A Lenda do Anel escrita por Iany


Capítulo 4
Capítulo 03- O Baile




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Capítulo 3- O Baile

Uma semana nunca passou tão devagar. Já era o dia do baile e minha casa, assim como de todas as outras donzelas, estava uma loucura. Meu pai estava há mais de duas horas nos esperando ficarmos prontas, e sempre ria quando fazia alguma careta em relação a todo alvoroço.

Quando finalmente acabaram de me arrumar, não consegui me reconhecer. Meu longo cabelo ruivo estava preso em uma trança linda. Meus lábios estavam pintados de um rosa claro brilhante magnifico e meus olhos azuis estavam mais brilhantes que nunca. Ao me ver meu pai abriu um sorriso que compensava a dor nos meus pés, causada pelo sapato alto.

– Minha filha, você esta magnifica! – fala ele me fazendo dar uma volta – Mas faltam dois pequenos detalhes! – Ele se vira e vai até uma maleta.

– Sério?! – pergunto – Acho que já tem coisa até de mais! – Ele volta, trazendo consigo a maleta.

– Falta isso ... – ele abre a maleta e de lá tira um cordão lindo. – vire-se, por favor. – Lhe obedeço e me viro. Ele coloca o cordão e depois me vira novamente, fazendo-me ficar cara a cara com ele. – E isso – Ele tira da maleta um brinco de ouro com uma perola. Pego o brinco de suas mãos e o coloco em minha orelha.

– Obrigada pai – Agradeço dando-lhe um abraço – Eu amo o senhor – falo quando me desvencilho de seus braços.

– Também te amo minha pequena – fala ele sorrindo – e onde está tua mãe?! Não entendo como ela podes demorar tanto para se arrumar, afinal, ela só tem de conquistar a mim e ela já consegui fazer isso. – Fala ele para depois piscar para mim.

– Mas isso não significa que eu não possa ficar bonita, querido! – Minha mãe aparece no topo da escada e eu rio – Certo Sophie?! – Ela pergunta e eu assinto.

– Oh, claro minha mãe! – respondo ainda sorrindo – E a senhora esta maravilhosa! – Dou uma cotovelada no meu pai, que estava boquiaberto.

– A-amor – ele suspira – você está encantadora. – Ele vai até a escada e espera minha mãe fazer sua descida triunfal. Ao, finalmente, chegar ao pé da escada ela abre um sorriso encantador para meu. Meus pais nunca me contaram sobre como se conheceram. O pouco que sei foi graças às histórias que minha tia contava para mim e Pietro, meu primo, quando éramos pequenos. Eles estudavam com a mesma professora particular, e um dia quando meu pai precisava falar com a professora ele precisou ir até a casa de minha mãe. Pelo o que eu soube meus avos apoiaram eles em tudo, e quando minha mãe me teve minha avo abriu um grande sorriso e falou : “ Parabéns minha filha, estou orgulhosa de tu!”. Pena que eu só pude passar quatro anos de minha vida com ela e meu avô.

– Que isso querido! Estás a me deixar encabulada! – Fala ela rindo, mas seus olhos conseguiam transmitir o tamanho de sua alegria de tão brilhantes que estavam. Seu vestido era de azul meio roxo, que ia até o chão e suas mangas eram compridas, tapando todo o seu braço. Seus cabelos vermelhos brilhavam mais e chamavam atenção pela cor do vestido ser tão simples, fazendo assim ela parecer ainda mais jovem do que realmente era.

– Bom ... eu ainda estou aqui, então acho melhor seguirmos caminho pois quero voltar logo para casa! – Falo me olhando mais uma vez no espelho para certificar-me que tudo estava correto. Não queria ser escolhida pelo príncipe, mas também não podia desonrar o nome de minha família.

– Sophie ... – meu pai suspira – comporta-se! Por favor. É a única coisa que peço-lhe. Não precisas casar-se com o príncipe ou até mesmo dançar. Mas precisas comporta-te! Não podemos fazer desfeita do príncipe e, Deus me perdoe, do Rei!

– Pai ... eu juro que não vou tentar nada! Assim como jurei pelo meu voto de castidade ... – Quando todas as donzelas completam 10 anos fazemos um voto de castidade. Prometendo que apenas teríamos relações sexuais com nossos maridos. Nem sempre isto é comprimido e quando uma donzela quebra seu voto, e é descoberta, é enviada para o harém { Lugar onde os homens, principalmente da corte, vão para “satisfazer” seus desejos com uma, ou várias mulheres. Muitas mulheres do Reino acabam indo parar lá por quebrar seu voto de castidade ou por precisar de dinheiro } - ... Então não precisa se preocupar com nada papai!

– Ok ... Ok ...

oooOooo

Lotado era um eufemismo para o estado em que o Castelo se encontrava. Criados corriam para lá e para cá, tentando satisfazer a vontade de todos. Nos portões do palácio haviam funcionários que enformavam aos presentes quem estava chegando. O próprio Rei e sua família estavam ocupados tentando cumprimentar e entreter a todos.

O interior do palácio estava magnifico. Cortinas vermelhas pendiam das paredes luxuosas e um lustre, que com certeza custou mais do que um dia eu conseguiria juntar em cinquenta anos de trabalho, pendia do teto, onde se encontravam diversos tipos de desenhos.

