Não Sou Nenhum Herói. escrita por Ally Rocket, Am0rim


Capítulo 10
"Depois da Tempestada vem a Bonança" & Pestes.


Notas iniciais do capítulo

Antes demais queria pedir muita desculpa, eu sei que demorei muito, mas a escola não ajuda nada. Tenho muitas provas, trabalhos e quase nem tenho tempo para nada, o que me tem deixado muito cansada O bom é que nos pequenos tempos livres fui adiantando alguns capítulos e não demorarei para postar o próximo, só preciso revisar algumas coisas.
Bom, espero que gostem do capítulo,
#AR.



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POV Ally

Sabem que a vida corre bem e de repente algo trágico acontece e tudo o que já viveram muda completamente e desde então nada de bom parece acontecer e quando acontece não vem só? É isso que está a acontecer comigo.

Esta história toda da minha mãe ter mais um filho com um outro homem, não faz sentido nenhum. Não entendo porque ele nunca me contou, pois no final de tudo, o Sam é...meu irmão. Meio irmão, mas ainda o é!

Nós sempre contámos tudo uma à outra, sempre desabafámos uma com a outra. Eu sempre lhe conte tudo, mesmo os meus segredos, que mais ninguém sabia. Não consigo mesmo entender porque ele nunca me contou.

Será que o meu pai sabia? Será que ela lhe contou? Estou tão confusa. A única coisa boa no meio de isto tudo é que prece que ganhei um irmão, e pelo menos sei que é de confiança e de certeza que está a sofrer bastante, pois saber que afinal os seus "pais" não são seus pais e que a sua vida não se passou de uma grande mentira e assim de repente descobre que é adotado, que a verdadeira mãe está morta e que tem uma irmã.

Se para mim isto já é muito não quero nem pensar no que vai naquela cabeça...

—ALLY!?

—Uhm? O quê? Sim?

—Está tudo bem? - Olhei para o Austin e ele estava a olhar para mim com a sobrancelha arqueada.

—Oh, sim, está tudo bem!

—De certeza?

—Sim, estava só a pensar!

—No quê? Posso saber?

—Em como a minha vida está uma grande reviravolta! Primeiro a minha mãe morre num estúpido acidente de carro, depois o meu pai começa a arranjar problemas, no que deu estarmos sempre a mudar de casa e de repente ele desaparece, e agora descubro que tenho um irmão que os meus pais nunca me contaram sobre...

—Hey, hey calma. - Diz se levantando da cadeira onde estava e se sentando ao meu na cama onde eu estava. -Não fales assim. Tenho a certeza que tudo se vai resolver. Quanto à tua mãe, não posso fazer nada por mais que quisesse, pois nem os meus pais consegui salvar, mas agora esta conversa não é sobre mim. - Pausou se voltando para mim. - Quanto ao teu pai, eu sei que o meu tio está a fazer de tudo para o encontrar, os possíveis e impossíveis, e eu acredito que ele o vá encontrar. Agora quanto ao Sam, tenho a certeza que vocês se vão dar bem e no fim, vais ver que já passou e tudo vai voltar ao normal.

—Já tive mais certeza disso! - Digo baixando a cabeça, ao sentir as lágrimas nos meus olhos.

—Não podes perder a esperança. Nunca ouviste dizer que "depois da tempestade vem a bonança" ?

—O pior é que esta tempestade é longa e muito forte!

—Onde está aquela Ally que pensa sempre positivo, que está sempre a sorrir e sempre a tentar falar comigo para eu também pensar positivo? - Pergunta levantando o meu rosto com o dedo, me fazendo olhá-lo diretamente nos olhos.

—Eu acho que essa Ally já está a ficar cansada de tanto positivismo não dar em nada! Cansada de pensar que tudo vai ficar bem, mas no final do dia as coisas pioram. Cansada de tudo!

—Eu entendo. Até porque quando estou mal, você está lá sempre para me animar e fazer sentir melhor, desta vez vai ser ao contrário. O resto do dia de hoje e amanhã não te vais preocupar com nada, eu vou te fazer sentir melhor.

—Não é preciso Austin...

—É sim Ally e fim da conversa!

—Ok, vou tentar!

—Boa! Agora eu vou acabar as nossas pesquisas até nos chamarem para jantar.

—E o que é que eu faço?

—Se quiseres podes continuar a me ajudar ou então vê um pouco de televisão.

—Não estou com disposição para ver pessoas num ecrã de televisão, prefiro te ajudar.

—Então continuaremos. - Diz beijando a minha bochecha e voltou a se sentar na cadeira continuando as suas pesquisas.

Peguei nos papeis sobre a cama, que o Austin havia imprimido para assim nós dois conseguirmos procurar mais rápido. Encostei-me e comecei a reler os papeis novamente...



POV Austin

Continuei a ler e reler todos os sites onde se falava de Jack Edwards...

