O cão do Central Park escrita por Dani Tsubasa


Capítulo 4
Capítulo 4 – A mansão




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647180/chapter/4

Capítulo 4 – A mansão

Joan fechou a porta de seu quarto na mansão, deixando sua mala num canto perto da cama, e o observou. Bem como o restante da casa gigantesca, era um quarto estilo antigo, mas bem conservado, com uma cama de casal e roupas de cama que pareciam bem nobres, paredes beges com adornos em um tom de marrom, janelas e porta de madeira e um piso de cerâmica que parecia ser de madeira à primeira vista. Seguindo as instruções de Sherlock, ela trancou a porta e fechou a cortina. Sentou-se na cama e pensou sobre sua chegada. Só a entrada do lugar já era assustadora. Em algum lugar perto da estátua de Balto era visível um pequeno desvio que levava ao grande portão de ferro da mansão. O muro e portão não eram tão altos, possibilitando que quase qualquer um pulasse, mas ninguém ousaria se tivesse um pouco de juízo. De manhã, a visão poderia parecer mais amigável, mas durante a noite a mansão tinha um ar macabro e parecia bastante escura, como se uma nuvem negra pairasse ali. Alguns cômodos ainda mantinham os velhos castiçais, apesar de terem lâmpadas. Durante o jantar, Joan sentiu-se incomodada, como se as pessoas dos antigos quadros de família na sala olhassem todas para ela e Henry.

Os empregados eram relativamente poucos e todos muito empenhados e focados em suas respectivas funções. Não pareciam suspeitos. Joan estava de olho no casal Barrymore. Ambos pareciam boas pessoas, apesar do ar misterioso, especialmente do mordomo, levantar desconfiança. Ambos ainda se mostravam extremamente abalados com a morte de seu antigo senhor, Charles Baskerville, haviam até discutido demissão com Henry. Viver na mansão muito os entristecia com as lembranças de seu antigo morador. Joan os estudou atentamente no momento e para ela pareciam sinceros, mas assim como Sherlock havia alertado, todos eram suspeitos até que provassem o contrário. Pegou seu telefone e discou o número de Sherlock.

– Watson – ele respondeu em poucos segundos, parecendo não querer falar muito alto.

– Por que está falando baixo? Está muito perto?

– Estou olhando a janela do seu quarto nesse exato momento.

Joan afastou alguns centímetros da cortina, mas era impossível ver Sherlock, especialmente pela extensão do imenso jardim em frente da mansão e da escuridão em volta.

– Não olhe, não vai conseguir me ver, estou muito mais longe, usando um binóculo e tentando passar despercebido.

– Apenas me diga o que você ainda não sabe.

– O que aconteceu depois que você passou pela porta. Como foi o jantar? E como é aí dentro? Como o herdeiro Henry está indo?

– Uma mansão realmente antiga, embora conservada. Não sei durante o dia, mas é assustador aqui dentro. Durante o jantar parecia que os quadros me olhavam... Os empregados não parecem suspeitos, mas vou ficar de olho nos Barrymore, tem um ar de mistério em volta deles. Henry está bem. Ficou feliz como uma criança quando entramos aqui, amou a mansão. Também a achou assustadora à primeira vista, mas deixou isso em segundo plano depois que a viu por dentro, e é um homem muito desenrolado, já está se dando muito bem com os empregados e agora também se recolheu pra dormir.

– Você trancou a porta como instruí?

– Sim. E ele também. Pude ouvir antes de entrar. Continua assustado com a possibilidade de ser morto misteriosamente.

– Não deixe de fazer isso e evite contato com o exterior durante a noite. Não sabemos o que realmente está acontecendo. Uma ameaça pode vir de qualquer lugar.

– Eu sei.

– Vi que você esteve no provável lugar onde o senhor Charles foi morto. Conte-me.

