti um calafrio só de pensar em mim sem ela.

Peguei um papel e uma caneta, que estavam em cima de uma mesinha dentro do quarto e comecei a escrever. Eu não sabia o que eu iria escrever ao certo.. apenas escrevi.
''Where are you now?
When I need you the most.
Why don't you take my hand?
I want to be close..

Take my hand and walk with me.
Where are you now,
When nothing is going right?
Where are you now?
I can't see the light..

So take my hand and walk with me,
show me what to, be..
I need you to set me free.

Where are you now?
Now that I'm half grown.
Why are we far apart..
I feel all alone.

Where are you now,
When nothing is going right?
Where are you now?
I can't see the light!
''

Terminei de escrever, e quando percebi, eu estav chorando. As folhas do caderno estavam molhadas com minhas lágrimas. Senti uma sensação de vazio, como se me faltasse algo ou alguém. Eu sabia o que estava faltando: faltava ela na minha vida.
Eu estava exausto, cansado, com sono e com dor na costas, mesmo assim eu não queria sair dali, e eu não sairia dali até que ela pudesse sair comigo. Ouvi um barulho, alguém batia na porta.
- Entra. - Eu disse, enxugando as lágrimas.
Christian abriu a porta, e sorriu, com uma máquina digital em uma mão e um copo de café na outra.
- Eu trouxe pra você. - Ele disse, entrando e colocando a máquina e o café em cima da pequena mesinha.
Ele se virou e olhou pra Ash durante um tempo, depois, abaixou a cabeça e suspirou.
- Valeu cara.. - Eu sussurrei antes que ele pudesse sair da sala.

Ele fechou a porta. Me levantei e peguei a camera digital em cima da mesinha. O que eu faria com uma camera digital? Fiquei pensando. Liguei a camera e comecei a ver as fotos.. havia fotos minhas e de Ash na casa dela, nos beijando, nos abraçando. Me dava uma dor no coração ver aquelas fotos, era a saudade.. Saudade de vê-la ''vivendo''. Me juntei a ela novamente.
- Porque você não volta hein? - Eu perguntei a ela, não esperando resposta.
Ficou um silencio, até que alguém bateu na porta. Era o médico.
- Hey garoto.. Ainda esta aqui? - Ele perguntou entrando com uma enfermeira e um prancheta na mão.
- Sim. - Eu respondi, olahndo pra eles. - O que vão fazer?
- Tentar retirar os aparelhos.. Ashley respira coma ajuda dos aparelhos, e vamos tentar tirá-los agora. - Ele disse, até que a enfermeira se posicionou.
- Pode se afastar um pouco garoto? - Ela perguntou.
- Não, sinto muito. - Eu disse me levantandom, mais ainda segurando a mão de Ash.
- Tudo bem. - Ela disse, insatisfeita.

Não conseguiram tirar os aparelhos dela, o médico que me disse que ela ainda estava com dificuldades pra respirar, e era possivel que ela sofresse de algumas paradas cardíacas se tirassem, Chad achou melhor não tirar. A mãe de Ash ainda não havia sido informada sobre o acidente, Chad achou melhor não falar sobre isso, poderia ser um golpe muito grande pra Jane, ela já havia sofrido muito.

Duas semanas depois...

Ash ainda estava naquela maldita cama! Sem se mexer ou acordar. Eu estava deprimente, admito. As duas semanas eu não dormi direito uma noite sequer, eu não conseguia dormir por muito tempo, eu só tinha pesadelos em que ela morria.. Minha mãe não conseguiu me arrastar pra fora daquele quarto. Gravei vários videos pra Ash, escrevi algumas musicas pra ela, e as coloquei na internet.. por ela. Depois do acidente, eu chorava todos os dias, passava horas encarando o vazio, e nunca, por nada soltava a mão dela.
- Oi Justin. - A enfermeira entrou no quarto com uma siringa na mão, como de costume, ela ia injetar o remédio na veia de Ash.
- Hey. - Eu disse, sem o menor intusiasmo.
- Justin.. - Ela começou a falar, sem olhar pra mim. - Você precisa ir. Ela pode não acordar mais, você precisa seguir sua vida. Pessoas como Ashley podem nunca mais acordar, nunca mais voltarem a viver, podem passar em estado vegetativo pra sempre. - Ela ainda não olhava pra mim.

