Almost Lover - Parte 1 escrita por Lady Rogers Stark


Capítulo 10
D E Z


Notas iniciais do capítulo

Hey gente! Não enrolarei hoje pois estou com uma dor de cabeça dos infernos, nem sei como estou conseguindo encarar a tela do computador agora, KKKKK

O que eu preciso é recomendar uma fic. A autora não é uma amiga, mas bem que eu queira ser amiga de uma super talentosa na escrita. Ela faz parecer fácil escrever sobre o Coringa (sim, a fic é do Batman), um psicopata assumido com tantas variáveis de humor que é muito difícil escrever sobre ele.

A fic já está completa e aqui o link: https://fanfiction.com.br/historia/175518/Fever

Sem mais delongas, aproveitem o capítulo e me contem o que acharam dele depois. Beijos e boa leitura!



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Vou até a cozinha pegando uma sacola de pano que eu uso, ou usava, para fazer compras, e coloco qualquer coisa da geladeira em que eu possa comer no caminho sem precisar preparar. E ainda assim, Steve ainda tenta falar comigo, continuo o ignorando, mas a minha paciência está se esgotando.

—Emily, por favor, me ouça – foi a única coisa que ele disse que eu prestei atenção, e me dignei a olha-lo, e seu tom de voz era tão suplicante, tão desesperado, e seu olhos estavam tão tristes, e havia mágoa neles, e também medo. Pela primeira vez eu vi aquilo nos olhos dele. Mas não consegui dizer nada, apenas relaxei os ombros suspirando e olhando para baixo.

O loiro toca o meu ombro, me chamando, mas continuo a não lhe dar atenção, algo que não estou pronta para fazer, e não ligo se ele me chama tantas vezes como está fazendo agora.

Ouço sua voz começar a tentar explicar algo que não é para explicar, algo que nem me dignei a prestar atenção, apenas continuo ignorá-lo e pensar em o que vou comer no jantar.

Mas então, tenho um lampejo, lembro de algo que eu disse anos atrás, de que eu nunca perdoaria uma traição, quando uma colega de trabalho foi traída pelo marido, e chorou tanto e quase entrou em depressão segundo a alguns comentários de outros colegas. Aquilo foi uma promessa que eu fiz a mim mesma, e sempre procurei manter as minhas promessas, não importando quais fossem, e eu mantive as duas, a de nunca perdoar uma traição, de quem quer que tivesse cometido, e a de que eu me manteria fiel ao Steve, mas parece que não foi reciproco.

Respiro fundo e paro de repente de não prestar atenção nele, e começo a prestar atenção olhando para Steve sobre o ombro. Respiro fundo me preparando para contar. Mas eu acho que tive uma ideia melhor. Me levanto e ele olha para mim preocupado, achando que eu fosse embora naquele exato momento, a minha vontade era essa, mas decidi que eu merecia isso.

—Me explica – peço séria olhando para ele nos olhos e cruzando os braços. Ele concorda com a cabeça sentado no sofá na minha frente.

—Eu estava na faculdade, corrigindo provas, quando ela entrou na minha sala, pediu explicação da matéria, mas o assunto acabou fugindo do foco principal e fomos tomar um café – conta e sinto enjoo com aquilo, mas continuo a fita-lo séria, a mesma cara que faço quando discutimos sobre algo – Eu não sei o que aconteceu, eu não sei, eu juro, só apenas apagou, e quando acordei, eu estava aqui, e você vendo... E bem... – disse constrangido e começou a coçar a nuca nervoso.

Assinto com a cabeça de maneira fria.

—Você jura? – pergunto e ele afirma com a cabeça a abaixando e apoiando nos braços – Da mesma forma que você jurou na frente do padre anos atrás? – pergunto fria e ele olha para mim – Da mesma forma que você jurou ser fiel a mim? Da mesma maneira que fui a você, por todos esses anos? – pergunto retoricamente agora com raiva, e acabo rindo da cara que ele faz, e a abaixa mais uma vez.

Ando em passos calmos e lentos até a varanda, e um vento frio e cortante bate no meu corpo, bagunçando meu cabelo, mas não ligo, apenas fecho os olhos e o aproveito. Olho para a sala, e vejo os porta-retratos, e sete fotos me chamam a atenção. Pego todas elas.

—O que você está fazendo? – pergunta o loiro, mas nem me incomodo em lhe responder. Apenas peguei todas as fotos que são de mim e dele, juntos.

