Unbreakable Destiny escrita por Bob Esponja, Morrison, Ivy Sofie


Capítulo 12
Um olhar muda tudo


Notas iniciais do capítulo

Sentimos muito pelo atrasado, eu estava estudando para o vestibular e acabei ficando sem tempo...
Música do capítulo >> Taylor Swift - Everything Has Changed: https://www.youtube.com/watch?v=CsnOE03yZo8



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Na praia:

Killian estava fazendo uma caminhada no fim de tarde para espairecer quando se depara com Henry no cais da praia.
–- Olá garoto, o que faz aqui a uma hora dessas? -Ele caminha até Henry, que vira assustado.
–- Ah, é você... Vim aqui para pensar, gosto do clima calmo. -O menino responde fitando o mar.
–- Sua mãe sabe que você está aqui? -Killian pergunta desconfiado.
–- Na verdade não... Aproveitei que ela saiu. -Ele confessa. -- Mas relaxa, não vou ficar muito aqui.
–- Posso fazer compainha? -Killian pergunta receoso e o garoto assente.
–- Não vai ficar me fazendo perguntas sobre como vou agir com a Emma, vai? -- Ele fala revirando os olhos.
–- De forma alguma, um homem entende o espaço do outro. -O detetive fala na tentativa de criar amizade com o garoto.
–- Nesse caso, por que você está na praia? -O garoto pergunta curioso enquanto abre um sorriso.
–- Há alguns anos eu costumava velejar com meu irmão, nós tínhamos um barco, costumávamos praticar todo fim de tarde. -Ele conta e sorri enquanto várias lembranças agradáveis formavam-se em sua mente.
–- E por que pararam?
–- Meu irmão é 5 anos mais velho que eu e foi para a faculdade, quando ele terminou eu estava apenas começando, então acabamos por nos afastar e perder o hábito. -Ele explica.
–- Você não tem vontade de navegar novamente? -Henry pergunta como quem não quer nada tentando esconder a vontade de entrar em um barco.
–- Tenho, quem sabe um dia eu volte, te levo se quiser...
–- Sério? -Antes que o garoto pudesse ficar animado, sua euforia fora substituida por um choque.
–- O que foi? -Killian pergunta assustado ao ver a expressão do garoto.
–- Aquilo! -Ele aponta para Robin e Zelena que estavam em uma mesa tomando água de coco na praia.
–- Ouh... Eles devem estar apenas conversando. -O detetive resa para que seja verdade, eles não fariam nada ao ar livre correndo o risco de serem pegos.
–- Conversando? A tia Zelena só vai lá em casa no natal e olhe lá... O que eles teriam para conversar? -Nesse momento o Killian pode ver a inteligencia do garoto. -- Não adianta vir com esse papo para cima de mim, tenho idade o suficiente para entender.
–- Você é um garoto esperto, hein!
–- Minha mãe sempre diz isso... E então, me diga a verdade, você acha que em pleno fim de tarde esses dois estariam conversando sendo que minha mãe e minha irmã se odeiam?
–- Falando assim... Não. Vou ter que concordar!
–- Eu sempre falei que o Robin não prestava. -Eles interrompem o dialogo quando percebem que foram vistos.
–- Eu te levo pra casa! -Killian falou rapidamente e os dois deixaram o local.
–- Estou achando que aqueles dois estão precisando de um susto... -Robin fala para a Zelena e a mesma responde com um sorriso maligno.

–- E eu sei exatamente o que podemos fazer...

Enquanto isso no Grann'ys:

