Não Sou Nenhum Herói. escrita por Ally Rocket, Am0rim


Capítulo 3
Jaquetas Reveladoras & Outra Desaparição.


Notas iniciais do capítulo

Voltamos, eu e R5family Member temos mais um capítulo só para vocês, já temos 1 favorito, 11 acompanham e 6 comentaram.
Se quiserem ler a minha outra fic: https://fanfiction.com.br/historia/567211/IAlwaysLoveYou/
Não vos vou fazer perder tempo aqui e passemos para o capítulo.
Espero que gostem...



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POV Ally

Peguei os livros e coloquei-os na mochila. Olhei para o lado e vi o Austin colocando os livros no armário. Fechei o meu e quando olhei para o Austin outra vez, ele se foi. Olhei em volta, tentando encontrá-lo, mas não consegui. Virei-me e esbarrei com ele.

–Você estava a olhar para mim. Porquê?

–Você evitou-me a semana toda.

–E surpreende-te? - Pergunta divertido.

–Bom, sim. E-eu pensei que éramos amigos. - O sorriso divertido do Austin desapareceu do seu rosto.

–Nós somos. Sinto muito. A semana tem sido difícil para mim.

–Queres falar?

–Não aqui. - Assenti e fomos para a aula.

O último sinal da escola tocou e eu e o Austin saímos da sala e fomos em direção da mota dele.

–Tens a certeza?

–Sim, vamos embora. - Digo. O Austin pegou o capacete e ajudou-me com ele. Sentámos na mota e o Austin partiu. Ele parou a mota e saiu dela.

–Aqui? - Pergunto saindo da mota. Estávamos numa casa quase 4 vezes maior que o meu apartamento.

–Quase lá. - Responde me ajudando com o capacete.

Depois de os capacetes na mota, levou-me para.......o jardim da casa. Quase no fundo, havia uma árvore com uma casa da árvore já um pouco velha, mas bonita.

–Uau. - Ele olhou para mim e sorriu. Ele subiu até a casa da árvore e ajudou-me a subir. Sentámos-nos na beira, perto o suficiente para balançar os pés, mas não para cair. - Este lugar é incrível!

–Sim, eu, o meu pai e o meu irmão construímos quando eu tinha sete anos. - Riu. Olhei para ele, como ele continuou a falar. - Hoje faz um ano desde a morte dos meus pais. Não houve um dia em que não sentisse toda aquela dor.

–Sinto muito. Vocês eram próximos?

–Éramos até o dia do acidente.

–O que aconteceu? Se não te importares de contar claro. - Ele tomou uma longa respiração e começou a falar.

–Nós estávamos a discutir. Eu queria ser um músico, mas eles queriam que os ajudasse a vender colchões. Eles eram Mimi e Mike Moon, o rei e rainha dos colchões Moon. Eu estava a tocar numa festa e quando os meus pais ficaram a saber, foram me buscar e forçaram-me a parar e vir para casa, por mais que lhes dissesse que era da música que gostava, eles não ligavam. Nós paramos em um sinal vermelho, mas um idiota que dirigia um caminhão, bateu em nós. De alguma forma eu sobrevivi, mas os meus pais não. O que dói ainda mais é que a última coisa que eu lhes disse foi que os odiava. - Não sabendo como, estendi a minha mão, agarrando a dele. Quando fiz isso, ele olhou para mim surpreso e eu dei-lhe um sorriso tranquilizador.

–Eu não posso dizer que tudo vai ficar bem, porque isso nem sempre acontece, mas não te podes culpar a ti mesmo. - Começo. - Não fui culpa tua que o idiota bateu no vosso carro. A culpa não foi tua Austin.

–Sim a culpa foi minha. Quando o caminhão nos bateu, ele jogou o carro para o lado e caiu de cabeça para baixo. Eu fui capaz de sair, mas quando os tentei salvar, havia uma faísca e a próxima coisa que sabia, o carro estava em chamas.

–Pelo menos você tentou salvá-los!

–Como você consegue ver o lado positivo de tudo? A tua mãe morreu à seis meses e estás aqui a tentar animar-me?!