—Lembra desse dia? – pergunto lhe mostrando uma foto de quando saímos juntos com o Thor e a Rachel, e fomos no show do Maroon 5, essa foto é da pizzaria, das muitas que tiramos. Faz tanto tempo que acho que ele nem se lembra, mas ele afirma com a cabeça, e rapidamente, a retiro do porta retratos e rasgo a parte dele e minha da foto, e dos nossos amigos deixo na mesa. O loiro vem até mim, mas já é tarde, jogo a nossa parte pela varanda, e ela voa sendo levada pelo vento para longe.

—Não faça isso – pede segurando as minhas mãos.

—Me solta! – grito e ele as solta. Pego a próxima foto, uma foto muito antiga, de quando ainda namorávamos, bem no início, tão felizes... Mas agora, não sinto qualquer tipo de nostalgia, qualquer coisa que me lembre dele deve ser esquecida – Quer a foto? – pergunto lhe mostrando o porta retrato, ele afirma com a cabeça, e jogo em sua direção com força, ele se esquiva e o vidro se quebra atrás dele no chão.

Pego outros portas retratos, e jogando nele, e nem me dando ao trabalho de ver as fotos, mas sei que são todas minhas e dele, nunca das nossas filhas, mesmo que ele esteja presente, elas são importantes demais. Algumas fotos acertam ele, e o vidro se quebra na sua pele nua, e quase não corta ou se machuca, apenas alguns cortes bem finos.

Steve pediu para que eu parasse, mas não parei, em momento algum, apenas continuei, e dizendo tudo o que me vinha a cabeça. E quando sobrou a última foto, e definitivamente, prefiro esquecer, pois eu quis chorar na hora em que coloquei os meus olhos nela, a foto do nosso casamento, sorridentes, assim que havíamos saído da igreja, eu ainda com o meu vestido e o buquê em mãos, “o dia mais feliz da minha vida”.

—Prefiro esquecer desse dia – digo baixinho, mas eu sei que ele me escutou, pois fecha os olhos e contrai o rosto. Seguro o choro o máximo que eu posso, mas uma lágrima acaba caindo, e logo depois, as outras – A muito tempo atrás, eu fiz uma promessa para mim mesma – digo e o loiro me olha preocupado – Eu não iria perdoar qualquer tipo de traição, não importando de onde viesse – digo e Steve implora por perdão novamente, mas fico irredutível, e ele caí de joelhos olhando para baixo, e com os joelhos sobre os cacos de vidro.

Não me assusto com a cena, estou tão magoada que não sinto nada além da minha própria dor interna. Retiro a foto e rasgo em pedaços. Os pedaços de papel caem no chão, e ele viu eles caindo. Fecho os olhos colocando o porta retrato sem foto em cima da estante, onde estava. Mas sinto dois braços cercando o meu corpo, Steve olha fixamente os meus olhos.

—Eu juro, por tudo o que é de mais sagrado na minha vida, eu juro pelas vidas das nossas filhas, eu não fiz nada – diz sério e vejo que seus olhos estão começando a criar lágrimas, mas em momento algum, ele as derrama – Eu nunca te trairia, você sabe disso – lembra e suspiro, e tento sair de perto dele, mas o loiro apenas me puxa para mais perto não me deixando sair de seus braços.

—Você quer mesmo que eu acredite que você foi dopado ou qualquer coisa do tipo? – pergunto descrente, e acabo rindo em seguida.

—Não dopado, mas sim enfeitiçado – responde e rio bem alto em seguida.

—E aquela garota é feiticeira agora? – pergunto ainda mais descrente com a nossa conversa – Por favor, né Steve, conta outra, pensei que você fosse mais inteligente – digo irônica, e tento sair de seus braços mais uma vez, mas ele continua não me permitindo – Me solta – peço e ele nega com a cabeça sem dizer nada.

—Será tão difícil para você ver a verdade? – pergunta e reviro os olhos – Pensa Emily, quais os motivos que eu teria para te trair? – pergunta e respiro bem fundo querendo acima de tudo mais coisas para jogar nele.

—Vários – respondo olhando em volta, para parar em seus olhos – Não transamos já faz o quê? Seis dias, uma semana? Ou duas semanas? Eu não sei, e não ligo, isso não é desculpa – digo e ele aperta com mais força os meus braços – Você está me machucando – aviso, mas ele não me solta, apenas abaixa a cabeça olhando para os nosso pés.

—O que eu preciso fazer para você acreditar em mim? – pergunta com os olhos arregalados de preocupação e desesperado, com a respiração rápida, e apertando ainda mais os meus braços, e doem tanto, mas não me encolho de dor, e nem gemo, apenas o olho com atenção, como sempre fiz.

—Nada, eu não vou acreditar em você nunca, agora me solta – peço, e só depois de longos segundos ele me solta, e meus braços doem muito mais. Faço pequenas massagens neles -Você quebrou a minha confiança, lembra? Não se acredita num traidor – digo, mas ele nem olha para mim.

