Eu escolho Paris escrita por nana


Capítulo 8
Eu escolho Paris - epílogo


Notas iniciais do capítulo

Bom, chegou o epílogo! Boa leitura!



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Epílogo

– Atenção, pessoal – pediu Spencer no microfone – gostaria de dizer que se preparassem e aguardassem que logo mais a noiva estaria descendo, mas mentiria se dissesse isso.

– O que você está fazendo? – Perguntou James Rollins em tom baixo, aproximando-se de Spencer que estava no palco.

– Alison deixou isso para você – explicou entregando-lhe o bilhete – deveríamos mandar as pessoas para suas casas – falou em tom mais baixo.

James leu o minúsculo bilhete e olhou ao redor buscando os olhos azuis de Alison, buscando seu lindo vestido branco, quem sabe sua expressão sapeca. Queria vê-la para ter certeza de que aquilo é uma brincadeira, não passava de uma brincadeira, não podia não ser brincadeira.

Amassou o bilhete em sua palma da mão ao perceber que não a encontrava e disparou para o duplex. A porta escancarada que assim havia sido deixada por Aria, Hanna e Spencer o fez ver que ali mesmo ele não encontraria nem pista de onde Alison estaria. Ou melhor, talvez houvesse uma pista.

Onde estava o pote de vidro com todo aquele dinheiro que Alison havia guardado por tantos anos para viajar a Paris?

– Agora entendo porque sua filha sempre foi vista como um ser odioso – falou ele, ao voltar para o pátio gramado, entregando o bilhete amassado nas mãos do Sr. DiLaurentis.

Jason, o irmão mais velho de Alison, tomou o bilhete e leu para seu pai e, logo em seguida, gargalhou, enquanto James Rollins chamava sua família e retirava-se da festa.

– Isso é verdadeiramente parecido com Alison – seu pai analisou o bilhete com uma expressão preocupada – fique tranquilo, pai, ele vai superar. Ele e Alison nunca dariam certo. Ele era muito trivial para ela.

Ao lado do meio-irmão, surpresa pela atitude corajosa de Emily e Alison, Spencer mandava uma mensagem para os celulares das amigas.

Vocês não estão realmente indo para Paris, estão? Foi a mensagem que chegou no celular de Emily. O remetente: Spencer.

Estamos. Respondeu ela.

...

– O que nós estamos fazendo? – Perguntou Alison, entre um sorriso e outro que Emily e ela trocavam, sentadas, esperando seu voo.

– Eu estive em dúvida por tanto tempo. Sem coragem de pedir a você que nos desse uma oportunidade. Sem forças para encarar a profundidade desse sentimento. Mas agora... tudo que eu não tenho são dúvidas. Quando você me beijou daquela forma tão entregue, tão real, tão verdadeira... tudo que havia para duvidar, simplesmente, sumiu.

Alison sorriu.

– Nossa primeira vez em Paris. Fico tão feliz de dividi-la com você.

Emily beijou suavemente a testa de Alison.

– Eu também – retornou Emily – eu também estou muito feliz.

Sair correndo daquela festa havia sido a coisa mais emocionante e mais incrível que Alison e Emily já haviam feito. Não havia mais incerteza, não havia mais riscos, não havia mais drama, não havia mais sentimentos ocultos. Só havia vontade. Vontade de viver tudo aquilo que sempre quiseram, mas que, até ali, nunca haviam tido coragem para viver.

O sangue corria rápido por suas veias, seus corações estavam acelerados e seus corpos ainda tremiam pela excitação daquele beijo tão profundo e tão entregue que haviam compartilhado há tão pouco tempo.

O carro de Emily tinha aquele cheiro tão típico dela, Alison reparara. Cheiro de sol e de praia, cheiro de piscina, de água de coco, cheiro de mar... cheirava tropical, igual a pele morena da mulher de seus sonhos, debaixo daquela loção corporal que tornava aquele corpo ainda mais atrativo e seu próprio corpo ainda mais sedento de senti-la inteira, de cheirá-la inteira, de beijá-la inteira.

Para passar na casa de cada uma, não levaram vinte minutos.

