Um dia havia passado desde que Caitlin acordou, Barry não saia do seu lado a acompanhando durante todos os procedimentos, ela era levada a fazer exames constantemente os médicos queriam avaliar seu quadro detalhadamente e se certificarem de que tudo prosseguia bem em sua recuperação.

As enfermeiras preparavam Caitlin para mais uma série de exames, Barry observava tudo atentamente e auxiliava no que lhe era permitido.

Barry: - Tudo bem? - Questionou ao coloca-la na cadeira de rodas.

Caitlin: - Sim, só estaria melhor se me deixassem ir andando.

Barry: - Você sabe que são normas do hospital, não vai precisar ser assim por muito tempo.

Caitlin: - Eu sei, está tudo bem.

Enfermeira Mary: - Vamos lá, o médico está nos aguardando.

Caitlin: - Sabe quando vou poder sair daqui?

Enfermeira Mary: - Ainda é cedo pra dizer qualquer coisa, mas eu sei de uma coisa, tem um monte de gente lá em baixo esperando pelo horário da visita só pra te ver. - Caitlin sorriu do comentário da enfermeira, grata por seus amigos e família.

Caitlin: - Barr… - Ele se aproximou segurando sua mão. - Pode ir avisar ao pessoal lá em baixo que mal posso esperar para vê-los? Sei o quanto devem estar ansiosos.

Barry: - Claro, vou lá. - Depositou um beijo em sua testa indo em direção ao elevador.

Na sala de exames Caitlin aguardava seu médico voltar com informações sobre seus exames e seu quadro. Dr. Carter adentrou a sala, com seu semblante sereno e tranquilo, um leve sorriso no canto dos lábios, sentou-se em sua cadeira, encarou os papeis que trazia em suas mãos por um tempo, quando enfim voltou seus olhos para Caitlin preparando-se para falar.

Dr. Carter: - Bem… Os resultados que tenho aqui são ótimos, seus fluxos estão normais, inclusive os do cérebro o que significa que não existe vestigiu de inchaço ou concusão, está sentindo dores de cabeça?

Caitlin: - Doía bastante quando eu acordei mas a dor diminuiu consideravelmente desde então.

Dr. Carter: - Sim lembro que mencionou quando a consultei, essa dor inicial é natural ao voltar do coma, as suas reações nas horas seguintes é que ditam como seu corpo está lidando, e diante dos resultados que obtive, tudo está caminhando muito bem.

Caitlin: - Alguma previsão de quando poderei ir para casa?

Dr. Carter: - Precisarei que fique aqui por mais alguns dias, se sua recuperação continuar nesse ritmo serão apenas dois dias, mas se houver qualquer alteração no seu quadro então é possível que esse período se prorrogue, agora vamos fazer alguns exames de sensibilidade. Pode levantar o braço direito pra mim com o indicador apontado pra cima? - Ela assentiu fazendo o movimento que ele pediu. - Ok… Agora pode fazer a mesma coisa com o esquerdo? - Mais uma vez ela repetiu o que ele havia pedido. - ótimo agora quero que estique a perna direita e em seguida a esquerda. - Excelente, agora vamos ficar de pé. - Caitlin levantou-se guiada pelo médico que a soltou assim que ela ficou de pé. - Consegue caminhar? - Ela assentiu mais uma vez dando três passos em seguida. - Ótimo, os seus membros estão ótimos e respondendo normalmente, isso é excelente. Vamos agora verificar sua pressão e poderá retornar ao quarto. - Mediu a pressão dela anotando o resultado, em seguida liberando-a a retornar ao quarto.

Quando adentrou o quarto foi recebida pelos pais, Cisco, Joe, Barry e Felicity que veio assim que soube que ela havia acordado.

Caitlin: - Oi pessoal! - Sorriu, enquanto entrava no quarto sendo empurrada pela enfermeira. - É muito bom ver todos vocês!

Cisco: - Nós é quem deveríamos dizer isso! Que bom que está bem Cait! - Abraçou-a.

Caitlin: - É ótimo ver todos você! - Disse mais uma vez, com os olhos cheios de lágrimas. - A minha recuperação está indo muito bem de acordo com o Dr. Carter se tudo continuar como está sairei daqui em alguns dias!

Martha: - Filha essa é a melhor notícia que poderia nos dar! - Abraçou-a alegre. O pai de Caitlin fez o mesmo.

O horário de visita passou rápido com todos conversando animadamente, Cisco atualizava Caitlin sobre os últimos acontecimentos em Central City, fazendo ela e todos rirem de suas histórias. Aquele era sem dúvidas um ótimo dia para Caitlin Snow.

A noite após o jantar ela e Barry viam TV, em um silêncio tranquilo e acolhedor.

Caitlin: - Barr, você poderia deitar aqui comigo.

Barry: - Acho que o hospital não permite isso. - Ele a encarou preocupado.

Caitlin: - Sério? Se tem alguém no mundo que pode voltar para a poltrona sem ser percebido esse alguém é você Barry. - Falava com cara de obviedade o encarando.

Barry: - Doutora Snow, querendo burlar as regras do hospital, não estou te reconhecendo. - A provocava.

Caitlin: - Para te ter perto de mim eu burlaria todas as regras do mundo barry Allen.

Barry: - Sendo assim… - Moveu-se rapidamente deitando ao seu lado na pequena cama de hospital. - Talvez essa não tenha sido sua melhor ideia… Essa cama é bem pequena pra nós dois. - Ela deitou a cabeça em seu peito o encarando ternamente, ele tocou seu queixo beijando seus lábios com suavidade.