– É impossível encontrar qualquer vestígio depois de três meses. Mas só de imaginar o que aconteceu lá, fiquei horrorizada. Ele realmente deve ter morrido de pavor. Ficou tão perturbado que correu na direção oposta à casa, onde claramente seria impossível pedir ajuda. O muro e o portão não são muito altos. Não é difícil pular, mas ainda acho que é alto suficiente para um cão, mesmo que de grande porte.

– Não quero que verifique nada fora da casa depois que escurecer, sob hipótese alguma, mesmo não sendo lua nova. Ainda mais sozinha como fez antes do jantar.

– Entendido. Você fez algum progresso aí de fora?

– Sim. Os vizinhos que o médico falou. O senhor Frank... Talvez não precisemos nos preocupar com ele. É só um velho aposentado que não tem muito o que fazer e gasta seu tempo vigiando os vizinhos e arrumando algumas confusões não muito relevantes para infernizar suas vidas. Parece orgulhoso disso. Já o professor, Stapleton, parece uma pessoa exemplar, que ama a natureza e costuma caminhar durante a tarde. Parece que mora sozinho também. Estou tentando pensar em possíveis outros suspeitos, mas não tenho nada concreto. É tudo por hoje. Tenha muito cuidado Watson, e boa noite.

– Tenha você também. Não é seguro ficar sozinho no meio da rua tão tarde, nem pra você. Vá logo pra casa. Boa noite, Sherlock.

Ela desligou, sentindo o coração acelerar um pouco ao lembrar do tom ameno que Sherlock usou nas últimas palavras. Parecia de fato preocupado com ela. Joan sorriu enquanto arrumava suas coisas no quarto. Meia hora mais tarde estava se revirando na cama tentando dormir. Parecia que faltava algo. O sobrado, Clyde, trabalhar até tarde, barulho, TV, rádio, a presença de Sherlock por perto, mesmo quando ele apenas se sentava em seu quarto para observá-la dormir, trabalhava na sala enquanto ela dormia no sofá para não deixa-la sozinha durante a noite, sabia que ele fazia isso. Havia se acostumado. O silêncio mortal que tomava conta da mansão naquele momento a estava incomodando. Escutou as badaladas de um relógio antigo que ficava no corredor e depois mais silêncio. Tentou pegar no sono outra vez, sem muito sucesso quando pensou ter ouvido alguém chorar do lado de fora, mas foi breve, talvez tivesse se enganado. Joan levantou-se e acendeu a luz. Apurou os ouvidos, mas não escutou nada. Lembrando-se da fatídica história daquela mansão e das instruções de Sherlock, decidiu ignorar e se deitar outra vez.

******

– Notícias? – Sherlock perguntou ao ligar para ela após o horário de almoço quando ela estava afastada dos demais, observando o gigantesco jardim da porta da casa.

– A mansão ainda parece melancólica, mas bem mais feliz pela manhã. Eu demorei pra pegar no sono. Pensei ter ouvido uma mulher chorando pouco depois da meia noite. Henry disse o mesmo essa manhã. Nós questionamos os criados, mas o mordomo disse que só há uma mulher aqui além de mim. A esposa dele, que ele garantiu que não tinha problemas. Mas depois do café eu a vi afastada de nós e os olhos dela estavam vermelhos.

– O que acha deles?

– Cheguei a pensar que o mordomo pode ser o homem que vimos nos seguir, embora pareça mais alto. Mas não tenho certeza. A esposa dele é uma mulher grande e forte, até amedrontadora, mas parece uma boa pessoa.

– Continue observando. Estou definindo alguns pontos aqui de fora. E a propósito... O capitão pediu pra avisar que um assassino procurado está foragido em Nova York.

– Eu também avisaria se meu melhor consultor estivesse ficando até tarde sozinho na rua.

– Não se preocupe comigo, cuide de si mesma. Nos falamos essa noite.

Sherlock desligou e olhou em volta do lugar que estava analisando com a lanterna. Ele estava mais perto de Joan do que ela seria capaz de imaginar no momento, e a chinesa também mal sabia que um novo fio se juntava às pontas soltas do caso.