–Eu sei que isso era o que a minha mãe iria querer, para eu tentar seguir em frente com a minha vida, mesmo sendo difícil.

–Você sabe que você é incrível certo? - Corei como ele continuou. - Você é a pessoa mais forte que conheço. Você é inteligente, talentosa....

–Como sabes sobre isso? - Pergunto o interrompendo.

–Eh...eu poderia ter lido algumas das tuas músicas.

–Você leu o meu livro?!

–Hey, relaxa. Ele já estava aberto quando o encontrei. - Ele diz com uma risada. - Você é uma pessoa incrível Ally.

–Obrigado. - Agradeço corando.

–Eu quis dizer isto. - Olhei para ele e percebi que estávamos muito próximos. O Austin começou a inclinar-se, mas eu movi a cabeça para longe.

–Está a ficar tarde. - Digo a olhar para o pôr do sol.

Olhei para o Austin e ele olhou para baixo acenando a cabeça concordando. Ele levantou-se e desceu da árvore e eu o segui, descendo lentamente, mas escorreguei e quase caí. sim, quase, pois o Austin pegou-me antes de cair no chão. Olhei para ele enquanto me carregava estilo noiva e vi algo..... o dia em que fui atacada.... o Austin colocou-me no chão fazendo-me voltar à realidade.

–É melhor levar você a casa. - Diz rapidamente.

–Sim...hum, boa ideia

Depois de chegar a casa, jantei com o meu pai e fui dormir.......

Engasguei em choque quando acordei e sentei-me ofegante. Tive o mesmo sonho novamente e desta vez sobre quem me salvou. Desta vez a imagem foi mais clara.




POV Austin

Depois de levar a Ally a casa, voltei para a minha e como não consegui dormir, voltei para a casa da árvore. Assim como antes, sentei-me na beira, balançando as pernas e olhando as estrelas no céu. Eu não consegui dormir a semana toda, a minha mente ficava simplesmente de volta no acidente.


Flashback On

Eu tinha 16 anos e estava sentado no banco de trás do carro, a discutir com os meus pais. Mimi e Mike Moon.

–Você disse-me para seguir os meus sonhos e quando o faço, vocês ficam bravos!

–Nós queríamos que você tivesse um sonho mais realista. - Disse a minha mãe.

–Exato! E além disso, há uma chance em um bilião que você vai conseguir ser bem concedido na música.

–Pois, mas se ainda há uma chance, eu vou tomá-la.

–Chega Austin. Discutiremos isto quando chegarmos a casa!

–Eu odeio-vos. Vocês estão a arruinar a minha vida!

Assim que digo isto, um enorme camião colidiu com o nosso carro e este voou a partir da estreada e caiu de cabeça para baixo. Abri os olhos lentamente. Podia sentir cada músculo dolorido. Tirei o cinto de segurança, levando-o a pousar no teto do carro, que agora estava no chão. Grunhi de dor, quando movi em direção à porta. Com toda a minha força, chutei a porta do carro a quebrando e arrastei-me para fora, saí e andei um pouco antes de me deitar na relva, tentando recuperar o fôlego. Virei a cabeça e vi que os meus pais estavam a lutar. Não sei como, nem de onde veio, mas senti uma onda de energia do corpo e fiquei de pé.

–Mãe! Pai! - Aproximei-me do pai.

–Não Austin! Não se aproxime! Há um vazamento. - Alertou.

–Uh...o-o que devo f-fazer?

–Vai Austin! Vai para o mais longe possível!

–M-mas pai....assim vocês vão morrer.

–Não se preocupe connosco filho. Basta ir!

–Vou buscar ajuda! - Digo virando-me e saí correndo. Voltei-me para o carro e vi um vislumbre de uma faísca, e então o caro explodido em chamas, jogando-me no ar, para o chão....

Quando acordei, os bombeiros e paramédicos chegaram e apagaram a chama do carro. Vi-me amarrado a uma maca e quando vi o carro dos meus pais ainda em chamas, que os bombeiros estavam a apagar, lutei para sair da maca e a próxima coisa que sabia, estava no hospital.

