POV BELLA:

Sentia a vida esvaindo de meu corpo. Eu não queria ir, não agora! Queria ficar com Edward, com o meu bebê, minha família, Jacob, meus pais...

A última coisa que escutei foi Edward dizendo que era uma menina, então abri os olhos pra tentar ver o seu rostinho e pude senti-la em meus braços. Minha visão já estava turva, mas ainda consegui ver que tinha os olhos iguais aos meus, o pouco cabelo que tinha era da cor do de Edward e sorria, sorria pra mim, minha Renesmee...

De repente, não sabia se ainda estava com minha filha nos braços, tudo foi ficando muito leve, meus olhos foram ficando pesados e já não escutava mais nada ao meu redor, parecia que eu estava flutuando...

Eu vi meu corpo, deitado numa espécie de maca de hospital,  Edward ao lado de meu corpo, segurando a minha mão,  parecia desesperado , Carlisle fazia um tipo de massagem cardíaca em mim, Alice estava com o rosto escondido no pescoço de Jasper, Emmett e Rosalie estavam um ao lado do outro, ela com minha filha no colo, os dois com uma expressão triste, Esme aparentemente chorava e Jacob olhava tudo com uma expressão de dor, sofrimento...

Senti uma luz atrás de mim, uma luz cálida e senti que tinha que segui-la, mas antes olhei uma última vez para aqueles que eu amava, e fui para a luz. Conforme segui, vi minha vida passar toda diante de meus olhos: Charlie e Renee, minhas férias quando eu era criança, minha vida em Phoenix, o dia em que eu vim morar em Forks, o dia em que eu conheci Edward, meus amigos da escola, Victória, James e Laurent, os Volturi, a luta contra o exército de recém-criados de Victória, meu casamento com Edward, nossa lua de mel, o dia em que descobri estar grávida de Renesmee...

Então eu vi um anjo. Ele me estendeu a mão...  foi quando eu ouvi o seu chamado:

-“Bella, volta meu amor! VOLTA!”. - Edward me chamou, e então eu caí, e fui caindo, caindo... Eu ia voltar, voltar...

Uma linda estrela cadente cortou os céus de Washington naquela noite.

Um homem loiro e uma mulher morena estavam em volta de uma  jovem grávida, numa floresta, longe de Forks.

-Lewis, eu sei que vou morrer, pois uma humana não aguenta o parto de um meio vampiro, mas antes eu queria dizer que eu te amo muito, meu amor!

-Você não vai morrer Helena, eu não vou deixar! Meu plano vai dar certo e vamos viver juntos por toda a eternidade! - Disse Lewis.

-Lewis, está doendo... Ahhhhhhh... demais! - Gritou Helena.

-Helena, você vai ter que ser forte e resistir ao máximo, porque o bebê vai rasgar a sua barriga pra poder sair, então depois que ele sair, eu vou injetar o veneno em você, tudo bem?

-Certo Lewis, mas rápido pois eu não estou mais aguentando!

- Matilda, pegue toalhas limpas e água pra limpar o bebê! - Disse ele para a vampira que o ajudava.

-Sim meu senhor!

De repente se ouve um som de alguma coisa sendo dilacerada e um grito!

-Tire o bebê Matilda, eu vou injetar o veneno! – Então a mulher tirou o bebê de dentro e o homem injetou veneno no coração da jovem mulher e em seguida, cravou seus dentes em seu pescoço, seus braços, suas pernas... iniciando assim o processo de transformação.

Três dias Depois...

-Helena, você acordou minha querida! – Ele estava aliviado.

-Lewis, o que aconteceu? Cadê o meu filho? Diz Lewis!

-Calma querida, está tudo bem com a nossa menininha. Ela está dormindo.

-Menina? É uma menina! Oh meu Deus! Eu quero vê-la, eu preciso vê-la! - Disse Helena, muito animada

-Você terá todo o tempo do mundo pra ficar com a nossa princesinha, mas primeiro tem que caçar, pois ela tem sangue correndo em suas veias.

-Eu não farei nada com ela, só quero vê-la! Por favor Lewis! - Suplicou ela.

-Primeiro caçar, depois verá a bebê!

Enquanto isso em Forks...

