Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 13
T R E Z E


Notas iniciais do capítulo

Minha gente! Como vocês estão? Estou adorando as minhas férias. Tenho escrito de montão! Adoro! Acho que escrevi quase o dia inteiro! Vê se pode? KKKKK

Bom, não enrolarei muito. Espero que curtam o capítulo e que comentem também. Boa leitura e fui!



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O loiro olha para os lados, e depois para a filha dentro do carro, que estava com o celular em mãos concentrada. Coloca as mãos nas costas afastando a jaqueta de couro, pergunto o que ele está fazendo e retira um revolver de trás e me entrega.

—Steve! – reclamo tentando lhe devolver a arma. Assustada, eu não estava acostumada a mexer com elas, só uma vez, mas foi por causa do trabalho, e não fiquei por mais de cinco segundos com ela.

—Fica, caso você precise – responde evitando que eu devolvesse para as suas mãos. Bufo e olho em volta, se caso alguém tivesse nos vendo, era mais porque eu estava com medo, eu tinha medo da arma, afinal, quem sem experiência como eu não teria?

—Como assim precisar? Do que você está falando? – pergunto assustada e me encostando no carro escondendo a arma.

—Você tem duas debaixo da sua mesa nas Indústrias, não acho que uma dessas vai ser problema para você – responde tranquilo e a minha vontade de lhe bater com a arma, era maior.

—Eu só tenho elas por pedido do meu pai porque não confia na segurança da empresa em Nova Iorque, e eu mal toco ou vejo elas, você sabe disso – lembro – Você sempre teve isso? – pergunto a colocando na frente do corpo e a observando agora mais calma, era bem pesada.

—Desde que doei o escudo – responde e olho surpresa para ele. Não tinha nem três meses que ele cometeu essa loucura, na minha opinião. Havia doado para um museu que estava fazendo a história dos Vingadores, e nada melhor do que o escudo do Capitão América no acervo.

—Meu deus... – sussurro e volto a esconder a arma, e colocando nas costas, como ele colocou.

—Agora podemos conversar direito? – pergunta e respiro fundo, já prevendo o que vai acontecer, vamos discutir e gritar um com o outro na frente da Brianna, uma coisa que sempre evitei de fazer, até mesmo na frente da Hannah.

—Steve, eu saí de Nova Iorque foi para pensar e superar isso tudo, e não para conversar com você – lhe respondo séria e ouço suspirar.

—Precisamos agir feito adultos, e não feitos dois adolescentes – lembra e concordo com a cabeça.

—Porque não disse isso a si mesmo ontem, antes daquela garota? – pergunto irônica e ele passa a mão pela testa – Posso te fazer uma pergunta? – peço depois de um momento em silêncio, ele acena com a cabeça me permitindo – Porque? Porque você fez isso? Seja o mais sincero que puder – peço e ele suspira, mais uma vez.

—Totalmente? – pergunta e assinto com a cabeça.

—Por favor, é exatamente isso que quero saber – digo firme e ele troca o peso entre as pernas.

—Não fui que fiz isso – responde simplesmente olhando nos meus olhos com as mãos na cintura. Solto um suspiro de decepção, e bato no meu carro lhe dando as costas.

—Se você me dissesse um pouco da verdadeira verdade, seria muito melhor, para nós dois – digo convicta de que ele está mentido, pois está! Como eu posso acreditar naquela estória fajuta de que ele não estava consciente de si mesmo?

—Mas estou dizendo! – afirma caminhando até mim e pegando nos meus braços, e tento recuar, mas novamente, fico encurralada. Ele suspira olhando para o chão entre nós, e minha respiração rápida bate no seu cabelo, fico tão nervosa do que ele pode fazer agora, poderia me beijar, me soltar, e dentro de mim, bem dentro mesmo, uma vozinha dizia para ele nunca mais me soltar, afundo essa voz para o fundo da minha cabeça – Me diga qualquer coisa que eu possa fazer para você acreditar em mim, qualquer coisa – oferece de maneira bem firme.

O que ele quer que eu diga? Que para eu acreditar nele, era só me apresentar um pote de ouro do final do arco-íris mais próximo? Ou que me desse a flor mais rara de toda a América do Norte? Esse tipo de coisa não prova nada, ele poderia estar muito bem arrependido do que fez, e assim, provando que realmente está arrependido, mas não assume o que fez! E mesmo que assumisse não iria mudar nada, não para mim.

