Alma Gêmea escrita por jaannykaulitz


Capítulo 6
Sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Gente, como essa semana eu só vou postar lá pra quinta feira, porque estou em semana de provas, aqui vai um capítulo grande e muito muito emocionante!
 
Apreciem!



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Quando Lunne entrou distraída  no quarto, e se assustou com o grito de Alice: -O QUE FOI AQUILO QUE NÓS VIMOS NA COZINHA?!  -Lunne olhou para Alice, em pé na sua frente e para Rosalie, sentada em sua cama, e corou como uma pimenta.

– Não foi nada Alice – Disse em voz baixa – Edward só me abraçou porque... porque... porque... ai vocês me deixam nervosas! – Disse caminhando a uma velocidade incrível até a cama, se jogando nela e colocando o travesseiro na cabeça. Rosalie chegou mais perto de Lunne e disse:

- Se você não quiser falar sobre o assunto, não precisa. Mas saiba que sempre estaremos aqui pro que você precisar. – Nessa hora, Lunne tirou o travesseiro da cabeça e olhou, ainda um pouco corada, para Rosalie e disse:

-Muito obrigada Rosalie. Então olhou para Alice, que estava com um biquinho muito fofo. Esta aproximou, se ajoelhou em frente a Lunne e perguntou:

- Mas Lunne, eu estou curiosa! Por que você estava abraçada com o Edward? – Lunne se sentou na cama, respirou fundo e começou a contar a conversa que eles tiveram minutos atrás.

-EU NÃO ACREDITO QUE ELE CONSEGUIU TE FAZER CHORAR! – Disse Alice, indignada. Lunne estava com medo que Alice fosse tirar satisfação com Edward e que este ficasse com raiva dela, por isso esclareceu as coisas:

-Não é bem assim, Alice. Eu pedi pra ele me contar a história e comecei a chorar porque quis! A culpa não é dele, Alice. – Alice fez cara de brava, mas não discutiu mais sobre o assunto. Rosalie só prestou atenção no que Lunne havia dito. Ela tinha um breve sorriso nos lábios. Depois disso o assunto foi só roupa, sapatos, maquiagens... e após terem terminado de arrumar as coisas de Lunne no closet, as duas vampiras e a mestiça estavam se despedindo na porta do quarto:

- Bem Lunne, você deve estar cansada. Hoje foi um dia bem complicado pra você. Precisa descansar. Boa noite. – Disse Rosalie. Alice abraçou Lunne e disse:

-Durma bem. 

-Obrigada meninas! Até amanhã! – Disse Lunne e logo em seguida fechou a porta do quarto.

Quando as duas chegaram a porta do quarto de Alice, Rosalie se pronunciou: -Alice, você não notou algo diferente quando a Lunne fala no Edward? Algo como se ela estivesse... – Rosalie ia falar, mas foi cortada por Alice:

- Não Rose! Não pode ser! Será que... que a Lunne está apaixonada pelo Edward? – Alice estava com seus olhos arregalados, olhando para Rosalie. – É possível Rose? O Edward ainda está muito preso à morte da Bella. Seria muito difícil para a Lunne conciliar esse fato com os seus sentimentos. Ela ficará arrasada se não for correspondida por ele! – Rosalie olhou nos olhos de Alice e disse:

-Pode até ser, mas eu acho que esse sentimento pode não ser recíproco ainda. Talvez ele ainda não tenha consciência de nada, mas quem sabe com o tempo... – Disse Rosalie sorrindo. – Boa noite Alice. – Disse isso e saiu, deixando uma Alice de olhos arregalados e muito confusa.

 

 

POV LUNNE

 

 

Me encostei à porta e fiquei pensando “Será que ele um dia vai gostar de mim?" Eu vejo em seus olhos que ele ainda sofre pela morte da esposa e que o amor dele por ela não morreu em 50 anos... é Lunne, eu acho que você vai sobrar nessa história...”

Fui até o closet, peguei minha camisola e fui tomar um banho. Pensei em tudo oque havia acontecido naquele dia, só que o que mais me intrigava era o que a mulher de olhos cor chocolate havia dito: “Eu sou você e você sou eu...” . Sai do banho e fui até o espelho pentear os cabelos. Senti um vento estranho atrás de mim, olhei. Não era nada. Quando olhei para o espelho novamente vi a mulher de olhos cor chocolate novamente. Dessa vez não me assustei. A encarei e ela se pronunciou:  

- “Ele sempre foi seu Lunne, ele nunca deixou de ser...” – Não entendi o significado disso. O rosto de Edward veio em minha mente.

- Como assim? Quem sempre foi meu? – Perguntei. A mulher sorriu e desapareceu.