-Nunca pensei que enterrar uma pessoa querida pudesse ter um  inpacto tão grande em nossas vidas. – Disse Alice, sentando-se no sofá.

-É Alice, as coisas não são tão fáceis assim como pensam. – Disse Esme sentando junto com Carlisle. – A Bella era tão querida por nós, tão amada por todos... Vocês viram o estado de Charlie e Renee? Eles estavam péssimos!

-Também, ela era a única filha deles, deve ser uma dor terrível tê-la perdido, jovem, recém-casada, tendo acabado de ter tido uma filha. É um sofrimento muito grande. Jasper nem aguentou ficar no enterro até o fim. – Disse Carlisle.

-Eu acho que tem gente sofrendo mais do que eles. – Disse Rosalie, entrando na sala. – Edward está totalmente destruído. Eu nunca o vi nesse estado emocional.

-Onde ele está, Rosalie? – Perguntou Esme.

-Foi colocar a Nessie pra dormir. Pobrezinha, vai crescer sem mãe. Edward terá que ser forte por ela. – Completou Emmett.

Foi quando viram Edward descer as escadas. Nesse momento Jasper, que estava sentado no braço do sofá ao lado de Alice, ficou agoniado com as emoções do irmão.

-Eu serei forte. Pela minha filha, eu resistirei até o fim, mas nada será igual à antes, já que a razão da minha vida, se é que isso é vida, se foi para sempre. – Saiu pela porta e desapareceu.

Todos na que estavam na sala se entreolharam com o que foi dito.

 Na casa de Lewis e Helena:

-Lewis, eu quero ver a nossa filha, amor! Estou muito ansiosa!

-Calma Helena, primeiro feche os olhos! – Helena os fechou rapidamente seus olhos rubros de sangue. – Pronto.

Lewis abriu uma porta, que dava para um quarto todo cor de rosa, todo decorado e com um bercinho coberto com uma cortina de tule rosa claro.

-Pronto Helena, pode abrir os olhos!  - Helena abriu e ficou deslumbrada com o lindo quarto que fizeram para sua filhinha e, quando viu o berço, andou numa velocidade irreal até ele e teve a visão mais linda da sua vida: Uma menina loira como o pai, bochechas rosadas e pele branca, um pouco menos que a dos vampiros.

Ela a pegou com muita delicadeza, e com o movimento, ela abriu os olhos, que eram verdes como os da própria Helena quando humana.

-Ela é linda Lewis! Tem um pouco de nós dois nela! Parece um bebê de 3 meses ou mais! Parece impossível!

-Ela é tão linda quanto mãe e crescerá mais rápido que as crianças humanas, seu raciocínio é mais avançado, tanto que ela nos entende...

-Incrível! – Disse Helena.

-Mas que nome vamos colocar nela? Tínhamos combinado de escolher só quando nascesse, porque podia ser menino... então qual vai escolher, Helena? - Perguntou Lewis.

- Sabe Lewis, quando você me disse que era uma menina, eu pensei em colocar o nome da minha Bisavó.

-O nome da sua bisavó?

-Sim. O nome dela era Lunne. Eu amava ir pra casa dela quando pequena, mas ela morreu quando eu estava entrando na adolescencia. Eu queria fazer essa homenagem para ela. Isso é importante pra mim.

-Bem se é importante pra você, é importante pra mim também... Disse Lewis, concordando.

Ouviram-se batidas na porta e por ela entrou Matilda, que disse:

– Senhor, tem alguns amigos seus na sala, querendo lhe desejar os  parabéns.

-Já estou indo. Vai ficar aqui Helena?

-Sim, vou fazer ela dormir novamente, pode ir querido.

-Está bem então! – Deu beijo nos lábios da esposa e saiu do quarto.

 Helena caminhou até a janela com Lunne nos braços, abriu a porta e saiu para o terraço. No caminho foi conversando com a filha:

- É minha Lunne, eu sinto que você não veio nesse mundo por acaso. Você tem uma missão, uma linda missão. Você vai descobrir tudo quando crescer, agora durma minha flor, pois sua vida está apenas no início...

A pequena Lunne olhou para a lua cheia no céu estrelado, fechando os olhos e, logo em seguida, adormecendo. Naquela noite sonhou com um  lindo jovem de cabelos cor de bronze e olhos dourados..

Continua no próximo capítulo...