Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 26
V I N T E E S E I S


Notas iniciais do capítulo

Olá... Hellou... Buenas noches... Como estão? Bem? Espero que sim.

Eu só gostaria de agradecer a Emma por ter recomendado, como sempre. Tu é incrível mesmo, ok? KKKKK

E nesse capítulo terá um pouco de P.O.V Emily e o resto será P.O.V. Steve. Foi uma maneira de não fazer o capítulo anterior ultrapassar o meu limite costumeiro de palavras por capítulo, que geralmente são de duas mil a duas mil e novecentas e noventa e nove mil palavras, KKKKK Não chego a três mil...

Beijos e boa leitura! A gente se vê nas notas finais! Fui!



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P.O.V Emily

Enquanto eu guardava as coisas da Brianna, como celular, notebook e tablet no meu quarto, escondendo dela por estar de castigo, cogitei a ideia de ir mais cedo para Asgard, além do mais, eu iria de qualquer jeito, qual o problema de ir mais cedo?

Mas algo me despertou. Tenho que parar com essa mania de fugir de tudo e de todos, principalmente quando algum problema ameaça a minha estabilidade, seja qual ela for. Eu fiz a mesma coisa quando Steve se envolveu com outra mulher, e eu vi tudo. A primeira coisa que fiz foi arrumar as minhas coisas e fugir dele. Sempre fui assim, covarde, não posso ser mais assim.

Claro, ainda irei para Asgard, realizar o meu desejo de conhece-la, e não é o Steve e seu repudio do Loki que irá me impedir, e muito menos Brianna que continuará aqui, não irá mais comigo, não depois do que aconteceu. E espero que ela tenha ouvido a parte sobre ela ir comigo, e perceber que não vai mais, só para perceber o que perdeu.

Meu celular não vibrou nem uma vez sequer. Eu esperava que Steve me ligasse calmamente me pedindo para que eu explicasse melhor o que estava acontecendo. Mas ele não o fez. Lembro claramente o que ele disse. “Talvez seja melhor assim”. E não sobre eu ir viajar, mas nos mantermos separados por mais tempo. Aquilo doeu.

Mesmo eu dizendo que eu não o queria comigo, que não preciso dele, que fico melhor sem ele aqui comigo, eu sei que é mentira, é tudo mentira. Eu preciso dele, eu o amo, e me dói ficar sem ele. É apenas alguma coisa que alivia a dor da saudade, e me faz pensar que não sinto mais nada, quando na verdade nunca senti tanto.

Lembro que eu havia dito exatamente isso, que eu não precisava dele, que não o queria, me arrependi no segundo seguinte. Pois percebi que além daquilo não passar de uma mentira, eu havia destruído tudo, da mesma forma que ele havia feito.

E se eu tivesse o magoado? Não que eu quisesse aquilo por ter feito o mesmo comigo, pois eu não queria. Mas magoá-lo era a pior coisa que eu poderia fazer, mesmo que não proposital, pois a dor que eu o provocaria, seria reciproca, viria para mim também através da sua voz ou do seu olhar.

Apenas peguei o celular, mandei uma mensagem dizendo: “Desculpa. Fiz besteira, de novo. Mas lembra da sua promessa que fez no hotel aquele dia? Apenas mantenha-a, por favor”. Não esperei pela sua resposta, apenas fui dormir com o coração novamente partido, e dessa vez, por minha culpa.

P.O.V Steve

Loki devia ter feito um ótimo trabalho, pois o professor Xavier, mesmo com a grande experiência que ele tem sobre as mentes das pessoas, não conseguiu ver nada de errado que tenha acontecido naquele dia. E passou pela minha cabeça que talvez, só talvez, tenha sido algo que eu tenha feito, e não algo que ele tenha me feito fazer. Mas lembro que eu realmente me importo com a Emily para faze-la sofrer da maneira que sofreu por minha causa.

