I Surrender escrita por AhPalasAthena


Capítulo 3
A Festa


Notas iniciais do capítulo

Aíííííííí eu to feliz demais com os comentários de vocês moças, nossaaaaaaa... Dá até vontade de escrever mais... Enfim, resolvi postar (graças a uma pequena grande pressão de vocês nos comentários e da Marjorie no Twitter) o terceiro capítulo... Uhuuul. Aproveitem bastante. Céline Dion mandou avisar que no próximo tem música dela então já vão preparando o nosso querido site de músicas (vocês sabem qual, não quero correr o risco de cancelarem a fic kkkkk) Enfim... Boa leitura amores.



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–Vocês precisam se acertar Catherine, se os outros souberem que vocês não estão nem se falando tomarão sua herança. E eu não posso recorrer. – O advogado de Catherine disse.

Já tinha quase um mês que estavam casados e depois daquele dia eles se viram duas ou três vezes.

–Ok. Vou conversar com ele. Pelo menos amigos. – Ela disse tentando se convencer.

O advogado assentiu.

–Agora vou para casa. Antes que essa gripe piore. – Ela disse se levantando.

Após se despedir Catherine foi para o estacionamento e, por um milagre, chovia naquela Vegas.

No meio do caminho um dos pneus da moça furou e ela teve que trocá-lo ali mesmo. Deu trabalho? Demais! Mas ela conseguiu. Chegou a casa encharcada, respirando pela boca porque o nariz estava totalmente tampado e, ao invés de ir correndo tomar um banho e secar os cabelos, a ruiva foi por umas roupas para lavar, tanto as dela quanto as de Grissom. Quase meia hora depois ela foi tomar banho, já praticamente seca. Não comeu nada, apenas tomou um remédio fraco e se deitou, tinha que descansar.

Grissom saiu do laboratório pensando em Cathy, torcendo para vê-la, mas ela não tinha chegado lá. O pessoal do laboratório já começara a ficar com uma pulguinha atrás da orelha. Ele não estava nem aí para eles, só queria Cathy de volta. Assim que chegou a casa viu o carro da esposa estacionado, imaginou que ela tivesse se atrasado e não pôs o seu carro para dentro. Entrou e notou que a casa estava silenciosa demais, se Cathy estivesse atrasada, provavelmente, a casa estaria de pernas para o ar e com ela fazendo muito barulho. Conferiu todos os cômodos do andar de baixo e quando teve certeza que ela não estava em nenhum deles foi para o segundo andar. Sem delongas, com toda a coragem que tinha, foi direto para o quarto da esposa. Bateu na porta, mas não obteve resposta. Tentou uma, duas, três vezes, mas nada. Abriu a porta e entrou devagar.

–Cathy? – Perguntou amedrontado. Não queria ser morto.

Olhou para a cama da ruiva e a viu, debaixo das cobertas, tremendo de frio. Foi até ela e pôs a mão em sua testa.

–Você está queimando em febre meu amor.

Rapidamente ele retirou todas as cobertas de cima dela e a levou para o chuveiro. Durante o banho gelado ela despertou vagamente e balbuciou:

–Gil? É... Você?

–Sou eu meu bem. Você vai ficar bem ok?

Ela apenas disse:

–Sinto frio.

O coração dele estava partido ao meio vendo os lábios dela em um tom arroxeado por causa do frio.

–Vai passar, eu prometo. – Sussurrou para ela.

Assim que ela despertou mais ele a tirou do banho e lhe trouxe roupas secas, ele tinha posto ela na água gelada com roupa e tudo. Quando Catherine abriu a porta ele veio até ela e a carregou para a cama. Por mais que Cathy estivesse um pouco sóbria, após tomar um remédio e um chá que Grissom fizera, ela puxou-o para deitar-se ali. Ele relutou no começo, mas estava com muitas saudades de tê-la em seus braços e não negou. Em menos de uma hora febre dela já estava quase controlada e ele ligou para o laboratório:

–Ecklie, Cathy não poderá ir hoje. Cheguei a casa e ela estava queimando em febre. Não posso ir cobrir o turno dela porque preciso cuidar da minha esposa. Catherine não aparecerá aí essa semana, eu voltarei quando ver que ela está melhor. Se você puder resolver isso para mim, ficaria muito grato.