Alison colocou um vestido leve cor de rosa e um par de sapatilhas amarelas, deixando seu vestido de noiva jogado sobre a cama. Pegou uma mala mediana de mão e jogou dois pares de lingerie que há tanto tempo havia comprado, mas que nunca havia usado, pois estavam esperando por Emily. Jogou também três vestidos coloridos, uma saia e duas camisetas, duas sapatilhas e sua carteira, onde estavam seus documentos, cartão de crédito e o passaporte. E, claro, voltou correndo para pegar a foto das amigas que ficava na sua mesa de cabeceira e o perfume que Emily adorava, cujo conteúdo estava pela metade, e que havia estado guardado na última gaveta da cômoda, junto ao antigo diário de Alison e algumas cartinhas de amor que abarrotavam o pequeno caderno. Resolveu que eles também iam viajar com elas: o diário colocado com cuidado para não amassar as páginas e as cartas de amor perfumadas.

Emily trocou seu belo vestido azul, mesmo Alison tendo insistido que ela estava maravilhosa com aquele vestido e todos iam admirá-la no aeroporto. De shorts jeans, tênis e bata larga, ela sentia-se mais à vontade. Pegou sua bolsa enorme de couro, que sempre carregava para cima e para baixo, onde estavam todos os seus documentos e o que tinha de dinheiro na carteira, um cartão de crédito de limite razoável, as notas fiscais meio apagadas de suas últimas compras, um vidro de protetor solar (coisa de nadador), uma versão colônia de seu perfume favorito, um pente de plástico e mais algumas coisas jogadas. Abriu a carteira para checar se seu passaporte estava ali, deparou-se com uma pequenina foto recortada, em que Alison e ela se espremiam para que coubessem seus rostos colados na imagem. Sorriu. De quebra, o passaporte estava lá. Sorriu novamente.

Na mala mediana empoeirada que Alison havia encontrado embaixo da cama, jogaram um par de botas e tênis delicados, dois blusões, dois jeans, duas regatas de cor escura e uma saia. Para quebrar o estilo largado, Alison dissera. Lembraram-se também de por algumas calcinhas. E um vidro de hidratante, que a loira reconhecera ser aquele que dava o cheiro tão atraente à pele de Emily.

O caminho para o aeroporto havia sido feito em silêncio. Mas era não um silêncio incômodo. Era um silêncio cheio de completude. Um silêncio que parecia indicar que mais nada precisava ser dito, que já todo aquele amor havia sido declarado, de que já toda aquela saudade estava prestes a ser apagada, pouco a pouco seria apagada, naquela viagem, em todos os momentos, dia a dia, daí para frente.

Apenas a sensação de estarem ali, sentadas, à espera do voo que as levaria para a tão sonhada cidade de Paris... parecia a melhor sensação do mundo.

– Nós esquecemos de colocar escovas de dente – comentou Alison tocando a própria testa.

– Eu acho que tenho uma na minha bolsa – falou Emily escavando entre a lotação de sua própria bolsa – nossa! Esquecemos sabonetes!

– Esquecemos toalhas!

– Será que nossas roupas darão para os dias que pretendemos ficar?

– Nós podemos lavar e repetir. Mas e se onde formos ficar não tiver um lugar para comprarmos shampoo? E creme de cabelo?

– Ah, meu Deus! – Continuou Emily – e nós não lembramos de colocar a escova! Vamos ficar para cima e para baixo com os cabelos molhados!

Começaram sorrindo e daí a pouco estavam gargalhando.

A verdade é que não fazia diferença.

Até 20 minutos atrás elas não tinham passagens aéreas. Quando a moça falou que o próximo voo sairia em quarenta minutos e só tinha dois lugares vagos, elas mal puderam acreditar, parecia que um anjo tinha guardado cuidadosamente aqueles dois lugares, especialmente para elas. As passagens haviam sido compradas parceladas em 10 vezes, no cartão de Emily, pois o dinheiro do pote de vidro seria todo trocado por euros e seria gasto com passeios de bote, com jantares a luz de velas, com sorvetes de morango e com rosas vermelhas.

Até 15 minutos atrás, elas não tinham onde ficar, mas a mesma moça do check-in e da venda das passagens – talvez fosse o anjo delas – havia indicado um site, onde conseguiram um pequeno e charmoso estúdio no sexto distrito de Paris de pouco mais de 20m² para passar a semana inteira.

