Unbreakable Destiny escrita por Bob Esponja, Morrison, Ivy Sofie


Capítulo 16
Não confunda amor com posse


Notas iniciais do capítulo

*CONTÉM CENAS FORTES*CONTÉM CENAS FORTES*CONTÉM CENAS FORTES*
Música do cap>>>http://www.vagalume.com.br/panic-at-the-disco/this-is-gospel-traducao.html (Essa música casa com o capítulo, por favor escutem ♥).



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647718/chapter/16

       Passaram-se algumas horas e elas ficaram em silêncio a maior parte delas. Trouxeram o lanche de tarde, mas a loira mal olhou. Algumas vezes Regina sentia as algumas lágrimas molharem seu vestido e nesses momentos ela se abaixava dando um beijo nos cabelos da loira.
A porta se abriu chamando a atenção das duas e uma enfermeira apareceu informando que o horário de visita havia terminado, saindo logo depois.

— Emma... - A morena chamou assim que a porta se fechou porque a loira continuava imóvel, só que apertava mais forte o quadril da morena ao qual estava abraçada.

— Eu sei. - Ela fala baixinho, finalmente se levantando e ficando sentada como a amiga.
Regina respira fundo ao ver o rosto de Emma inchado e tão triste, é mais doloroso para ela ver aquilo do que Emma deve acreditar.

— Eu volto o mais rápido possível. - Regina fala, pegando a mão da outra e concentrando seus olhos nos olhos verdes, que brilhavam por conta das lágrimas, a sua frente - E quando voltar vou perguntar se você comeu algo, não quero receber um não. 

— Eu não estou com fome. - Emma responde, ainda triste, mas se assemelha a uma reposta de Henry quando é contrariado pela mãe.

— Eu não perguntei se está. - Ela diz de forma firme e percebe que foi um pouco grossa - Você precisa se alimentar.


       A loira suspira e desvia o olhar por um instante. Ela sentia que a dor só iria aumentar se Regina fosse embora, de certa forma ela havia se sentido um pouco melhor com a morena ali com ela, o perfume dela a fazia se sentir mais confortável e acolhida.

      A quanto tempo não tinha aquele colo para chorar, aquela presença que lhe traz paz, aquelas mãos lhe fazendo carinho, aquela voz tentando lhe acalmar? Como pode suportar tanto tempo sem aquilo, ou melhor, sem ela em sua vida?
Emma apenas concordou com a cabeça, e a morena decidiu se apressar ante que não conseguisse sair dali. Ela deu um beijo na testa da loira se despediu e foi para o carro.
      Quando colocou o cinto e olhou para a rua se deu conta do quão perdida estava após dez anos. Regina certamente nutria sentimentos mais fortes pela loira quando mais jovem, e depois de tanto tempo longe ela se convenceu de que havia sido apenas algo momentâneo e até sem sentido, mas não pode negar que está sentindo o mesmo ou até algo mais forte agora que entende que não é algo passageiro. Ela perde o foco dos pensamentos quando chega em casa e percebe que o carro de Robin estava ali.

— Mãe! -Henry fala animado ao perceber que Regina tinha chegado. – Como foi lá? -Ele pergunta sem nem dar a ela tempo de entrar em casa. 
— Vamos para meu escritório, lá eu te conto. -Eles entram com o objetivo de evitar Robin que estava no quarto. 
— E então? 
— Foi difícil, mas consegui contar. Ela ficou arrasada, passou todo o tempo que estive lá quieta, não consigo imaginar o que ela está enfrentando... Só consigo pensar que isso  tudo é culpa minha, eles estavam em alta velocidade e ela disse que não conseguiram parar o freio e eu sei muito bem porque não conseguiram. E se ela estava vindo até aqui para contar do Robin? Eu trouxe esse caos a vida dela. -A prefeita fala olhando para o chão, estava tirando forças do além para falar tudo aquilo em voz alta. 
— Pode parar! -O pequeno fala fazendo a mãe o olhar nos olhos. 
— Com o quê? -Pergunta assustada. 
— De se culpar, você não tem que pôr o peso do mundo nos ombros, o único culpado aqui é o R... -Ele para de falar quando Robin bate na porta. 
— Regina, posso falar com você? 
— NÃO! -Henry responde pela mãe de forma defensiva. 
— Deixa querido, vá para seu quarto, eu converso com ele. -Ela tenta acalma-lo. 
— Não deixa ele fazer nada com você... 
— Ele não vai, mas caso algo aconteça, vá para o seu quarto e tranque a porta. –Sussurra no ouvido do filho. 
— Tem certeza? -Pergunta apreensivo. 
— Tenho sim, meu principe. -Ela fala dando um sorriso doce a filho que sai pela porta fitando Robin. 
— Meu amor... - Ele começa a falar, com cara de inocente se sentando em frente à mesa. 
— Não venha com essa de meu amor. -Ela fala seca. 
— Vamos conversar civilizadamen... 
— NÃO ADIANTA. EU SEI O QUE VOCÊ FEZ! -A prefeita grita interrompendo as desculpas esfarrapadas, não aguentava nem olhar para a cara dele. 
— O que eu fiz? -O xerife pensa em se fazer de bobo mas fica farto. -AH QUER SABER? DANE-SE. 
— DANE-SE? ISSO É TUDO O QUE VOCÊ TEM A DIZER? DEPOIS DO QUE ACONTECEU AO KILLIAN E A EMMA? -A prefeita deixa toda raiva que sentia sair em sua voz. 