Não entendi nada. Será que essa pessoa era o Edward? Mas como? Apaguei as luzes e me deitei na cama. A luz do luar iluminava um pouco o quarto. Eu não conseguia dormir de modo algum. Pensava nas palavras da mulher. Quando olhei no relógio, já passavam das três da manhã. Resolvi ir até a cozinha, beber alguma coisa.

Desci as escadas, apreciando o silêncio da casa. Quando cheguei na cozinha, vi em cima da bancada o resto do suco que Alice me preparou mais cedo. Estava com o copo na mão, vagueando em seus pensamentos, quando me assustei com uma mão em seu ombro. Virei-me tão rápido, que quase deixei o copo de suco cair no chão. Era Edward.

Só porque eu estou confusa, ele tem que aparecer pra me deixar pior!” – Pensei, olhando para ele, que tinha um belo sorriso torto nos lábios.

– Assustei você, Lunne? – Perguntou ele.

–Só um pouco. Eu estava tão distraída em meus pensamentos que nem te ouvi entrar. – Disse olhando naqueles belíssimos olhos dourados. – Ele me olhou nos olhos e perguntou:

- Posso saber o que você estava pensando? –Me lembrei naquele exato segundo, oque meu pai havia me dido horas atrás: Edward não poderia saber de nada, pelo menos por enquanto.

– Eu estava pensando... pensando nos meus amigos, nos meus pais, que vão embora amanhã... eu vou sentir tanta falta deles... Fiquei pensando nisso, e acabei não conseguindo dormir. E você? – Edward olhou em meus olhos de um jeito que quase perdi o ar de meus pulmões. – Não tem nada para fazer? – Ele riu. Sua risada tinha um ar maroto, que me deixou encantada.

– Não tinha até dois minutos atrás. Agora estou falando com você na cozinha da minha casa. – rimos juntos com aquilo. Percebi que ele me olhava de um modo estranho, malicioso. Foi ai que eu percebi que estava só de camisola, que por sinal vinha até o meio da coxa, e era rosa. Estava com o robe por cima, mas este estava aberto. Eu senti que estava corando. Olhei para baixo, envergonhada. Ele riu daquilo.

– Para de rir! – Pedi quase suplicando, para ele, que riu mais ainda, mas conseguiu se controlar.

– Me desculpe, mas é que você fica uma gracinha quando você fica corada. – Nessa hora eu olhei para Edward. Meu coração falhou uma batida.

– Ai Edward, assim você me deixa com vergonha. – Eu disse.

- Bem, - Ele começou a dizer – se for pra te ver assim, eu vou fazer você ficar muito envergonhada enquanto estiver aqui.

Eu olhei para ele, e disse repentinamente: - Eu vou pro meu quarto. Boa noite. Quando estava chegando no pé da escada senti alguém segurar a minha mão e dizer:

- Posso te fazer companhia um pouco? – Eu queria negar o pedido, mas não consegui. Assenti com a cabeça e ele soltou a minha mão. Começamos a subir as escadas e entramos no meu quarto. Ele ficou admirando o local por um tempo e disse:

-E mais uma vez Alice e Esme se superaram. O quarto ficou muito bonito. A sua cara. – Ele caminhou até a minha cama desarrumada e olhou os porta-retratos na mesinha de cabeceira. Tinha foto minha com os meus pais no natal, uma com Lyra no halloween, e a mais recente: uma minha e do Dimitri no meu aniversário, que havia sido ontem. Ele estava me carregando no colo. Por que Edward tinha que pegar logo aquela foto?

– É seu namorado, ou coisa assim? – Disse apontando para a foto.

– Não Edward. Esse é Dimitri, meu melhor amigo e guardião. Quando eu era pequena, meu pai o designou para ser uma espécie de segurança para mim. Íamos a tantos lugares juntos, que nos tornamos inseparáveis. – Edward olhava com uma feição entranha para a foto, e logo a colocou no lugar.

- Lunne, me conte sobre a sua família, seus amigos. Quero saber um pouco mais sobre você, já que você sabe um pouco sobre mim também. – Eu me deitei na minha cama e ele perguntou se podia deitar também. Eu disse que podia. E ficamos conversando sobre várias coisas: eu contei para ele sobre todos os que moravam na mansão, meus amigos, sobre Matilda... enfim ele ficou sabendo de tudo. Quando olhei pela janela, o sol nascia entre nuvens escuras. Ia chover. Finalmente o sono estava tomando conta de mim.

– Agora eu estou com sono Edward. Acho que não vou a escola hoje. Avise Carlisle para mim? – Disse bocejando no fim da frase.

