The Next Queen - Interativa escrita por Lu au Andromedus


Capítulo 20
Capítulo 18 - Campo de batalha


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Desculpa pela demora, ultrapassei o dia de postagem mais uma vez, o que infelizmente já está virando rotina. Os motivos são muitos, mas o principal é que comecei a trabalhar numa nova fanfic de Game of Thrones e acabei me empolgando com ela e deixando essa aqui de lado. Uma coisa horrível de se fazer, eu sei, e vou cuidar para que não se repita.

E a história está de capa nova (de novo kkkk)!!! Estava meio enjoadinho daquela, que vigorou por mais de dez capítulos, então troquei. Me digam o que acharam, quero saber a opinião de vocês.

Agora vamos falar desse capítulo. Ele não se passa no baile ainda, se passa no dia anterior ao baile. Mas o próximo já vai, e para todas vocês que me enviaram vestidos sua selecionada vai ter uma participação. Ah e não estou mais aceitando vestidos gente, sinto muito, mas seria injusto com aquelas que mandaram no prazo.

Acho que é isso. Boa leitura!



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Capítulo 18

Campo de batalha

 

Selecionada Lira Miller

Lira acordou com um raio de sol batendo diretamente em seu rosto. Irritada, ela puxou a coberta por sobre a cabeça e voltou a fechar os olhos. Estava tendo um sonho maravilhoso em que ela e família passeavam pelas vinícolas da Itália, com o cheiro de uvas quase podres de tão maduras impregnando seu nariz e a textura da grama sobre seus pés descalços, tudo que queria naquele momento era voltar para ele. Infelizmente isso não era possível. Conformada com essa resolução, Lira levantou da cama, se deparando com uma bandeja cheia de frutas, pães e bolos em sua mesinha de cabeceira. Um trabalho de suas criadas, com certeza. Ela pegou uma fatia de bolo de chocolate e começou a mastigar com gosto, enquanto zapeava pelos canais da televisão que ficava na parede de frente para sua cama.

Desde a noite do ataque rebelde, praticamente todas as refeições eram feitas individualmente, cada um em seu quarto. Não que Lira estivesse se importando, ficar na presença da família real era uma experiência no mínimo inquietante. Com suas roupas de grife, suas joias finas e seus modos perfeitos, eles pareciam mais perto dos deuses do que dos homens. Já Lira não podia se considerar mais mundana. Claro, estudara em escolas finas e tivera a melhor educação que a renda de ator famoso de seu pai pudera lhe proporcionar, o que não era pouco, mas isso não a impedia de rir alto, ser irônica quando lhe convinha e correr na chuva sentindo as gotas provocarem explosões geladas sobre sua pele. Ela era tão normal quanto se podia ser.

De todos os Schreave, o mais intimidante era sem dúvida a rainha. Seus olhos verdes pareciam examinar a tudo e a todos, procurando pequenas falhas que pudesse metralhar com críticas. Quando estava em sua presença, Lira se sentia como uma daquelas borboletas que algumas pessoas gostavam de pregar em quadros, e se suas asas não estiverem perfeitas, Katrina vai tira-la e esmaga-la em meio a suas unhas compridas.

A rigidez da realeza ficava ainda mais evidente em contraste com a família de Lira, principalmente seu pai e irmão. Extremamente descontraídos, piadinhas e risadas eram constantes em sua casa. A garota não pôde deixar de se perguntar se o bom humor continuava mesmo ela não estando mais lá. Por um lado, esperava que sim, esperava que eles estivessem felizes e se divertindo. Mas pelo outro, queria que para haver um ambiente agradável sua presença fosse essencial. A possibilidade de ela não estar fazendo nenhuma falta a apavorava.

— Senhorita Lira! – uma de suas criadas entrou às pressas no quarto, fazendo Lira derrubar metade de seu suco de laranja nos lençóis. Praguejando, ela se levantou antes que o líquido molhasse também seu pijama – Desculpe senhorita! Não queria fazer você se sujar.

— Tudo bem Arizona. A culpa foi minha e da minha falta de jeito – disse Lira, e foi então que reparou no pedaço de tecido branco que ela segurava – O que é isso?

Arizona olhou para o chão, claramente envergonhada.

— É seu vestido, senhorita – ela levantou o tecido, e por um momento Lira não viu nada além do belo vestido que escolhera usar na noite do baile. Mas então a luz incidiu sobre ele, destacando uma série de cortes que iam do cinto de pedras até embaixo, tão limpos que não poderiam ter sido feitos por nada além de tesouras. Lira soltou um grito agudo.

— O que aconteceu?!

 - Eu não sei! – a criada respondeu, totalmente sem jeito – Fui uma das últimas a sair do atelier ontem e ele estava perfeito! Mas aí quando cheguei lá hoje de manhã a fechadura estava arrombada e o encontrei assim, todo rasgado. Juro que não fiz nada, senhorita. Nossa, nem coragem eu teria de fazer algo tão vil.