Duas horas depois de falar com Sherlock, ela se encontrava caminhando pela vizinhança junto com Henry e Mortiner, a fim de observar os vizinhos que Sherlock havia descrito. Já haviam conhecido o senhor Frankland, que como todos no lugar descreviam, era um senhor aposentado sem muitos afazeres da vida que os recebeu se gabando da última vítima de suas confusões, e advertindo os três, especialmente o novato Henry, e Joan, sobre os problemas que teriam com vizinhos tão encrenqueiros.

– Eu não ouvi isso... – Joan comentou tentando conter o riso quando já estavam longe – Esse homem seria o horror dos síndicos. Que bom que tem sua casa.

– Não chego mais nem perto desse aí – Henry lhe disse.

– Eu já me acostumei – Mortiner falou – Não puxo mais conversa, só fico escutando e saio assim que posso. Vejam! Aquele é o professor Stapleton.

O homem pareceu notar o trio se aproximar e lhes dirigiu a atenção antes que o chamassem. Ele não era muito alto e aparentava 35 anos, louro e com boa aparência. Ele olhou para cada um profundamente, cumprimentou Mortiner, dando as boas vindas a Henry, e em seguida a Joan.

– Você deve ser Joan Watson. O doutor Mortiner comentou que o novo morador da mansão tinha uma convidada. Muito prazer, Jack Stapleton, eu sou professor e um amante de biologia.

– O prazer é meu – Joan respondeu enquanto apertava a mão dele.

Ela o estudou. Parecia uma pessoa acima de qualquer suspeita, o que poderia torna-lo ainda mais suspeito. Embora ele aparentemente não tivesse motivos.

– Conhecem a lenda? – Ele perguntou.

– O doutor Mortiner nos contou – Joan lhe respondeu.

– Vocês são muito corajosos. Ainda que não acredite nisso, eu teria medo de morar quase sozinho naquela casa grande. Admiro você, Henry. Sejam bem vindo. E a admiro igualmente, senhorita Watson. Já ouvi falar de seu trabalho junto com o grande Sherlock Holmes. Se ele a enviou significa que está interessado na lenda? Alguma chance de eu o conhecer?

– Sherlock não vai vir, está ocupado com outros vários casos e não encontramos nada de errado. Estou apenas visitando a mansão. E de qualquer forma, não damos detalhes do nosso trabalho, senhor Stapleton.

– Eu entendo, mas se houver algo errado eu ficarei feliz em ajudar. Agora preciso ir. Foi um prazer encontra-los.

Joan observou o homem se afastar. Decidiu que não gostava dele. Parecia uma pessoa boa, mas por alguma razão ela não conseguia acreditar nele. E tinha uma forte impressão de já tê-lo visto antes, embora nem tivesse ideia de onde. De repente algo lhe ocorreu e a chinesa cheirou a mão que usara para cumprimentar o professor.

– Algo errado? – Henry lhe perguntou.

– As mãos dele cheiram a citronela.

– É um aroma comum para a casa de um professor de biologia. Também é uma substância comum em xampus para animais. Sempre tem no do meu cachorro – o doutor Mortiner comentou.

Joan disfarçou sua surpresa, percebendo que nenhum dos dois fizera a conexão do que ela queria dizer. Precisava falar com Sherlock.

– É verdade que um assassino perigoso escapou? – O médico tornou a falar.

– Sim, o capitão nos informou. Ninguém tem ideia de onde está.

– Já tenho muito com o que me preocupar, espero não dar de cara com ele – Henry falou – Ainda estou intrigado com a senhora Barrymore. O mordomo mentiu.

– Podem ter brigado e não querem expor isso pra nós. São marido e mulher, devem se resolver – Joan lhe disse – Mas vamos ficar de olho neles.