– Eu o aviso sim, Lunne. – Disse ele que me puxou para si e me colocou deitada em seu peito.

– O que está fazendo Edward? – perguntei meio sonolenta.

– Não vou fazer nada Lunne, só quero que você durma agora. – O sono já me dominava quase por completo, então eu passei uma de minhas mãos  pela sua cintura. A última coisa que eu senti foi um beijo em meus cabelos...

 

 

 

POV EDWARD

 

Ela estava dormindo como um anjo em meus braços. Sua beleza era única. Bella quase não conseguia se comparar a ela. Bella... Obrigado meu amor, muito obrigado de verdade! Você me mandou a coisa mais preciosa, depois da nossa Nessie. Não sei como é possível você conhecer uma pessoa num dia e se apaixonar perdidamente por ela no mesmo. Acho que com a gente foi igual. Depois de todo o sofrimento, culpa, parece que os meus sentimentos estão em ordem novamente. Mas eu não sei quais são os sentimentos da Lunne por mim. Eu tenho medo dela me rejeitar se eu me declarar pra ela. Quando eu vi a foto dela com o guardião dela, o tal Dimitri, tive que me conter para não jogar o porta retrato na parede. Não fiz isso para não magoá-la, mas tenho medo que ela goste dele, ou até mesmo de qualquer outro. Eu vou me declarar pra ela. Não quero esperar e acabar perdendo ela. Quando voltar da escola, vou chamá-la pra caçar junto comigo, só nós dois. Ai eu vou falar tudo o que eu sinto. Nossa, nunca me senti tão adolescente em toda a minha existência!

Já é quase hora de ir pra escola, e eu não quero deixar ela aqui sozinha, mas ela precisa descansar. Levanto-me sem fazer movimentos bruscos, para não acordá-la, dou um beijo nos seus cabelos e saio do quarto sem fazer barulho.

Entro em meu quarto e me troco para ir a escola. Fico pensando na reação dela quando eu expuser meus sentimentos. Quando saio do closet, vejo a foto da minha Bella. Ela estava linda vestida de noiva, aninhada em meus braços, sorrindo...

Agora eu iria recomeçar a minha vida do zero e ninguém ia me impedir de ser feliz novamente!

Antes de descer, passo no escritório de Carlisle, para avisar que Lunne não irá à aula conosco. Bato na porta e ao entrar vejo meu pai e Lewis conversando animadamente.

-Pai, com licença. A Lunne pediu para avisar que não irá com a gente para a escola hoje. – Lewis me olhou um pouco curioso para saber o por que. – Ela disse que não conseguiu dormir a noite toda e que está muito cansada. 

-Está tudo bem com ela, Edward? – Perguntou Lewis, com preocupação na voz.  – Está sim Lewis, ela só está cansada, só isso. Não se preocupe. – Lewis estava preocupado, por causa de tudo que havia acontecido no dia anterior. Normal, coisa de pai.

– Pai, – Carlisle me olhou e eu continuei: - hoje, depois da escola, eu vou levar a Lunne pra caçar comigo. Não iremos longe. É só pra ela conhecer os arredores. – Os dois me olharam.

– Claro Edward, é bom a Lunne aprender a se situar por aqui. Grande idéia! – Eu agradeci, pedi licença e sai do escritório, mais feliz do que nunca.

Desci as escadas, chamei Alice e Rosalie e fui para o carro. Entrei no Mercedes dei partida e esperei minhas irmãs chegarem.

– Andem logo, ou vamos chegar atrasados! – Disse para as duas que no mesmo minuto já estavam dentro do carro.

– Nossa Edward, que pressa! Você nunca foi assim! O que aconteceu? – Perguntou Alice, sentando-se no banco de trás. 

–Eu tenho mais o que fazer hoje, por isso quero que tudo acabe, para eu voltar logo para casa. – Disse acelerando o carro. – Quando voltarmos da escola, vou deixar vocês e depois vou levar a Lunne pra conhecer o território de caça.

Alice e Rosalie se olharam, mas nada disseram, tanto verbalmente, quanto mentalmente, mas eu sabia que quando elas estivessem longe de mim, comentariam alguma coisa.

 

Chegamos na escola e fomos direto para a aula. O professor perguntou de Lunne para mim e eu disse que ela viria no dia seguinte. As primeiras aulas se arrastaram lentamente. Quando chegou o almoço, eu liguei para casa. Esme atendeu ao telefone:

- Edward? Aconteceu alguma coisa?

-Não aconteceu nada mãe. Eu só queria falar com a Lunne. Pode ser?

Espere um pouco que eu vou chamá-la. – Esperei alguns segundos e logo ouvi sua voz angelical do outro lado da linha:

-Edward? Você quer falar comigo?