—E desde quando isso vai mudar alguma coisa, Steve? – questiono tentando olhar para o seu rosto, mas ele continuava olhando para baixo – Mesmo que você assumisse o que fez, não iria mudar a minha decisão, você sabe – seus dedos apertavam a carne do meu braço, mas não liguei, não doía, mas a medida do que eu falava, ele apertava ainda mais.

—Não... – ele murmura, e lamento pelo o que eu vou dizer, mas é a verdade.

—Acabou – digo baixinho, somente o loiro escuta, sua respiração fica mais rápida, acho que até posso ouvir o seu coração batendo, já que nenhum carro passava pela estrada.

Meu coração doeu quando eu disse isso, parece que foi a confirmação de algo que eu já havia decidido enquanto tomava banho no hotel beira de estrada. E pensar que passei tantos anos da minha vida ao lado dele, para no final, acabar assim, terminando tudo definitivamente no meio do nada com a nossa filha provavelmente ouvindo tudo dentro do carro? Isso é pior do que imaginei.

—Não acabou... – murmura convicto, e nego com a cabeça, e segurando o máximo que eu posso as lágrimas.

—Acabou sim, não tem mais nada do que você possa fazer que vai...

—Eu vou procurar até eu encontrar o que aconteceu comigo, e isso não vai ser por mim, vai ser por você – responde me cortando e levantando a cabeça olhando nos meus olhos. Suas mãos apertavam os meus braços de maneira bem firme, mas quando tentei acariciar sua pele do rosto, não negou, apenas fechou os olhos sentindo o meu toque.

O observei melhor, como eu fazia quando erámos mais jovens, ou melhor, eu era mais jovem, pois parece que ele não envelheceu um dia sequer. Suas linhas de expressão continuam as mesmas, suas bochechas continuam no mesmo lugar, seus lábios continuam sempre tão convidativos, e seus fios dourados, sempre caindo sobre a testa, e bem bagunçados por causa do capacete. Steve usou o mesmo penteado por tantos anos, e continua usando, mas a sua barba não está mais lá, parou de usar desde que Brianna nasceu. Ajeito seus fios da maneira que ele gosta, para terminar com um suspiro.

—Não tente... – digo baixinho com as duas mãos sobre o seu rosto, ele abre os olhos procurando pelos meus, e desvio do seu olhar surpreso e decepcionado – Você não é mais meu... – falo com o coração martelando dentro do peito, e meus olhos se enchem de lágrimas.

—Sou sim... – responde baixinho e pegou nas minhas mãos, mas eu continuo olhando para outro lugar qualquer, onde Steve e Brianna, que mesmo concentrada no seu celular, estava olhando para cá mesmo assim, não poderiam me ver chorar.

—E eu não sou mais sua... – completo e ele aperta as minhas mãos com força, e a minha vontade, o meu impulso foi abraça-lo querendo um ombro para eu chorar, mas não tenho mais esse direito, ele pode achar que eu tenho, mas já se foi.

O loiro continua olhando para mim, e quando a primeira lágrima teimosa caiu, não a limpou, apenas se afastou, e algo dentro de mim gritou para que ele voltasse, mas não esbanjei nenhum tipo de reação. Apenas continuei olhando para a aparente estrada sem fim, e toda a vegetação parecendo um deserto acompanhando a estrada. Mas por dentro, queimava, não doía mais, queimava, de dentro para fora, e foi pior do que qualquer tipo de dor que eu tenha sentido na vida. Perder de maneira definitiva a única pessoa que amei na vida? Não existem palavras para descrever.

—Eu vou chamar um reboque – diz baixo e se afasta ainda mais indo até a sua moto. Limpo as lágrimas com as costas da mão, bem rapidamente, tenho que estar bem. Mas corro até o meu carro fechando a porta me sentando no banco da frente. Brianna me olhou preocupada, mas retirou da pequena bolsa que usava, uma caixa de lenços, aceito agradecendo e limpando as lágrima com cuidado pelo espelho da aba que me protege do sol.