Naquela noite a mansão parecia ainda mais sombria. Após o jantar Joan havia relato a Sherlock sua desconfiança sobre o professor. Por enquanto ele não tinha novas informações sobre o caso. E a noite teria seguido normalmente se após a meia noite coisas horrendas não começassem a acontecer. Joan finalmente estava conseguindo dormir quando sentiu um leve tremor vindo do andar debaixo. Pensou que pudesse estar tendo pesadelos e apertou o coberto em volta de si, abrindo os olhos assustada. Alguns minutos depois parecia estar tudo bem e ela tentou voltar a dormir, mas escutou novos barulhos, parecia um rosnado distante e depois vários batuques no chão, como se alguma coisa grande corresse. O som agora estava longe, ela não podia sentir, mas ouvia. Estava plenamente acordada e agora tinha certeza de não ser um sonho. Apressou-se em vestir seu robe por cima da roupa de dormir e correr para o porta do quarto de Henry, após trancar a sua por fora, batendo insistentemente.

– Quem é? – Ele perguntou aparecendo apavorado.

– Sou eu, Joan Watson.

Ele abriu a porta apressadamente ao reconhecer a voz e quase a puxou para dentro antes de trancar a porta novamente.

– Você também ouviu?!

– Sim. Achei que eu estivesse tendo pesadelos. Você estás bem?

– Estou, embora tema não continuar assim.

– Henry, não entre em pânico. Vou tentar falar com Sherlock.

A oriental procurou por seu celular no bolso, mas desistiu quando ouviram passos no corredor. Os dois se entreolharam e encostaram o ouvido na porta, ouvindo os passos se distanciarem.

– Esses passos parecem ser do mordomo.

– Está aqui há dois dias e já conhece o som dos passos dele?

– Fui treinada pra isso. Você fica aqui. Eu vou segui-lo.

– Não. O que eu ganho ou perco ficando ou indo? Vou com você. E eu nunca deixaria uma mulher sozinha em algo que parece tão arriscado.

– Eu agradeço, mas a questão principal aqui é a sua segurança.

– Eu quero ir.

– Tudo bem, mas não saia de perto de mim.

Os dois abriram a porta e seguiram pelo corredor escuro na direção dos passos, vendo a luz distante de uma lanterna. Caminharam pelas grandes salas da mansão, seguindo por quase cinco minutos até verem a luz parar dentro de um dos cômodos. Foram até a porta entreaberta com todo o silêncio possível, vendo o mordomo parado em frente à janela com uma lanterna.

– Pode me explicar, senhor Barrymore? – Henry o surpreendeu, fazendo o homem pular com uma exclamação de susto.

– Senhor Henry! Mil perdões! Receio que não há mais como abafar a situação.

– Do que está falando?

– Por favor, senhor! Me perdoe! Eu pensei que colocaria ainda mais pressão no senhor e temi o que poderia acontecer, especialmente por minha esposa.

– Diga logo de uma vez.

– Deve estar informados que um assassino perigoso está por aí.

– Sim? – Henry disse simplesmente.

– Há muitos anos minha esposa não vê seu irmão mais novo. A vida dos dois não foi das melhores e o garoto cresceu e se envolveu com o mundo dos crimes. Ela tem chorado desde que soube da fuga. “Ainda é meu irmãozinho”, ela diz. Ela amou aquela criança.

– Eu sinto muito – Joan lhe disse com sinceridade.

– Agradeço seus sentimentos, senhorita Watson.

– Mas o que essa história tem a ver? – Henry perguntou – Está querendo dizer que...

– Sim, senhor... O assassino que estão procurando é irmão de minha mulher. Ela não o apoia e abomina tudo que ele fez, quer que ele pague e talvez aprenda sua lição, mas teme que ele possa ser morto. No fundo ela ainda o ama como seu irmão. Nós tememos que pudesse nos mandar embora antes do que pretendemos se descobrisse.

Após alguns minutos de choque, o herdeiro tornou a falar.

– Eu não faria isso. Vocês não tem culpa de nada. E serviram minha família por anos, lealmente e impecavelmente. Eu nunca iria desampará-los.

– Eu agradeço senhor.

– Ainda não nos disse porque está aqui, olhando pela janela – Joan lhe lembrou.

– Essa é a questão, senhorita. Devem ter ouvido os barulhos.

