O Ritual escrita por Elliot White


Capítulo 6
Prisioneiro


Notas iniciais do capítulo

Olá, sei que demorei para retomar a história, mas agora tenho planos de seguir adiante com vários capítulos.
Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/647003/chapter/6

– Parabéns, você passou no primeiro teste – pronunciou Shalia com sua voz feminina, o quarto escuro iluminado apenas pela luz da lua que entrava pela janela. – Antes de começar o próximo, preciso que veja uma coisa.

Ela subiu as escadas do dormitório até alcançar o segundo piso, sendo seguida por dois membros da “seita” e por mim. Lá em cima a iluminação se dava por uma vela no centro do cômodo, onde uma mesa se instalava ao lado de uma cadeira, onde um sujeito estava sentado e amarrado, com a cabeça tampada por um saco e eu pensava em “o que estou fazendo aqui?”

– O que vou mostrar agora é o motivo da nossa união, pelo o que lutamos. – ela continuou, arrancando o saco e deixando a mostra o seu rosto, era um homem de uma longa cabeleira loura, mas os olhos e a boca estavam vendados. O mesmo soltou um gemido, de cabeça baixa.

– Isso é o motivo? O que ele fez pra merecer isso? – exclamei.

– Este é o escolhido, ele será o receptáculo do nosso superior. – a resposta veio do rapaz à esquerda de Shalia, um aluno negro.

– Superior? Do que você está falando?!

– Becky, deve ter ouvido um boato que corria pela escola, de três garotas que tentaram evocar um ser chamado Baphomet. – explicou Shalia, me encarando.

– Sim eu soube desse trio de burras.

– Elas batalharam pelo que acreditavam, e agora alguém precisa continuar o trabalho.

– Só pode estar de brincadeira, esse ser não existe, não tem provas.

– Baphomet não só existe como deixou mais do que provas – Shalia escorregou os dedos pela mão do refém, presa no braço da cadeira, em uma estava escrito em carne viva “Baphomet” e na outra, “traidor”.

– Isso não prova nada. – falei a fitando nos olhos – qual é o objetivo de tudo isso?

– As irmãs Kent começaram isso, e estavam destinadas a fazerem isso há gerações em sua família. Agora isso precisa ser terminado.

– E o que vocês têm a ver com isso?

– Nós teremos nossos motivos.

– Exatamente. Seus motivos, não os meus, eu estou fora. – dei as costas a ela e me dirigi à saída, mas acabei me esquecendo dos dois guarda-costas, e como eram fortes ao agarrarem meus braços e me bloquearem. – me soltem! – exclamei.

– Não, você não está fora Becky. Depois que entra não tem como sair. – Shalia surgiu na minha frente, os rapazes me cercando e segurando. – esqueceu que você aceitou ser recompensada?

– Não acho que tenha algo que compense. – um momento de silêncio se deu os olhos acinzentados da bruxa pregados em mim, o garoto negro e o mais alto me contendo – Nestor, o aluno nerd não estava entre eles – meus protestos foram em vão; não conseguia pensar em como sair desta situação, mas se fosse preciso usaria meus poderes – pense bem, este sujeito é inocente e vocês sabem que o que estão fazendo é tortura e é crime – continuei tentando ser convincente.

Não obtive resposta, no entanto o prisioneiro levantou a cabeça e todos se viraram levando o olhar até ele, que abriu a boca fazendo com que o trapo que a cobria cair, ao mesmo tempo em que um som terrível e inumano saía de lá.

A atenção dos três estava naquele homem, então me concentrei na vela que estava na mesa ao lado do mesmo, expandindo a chama até o teto do quarto como um maçarico potente; não durou muito tempo, porém consegui me soltar e correr o mais rápido que pude até o primeiro andar, sendo seguida de perto por eles. Abri a primeira porta que achei e entrei a fechando e notando que me encontrava na cozinha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Como estou de férias, as postagem irão demorar um pouco, e talvez meu computador terá de ser formatado, o que demorará mais ainda, mas peço que quem esteja lendo seja paciente.