Meu passado, me pertence... escrita por Anne


Capítulo 1
A decisão


Notas iniciais do capítulo

Bom dia,
Essa história estava guardada a um tempo, estava faltando coragem para postar ela...
Depois de muito revisar ela...
Bem, aqui está ela, e espero que vocês gostem
Sem mais delongas...
Boa Leitura
Anne



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O inverno já dava seus primeiros sinais de que estava chegando, minhas mãos estavam congelando, já se via o cair dos primeiros flocos de neve, eu não queria estar ali, estava a espera de minha prima Jennifer, estava ali por que meu avô havia mandado e ninguém deve desobedecer o famoso Harry Potter, sempre justo, mas autoritário.

Ele gostava que tudo estivesse em ordem, apesar de minha avó sempre dizer que ele na época de escola vivia quebrando as regras, mas parece que o tempo muda as pessoas, ele é reservado e não gosta muito de falar do passado, principalmente minha mãe, Lilian, eu não cheguei a conhece-la, não sei muito sobre ela e nem sobre meu pai, é complicado não saber sua origem, eu adoraria saber, para saber que caracteristicas são semelhante com a deles, mas eles não me deixaram sozinha, me deixaram Jonathan, meu irmão mais velhos, que puxou os cabelos ruivos da vó Gina e tem os olhos iguais o do meu vó, eu por outro lado, eu por outro lado não me pareco tanto assim com eles, antes que me esqueça me chamo Laura.

Minha avó vive me dizendo que eu sou o orgulho do meu avô, que ele é tão rigido assim comigo, por que sou parecida com ele, tenho faro para a encrenca e ele apenas que o melhor para mim e para meu irmão. Nossa familia é um pouco grande, principalmente no lado da minha avó, os melhores momentos são na casa da bisâ Molly, onde juntam todos nós, tios, primos a familia toda, amo a todos mas meus tios favoritos são o tio Ronald e a tia Hermione, a bruxa mais inteligente que eu já conheci, os chamo de tios desde bem pequena.

Minha prima que estou esperando é filha do meu tio Tiago, irmão de minha mãe, não me dou muito bem com ela, acho que por sermos as únicas meninas, rola uma pequena competição por atenção, por alguma razão meu avô queria conversar com a gente, de certa forma aquilo me incomodava, agora com os meus 16 anos, não gosto de segredos e é o que mais rola nessa familia, aprendi a temer eles, não sei o que esperar, não guardo nada me falo tudo o que vem a minha mente e sinceramente, creio que essa é a minha melhor caracteristica, mas a maioria vê como arrogância. Já estou começando a me irritar... Cadê Jennifer?

***

Quando eu já estava pensando em desistir e voltar para casa e dizer ao meu avô que ela não tinha aparecido, ela me aperece, bem que seria no minimo interessante, vê ele um pouco irritado com ela afinal, vivia dizendo que eu devia me espelhar nela... Até parece, nem morta eu faria isso, detesto clichês...

-- Poxa Jennifer até que enfim você chegou, eu já estava congelando aqui...

-- Ah priminha, sem reclamar né? Nem está tão frio assim, me atrasei por que estava resolvendo umas coisas...

-- Dando uns amassos naquele seu namorado?

-- O que disse?

-- Nada demais.

Se ela escutasse, era capaz de querer me matar, fiz sinal para que fossemos logo, afinal meu avô já devia estar uma fera com esse atraso todo... Esse controle todo de certa forma, era de enlouquecer...

***

-- Vocês demoraram meninas, seu avô já estava começando a ficar impaciente, ele está lá nos escritório. Disse vovó assim que colocamos o pé porta a dentro. -- Vão logo, ele já esperou demais e ainda precisa comparecer ao ministério...

-- Já estamos indo vó.

-- Eu sei Jenny, mas a conversa já não será fácil e se ele estiver nervoso pode ser um pouco pior, então é melhor não acender mais uma fagulha, não é mesmo?

-- De fato sim.

Subir aquelas escadas, deu um certo arrepio, ainda mais do jeito que minha vó falou, era sempre um nervoso essas conversas, minhas mãos já estavam suadas, eu as esfregava e todos já sabiam que esse era sinal de nervosismo meu e Jenny me olhava com aquele sorriso insolente dela, chegamos a porta do escritorio e ela bateu, do outro lado podemos ouvir: - Podem entrar!

Entramos e nos sentamos nas poltronas em frente a mesa dele, a lareira estava acesa, a varinha sobre a mesa, ele nos olhava, sempre fazia isso, como se quisesse nos decifrar, e a maioria das vezes eu acho que ele conseguia...