Lira sentia-se cada vez mais aflita. Era óbvio que o que havia acontecido não tinha sido um acidente. A menos que uma corrente de ar conseguisse arrombar uma fechadura, alguém era o culpado. Lira soltou outro grito, dessa vez de pura frustração, e logo a porta do seu quarto estava cheia de selecionadas curiosas.

— Ah que infelicidade – comentou uma delas, fazendo Lira entrar imediatamente em estado de alerta. Não pelas palavras propriamente ditas, afinal havia sido mesmo uma infelicidade, mas pelo tom carregado de sarcasmo que a garota usara. Lira procurou com os olhos a dona da mensagem e se deparou com Virginia a encarando, seus lábios cheios curvados em um sorriso malicioso.

Lira não ia com a cara dela, soube disso no segundo em que a viu no primeiro dia de ambas no palácio. Virginia exalava uma arrogância que ia desde a maneira como ela jogava o cabelo até o modo como andava, de modo que a acusação saiu fácil de sua boca.

— Você fez isso! Sua vadia! Como pôde?!

Virginia levou a mão ao peito e fez uma cara de surpresa extremamente convincente. Cara, como ela é boa atriz, pensou Lira.

— Quê?! Você está me acusando? Com base em que provas, queridinha?

— Bom, todo mundo sabe sua determinação em ganhar. E você parece ser o tipo de pessoa que não está acima de trapaças para que isso aconteça – comentou Elena, parecendo meio receosa em interferir.

Virginia a olhou com descrença, e depois de volta para Lira.

— Ah é? – seu tom de voz estava furioso – Sua acusação se baseia nisso? Virginia é meio má, então se algo acontece com meu vestido nada mais lógico do que culpa-la certo? Vocês são ridículas.

— Você nega ter feito isso? – perguntou Lira, também furiosa - Uma pessoa que tivesse o mínimo de decência pelo menos admitiria seus erros!

 - Admitir? – ela riu, a risada mais irônica que Lira já ouvira – Para você ir correndo chorar no ombro do príncipe e contar para ele como a Virginia picotou seu vestido? Acho que não. Além de que não vou admitir algo que não fiz. Sinto muito, queridinha. Ah espera, não sinto não – ela entrou no quarto e segurou o vestido arruinado entre os dedos – Uau, seja lá quem fez isso, bom trabalho. Os cortes estão bem certinhos. Me lembre de pegar algumas dicas depois.

Virginia virou de costas e começou a andar para fora do quarto. Porém no batente da porta ela parou e disse:

— Se eu fosse você, começaria a dar um jeito nesse vestido, Lira. Não sei se está sabendo, mas o baile já é amanhã.

Lira pegou um enfeite em forma de Torre Eiffel que ficava em seu criado-mudo e arremessou em direção a cabeça de Virginia. Um ato inconsequente, mas ela estava enraivecida demais para ligar. Virginia gritou e se abaixou, fazendo o enfeite passar por cima dela sem acerta-la.

— O que foi isso?! Sabe o vexame que seria se eu machucasse no dia anterior ao baile, sua sem-noção? – exclamou ela, sua boca franzida de irritação.

— Não. Mas sei o vexame que seria não ter um vestido para usar no dia anterior ao baile – rebateu Lira, desejando conceder a Virginia mais do que apenas um machucado. Como seria se ela desfilasse no baile sem uma das pernas? Pensou ela.

— Nós conversamos sobre isso. Você não pode me acusar falando apenas que eu tenho uma personalidade propícia a trapaças. O príncipe não vai me expulsar com base apenas nisso. Agora, agredir outras selecionadas também é contra as regras. E ao contrário de você, eu tenho várias testemunhas aqui que podem confirmar que você tentou fazer exatamente isso – Virginia apontou para as outras selecionadas, que ainda as assistiam do lado de fora do quarto.   

— Nenhuma de nós vai testemunhar a seu favor, Virginia – disse Elena, com os braços cruzados sobre o peito e uma expressão determinada no rosto.

Virginia passou os olhos pelas selecionadas, que uma por uma confirmaram com a cabeça a fala de Elena, e fixou-os em Lira, olhando-a a ela como se ela fosse uma barata andando por sua comida. Lira sustentou o olhar, até que Virginia deu-lhe as costas e saiu pisando duro pelo corredor.


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Notas finais do capítulo

Tsc, tsc, tsc quantas tretas hein. O capítulo ficou meio pequeno, mas não queria começar o baile aqui de uma vez, achei que ficaria estranho, então preferi deixar para o próximo, que eu vou tentar postar mais rápido. Esperar mais de duas semanas não da né.
Bjoos e até os comentários.



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