Emma se sentia devastada por não poder fazer nada para mudar não só o que Regina passou, mas porque as duas passaram por coisas que seriam de certa forma mais fáceis de se lidar se estivessem na companhia da outra. Queria de alguma forma poder conversar como antes, mas ela sentia que ali não era a mesma coisa.
Regina estava quase chorando, mas o orgulho não lhe permitia que chorasse em público.
Emma podia ver que a morena não estava muito confortável ali, assim como ela. Então teve uma ideia. A loira deslizou sua mão pelo braço dela até segurar sua mão. Ela se levantou e puxou a morena pela mão que a olhou confusa.
– Aonde nós vamos. - Regina pergunta ainda sentada.
– Só confia em mim. Eu sei que vai gostar. - Emma fala a puxando novamente e a morena que dessa vez se levanta e se deixa levar pela outra.
Elas caminham um pouco e quando começam a adentrar a floresta Regina sabe exatamente onde Emma está lhe levando.
– Não acredito que você ainda se lembra. - A morena fala andando ao lado da amiga.
– É o nosso lugar. Como eu iria esquecer daqui? - Ela fala ao finalmente chegarem na precaria, pequena e antiga casinha de madeira.
Não ficava em uma árvore como elas queriam quando pequenas. Na verdade os pais delas não quiseram ajudar então elas guardaram as mesadas e compraram o que precisavam para uma "cabaninha" de madeira perto da maior árvore do bosque. Elas levaram alguns meses, mas depois de algum esforço e dedos martelados elas construíram com 12 anos aquela casinha no meio das raízes da árvore.
– Não cabemos mais ai, Emma. - Ela fala ao chegar mais perto.
Depois de tantos anos a casinha não era mais a mesma - a pintura descascada e a madeira n era tão nova, mas não estava tão ruim.
– Não cabe a gente em pé, isso com certeza. - ela fala ao ver que a casinha batia na altura de seu ombro - Mas ela é espaçosa e cabe se a gente se sentar. Tenho certeza de que o baú deve estar ali dentro com os cobertores.
– Deve estar com um metro de poeira, Emma. - Regina fala ao ver a loira se abaixar um pouco para passar pela baixa porta de madeira.
– Por isso vamos sentar em cima dos cobertores, Gina. - Regina amoleceu ao ser chamada pelo apelido, Emma é a única que a chama assim e ela adora.
A morena se abaixou para entrar e realmente tinha muita poeira e teia de aranha em alguns cantos, mas não parecia tão ruim para o tempo que ficou inutilizada. Ela ficou abaixada com as mãos no joelhos enquanto a loira pegava os cobertores velhos e estendia pelo chão.
Emma se senta ao lado de uma janelinha, também de madeira, que ela abriu deixando entrar a pouca luz que ainda tinha pelo dia já estar no fim. Regina se senta ao lado e não sabe ao certo o que fazer. É revigorante e estranho estar ali de novo.
– Agora você pode fazer o que queria. - Emma fala baixo, chamando a atenção de Regina ao segurar sua mão.
– Como assim?
– Posso até ter ficado um bom tempo sem te ver, mas eu sei que você queria chorar e sei que você não chora perto das pessoas.
– Mas eu não queria chorar.
Emma olha para a outra como uma cara de que não estava caindo nessa e Regina sabia que não estava enganando nem ela mesma.
– Deita no meu colo como sempre fazíamos.
– Eu não me lembro. - Era mentira pois a morena se lembrava.
Sempre que alguma delas tinha algo para contar que elas acabassem ficando tristes, elas deitavam no colo da outra e contavam olhando-se nos olhos era um gesto que as fazia sentir como se cada momento- seja feliz ou triste- fosse das duas, como se cada sentimento - seja bom ou ruim- fosse compartilhado pelas duas. Elas não tinham algo só para elas, tudo era compartilhado e compreendido por ambas as partes. Ali naquela casinha era representada toda a confiança que uma depositava na outra. Regina particularmente amava aquele lugar, ela sentia como se fosse seu mundo particular com Emma, como se quando elas estivessem ali não existisse mais ninguém só elas.
– Eu sei que se lembra. Faz por mim? Tenho saudades de mexer no seu cabelo enquanto você me conta as coisas. - Regina suspira e se da por vencida, se vira de lado e pousa a cabeça no colo da loira.
– O que quer que eu diga? - Regina questiona fitando os olhos verdes e calmos te observando.
– O que você quiser me dizer. - Emma fala e começa a mexer nos cabelos de Regina.
Emma não estava bem pelo que ocorrerá a tarde a depois do que a morena lhe contou estava pior, mas ficar naquela casinha fitando aqueles olhos castanhos e acariciando aqueles cabelos macios é que mais lhe traz calme desde pequena.
Regina pensou em falar sobre a falta que sentiu da loira durante esses anos, mas achou um pouco sentimental demais ou até mesmo desesperado então continuou a falar sobre não pode ter filhos, o tratamento que fez, exames...
Quando deu por si estava quase em prantos com os dedos delicados de Emma enxugando as lágrimas que escorriam pelas laterais de seu rosto e aquele olhos verdes lhe trazendo calma enquanto ela lhe dizia que agora ela estava ali e tudo ia ficar bem.
Em certo momento as lagrimas cessaram os dedos de Emma acariciavam seu cabelo lhe trazendo uma sensação de conforto e simplesmente se o olhavam sem dizer nada. O clima estava ficando tenso, não pelo silêncio, mas pelos olhos que não desgrudavam. Emma sem querer desviou o olhar para a boca de Regina, foi por um segundo, mas a morena percebeu. Regina fez o mesmo e Emma estava umedecendo os lábios. O que realmente estaria para acontecer as duas não sabiam, mas Regina olhou para a janela e a lua já estava alta o que significava que já estava tarde. Henry já deveria estar preocupado com ela e foi nesse segundo que ela recobrou a "sanidade que lhe faltará e se levantou do colo de Emma.
– Ems está ficando tarde e eu tenho que ir porque Henry ou Robin podem ficar preocupados. - Ela diz meio atrapalhada se levantado apressada - Ai! - Ela resmunga ao bater com a cabeça no arco da portinha.
– Você está bem? - Emma se ajoelhou apressada, mas Regina disse que sim e saiu as pressas.
A loira caiu sentada novamente. O que foi que ela quase fez? Se não fosse pela pressa de Regina poderia ter feito uma idiotice.


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Notas finais do capítulo

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