—Me perdoa Emily – implora com os olhos cheios de desespero, tristeza e tanta mágoa, não muito diferentes do meu, mas que procurei disfarçar. Ele anda até mim em passos calmos e lentos, e me afasto dele andando para trás, mas bato na parede atrás de mim, e me sinto encurralada, na verdade, eu estou encurralada.

—Eu não posso... – digo começando a chorar mais uma vez, e ele limpa as minhas lágrimas com cuidado, e sinto que eu deveria empurrar com força a sua mão para longe de mim, mas seu toque é tão quente e cuidadoso que não o faço. Apenas fecho os olhos e ele continua a acariciar o meu rosto com cuidado com as duas mãos, e limpando as lágrimas que caem – Uma promessa não se quebra, lembra? – pergunto olhando para o seu rosto.

—E eu nunca quebrei a minha de que deixaria de te amar – responde e meu peito dói com aquela frase. Minhas mãos se fecham em forma de punho, e aperto o tecido da minha blusa com força. Mas nada alivia a dor que estou sentindo agora.

—E nem eu... – respondo baixinho, e olhamos nos olhos um do outro por tanto tempo, que nem noto quando ele me beija, seus lábios tocando os meus, sua língua encontrando a minha, e suas mãos segurando a minha nuca e acariciando minhas bochechas. Não consigo me segurar, retribuo o beijo tocando a sua pele dos ombros e descendo até o seu peito. E quando Steve me levanta me empurrando contra a parede, não reclamo e nem lhe empurro.

Minha barriga finalmente se enche de borboletas de maneira tão devastadora que quase tive um infarto com o meu coração batendo tão rápido dentro do peito. O loiro aperta as minhas coxas e não seguro o gemido abafado pelo beijo. Passo as mãos pelo seus cabelos loiros e os puxando com força, e descendo até os ombros e o puxando para mais perto, como se fosse possível.

Ele anda rapidamente até o sofá, e me joga ali, abre a minha blusa arrebentando vários botões, mas não reclamo, apenas o puxo cravando minhas unhas em sua pele e querendo mais. E continua com os beijos, mas agora no pescoço, atingindo todos os pontos sensíveis de uma só vez, numa atacada violenta, e aperto a sua pele com tanta força. E suas mãos vão até os meus seios, os apertando com vontade, e nunca fiquei tão entregues a ele como estou agora.

Me esqueço completamente do que aconteceu, tudo, do tempo, das magoas, da tristeza, da raiva, era apenas eu e ele naquele sofá, juntos, da maneira como só fazíamos no início do nosso casamento. E foi tudo tão intenso, tão inesquecível, mas tão triste no final. Quando estávamos na nossa cama, olhando para o teto com as respirações tão rápidas e fortes, e eu não pensava em nada, até me lembrar de horas atrás, da moça como ela estava, e de como ela era jovem e bonita, muito mais do que eu. Me sento na cama ficando de costas para ele, e pegando as primeiras peças que eu vi no guarda-roupa.

Assim que me sentei na cama novamente para calçar o tênis, ele segurou a minha mão com carinho .

—Fique, por favor – pede, e seu tom era tão suplicante, que quase, por muito pouco, eu fiquei, e ficaria, para sempre, se eu pudesse, mas não devia. Ele já não era mais meu. Suspirei triste, sua mão escorreu pelo meu corpo, e foi tão difícil o que eu fiz, mas eu tinha que fazer. Retirei a aliança do meu dedo, as duas, a de noivado e de casamento, e deixei na cama na sua frente. Ele nada disse, mas assim que fechei a porta do quarto pude ouvi-lo chorando, e nada doeu como aquilo. Meu coração estava tão quebrado, despedaçado em ter que ir embora. A medida que eu andava, era uma facada no que sobrou do meu coração, uma pisada, um soco, não importa, mas aquilo doía, chegava a ser agonizante, porém, não olhei para trás, ignorei a minha própria dor, peguei as malas e fui embora, e com certeza, para nunca mais voltar.

 


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Fico sempre receosa ao perguntar a opinião de vocês, pois eu, sinceramente, estou sentindo que estou escrevendo bem, fazendo um ótimo trabalho, o melhor que eu já fiz, mas pela reação de vocês, sinto que não estou conseguindo agrada-las com a história. Digam-me: Essa é uma fic "descartável" ou uma que "vocês não conseguem viver sem"? Acho que vocês sabem do que estou falando, boa ou ruim?

Espero vários reviews de presente de natal adiantado, KKKKKKK Beijos e até semana que vem!



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