Até 10 minutos atrás, elas não faziam a mínima ideia de se conseguiriam bancar aquela viagem com as suas economias, mas, despejaram o dinheiro sobre uma cadeira entre as duas e Emily responsabilizou-se pelas moedas, enquanto Alison contaria as cédulas que eram maioria, pois Ali dissera ser mais rápida. E, agora, elas sabiam que tinham dinheiro suficiente para ir a parques, passear de bote, tomar sorvete, comprar echarpes, “turistar” nas cidades vizinhas e ainda pagar pelo apartamento, comprar sabonete, shampoo, escovas de dentes, toalhas e quem sabe até tivesse dado para pagar uma parte do valor das passagens áreas, mas assim estava bom!

Até 5 minutos atrás, elas quase caíram para trás com o valor das taxas para a troca de moeda, mas com alguns sorrisos e confissões sobre o quanto haviam sonhado com aquela viagem a sua vida inteira, conseguiram percentuais mais baixos que as taxas de troca para turismo. Nada como sorrisos, confissões e as habilidades de Alison para negócios.

Última chamada para o voo 755 com direção a Paris.

Correram de braços dados para o terminal A e em direção ao avião. Suas malas já haviam sido embarcadas antes delas, no momento do check-in.

Quando o avião decolou 15 minutos depois e o barulho da turbina fez com que Alison e Emily finalmente entendessem porque aqueles lugares estiveram vagos por tanto tempo, elas riram, riram porque também não fazia a menor diferença, elas estavam juntas, com os dedos entrelaçados e alguma música romântica tocava nos fones que decidiram dividir, a caminho de Paris. Não havia nada mais que pudessem pedir.

...

O voo havia durado quase 8 horas. Por sorte, com a boa música nos fones de ouvido, a esperança de uma semana maravilhosa em Paris e uma boa dose de sono, nem parecia ter durado tanto assim. De qualquer forma, a mudança de fuso horário era um tanto confusa e, em Paris, já passava de uma da tarde. Decidiram tomar um táxi e ir ao estúdio deixar suas coisas e descansar um pouco.

O caminho até o sexto distrito do banco traseiro do táxi, com os vidros abertos e a brisa morna do começo da tarde a entrar, parecia o mais lindo caminho que Emily e Alison haviam percorrido em suas vidas.

Quase na porta do estúdio, em um francês bem arrastado, Emily perguntou ao taxista onde elas encontrariam um mercado para comprar coisas para casa. Ele respondeu que, por ser o bairro frequentemente habitado por turistas, havia tendas e lojinhas à cada esquina, vendendo de um tudo!

– Nós encontraremos tudo por aqui mesmo – explicou Alison sorrindo. Ela entendia muito melhor o francês – merci bien – agradeceu ao taxista.

Com algumas sacolas com produtos de higiene pessoal e outras sacolas com alguns artigos de alimentação e as duas malas nas mãos, elas deram entrada com o número de reserva do estúdio e pegaram a chave do lugar que seria seu lar pelos próximos dias.

Percorreram sorrindo os pouco mais de 20m² do estúdio, tocando os móveis delicados de cores suaves e a textura das paredes e as luminárias decoradas. Tudo ali era tão... romântico. Tão... Paris.

Emily tratou de guardar as coisas de cozinha, enquanto Alison colocava os produtos de higiene sobre a pia do banheiro.

– É tão pequeno e tão aconchegante – sorriu Alison, sentando-se na cama coberta por edredom colorido.

Diferente do resto da casa de cores leves e superfícies lisas, a cama tinha a superfície irregular devido ao edredom e aos travesseiros espalhados. A colcha era colorida, de fundo creme, com torres Eiffel e folhas de árvore alaranjadas, vermelhas e rosas espalhadas por toda sua extensão. A cama encaixava-se entre enormes prateleiras laterais cheias de bibelôs parisienses e uma parede, branca como as prateleiras, ao fundo, com uma janela comprida e um parapeito largo o suficiente para que uma pessoa se sentasse.