– Sim, ouvimos.

– Ficaram todos muito assustados. Eu mobilizei os outros empregados e nos vistoriamos a casa inteira, está tudo bem. Não contamos antes porque nunca foi de fato importante, mas há muitos e muitos anos, no início da estadia da família Baskerville nesta grande casa havia um anexo subterrâneo, usado como esconderijo, depósito, inclusive de armas. Com o tempo, passou a ser desnecessário e foi desativado e fechado muito antes do senhor Charles e outros herdeiros residirem aqui. Ele sabia sobre o anexo, mas nunca se importou com ele, porque nunca sequer o achamos. Quando escutamos o barulho, pensamos que talvez alguém tivesse achado, sabe-se lá como, e estivesse se escondendo lá.

– Quer dizer que há um assassino perigoso embaixo da casa?! – Henry perguntou apavorado.

– Não senhor. Como eu já disse, nunca encontramos um anexo. Ele foi desativado alguns anos antes de eu começar a trabalhar para sua família. O que aconteceu é que quando ouvimos os barulhos e não encontramos nada na casa, nos ocorreu que alguém tivesse pulado o muro e estava tentando invadir sem a mínima noção de onde estava. Enquanto os outros procuravam lá embaixo, pedi que minha mulher ficasse no quarto, ela está muito assustada. Eu vim até aqui porque essa janela permite ver toda a extensão do nosso jardim e até uma parque do Central Park. Minha esposa disse ter visto um homem correndo pelo jardim, quando não vi nada vim até aqui olhar e realmente vi alguém correndo fora da mansão. Não sei dizer se pulou o muro ou se minha esposa se confundiu.

– O homem que ela viu era o irmão?! – Joan perguntou.

– Ela não soube dizer, só pode ver sua silhueta e estava muito assustada. Mas ela pensa que ele sabe que trabalhamos aqui e foi o primeiro lugar para onde ele pensou fugir.

– Eu vou falar com Sherlock. Por hora é melhor voltarmos aos nossos quartos. Sua esposa deve estar precisando do senhor. Vá ficar com ela.

O mordomo seguiu o conselho e Joan e Henry trancaram a porta do quarto do herdeiro após passarem por ela. O homem sentou-se na cama, passando as mãos nervosamente pelo cabelo enquanto Joan discava o número do parceiro.

– Sherlock... Tem que saber do que acabou de acontecer aqui – disse quando ele atendeu – Você tava correndo? Por que tá ofegante? São quase duas da manhã.

– Sim, eu estava, mas isso não importa agora. Eu estava pra te ligar pra dizer que não chame a polícia. Eu vi o que aconteceu. Tenho uma ideia de como resolver esse caso.

– Espera! Você tá sozinho no meio da rua às duas da manhã?! Ficou louco?! E quem está cuidando de Clyde e do sobrado?

– Senhora Hudson.

– Sherlock, é um assassino, precisamos chamar o capitão Gregson ou Bell.

– Ele está bem longe agora, não adianta você chamar. De qualquer forma eles estão informados sobre o parentesco do assassino com a esposa do mordomo.

– Onde você tá? Não parece bem.

– Já voltei pro sobrado. Alfredo me trouxe. Volte a dormir e não saia do seu quarto até amanhecer.

Ela desligou intrigada com a estranheza da conversa. Sherlock parecia confuso. Ela e Henry não conseguiram mais dormir naquela noite, não imediatamente. O herdeiro passou meia hora olhando pela janela até Joan convencê-lo a fechar a cortina. Tentou distraí-lo conversando sobre outros assuntos e quando teve certeza de que ele estava seguro e trancado em seu quarto, Joan deu uma última olhada para o corredor escuro e correu para trancar-se no seu.

******

– Sherlock, você tá bem mesmo? Posso te levar pro hospital – Alfredo ofereceu quando estacionaram em frente ao sobrado.

– Eu já disse, sem hospitais – ele insistiu, apesar da mancha de sangue em sua camisa aumentar sobre o peito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O cão do Central Park" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.