Caitlin: - Estou bem confortável aqui, mais do que nunca.

Barry: - Eu também, mais do que nunca. - Envolveu-a em seus braços e voltaram a ver TV no calor dos braços um do outro e na tranquilidade do silêncio que dominava o local. Depois de algumas horas dormiram serenamente nos braços um do outro.

Caitlin: - Barr… Acorda… - Sussurrava passando as mãos em seus cabelos.

Barry: - Cait… O que? - Questionava ainda sonolento.

Caitlin: - Já amanheceu, você não quer ser pego no flagra quando a enfermeira entrar aqui não é? - Barry deu um pulo do cama, jogando-se na poltrona o mais rápido que pode, fazendo Caitlin gargalar da cena.

Barry: - Isso não tem graça!

Caitlin: - Tem sim! Você precisava ter visto sua cara. - Ela sorria alegremente.

Barry: - Ok… Foi mesmo engraçado. Mas você me paga por isso ouviu?

Caitlin: - pode mandar! - respondeu aos risos. - Barr… Sabe eu sentia quando você estava perto de mim, sabe… Quando eu estava em coma, teve um momento que ouvi você cantar.

Barry: - Você me ouviu cantar pra você?

Caitlin: - Aham. - Assentiu. - I need you to stay right now, I need you, I need you to stay. - Respondeu cantando um trecho da música. - Eu jamais iria a lugar algum que não fosse pra casa com você. Mas te ouvir me fez querer voltar ainda mais, me fez lutar mais para acordar o mais rápido possível e olhar para esses seus olhos lindos, e poder dizer todos os dias o quanto eu te amo, o quanto eu sou grata por você, por nós dois.

Barry: - Cait… Você não sabe o quanto eu queria que você abrisse os olhos a cada segundo que eu estive ao seu lado enquanto você estava em coma, Sabe, naquele dia que tudo aconteceu, eu tinha uma surpresa preparada para você.

Caitlin: - Surpresa? - Perguntou curiosa.

Barry: - Sim, eu tinha feito reservado o bar, aquele bar que cantamos no karaoke pela primeira vez, ele seria só nosso por uma noite, para celebrarmos o nosso aniversário de um ano.

Caitlin: - Mas o nosso aniversário é amanhã…

Barry: - É hoje na verdade… Mas eles já tinham uma banda agendada para hoje e o único dia livre próximo da data de hoje era aquele dia.

Caitlin: - Espera! Hoje é nosso aniversário de um ano? - Ele assentiu. - Não é justo passarmos esse dia aqui. - Falou entristecida.

Barry colocou a mão no bolso puxando um saquinho de tecido azul.

Barry: - Eu tenho carregado isso comigo desde aquele dia, para que assim que você acordasse eu pudesse te dar. - Fez uma pausa para respirar. - Cait… Tudo isso que aconteceu só me fez ter ainda mais certeza de que a minha vida sem você não teria sentido algum, eu sei que isso é clichê mas é a verdade, com você eu sou melhor, mais um clichê, eu não quero dizer as palavras que todas as pessoas dizem, não quero fazer o que todas as pessoas fazem, eu não quero fazer um discurso romântico que pode ser vazio e sem sentido, eu não quero recitar poemas, nem frases de efeito, não quero que isso seja feito nos filmes que vemos por ai. Eu só quero te ter ao meu lado pra sempre, construir uma vida com você, uma família com você, brigar e fazer as pazes com você, sorrir e chorar ao seu lado, e viver o mais imperfeitamente possível com você, porque perfeitos só nos filmes, eu não quero coisas grandes, porque o amor está nas pequenas coisas lembra? E quero construir cada uma dessas coisinhas com você, pelo resto das nossas vidas, e isso aqui, - Levantou o saquinho - é simplesmente um simbolo, para representar esse sentimento.– Abriu o saquinho tirando o anel de dentro. - Caitlin Elizabeth Snow você aceita ser o mais imperfeitamente possível ao meu lado pelo resto de sua vida? resumindo… Quer casar comigo? - Finalizou ficando de joelhos ao pé da cama.

Caitlin: - OH MEU DEUS!!! Isso… Isso é… Oh meu Deus! SIM! Claro que sim. - Lágrimas rolavam descontroladas pelo seu rosto corado. - Não acredito que você fez isso Bartholomew Allen! Oh meu Deus! Eu te amo tanto. - Segurou-o rosto dele o puxando para um beijo apaixonado.

Barry: - Espera, eu não coloquei o anel no seu dedo. - Sorria. - Vem cá. - Pegou sua mão direita e colocando o anel em seu dedo. - Pronto agora sim.

Caitlin: - Ele é lindo Barry! - O encarava com os olhos brilhando.

Barry: - Foi com esse anel que meu pai pediu minha mãe em casamento. Ele me deu alguns meses depois que começamos a namorar, disse que eu deveria dá-lo para a garota que faz meu coração bater nos mais diferentes ritmos, para a garota com quem eu posso ser eu mesmo, para a mulher com quem eu posso dividir todas as minhas frustrações e que mesmo nos piores momentos ela não joga a toalha, para a mulher com quem eu quero passar o resto da minha vida. Ele disse que foi assim que soube que daria esse anel para a minha mãe. E eu soube que deveria dar ele pra você. - Caitin não parava de chorar, seu rosto estava vermelho seus olhos brilhantes e seu sorriso mais largo como nunca.

Caitlin: - Essa é exatamente a sensação que sinto quando estou com você. E eu sei que é o que eu quero sentir todos os dias pelo resto da minha vida.