Fomos instruídos a seguir para o Salão de Baile. A decoração por si era totalmente amarela. Os detalhes pintados na mesa eram todos amarelos, de flores a animais, o lindo tapete amarelo se estendia por todo o salão de baile até os tronos, do Rei e da Rainha. Até o soldados e as/os criadas(os) estavam vestidos com vestimentas amarelas. A música ficou por conta de uma pianista que, pelo o que pude ver, tocava muito bem.

Ao avistar meus pais o Rei e sua família caminharam ao nosso encontro. Fizemos uma referencia, como de costume.

– Majestade – Falou meu pai

– Por favor Henrique! Quantas vezes lhe pedirei para chamar-me de Robert?! - Pergunta o Rei rindo. Então ele virou-se para mim e seu sorriso ampliou – Sophie ... Como tu estás grande! Quando foi a ultima vez que lhe vi?! Há cinco verões atrás?! Cresces-te tanto! Acho que o tempo esta me deixando velho! – murmurou ele rindo

– Não pai! O senhor ainda esta muito bem! Conseguiu até roubar-me a espada! – Comentou o príncipe mais novo sorrindo. Depois virou-se para mim – Senhorita Sophie, estás ... – ele ponderou por um momento - ... magnifica esta noite! Concede-me a honra de uma dança?! – Perguntou ele estendendo-me a mão. Olho para o meu pai clamando por ajuda, todavia ele me da um olhar que significa: Vá! E não faça nada errado!. Suspirei e aceitei a mão do príncipe.

Juan me conduziu em meio a multidão e começamos a dançar. Não sei explicar o por quê dele ser o meu favorito entre os irmãos. Ele é o mais brincalhão de todos, pode ser até confundido com o bobo da corte, muito engraçado e engenhoso. Nunca vi alguém tão talentoso quanto ele. Quando éramos pequenos, e eu abitava o castelo, ele sempre construía brinquedos para mim. Quando alguém estava triste ele conseguia fazer a pessoa sorrir com as piadas mais estranhos e sem graças do mundo.

– Então Sophie ... – começa ele – há tempos que não nos vemos! Como andas a vila?! – pergunta

– Ah, está ótima! – respondo pondo minha cabeça em seu peito.

– Como tu estás crescida! Mas eu ainda pareço mais velho! – comenta ele rindo

– Nossa Juan! Sou três anos mais velha que ti e possuímos quase a mesma altura! – respondo tirando minha cabeça de seu peito.

– Estás a dizer isto pois esta com um sapato alto Sophie! – comenta ele. Mostro-lhe a língua e volto a apoiar minha cabeça em seu peito. Depois disso continuamos a dançar a musica em silencio. Quando estás a acabar fazemos uma referencia e nos afastamos. Segui para o jardim, que brilhava com a luz da lua.

O jardim era o local mais bonito no palácio. Era enfeitado por diversas arvores com diversos tipos de flores. Possuía um lago bem ao centro, onde existia uma pequena construção. Também havia extensos labirintos, onde não dava para saber em que lugar terminava o começava. Flores de diversas formas e tipos estavam crescendo pelos canteiros e havia também um chafariz com o símbolo do nossos reino: Uma águia banhando-se em algas salgadas.

Caminhei por um bom tempo até achar um banco que me desse visão do vilarejo. A luz refletia na cidade, fazendo-a parecer simples e bonita. Olhei para o céu e me deparei com diversas estrelas brilhantes. Ás vezes eu deitava no pequeno jardim que minha casa possuía e ficava observando o céu. Meu pai me contava historia sobre como as estrelas nasceram e o que elas significam. Nunca acreditei muito nessas historias mas sempre pensei que elas estavam aqui por alguma razão.

Suspirei e coloquei meu rosto entre as mãos. Por que nunca temos respostas?! Foi quando finalmente não havia ninguém no jardim que comecei a ouvir gemidos. Não eram de dor, eram ... diferentes. Me levantei segurando o vestido e segui o som. Atrás de uma das arvores haviam duas pessoas: uma donzela, se é que podemos chama-la assim, e um cavalheiro. O cavaleiro possuía cabelos claros e usava o terno ... príncipe Charles!

– Charles ... – suspirou a donzela. Me escondi atrás de um banco e observei a cena. A donzela estava quase nua, com Charles dando chupões e beijos pelo seu corpo. O príncipe estava em condição semelhante. Sua roupa, que antes estava perfeita, se encontrava amaçada e bagunçada. Seus cabelo castanho claro estava completamente bagunçado e sua calça prestes a cair.

– Silencio Katherine, vão nos ouvir – falou ele parando de beijar-lhe. Ela não falou nada, apenas começou a tirar a roupa do príncipe. Minha surpresa foi tamanha que emiti um som parecido com um grito. Os dois olharam para mim espantados e tentaram portar-se adequadamente. Não sabia o que fazer, mas o que me veio á cabeça foi correr.

Corri para dentro do castelo e quase derrubei os criados que serviam as pessoas. Conhecia o castelo tão bem quanto conhecia minha casa, mas me perdi ao chegar no terceiro andar. Passos ecoavam atrás de mim, e eu tinha certeza que era Charles, mas não queria parar para ver. Direita ou esquerda?! Era com isso que eu me preocupava.

Então senti mãos fortes pegarem meus braços....


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Notas finais do capítulo

Roupa Mãe de Sophie: http://www.polyvore.com/ana_m%C3%A3e_cap/set?id=169843128
Roupa da Sophie: http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=167503086
Já assistiu o trailer? Não?! Então olha só: https://www.youtube.com/watch?v=VWYMr9rhMCE
Gostaram?!
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Beijinhos ♥♥♥



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