-  Sim. Primeiro: dormiu bem?- Ela riu na linha.  

– Sim dormi muito bem!

– Bem então eu acho que você está em forma para me acompanhar numa caçada hoje, depois que eu voltar da escola! Oque acha?

Tá falando serio?

– Nunca falei tão serio em minha vida! Esteja pronta quando eu chegar!

Está bem então, Edward! Até mais tarde! – Disse isso e desligou o telefone. Bateu o sinal para voltar para a sala. As ultimas aulas passaram muito rápido e quando eu percebi já estava chegando em casa.

Estacionei o carro. Alice e Rosalie desceram. Nesse momento Lunne abriu a porta e foi até o nosso encontro. Ela estava maravilhosa: Vestia uma calça jeans, blusa branca com um casaco preto por cima e uma sapatilha preta também.

Ela falou com minhas irmãs e logo depois entrou no carro.

- Você está linda Lunne! – Ela corou um pouco com o que eu disse. Então eu acelerei o carro e partimos. Durante a viagem toda fomos conversando sobre a escola. Finalmente parei o carro perto de uma árvore. Caminhamos em silencio e depois começamos a caçar alguns animais. Lunne era uma excelente caçadora, fora o fato de ser delicada até pra caçar, coisa que me encantou mais ainda. Depois da breve caçada, fomos nos lavar no riacho que tinha perto dali. De repente começa a chover. Corremos para debaixo de uma grande árvore que havia lá perto, mas a essa altura, já estávamos ensopados.

-Essa não! Eu estou toda molhada! – Disse Lunne fazendo cara emburrada. – E olha pra você Edward! Não fica muito atrás! – Nós rimos e acabamos nos sentando debaixo da árvore. Essa era a hora! Eu tinha que contar tudo pra ela. Calma Edward, você consegue!

-Lunne, eu queria falar com você. – Ela me olhou com aqueles olhos verdes que eu gostava tanto.

–Por isso eu te trouxe aqui hoje. Porque eu preciso te falar uma coisa muito importante, por isso te peço para que você me deixe falar até o final. Não me interrompa de modo algum. Está bem? – Ela assentiu com a cabeça e se virou para mim. Eu respirei fundo e comecei:

- Ontem, quando eu te vi pela primeira vez, desmaiada em meus braços, eu senti algo que há muito tempo eu não sentia. Quando Bella, minha esposa, morreu, meu coração de pedra se fechou para o amor. Minha vida ficou tão infeliz. Eu negligenciei a minha filha, ignorei a minha família, achando que a minha vida nunca mais teria sentido novamente, até ontem. Ontem você apareceu na minha vida, como um anjo sem asas, mandado por alguém, que se lembrou que eu existo. No primeiro momento, eu não quis aceitar esse sentimento, mas quando eu te abracei ontem, percebi que não dava pra negar esse sentimento tão forte que nasceu de uma hora pra outra no meu peito. É uma das coisas mais fortes eu já senti em toda a minha vida. Sentimento igual, talvez só oque eu senti pela minha Bella. Eu realmente não sei como a gente pode se apaixonar perdidamente por uma pessoa em um misero dia, mas eu só sei que foi o que aconteceu comigo... Agora se com você não é igual eu entendo prefeitamente... Só quero dizer que... que eu te amo Lunne...

Terminei de falar e olhei para Lunne. Lagrimas rolavam por sua face... "Será que eu disse algo que a magoou?"

– Olha Lunne, eu entendo que você pode gostar de outro cara... – Eu  ia continuar, mas fui cortado por ela:

- Não Edward! Não é nada disso. Você não disse coisas erradas. Você disse tudo que queria ouvir! Eu também te amo Edward! – Naquele instante, se eu pudesse chorar, já estaria chorando. Ela também me ama! Ela me abraçou e chorou mais nos meus braços. Eu a abracei com todo o carinho até o choro cessar. Quando ela parou, eu a afastei um pouco de mim, e olhei naqueles lindos olhos verdes, que ainda continham lagrimas. Limpei algumas que ainda teimavam descer pelo seu rosto e fui me aproximando, até nossos lábios se tocarem pela primeira vez. O beijo começou tímido e foi ficando mais intenso. Só parei quando ela se afastou um pouco para respirar. Nos olhamos e mais uma vez repeti:

-Eu te amo Lunne Legrand! – Ela riu e uniu os nossos lábios mais uma vez. Quando o beijo parou, me encostei na arvore e a deitei em meu peito. Ela me abraçou também e disse:

-Também te amo Edward Cullen...

 

Continua no próximo capítulo... 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Mandem reviews povo!



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