       Henry, em seu quarto, se assusta com os gritos que vinham do escritório e liga para August, o primeiro da lista sem nem pensar duas vezes. 
— TUDO QUE FIZ FOI POR AMOR, COM MEDO DE TE PERDER! - Ele grita de volta tentando arranjar uma saída. 
— AMOR? NÃO VENHA JUSTICAR SUAS AÇÕES IRRACIONAIS COM ESSA DESCULPA, QUEM AMA NÃO FAZ ISSO. -Ela levanta da mesa já sem paciência. 
— NÃO É DESCULPA, MESMO QUANDO EMMA ESTAVA LONGE, VOCÊ AINDA PARECIA MAIS LIGADA NELA DO QUE EM MIM. AGORA QUE ELA ESTÁ AQUI, TUDO É MIL VEZES PIOR... - Ele vocifera com ódio na voz. 
— O QUE VOCÊ ESTÁ QUERENDO INSINUAR? 
— EU NÃO SOU BURRO, SEI MUITO BEM O QUE VOCÊ QUER. 
— O QUE EU QUERO NO MOMENTO É O DIVÓRCIO. -Agora ela berra mais alto do que nunca e isso ativa a fúria do Robin. 
— DIVÓRCIO? PARA QUÊ? PARA IR ATRÁS DAQUELA LOIRA? SER A CACHORRINHA DELA? SUA SAPATONA DE MERDA. -Agora é ele quem levanta da cadeira e vai até a frente da mulher, agarrando o braço dela com força. 
— O QUE VOCÊ ESTÁ FAZEN... -Ela pergunta meio assustada, e é interrompida quando ele à joga no sofá. 
— VOU TE FAZER VIRAR MULHER! – Robin grita ao se deitar em cima dela e segura os braços da mulher a beijando com raiva. 
Regina podia sentir o nojo subindo, junto com o desespero, por sua garganta. Tudo que ela queria era sumir, cada parte do seu corpo se sentia ofendida e em agonia. Sentia a mão dele, que prendia não as suas, apalpando seu corpo ainda por cima da roupa - seus seios, bunda, levantando seu vestido, apertando suas coxas- sem delicadeza alguma. Uma agonia surgia em todo seu corpo enquanto tentava raciocinar uma forma de sair dali, mas era impossível pensar naquele momento. 
— EU SEI QUE VOCÊ GOSTA! - Ele fala agressivamente em seu ouvido. 
          Aquela frase só fazia com que seu corpo clamasse mais para sair dali, mas ele era forte demais e ela não conseguia se soltar. Estava apavorada de mais para qualquer coisa, até que uma lágrima insistia em querer sair do rosto dela. A morena juntou todo seu orgulho e força para uma única direção. 
— VOCÊ É UM MANIACO NOJENTO! -Ela grita, com toda a repulsa que estava sentindo. 
        O chuta no meio das pernas e ele grita em agonia, a mão dele diminui a força fazendo com que ela consiga se soltar. Ela começa a bater o máximo que consegue e o chuta de novo. Ele acaba caindo no chão e ela com a adrenalina em seu sangue e o coração na boca só pensa em correr dali. 
— SUA CADELA! -Ele grita, ainda no chão, ao vê-la tentar correr, mas ele a segura pela perna e ela cai. – VOCÊ VAI PAGAR POR ISSO. 
         Ele começa a puxa-la para si, mas ela consegue resistir e começa a chuta-lo desesperadamente com o pé livre, consegue se soltar com certa dificuldade, levanta e corre o mais rápido que consegue. Na mesma hora que August tinha entrado pela porta. Ela está correndo em direção ao quarto do filho quando tromba no amigo e quase dá um grito antes de perceber quem é. 
— Onde ele está? -O rapaz pergunta com raiva ao ver a amiga desnorteada, desesperada e com marcas vermelhas. 
— No escritório. - Ela responde sem conseguir segurar as lágrimas que agora corriam por seu rosto. 
— Vá lá para cima, eu cuido dele. -Ele fala indo para o escritório enquanto ela sobe as escadas sem nem pensar duas vezes. 
Ao tentar abrir a porta do quarto de Henry percebe que está trancada e consegue sentir uma mínima pontada de alívio por saber que ela a escutou. 