Alison encostou-se ao parapeito da janela, sentada na cama, e Emily foi ao encontro dela, encostando-se de lado à parede e admirando o rosto de Alison e seus olhos azuis feito água cristalina ao serem iluminados pelos raios de sol daquele princípio de fim de tarde.

Seus olhares esquecidos um sobre o outro sorriam e dividiam aquele sentimento enorme que há tanto tempo compartilhavam e que era ainda mais forte que quando sentiram a surpresa do primeiro beijo, mas, ao mesmo tempo, ainda era tão novo e apaixonado como naquele primeiro beijo.

Ah... o beijo.

Aproximaram-se ainda sorrindo, suas respirações um pouco mais calmas que no último beijo que haviam trocado, uma sensação de naturalidade as envolvia, porque não havia outro lugar, outro momento, outro olhar, outro sorriso em que Emily ou Alison se sentissem mais à vontade, mais em paz ou mais felizes.

O encontro dos lábios foi doce e calmo, mesmo quando o coração de Emily ameaçava romper seu peito. O tremor do corpo de Alison não a impediu de segurar o rosto de Emily entre suas mãos e aprofundar o beijo, sentindo o toque suave das mãos de sua amada sobre seus ombros e descendo sobre seus braços.

Beijaram-se, beijaram-se e beijaram-se e aquele amor só parecia pedir mais e mais daquele encontro, daquele encontro sem pressa, daquele encontro sob a atmosfera e os raios de sol de Paris.

Os lábios de Alison dedicaram a beijar cada pedacinho do rosto de Emily, enquanto Em, com as mãos descansando sobre o próprio colo, sentia paralisada aquela sensação maravilhosa de ser amada pela pessoa que mais amara em sua vida inteira.

Abraçaram-se e Emily escondeu seu rosto no pescoço de Alison, beijando ali devagar, deslizando os beijos para o colo rosado, enquanto Ali acariciava seus cabelos e a morena deliciava-se com o cheiro daquela pele e a suavidade daqueles carinhos.

Foi Alison que delicadamente empurrou o corpo de Emily em direção à cama e colocou-se sobre ela, um joelho de cada lado, apoiada sobre os próprios cotovelos e braços, começando novamente a beijar-lhe os lábios, enquanto os dedos de Emily subiam caminhando por suas coxas, chegando a sua cintura e apertando devagar.

Suspiraram em meio ao encontro das bocas, um suspiro cheio de amor, cheio de paixão, cheio de vontade. 5 anos de saudades, 5 anos de vontade, 5 anos querendo sentir novamente aquele calor, aquela unidade, aquela paixão acesa.

– Sonhei tantas vezes que ficávamos assim – falou Alison entre os lábios de Emily – era tão difícil acordar e não ter você.

– Nós não vamos ter que sentir isso de novo – Emily animou-a, acariciando suas costas sobre o vestido – nunca mais.

Os beijos e toques e carícias deslizaram da boca e do rosto ao pescoço e colo. Logo, as peças de roupa haviam sido deixadas ao pé da cama. A boxer feminina negra de Emily e o top também negro colado contrastavam-se com a lingerie delicada, lisa e branca que Alison usava. Um contraste perfeito. Um contraste de encaixe, como se fossem um perfeito quebra-cabeças.

Sobre o corpo de Alison, Emily agora a beijava de forma mais profunda e acelerada, seus corpos encaixavam-se, o suor exalava aquela mistura de flores e sol, como se estivessem em uma enorme clareira aberta numa tarde de primavera, com aquele amor inundando todo o espaço até limites que elas não conseguiam ver.

Aquele encaixe era único e ninguém mais poderia dar aquilo a nenhuma delas. Beijos. Apertos. Mistura de cheiros. Corpos colados. Corpos suados. Paixão. Vontade. Saudade. Mais beijos. Mais apertos. Uma mistura embriagante daqueles cheiros. Aquela paixão que deixava os corpos colados e suados e que não permitia que se desgrudassem.

Quando finalmente tudo que havia de tecido havia sido jogado para fora da cama e seus corpos podiam sentir-se sem nenhum empecilho, o corpo de Alison começou a tremer embaixo de Emily, sacudindo-se pelo prazer de finalmente sentir seu grande amor ali, tão perto, tão junto, em um contato tão íntimo.