Eu não sabia o que dizer, pensar em mim sem Ash era ruim demais.
- Ela vai acordar. - Eu disse, calmo.
- Só Deus sabe se isso vai acontecer. - Ela continuou falando. - Você precisa ser forte e ir viver sua vida. Você é novo. Já se olhou no espelho?
- Não.
- Você está com olheiras, seu rosto está inchado de tanto chorar por ela. Isso pode ser em vão..
- Você é paga pra tirar as esperanças dos outros? ASHLEY ESTÁ VIVA E ELA VAI ACORDAR. - Eu fiquei nervoso.
- E se não acordar? - Ela me olhou. - Vai ficar pra sempre aqui?
Eu não sabia o que dizer.
- Se ela não acordar.. eu virei aqui todos os dias, estarei do lado dela todos os dias, trarei flores pra ela todos os dias, segurarei sua mão todos os dias e chorarei todos os dias também. - Eu fiquei calmo. - Eu não vou deixar de amá-la porque ela não pode levantar dessa cama. Eu vou amá-la ainda mais, pra quando ela se levante dessa droga de cama, ela venha pra mim. - Eu continuei. - Você já amou? Sabe como é o amor?
Ela não respondeu.
- Se você está me aconselhando a sair daqui e deixá-la, é porque você nunca amou. Meus pêsames pra você, saia daqui. - Eu disse, apontando pra porta.
Ela ficou calada, incrédula. Segundos depois ela deixou o quarto.
Eu nunca deixaria Ashley, mesmo que ela ficasse naquela cama pra sempre. Eu ficaria do lado dela pra sempre, até o ultimo segundo.

Eu não sabia o que dizer, pensar em mim sem Ash era ruim demais.
- Ela vai acordar. - Eu disse, calmo.
- Só Deus sabe se isso vai acontecer. - Ela continuou falando. - Você precisa ser forte e ir viver sua vida. Você é novo. Já se olhou no espelho?
- Não.
- Você está com olheiras, seu rosto está inchado de tanto chorar por ela. Isso pode ser em vão..
- Você é paga pra tirar as esperanças dos outros? ASHLEY ESTÁ VIVA E ELA VAI ACORDAR. - Eu fiquei nervoso.
- E se não acordar? - Ela me olhou. - Vai ficar pra sempre aqui?
Eu não sabia o que dizer.
- Se ela não acordar.. eu virei aqui todos os dias, estarei do lado dela todos os dias, trarei flores pra ela todos os dias, segurarei sua mão todos os dias e chorarei todos os dias também. - Eu fiquei calmo. - Eu não vou deixar de amá-la porque ela não pode levantar dessa cama. Eu vou amá-la ainda mais, pra quando ela se levante dessa droga de cama, ela venha pra mim. - Eu continuei. - Você já amou? Sabe como é o amor?
Ela não respondeu.
- Se você está me aconselhando a sair daqui e deixá-la, é porque você nunca amou. Meus pêsames pra você, saia daqui. - Eu disse, apontando pra porta.
Ela ficou calada, incrédula. Segundos depois ela deixou o quarto.
Eu nunca deixaria Ashley, mesmo que ela ficasse naquela cama pra sempre. Eu ficaria do lado dela pra sempre, até o ultimo segundo.

(leiam com essa musica a partir do segundo 0:20: http://www.youtube.com/watch?v=FL0bjwez8mg )
Eu não aguentava mais aquilo. Mais que droga! Porque ela não acordava? Porque ela não se mexia? Porque ela não dava sinal de vida? Eu não aguentava mais. Fotos, filmagens, roupas já não eram nada.. não poderiam diminuir a saudade que eu tinha dela, Eu a tinha do meu lado, mais era como se alma dela, seu espírito estivesse muito longe de mim e era isso que acabava comigo. Já haviam tirado a faixa da cabeça dela, e os aparelhos.. o que me deixou mais feliz. Haviam mudado de enfermeira, não era mais aquela ****. O médico vinha vê-la todos os dias, assim como Chad, Sophie, Chris e Jhenny. Minha mãe tentava todos os dias me tirar dali, mais eu não saíria, não sem ela.
Fiquei olhando Ash.. Como eu pude ter tanta sorte? Conhecer a garota da minha vida por uma ligação que nem era pra mim.. Perfeito. Me levantei e fiquei do lado dela, com meu rosto perto dela, acariciando-o.
- Eu estou aqui, esperando por você.. Você é tudo pra mim. - Eu disse, ainda acariciando o rosto dela. - Não importa mais nada pra mim agora. Eu vou estar aqui, do seu lado, sempre. Eu te amo. - Eu dei um selinho nela.
Pude sentir algo de mover, me assustei. Senti que algo segurava meu rosto, e então olhei pra Ash. Seus olhos estavam abertos, ela sorria.
- Você é minha vida, e eu amo você. - Ela disse, em meio as lágrimas que escorriam de seus olhos e caíam no travesseiro.
- Ash.. Voc-ee..ee acor-d.. - Eu não consegue falar, eu estav assustado, feliz, incrédulo, tudo ao mesmo tempo.
- Não fala nada. Só me beija. - Ela disse, sorrindo, me puxando pra cima dela na cama.
Eu segurei seu rosto com as mãos, e sorri. Eu não conseguia me conter, escorriam lágrimas dos meus olhos também, ela estava aqui, ela estava comigo, ela havia voltado pra mim, ela ainda era minha. Eu olhei em seus olhos, sorrindo.. segurei seu rosto e a beijei.

 


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Notas finais do capítulo

Capitolo dedicado a minha perfeitinha Biiiah , pois eu contei tudo pra ela antes de postar D nao me matem e qeu ela tava morrendo de curiosidades ! hihihi beeeeeeeeejo