Nesse momento estou verificando a correspondência ansioso. Eu deveria receber a resposta para as minhas entrevistas de emprego esses dias, porém, ainda não havia chegado nada. Bom, até agora. Eram contas em grande parte com coisas para serem pagas, como telefone e energia. E uma coisa me preocupou, eu não teria dinheiro para pagar quase nenhuma delas, por isso a minha preocupação.

Com as cartas em mãos, e abrindo a primeira de telefone no elevador subindo para o meu apartamento depois de uma entrevista em que eu sabia que não conseguiria, mas que não custava tentar, o que me deixou dolorido, pois era em outra cidade, e um pouco mais distante do que de Nova Jersey.

Destranquei a porta verificando a segunda conta, o condomínio, que havia subido o valor, o que me fez ficar ainda mais nervoso. Deixei as que eu já havia lido em cima da mesa, e peguei algo para comer na cozinha, pois a última coisa que comi foi no almoço, e já eram quase seis horas da noite, e o céu começava a escurecer lá fora.

Deixei mais uma carta de lado e abri a penúltima, e quase deixei cair o sanduiche ao perceber que era a resposta para a minha entrevista de emprego no museu de história natural. Respirei nervoso e deixei o sanduíche no prato, as outras cartas de lado e me concentrei naquela. Li a resposta nervoso, e toda uma enrolação para a respostar estar no final do texto. Não consegui evitar o murmuro e bater na mesa com força. Eu não havia conseguido.

Eu realmente havia criado esperança de que eu iria conseguir aquele emprego, e talvez fosse culpa do entrevistador, ele mesmo disse que transformaria a minha vida num inferno se eu conseguisse, talvez ele mexesse alguns pauzinhos e transformasse antes mesmo. Bom... Ele está conseguindo direito.

Suspirei passando a mão pelo rosto simplesmente cansado daquilo. Eu estava exausto de não conseguir nada! Simplesmente nada! Recebendo “nãos” cada vez com mais frequência. Sempre que eu tentava, me esforçava e era negado. Até quando aquilo iria acontecer? Essa crise já estava durando tempo demais. Algo de bom tinha que acontecer logo.

Deixei as cartas em cima da mesa, o sanduiche com poucas mordidas também, eu havia perdido totalmente a fome. E fui ao quarto, retirei a roupa, deixei caídas no chão e deitei na cama dormindo quase que em seguida. Apesar de não ficar cansado tão rapidamente como as outras pessoas, o dia me roubou toda a energia.

Acordei com o celular me acordando em sons altos demais, era o despertador. Me sentei na cama o desligando. Saí e fui direto ao banheiro tomando um rápido banho, e logo em seguida o café. Não que eu tivesse algo para fazer hoje, pois hoje é feriado, quase nada irá abrir hoje. E enquanto tomava o café, vi os noticiários da TV, eram outras coisas fúteis, e por isso, desliguei.

Olhei para a pequena pilha de cartas, todas abertas. Me levantei pretendendo deixa-las onde eu pudesse ver melhor e lembrar de pagar. Joguei no criado-mudo da sala de qualquer jeito, porém a pilha caiu. Bufei e comecei a catar as cartas, e percebi que uma delas eu não havia aberto, e não era de nenhuma empresa me cobrando de algum tipo.

Era a carta com a resposta da minha candidatura a proposta de emprego na Carolina do Norte. Abri desanimado, sem qualquer tipo de esperança que irei conseguir, eu já sabia daquilo. Porém, ao ler a carta do inicio ao fim, alguma coisa engraçada aconteceu. Ficaram interessados no meu currículo, e ofereceram uma viagem com tudo pago para lá e me entrevistarem de fato.

Suspirei passando a mão pelo rosto. Aquilo era simplesmente incrível! Eu havia conseguido finalmente! Bom, ainda teria que ter a entrevista, mas se ficaram interessados em mim é um ótimo sinal. Eu devo ligar para lá imediatamente. Peguei o celular pronto para digitar o número de telefone, porém, algo me deteve.

Uma mensagem da Emily, e depois daquela nossa terrível discussão de ontem, me surpreende que ela tenha dado um sinal de vida. Não, não me surpreende. Ela sabe que está errada, sabe que uma das piores coisas que ela poderia fazer, era se envolver com Loki, e foi exatamente o que ela fez.