"O grande empresário Jack Edwards conseguiu finalmente fazer o contrato do ano, ganhando bastante com isso, não só para si mas também para a sua empresa. "

"Mais uma vez, o grande empresário Jack Edwards conseguiu um grande contrato, que deixou a sua empresa num patamar muito elevado. Não só grande empresário a fechar contrato é também com os seus trabalhadores e em tudo o que investe."

Decidi procurar sobre ele, mas mais pessoalmente para assim descobrir onde vive e se fala alguma coisa sobre o Sam ou Olivia.

"Jack Edwards, nasceu a 18 de Outubro de 1978 na Flórida, Miami, tem 38 anos, não tem irmãos e vive em Nova York desde os seus 20 anos" Wow, ele era novo quando se foi embora, depois de ter o Sam... "Jack continuou os seus estudos e com 23 anos conseguiu subir na empresa e ao fim de 2 anos passou a ser um dos melhores e maiores empresários em Nova York...."

Procurei e procurei e não encontrei nada a não ser sobre a sua vida como empresário, nada falava em ele ter um filho.

—Você encontrou alguma coisa Ally? - Perguntei, mas não obtive resposta, estranhei e me virei vendo a cena mais adorável.

Levantei da cadeira e caminhei até a cama onde ela se encontrava. Peguei os papeis e os arrumei no criado-mudo, me sentando ao lado da Ally com cuidado.

Olhei para ela e cheguei a sua cabeça para perto do meu peito e acariciei os seus cabelos, enquanto a observava dormir tranquilamente. A sua respiração era constante e tranquila, e apesar de não ser o exato momento para dormir, já que não tarda o jantar está pronto, mas ela merece e tem de descansar, vai lhe fazer bem. Todos os problemas que têm acontecendo, têm vindo a transtorná-la e a causar ainda mais problemas e confusões na sua vida.

Ela já passou por tanto e nem assim deixa de me querer ajudar e isso é o que mais admiro nela. Apesar de todos os problemas que possa ter, vai estar lá para os amigos. Primeiro perde a mãe, depois o pai arranja problemas e eles mudam de cidade, depois ele desaparece e ela agora descobre que tem um irmão. Eu no lugar dela estaria dando em louco.

Só não estou porque o meu tio, o meu irmão e o Sam não deixam. Eles estão sempre em cima de mim, fazendo com que eu não pense no que aconteceu. O pior de tudo é que tenho um pressentimento de que muita coisa está para acontecer.

Suspirei e tirei a mecha de cabelo que caía sobre os olhos da Ally, ela se remexeu e se virou, colocando o braço em volta de mim. Sorri fraco e coloquei os meus em volta do pequeno corpo dela. É tão bom estar assim. Parece tudo tão tranquilo, que nada vai acontecer e que nos meus braços eu a consigo manter segura, sem que nada lhe aconteça, que todo o mal que possa vir, não chegará a ela. E se depender de mim, nada de mal lhe vai acontecer.

Fico feliz em a Mia ter lá estado com a Ally quando a mãe morreu. Não quero nem pensar no que a Ally iria sofrer se ela não estivesse lá, não quero que ela passe pelo mesmo que eu, apesar de ela não ter culpa nenhuma na morte da mãe, e pelo menos, ela consegue ser feliz e não deixar que a morte da mãe lhe afete da pior maneira, ela consegue ultrapassar a dor e tenta sempre pensar positivo e isso é também o que mais admiro nela.

—Austin?! - Ouvi enquanto batiam à porta.

—Sim! - Digo e a Mia entra.

—Eu vinha chamar para jantar. Ainda pensei se batia ou não à porta, como não ouvia barulho pensei que estavam a dormir.

—A Ally está, ela estava bastante cansada, têm acontecido demasiadas coisas ultimamente.

—É verdade. Mas e então você vem?

—Claro, já desço.

—Ok, mas depois temos de falar. - Ela olha para mim a sorrir enquanto também olhava para a Ally, saindo do quarto de seguida.

Revirei os olhos e com cuidado tirei o braço da Ally que estava em minha volta, tirando de seguida a cabeça dela do meu peito, a colocando na cama com cuidado. Peguei uma coberta e tapei o seu pequeno corpo, afastando os cabelos do seu rosto.

Depois de verificar que ela dormia tranquilamente e não mostrava indícios de acordar, saí do quarto fechando a porta devagar e desci até a cozinha.

—Então e a Ally? - Pergunta o Ash sorrindo e eu revirei os olhos.

—Está a dormir. Ela precisa descansar por tanto achei melhor não a acordar.

—Apesar de não discordar, ela tem de comer.

—Eu sei tio, mas depois quando ela acordar come ou então amanhã eu faço o café da manhã muito bom! - Digo me sentado à mesa e me servi, já que era o único que faltava. - Mudando de assunto, como estão as coisas tio? Novidades?