— Henry, é a mamãe.... Abre, por favor. - Ela fala, tentando controlar a voz para não parecer desesperada, mas por dentro ela temia que Robin aparecesse a qualquer instante. 
        Em alguns segundos ele abriu a porta apressado e arregalou os olhos ao ver o estado da mãe. Que só se deu conta, do quanto deveria estar péssima, naquele instante. 
— Mãe... O que... Ele fez algo com você? - Henry não sabia o que falar, seu coração doía enquanto olhava sua mãe com marcas vermelhas no braço e no pescoço, os cabelos bagunçados e a maquiagem borrada. 
Regina entrou apressada e voltou a trancar a porta. Logo em seguida, apoiou as costas na porta e deslizou sentando no chão e puxando o filho para si o mais forte que conseguia. Ficou alguns instantes tentando digerir o que acabará de acontecer, com Henry em seu colo a abraçando tão forte quanto ela o abraça. 
— Não, meu amor. Por pouco, mas não me fez nada. - Ela responde, de olhos fechados, com a voz embargada enquanto lágrimas silenciosas desciam por seu rosto. 
Podiam ouvir alguns barulhos do andar de baixo, mas decidiram ignorar. 
— Eu liguei para o August quando ouvi vocês gritando. - Henry fala, um pouco mais calmo se afastando para olhar para a mãe. 
— Então foi você? - Ela pergunta ao abrir os olhos e pôr as mãos no rosto dele. Ele concorda com a cabeça e ela esboça um leve sorriso de gratidão - Você é mais que meu príncipe, é meu herói. - Ela fala dando um beijo em sua testa e o abraçando novamente. 
—------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
       Quando August recebeu uma ligação de Henry ficou preocupado. Nunca havia ido com a cara do Robin e pelo que o garoto lhe contou, resumidamente, as coisas não acabariam bem. Regina e Emma são como irmãs para ele e nunca permitiria que nada de ruim acontecesse a elas. Então quando ele a viu naquele estado ficou furioso com aquele idiota que havia ousado tocar nela daquela forma. Foi em direção ao escritório e na metade do caminho encontrou o babaca com raiva indo atrás da morena. 
— Quem você pensa que é para achar que pode fazer aquilo com a Regina? - August pergunta parando na frente de Robin que o fuzilava. 
— SOU O MARIDO DAQUELA VADIA, POSSO FAZER O QUE EU QUIZER. AGORA SAI DA MINHA FRENTE ANTES QUE EU ACABECOM VOCÊ TAMBÉM. - Robin berra, já desviando para passar. 
August agarra o braço dele e o joga contra a parede. 
— VOCÊ NÃO VAI ENCOSTAR UM DEDO, NEM NELA E NEM NO HENRY. - August grita já sem paciência alguma, e sente uma pancada na bochecha. Robin acabará de desferir um soco em seu rosto. 
Não falou mais uma palavra e avançou contra ele. Logo estavam no chão brigando, mas August estava na melhor. Já era possível ver sangue do outro no chão enquanto o de olhos azuis continuava socando, sem dó alguma, aquele cafajeste. 
Depois de alguns minutos Robin já não tinha força alguma e August se levantou. 
— EU NÃO SOU UM IDIOTA PARA TE MATAR, MAS NÃO QUERO NEM PENSAR QUE VOCÊ QUER, SE QUER, OLHAR NA DIREÇÃO DELES. VOCÊ ESTÁ ME ENTENDENDO? - Ele grita ainda furioso pela briga e Robin apenas se levanta devagar evitando olhar para o outro. -- Sai daqui agora. - Ele vocifera apontando para a porta de entrada e Robin corre em direção a ela com receio de acabar apanhando mais, não valia à pena apanhar mais apenas para chegar até Regina. Ele sabe que não pode fazer nada contra ela no momento. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Unbreakable Destiny" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.