Lembro que tentei explicar inúmeras vezes o quanto ele era perigoso, e até falei que desconfiava que era ele por trás de toda a mentira com aquela garota, o que destruiu o nosso casamento de uma só vez. Mas como sempre, ela não acreditou. Nunca acredita, é cega demais para perceber.

Ela havia me dito coisas horríveis, que mesmo a conhecendo melhor do que ninguém quando está com raiva, não esperava por aquilo. Posso dizer com toda a certeza, o que ela havia me dito, era somente pensamentos que estavam escondidos na sua mente, e com raiva, haviam sido finalmente falados em voz alta.

A mensagem só me fez apertar o celular com força, e quase o quebrando. A ignorei e liguei para o número, falei com uma atendente simpática que disse que mandaria a passagem pelo correio. Combinamos tudo certinho e desliguei com um sorriso no rosto.

Por um lado, era bom, eu havia finalmente conseguido uma chance real. Por outro lado, o ruim, era longe, do outro lado do país, no norte, frio para caramba, longe de onde morei por toda a minha vida, e eu sabia que a Emily não iria comigo, ela mesma disse que não iria, o que não me surpreende.

Mas ela ainda é minha esposa, e mesmo eu dizendo o contrário ontem, não mudou nada ainda. Loki é perigoso, e não deixarei ele roubar a Emily de mim, como demorou por todos esses anos. Seria loucura o que planejo fazer, mas irá funcionar, eu tenho certeza que sim. Porém, terei que esperar até amanhã, preciso ir no banco antes.

No dia seguinte...

—Mas que saco! – reclamo interrompendo a minha arrumação da minha mala para atender ao telefone, seja lá quem seja. E não nego que me surpreendi com a Emily me ligando. Na verdade, fiquei nervoso. Eu não poderia colocar todo o meu plano em risco dizendo alguma coisa de errado, isso tinha que dar certo –Alô?

Oi...— ela responde receosa, devagar e mansa. Não consigo evitar de me arrepender por ter gritado com ela ontem. Definitivamente, eu não deveria ter feito aquilo.

—Oi – digo com um leve sorriso no rosto, feliz por ouvir a sua voz novamente. Passei todo o dia imaginando ouvi-la pessoalmente novamente, abraça-la, e se ela permitir, beija-la novamente, mesmo com tudo aquilo que foi dito.

Ocupado? – pergunta ela, ainda no mesmo tom de voz. Imagino que ela esteja arrependida, e não queria discussões, assim como eu não quero, chega de discutir. Olho para a mala ainda pela metade em cima da cama. Na verdade, eu estava bem ocupado, mas é claro que eu não disse.

—Não, não muito – tento parecer descompromissado, mas como não sou nada bom nesse tipo de coisa, acaba saindo muito forçado. A ouço suspirar e me sento na cama trocando o celular de orelha.

Olha... Sobre ontem...— Emily começa a tentar explicar, mas a interrompo, sei que ela irá pedir desculpas, mas não é necessário, sempre a perdoarei por tudo porque a amo, e por isso que cometerei uma loucura e impedi-la de fazer outra loucura.

—Não precisa Emily – a interrompo calmo, porém minhas mãos suam horrores – Eu sei que as coisas que nós dissemos um para o outro foram horríveis, mas eu te perdoo, se você me perdoar também – proponho quase gaguejando de tão nervoso.

É claro que te perdoo— responde e um sorriso enorme brota nos meus lábios – E espero que você me perdoe também pelo o que fiz e vou fazer ainda— fala e meu sorriso murcha. Ela ainda continua com essa maluca ideia na cabeça.

—É... Sobre isso...

Preciso que você fique com a Brianna – me interrompe e suspiro com aquele pedido. Não havia me passado isso pela cabeça... Ah! Mas que maravilha! Não por causa da Brianna, afinal, ela é minha filha. Mas sim pelo fato de que a Emily prefere deixar a nossa filha comigo do que deixar de ir. Não que eu seja um mal pai! Não... Nada disso... É que... Você já me entendeu.