-- Esse atraso de vocês tem alguma explicação? Nos olhava com olhos fulminantes, Jenny levantou a mão para falar antes de mim, então continuei calada, não adiantaria muito que eu falasse alguma coisa...

-- A culpa foi minha, eu me atrasei, estava resolvendo uma coisa e perdi a hora que tinha marcado com a Laura.

-- Sei bem o problema que você tinha pra resolver, afinal uma menina da sua idade não tem tantos problemas assim não é?

-- Bem... eu...eu... Nunca vi Jenny tão vermelha assim na minha vida, até que eu gostei, sem falar no nervosismo dela, eu confesso, eu ri um pouco por dentro, creio que até soltei um sorriso por isso, nada bonito isso não é? Mas fazer o que? Eu me diverti com isso...

-- Que isso não aconteça novamente, vocês sabem que meu horário é bem apertado e preciso andar sempre na hora para meus compromissos. Nós duas abaixamos a cabeça e ele prosseguiu, falando: -- Bom, já que nosso tempo é curto, eu vou direto ao ponto, vou precisar de uma auxiliar no escritório lá do ministério e vou escolher uma das duas, aquela que acho que poderá tomar o meu lugar um dia... Arregalei os meus olhos, afinal, por que eu estava ali? Não seria escolhida nem que eu fosse a última escolha que ele tivesse, ele sempre deixou isso claro, pelo menos para mim. -- Lau, não precisa se assustar, se está aqui é por que é tão boa quanto sua prima e tem capacidade tambem, não precisa dizer nada eu sei o que está pensando...

E eu não tinha dito nada... Viu, como ele percebe as coisas? Isso sempre me deu medo. Não podia nem fazer aqueles xingamentos mentais, por que, parecia que ele iria perceber que havia feito aquilo.

-- Mas vô quais serão os criterios de avaliação para isso? E por que não um dos meninos? Disse Jenny

-- Isso vocês vão saber com o tempo, agora sem mais perguntas podem ir...

***

Assim que sai daquele escritório, fui direto para meu quarto, o que ele queria dizer com aquilo tudo? Afinal era a primeira vez que não me criticava de forma negativa. Jenny desceu as escadas deve ter ido ver a vovó.

Minha avó sempre foi carinhosa, minha mãe, aprendi com ela tudo o que eu sei, os tempos eram outros, as crianças só eram mandadas a escola se os pais quisessem, mas caso não mandassem tinha que se responsabilizar pelo ensino da magia em casa, foi o que minha avó fez comigo e meu irmão, não nos mandou a escola, apesar da insistencia de meu avô, mas ela o convenceu que o melhor era que aprendessemos tudo em casa e assim o foi... Adorava essas horas que passava com ela, agora as aulas com a tia Hermione, confesso me dava um pouco de medo, mas sempre aprendi bastante, meu irmão sempre diz que ela tem todos os livros do mundo na cabeça.

Meus primos por outro lado, todos iam a escola e diziam que era muito legal, encontrar os amigos e ficar lá, eu não conseguiria imaginar, dormir na escola a maior parte do ano, por não ir a escola, não tinha muitos amigos, mas os poucos que eu tenho são os melhores que alguem poderia ter, bem, só vejo eles quando estão de férias da escola, tirando isso nos falamos por carta.

Aprontamos um mucado na nossa vila, claro que damos um jeito de que ninguem descubra, mas sempre descobrem e ficamos de castigo, mas vale a pena, tenho histórias para contar aos meus filhos quando tiver eles...

Meu companheiro mesmo é meu irmão, um ano mais velho, mais do que irmão meu melhor amigo, está sempre ao meu lado e me defende, desde que eramos pequenos, vivia levando a culpa por mim, mesmo todo mundo sabendo que não tinha sido ele...

Eu não sabia o que esperar dessa decisão do meu vô, de mim ou Jenny ser sua assistente, afinal não deveria ser nós os responsaveis por escolher o que queremos? Para ele acho que não tem nada disso.

***

Fiquei tão absorta em meus pensamentos, que acabei adormecendo e quando acordei já era hora do jantar, tomei um banho e desci as escadas, estava com fome e fui direto para a cozinha, encotrei meu irmão, fazendo um sanduiche

-- Quer um também maninha? Sorri pra ele e fiz que sim com a cabeça. -- Fiquei sabendo da decisão do vô, o que acha disso?

-- Não quero falar disso mano. E realmente eu não queria, não naquele momento, ele me olhou, como se quisesse me decifrar, mas não disse mais nada, me passou o sanduiche e comemos em silêncio.


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Notas finais do capítulo

E ai gostaram? Comentem...
Abraços
Anne



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