As semanas passaram e só me lembro de cair de joelhos e chorar no funeral dos meus pais.

–S-sinto muito. - Digo com a voz fraca pela última vez.

Flashback Off


Senti uma lágrima escorrer pelo meu rosto, quando vi duas estrelas cintilarem mais brilhante do que os outros no céu.

–Hey mãe, pai. - Digo com um sorriso fraco. - Sinto muito por tudo o que aconteceu. - Senti movimento perto de mim, mas não me importei. - Hoje é o meu aniversário....mas vocês já sabem disso. - Acrescento timidamente. - Eu encontrei alguém. Uma menina. - Digo timidamente. - Ela também perdeu alguém em um acidente de carro há seis meses. Foi a sua mãe. No entanto, ele é a pessoa mais forte que conheço e....e ela dá-me esperança. A esperança de continuar. De não desistir. Acho que hoje não é um dia tão ruim.

–Austin. - Ouvi o meu tio e olhei para ele, o vendo caminhar até mim. Olhei mais uma vez para cima.

–Acho que essa é a minha deixa para voltar. Só quero dizer obrigado, obrigado por a enviarem para mim. Amo-vos muito.

Respirei fundo e desci da casa da árvore. Caminhei em direção ao meu tio e abracei-o. Acho que ele estava chocado, mas rapidamente me abraçou de volta. Afastei-me e sorri para ele. - Obrigado tio Matt. Por cuidar de mim, por estar aqui e por me amar.

–Não tens de agradecer Austin. Nós somos uma família e é isso que as famílias fazem. - Sorri novamente e entrei em casa e fui para as escadas.

–Hey Austin? - Chamou e eu voltei a olhar para ele.

–Sim?

–Eu..uh...Feliz aniversário!

–Obrigado. - Agradeço e vou para o meu quarto, mas antes de entrar sou parado pelo Asthon.

–Feliz aniversário mano.

–Obrigado. - Agradeço o abraçando.

–Aqui! - Diz entregando-me uma caixa.

–Não era preciso.

–Eu não comprei. - Olhei confuso e abri a caixa. Senti as lágrimas nos meus olhos quando vi uma foto de mim, dele e os nossos pais quando construímos a casa da árvore e estávamos a pintar. Nessa altura, a nossa mãe ajudou.

–Obrigado.

–Ela é tua. Encontrei no quarto dos pais e achei que a querias. O meu presente a sério, ainda não está aqui, por alguma razão, a loja onde está o que comprei fechou cedo e não fui a tempo de trazer.

–Mais uma vez não era preciso.

–Era sim, e agora vai dormir porque eu é que sei. - Ri o abraçando e fui para o meu quarto. Alguns segundos depois, ouvi alguém tocar à campainha, levantei da cama e desci as escadas, encontrando o meu tio abrir a porta.

–Hum, posso ajudá-lo? - Perguntou para a pessoa que estava na porta.

–Estou aqui para ver o Austin. - Reconheci a voz da Ally.

–E você é? - Pergunta e eu fui em direção à porta.

–O meu nome é Ally Dawson....

–Ela é minha amiga. - Digo interrompendo-a. O meu tio deixou-a entrar e depois foi para o quarto dele. Olhei a Ally e depois disse para ela me seguir....

Fechei a porta do quarto e caminhei até a cama, onde a Ally estava sentada, a olhar para a janela. Aproximei-me e sentei ao lado dela, um pouco nervoso.

–O que você faz aqui? - Ela olhou para mim e vi as lágrimas nos seus olhos. Não sei o que aconteceu, mas simplesmente passei os meus braços ao redor dela e ela chorou no meu ombro.

–E-eu não t-tenho para o-onde ir.

–O que aconteceu?

–E-eu tive u-um pesadelo s-sobre o a-ataque e-e e-estou me lembrando d-de r-rostos que não q-queria l-lembrar. E-eu s-sinto q-que alguém está a o-observar-me.

–Onde está o teu pai?