—Você ouviu alguma coisa? – pergunto disfarçando a minha preocupação, mas ela afasta o cabelo mostrando dois fones de ouvido, que do banco do motorista, eu conseguia ouvir um pouco da música também. Sorrio de lado lhe devolvendo a caixa – Como você conseguiu vir para cá sem ser vista? – pergunto curiosa e ela dá um sorriso orgulhoso de lado enquanto retirava um fone.

—Diversas distrações – responde e nego com a cabeça de modo repreensivo, mas rio em seguida junto com ela.

—E abrir a porta do carro? – questiono e ela me olha convencida.

—Tenho sangue de engenheira, mãe, você e o vovô, esqueceu? Você acha mesmo que uma porta de carro iria me impedir de fazer algo? – pergunta retoricamente. Reviro os olhos apoiando a cabeça no vidro.

—Você sabe que o que você fez não foi certo – digo a observando pelo espelho retrovisor, a morena abaixou os olhos observando o próprio colo sem ligar para o celular.

—Eu sei, mas eu fiz algo que achei que fosse certo, só isso – responde simplesmente e disfarço o sorriso. Seria exatamente o que eu faria se estivesse no lugar dela. Me dá um orgulho da minha filha que a minha vontade era abraça-la e dizer que estava orgulhosa, mas eu não deveria fazer isso, pois destruiria tudo o que eu disse sobre ser a coisa errada e tal.

—Vai ter consequências – aviso normalmente, e ela dá de ombros deitando no banco de trás.

Respiro fundo olhando em volta com as mãos sobre o volante. Eu queria muito sair cantando pneu para bem longe, para Malibu, o meu destino, mas eu acho que a viagem vai durar um pouco mais do que achei.

O loiro bate na janela do carro e abro a porta. Ele continua sério, sem expressão, da mesma maneira quando estava chateado com alguma coisa. E é claro que está, pelo o que eu disse, até estou comigo mesma.

—O reboque chegará em no máximo meia hora – avisa e lhe agradeço, mas não dá ouvidos, pois parte para a moto a ligando e saindo dali, sem ao menos se despedir. Me sinto mal com aquilo, e mesmo tendo feito algo necessário novamente, sinto culpa, muita. Eu poderia ter dito de uma maneira que não o magoasse.

Tá, mas e eu? Onde eu entro nisso? Eu também tenho sentimentos, que foram feridos gravemente com tudo isso! Mas parece que ele não liga. “Idiota, ele implorou por perdão de joelhos para você!”. Imediatamente lembro da cena. O loiro, ainda no nosso apartamento, caindo de joelhos sobre o vidro quebrado, enquanto implorava para perdoa-lo, e fui tão fria, que me arrependo imediatamente. Minhas unhas quase se quebram de tanto eu apertar as mãos, e sinto a minha pele arder nas mãos.

Sou realmente a idiota na estória, ou sou a que está certa? Estou errada em acabar tudo por causa da traição, que no fundo do fundo, é mais por orgulho do que razão, ou, estou certa, que se ele me traiu, é porque não me ama mais, certo? Ele traiu a minha confiança. Mas tem as meninas, elas ficaram tão arrasadas com a notícia, posso estar fazendo besteira em terminar um casamento de mais de dez anos.

Tudo o que eu mais gostaria agora, é a bebida mais forte que eu encontrar.

Depois de quase quarenta minutos, um caminhão pequeno com um reboque apareceu. Enganchou o gancho no meu carro, e nos levou de carona na cabine, eu e Brianna. O motorista sério, não disse nada a viagem inteira, e nem a gente, e apenas abriu a boca para falar para cobrar o dinheiro, e não saiu nada barato.

Ele havia nos levado a uma pequena cidade, não deveriam ter nem cinco mil pessoas aqui, mas havia um posto de gasolina com mecânico, e aquilo era mais do que suficiente para mim. Havia também um hotel, pequeno, e provavelmente bem simples. Peguei as malas, Brianna veio logo atrás de mim, pedi por um quarto com duas camas de solteiro, mas só havia de casal, tive que aceitar. Brianna dormiria comigo numa boa.


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Notas finais do capítulo

Gostaram do capítulo! Digam-me o que acharam pelo reviews, ok?Até porque se dizer para a tela do computador nunca vou poder ouvir! KKKKKK

Beijos gente! Espero que muitos fantasminhas apareçam finalmente, certo? Fui! Até semana que vem!



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