—Só para você ir com ele... – adivinho decepcionado, e não escondo isso no meu tom de voz. Quero que ela perceba que ainda não sou a favor dessa louca ideia. Pelo contrário, sou totalmente contra.

Duas semanas, Steve, é só o que eu te peço – suplica e mais um suspiro saí pela minha boca – Você se lembra das vezes em que te contei quando eu ficava imaginando acordada indo para Asgard? Não foram poucas as vezes. Eu quero muito mesmo conhecer, você sabe disso.

Sim, eu sei... Mas é o Loki! Pelo amor de Deus! Veja o que você está fazendo! – tento convence-la, mesmo sabendo que vai ser em vão, quase sempre é. Quando essa mulher coloca algo na cabeça, não sou eu que consigo tirar.

O quê? Tentar realizar um sonho e aproximar a Brianna de você? Sério? Isso é ruim para você? — pergunta sarcasticamente.

—Não, esses são os únicos lados bons. Estou falando dos lados ruins. Você imaginou quando voltar? Ou o que eu vou achar? Ou até mesmo o que o Tony vai achar? Você está abandonando e mentindo para a sua família. Nada do que é feito escondido vale a pena ser feito – digo com toda a convicção que posso ter, e tenho.

A vida é minha, eu faço o que eu quiser com ela – responde fria, e me arrependo imediatamente por ter dito. Não. Não posso me arrepender por ter dito a verdade, ela precisa saber daquilo.

—Que bom que você pensa assim – comento irônico – Você pode me chamar de um mal pai, assim como já chamou, mas não ligo, sei o que farei é certo. Se for para negar a Brianna de ficar comigo por esse tempo impedir de você ir, eu nego – digo convicto e só ouço o seu silêncio.

Uma das únicas razões da Brianna não ir é pelo o que ela fez, e não pelo o que seja lá o que você está pensando – explica me fazendo bufar de raiva, mas a escuto respirar fundo e aparentar estar mais calma – Steve... Por favor, tente entender que eu quero muito ir... – fecho os olhos com aquela suplica dela reunindo forças para continuar a tentar convence-la.

—Não posso aceitar isso Emily – digo calmo também. Percebi que se continuássemos com aquele tom de voz, resultaria em uma discussão com certeza – Eu não confio no Loki, e não irei- ouço seu suspiro cansado.

Você sabe que eu vou você aceitando ou não, não sabe? – pergunta e afirmo com a cabeça sem dizer nada, mesmo ela não vendo. Eu já havia percebido que ela iria agir desse jeito.

—Se você quer desse jeito... – respondo sério. A decepção voltou, pois mesmo esperando isso dela, ouvir ela dizendo é muito pior.

Olho no relógio, eu tinha uma hora e meia para chegar no aeroporto e pegar um avião direto para Malibu.

Algumas horas depois eu já estava com um carro alugado dirigindo com rapidez e ansiedade para a mansão do Tony. Eu sabia que aquilo era loucura, sabia que era errado, afinal, eu deveria ir para a Carolina do Norte, fazer a entrevista e poder trabalhar, mas o meu medo de jogar a oportunidade fora era menor do que o meu medo de perder a Emily para sempre.

Para chegar mais rápido, não perdi tempo escolhendo um bom carro, apenas o mais barato. Não quero nem ouvir os comentários do Tony quando eu chegar com um Chevrolet Corsa de 2003, pelo menos está bem conservado.

Sei que aquela loucura me custou todo o resto de dinheiro que eu tinha no banco, mas vai valer a pena, sei que vai. Afinal, eu pensei em tudo e planejei tudo com cuidado, cada detalhe. Porém, ao parar no sinal vermelho, não planejei ver um raio de luz descendo do céu para a terra e desaparecer segundos depois. Ela já havia ido. Faltando tão pouco...


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Notas finais do capítulo

Ah, Steve... Faltando tão pouco... E morreu na praia... Coitado...

Gostaram? Espero que sim! Digam-me o que acharam!

Beijos e até semana que vem!