–E-eu não sei. E-ele s-saiu a m-meio da noite s-sem d-dizer nada. Eu e-estou sozinha e-e n-não sabia p-para o-onde ir. - Segurei-a mais apertado e sussurrei algumas palavras tranquilizadoras para a tentar acalmar.

–Shh, está tudo bem. Está tudo bem.

Ao fim de um tempo, o choro cessou e percebi que ela estava a dormir. Não a queria acordar, então mudei suavemente para o lado e a deitei na cama, cobrindo-a. Com cuidado e silenciosamente, levantei e saí do quarto.

–Ela está bem? - Perguntou o meu tio quando saí do quarto.

–Agora sim, ela está a dormir.

–Mas afinal o que aconteceu?

–Ela perdeu a mãe e o pai desapareceu, acho que saiu. Ela acha que alguém a está perseguindo.

–Ela não tem mais para onde ir tio Matt. Deixe-a ficar aqui esta noite, por favor. Eu vou pensar em alguma coisa. - Ele assente e eu agradeço abraçando-o, antes de ir para o quarto de hóspedes dormir.




POV Ally

Acordei sentindo alguém ma sacudindo, comecei a entrar em pânico quando vi que não estava no meu quarto.

–Shh Ally. Sou só eu. - Diz o Austin ao meu lado e olhei para ele.

–O que aconteceu?

–Você veio aqui depois que o seu pai saiu.

–Oh....certo. - Digo me lembrando de quando acordei de um pesadelo e o meu pai não estava em casa. De ter vindo para aqui e o Austin me acolher e me confortar.

–Quero que conheças alguém. - Diz e duas pessoas entraram no quarto, uma delas era a pessoa que me abriu a porta ontem.

–Olá Ally. - Dizem os dois.

–Ally, este é o meu irmão Asthon Moon. - Diz apontando para o loiro muito parecido com ele. - E este é o meu tio Matthew Moon. - Diz apontando para o que me abriu a porta. - Asthon, tio. Esta é a minha amiga, Ally Dawson.

–Prazer em finalmente te conhecer Ally. - Diz o Asthon.

–Prazer em conhecer-te, aos dois.

–Prazer mocinha. - Diz Matthew.

–O tio Matt concordou em te deixar ficar aqui. Pelo menos ate encontrarem o teu pai. Ou até que ele volte. O que acontecer primeiro. - Diz Austin encolhendo os ombros.

–Não estou a entender.

–Ally, o Austin contou-me o que aconteceu. Você é bem-vinda aqui em casa até o seu pai voltar.

–Então e se ele não faz?

–Bem....eu trabalho como polícia, nós vamos rastreá-lo.

–Estás bem? - Pergunta o Austin olhando-me preocupado.

–Sim...eu só....preciso de um minuto.

–Ok. Nós vamos lá para baixo.

Matthew e Asthon saíram e o Austin levantou-se da cama e beijou a minha testa antes de sair. Corei com a sua ação e saí da cama olhando em volta tentando descontrair. O quarto do Austin parecia muito diferente daquilo que imaginava.

As paredes eram pintadas de preto e vermelho. Ele tinha posters de bandas e músicos em todos os lugares. Ele tem duas Fender Telecaster uma branca http://www.madeinbrazil.com.br/images/product/15801_zoom.jpg e preta http://thehub.musiciansfriend.com/images/teleguide/fender-classic-1972-telecaster-custom-black.jpg penduradas na parede. Olhei do outro lado e reparei em algo que me chamou à atenção. Foi uma jaqueta, pendurada numa cadeira. Aproximei-me e peguei a jaqueta e nesse momento, parece que fui transportada de volta para o dia do ataque. Estava quase inconsciente, quando vi o rosto de uma pessoa. A pessoa que salvou a minha vida. Austin Moon.

Larguei imediatamente a jaqueta e afastei-me dela. Porque o meu pai mentiu para mim? Mais importante, porque o Austin não me contou?








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Notas finais do capítulo

F.T. branca: http://www.madeinbrazil.com.br/images/product/15801_zoom.jpg

F.T. preta: http://thehub.musiciansfriend.com/images/teleguide/fender-classic-1972-telecaster-custom-black.jpg

E é isto. O que acharam?
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