—Se for do que estou a pensar, nem por isso!

—Nada?

—Nada, nada!

—Isso não é nada bom. Já nem sei o que dizer mais à Ally sobre este assunto.

—Eu entendo Austin e é por isso que eu também tenho estado mais empenhado nesse caso, mesmo não sendo exatamente um caso.

—Então mas...como é que não é um caso? O pai dela desapareceu!

—Eu sei, mas não sabemos se ele fugiu ou se por algum motivo alguém o levou!

—Eu tenho a certeza que alguém o levou, ele não iria deixar a Ally sozinha, eu sei que não.

—Eu acredito, apesar do pai ter começado a arranjar confusões depois de a mãe da Ally morreu, eu conseguia ver o quanto ele a amava e fazia de tudo para a fazer feliz.

—O que me custa mais é de a ver em baixo e pensar que o pai a deixou porque não a ama.

—Mas isso não é verdade!

—Eu sei Mia, mas ela está devastada e neste nós somos os únicos que ela tem e pode contar. Temos de lá estar para a ajudar e tudo.

—Podes contar com a minha ajuda.

—Obrigada!

—Não tens de agradecer Austin, só farei o mesmo que ela faria por mim!

—Mas agora mudando de assunto. Como foram as coisas por Sidney?

—Foram boas. No principio foi um pouco difícil de me adaptar, pois não conhecia nada nem ninguém e sentia saudades de todos vocês, mas com o tempo as coisas melhoraram e depois também conheci a Ally. E aqui?

—Uhm...Aqui as coisas podiam ter corrido melhor, mas eu também não quero falar sobre isso.

—Entendo, mas mais tarde iremos falar, quer queiras quer não. - Revirei os olhos. - Então e com você Ash?

—No principio as coisas correram bem, estive a estudar uns meses fora e depois aconteceu o acidente dos nossos pais, pois desde esse dia as coisas não são as mesmas.

—Acredito. Então e você? Tem conseguido aturar estas duas pestes? - Pergunta para o nosso tio.

—Felizmente sim. Acredita que quando querem sabem mesmo ser pestes.

—É, eu acredito, já os aturei durante muitos e muitos anos, sei do que fala.

—Será que se importam de parar, vocês falam como se nunca estivéssemos aqui.

—É tenho de concordar com o Austin.

—Uau, você está a concordar comigo, esta é nova.

—Não fiques muito convencido, foi a primeira e será a última vez que isto acontece!

—Sabes, eu sempre digo a verdade e sempre tenho razão por isso é normal você concordar comigo.

—Primeiro que tudo, isso é mentira. Segundo como já referi antes, foi a primeira e será a última vez que concordo com você.

—O problema é que eu não acredito. Eu sei sempre tudo e estou sempre certo.

—A sério? Me deixa rir. Você? Sempre certo? - Assenti e ele riu. - Não te iludas maninho!

—Você que se está iludindo! - Digo rindo.

—Como já disse, pestes! - Diz a Mia e ela e o meu tio riram.

—Que engraçados! - Dizemos eu e o Ash ao mesmo tempo e eles riram mais.

Quando terminamos de comer ajudámos o meu tio a arrumar as coisas e fomos para a sala.

—Bom, eu adorei e adoro estar aqui com vocês, mas tenho de ir embora pois amanhã tenho de acordar cedo.

—Eu vou te levar ao Campus. - Diz o Ash.

—Não é preciso.

—É sim e não se fala mais nisso.

—Tudo bem. - Diz sorrindo. - Muito obrigado por tudo, por me ter deixado ficar e pelo jantar.

—Você não tem de agradecer.

—Tchau Austin! Vê se abres os olhos e olha que a nossa conversa ainda vai acontecer.

—Infelizmente sei que não vais esquecer isso e apesar de não ter percebido a parte de abrir os olhos, não vou nem perguntar o que você quer dizer com isso. Espero que venhas aqui mais vezes. - A abracei e depois ela foi embora.

—Bom, eu estou cansado, hoje o dia foi muito cansativo e vou dormir. Você vai ficar aqui?

—Não, eu também vou dormir. Até amanhã. - Digo e fui para o meu quarto.

Olhei para a minha cama e a Ally ainda dormia tranquilamente. Sorri e vesti o meu pijama. Me deitei do lado da Ally e passei os meus braços em volta dos ombros dela a puxando para perto de mim. Amanhã vou fazê-la se sentir melhor. Vou fazê-la esquecer todos os problemas por todo o dia. Vou fazer amanhã o melhor dia da vida dela...








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Notas finais do capítulo

Será que o dia de amanhã vai mesmo correr tão bem como o Austin está a planear? Será que vai acontecer alguma coisa?
Espero que tenham gostado e mais uma vez peço imensa desculpa pela demora.
Comentem!!!!
Beijos super doces.