Emily virou-a, colocando-a sobre seu corpo, acariciou seus ombros, suas costas, sua cintura, alcançando seu quadril, apertando devagar, deslizou as unhas sobre suas coxas, abraçou-a. Alison gemeu baixinho em seu ouvido, fazendo que o corpo de Emily trepidasse, quando um calafrio atravessou sua coluna e a fez arrepiar.

Com as pernas entrelaçadas e as intimidades coladas, Emily sussurrava o nome de Alison e falava o quanto a amava, de maneira arrastada, entre gemidos. Alison, de joelhos, observava atentamente as expressões do rosto da morena, deitada embaixo de seu corpo, tão perfeitamente encaixada a ela. Deslizavam seus corpos sem muita pressa, mas a pressão era tão grande que não podiam dizer quanto mais aguentariam aquele calor intenso, molhado, palpitante.

Emily segurou as mãos de Alison, prendendo-as juntos às suas na cama, ao lado de seu corpo. Alison movia-se, acelerando, Emily podia sentir como seus corpos tremiam e trepidavam e pressionavam e aprofundavam aquele contato tão forte, tão apaixonado e, à medida que o calor ia subindo de tom, tão louco, tão necessitado de ser abrandado.

Alison sussurrou um “te amo” entre suspiros pesados, cheios de excitação, “olha nos meus olhos”, pediu. Emily atendeu, prendeu seu olhar ao dela, daquele jeito que gostavam de fazer quando se viam, daquele jeito de quem não precisa dizer uma palavra para dividir o que sentiam ali, daquele tipo de amor tão forte e ao mesmo tempo tão suave, tão calmo e ao mesmo tempo tão louco, tão alma e ao mesmo tempo tão carne. Era tanto desejo e tanta calmaria, ao mesmo tempo, que nenhuma delas saberia descrever o que sentiam naquele momento. Só saberiam dizer que era maravilhoso.

Emily gemeu mais alto ao ouvir o suspiro que saiu dos lábios de Alison, enquanto o corpo dela estirava-se e, logo em seguida, relaxava-se liberando finalmente todo aquele calor. Alison retornou com último gemido ao sentir o corpo de Emily finalmente espasmar-se debaixo do seu em resposta ao enorme prazer que elas acabavam de compartilhar.

Com seus corpos nus e abraçados sobre a cama, debaixo dos primeiros raios de lua daquela primeira noite em Paris, Alison pegou seu diário e abriu-o em qualquer página. Algo por ali falava de alguma briga com alguém na escola, mas Emily a havia defendido. Emily ruborizou ao ouvi-la ler em voz alta aquilo. Mais na frente, Alison leu algo sobre medo, sobre o que já havia feito de errado. Emily a apertou entre seus braços, fazendo-a entender que qualquer motivo que havia existido para que Alison estivesse insegura ou com medo havia sumido. Mais na frente, sob o olhar apaixonado de Emily, em uma página em branco, Alison desenhou três grandes pontos... enormes reticências por todo o tempo que passara sem escrever. E, em seguida, começou a escrever em letras delicadas:

Largar o noivo no altar é uma coisa. Largar o noivo no altar por saber que precisava dar uma oportunidade a mim mesma é outra coisa. Largar o noivo no altar por saber que precisava dar uma oportunidade a mim mesma porque estava apaixonada por outra pessoa e pela mesma pessoa há tantos anos... é uma coisa muito mais forte, muito mais sincera, muito mais real. Amo Emily como nunca amei ninguém.

– Eu também amo você – sussurrou Emily em seu ouvido.

Alison sentiu como tremia inteira, respirou algumas vezes para acalmar seu corpo inquieto e escreveu, antes de jogar-se novamente sobre o corpo de Emily.

E fazer tudo isso e além de tudo, jogar-se com todas as minhas economias para o outro lado do mundo para viver o grande sonho que sempre dividimos... isso é amor.


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Notas finais do capítulo

Espero que goste do epílogo.
Espero que tenha a oportunidade de viver um amor tão forte e verdadeiro quanto o de Emily e Alison.

Obrigada por me permitir compartilhar essa história com você!

Grande abraço,

Natália Carvalho (nana).