Ecklie não gostou muito da notícia, mas não tinha outra opção. Grissom ficou com ela até que a febre sessou por completo. Como conhecia a ruiva melhor que a si mesmo sabia que logo ela acordaria e, provavelmente, estaria faminta. Foi preparar algo para ela e se assustou quando escutou:

–Que cheiro bom. Fui obrigada a levantar.

Ele sorriu e olhou para ela. O clima tenso havia acabado.

–O que faz fora da cama mocinha? Como se sente?

Ela se sentou e respondeu sorrindo:

–Estou melhor. Levantei porque esse cheiro estava me torturando lá em cima.

Ele colocou a comida em um prato para ela e logo a moça devorou tudo. Ficaram conversando e, de repente, ele disse:

–A gente pode conversar sobre o laboratório? – Ela assentiu, como um pedido para ele prosseguir. – Acho que nós deveríamos nos encontrar na troca de turnos, pelo menos duas vezes por semana. Não precisa ter todo aquele fogo de antes, basta nos tratarmos com carinho. O pessoal já está comentando sabe...

Ela assentiu enquanto comia mais.

–Eu ia dizer exatamente isso. E... Temos uma festa para ir, na semana que vem, mas se não quiser ir digo que temos outro compromisso.

–Nós vamos. Festa sobre o que? – Ele disse comendo também.

–Sobre o que não me disseram direito, mas é de uma das herdeiras de Sam, a que quer por que quer tudo o que ele me deixou. E se eu perder tudo é ela quem ganha.

Gil fez aquela cara de convencido para ela e falou:

–Relaxa meu bem, você vai ter o marido mais carinhoso e atencioso do universo. O mais lindo também.

Eles caíram na gargalhada e depois ela disse:

–Vou me deitar novamente. Me acorde antes de ir para o Laboratório.

–É... Não vou hoje. Liguei para o Ecklie avisando que você não iria mais essa semana e que eu só voltaria quando você melhorasse.

–Você vai matar serviço por minha causa? – Ela disse abobalhada. Grissom nunca fizera aquilo antes, por NINGUÉM. – Nossa, obrigado Gil. Agora vou subir.

Ouvir Catherine pronunciar seu apelido novamente deixou Grissom feliz. Muito feliz, por sinal. As coisas estavam melhorando.

–Estão dispensados. – Gil disse na outra semana quando seu turno se encerrou.

–Graças a Deus. – Greg disse.

–Posso entrar? – Um tremor gostoso tomou conta de Grissom quando ouviu aquela voz.

Virou-se de frente para a esposa e falou:

–Fique totalmente à vontade.

Cathy falou com todos, deixando Grissom por último, mas valeu a pena. Ela o beijou delicadamente e falou:

–Mon Amour, deixei sua comida no forno. Você pode passar naquela loja e ir buscar nossas roupas para amanhã?

Todos ficaram bobos com como as coisas estavam fluindo naquele casamento. Grissom passou a mão no rosto de Cathy e falou:

–Passo sim, meu bem. Te vejo em casa as sete?

Ela sorriu e respondeu baixo, mas de um jeito que todos escutaram:

–Talvez até mais cedo. Escolha um vinho.

Beijaram-se rapidamente e ele se foi. Logo o pessoal do turno que havia acabado de ser encerrado também deixaram Cathy e ficaram comentando entre si que era um alívio ver que tudo estava bem, mal sabia eles que, por parte de Cathy, tudo não passava de uma ótima encenação.

–É muito bom ver que vocês estão felizes assim Cathy. – Nick disse ficando ao lado da supervisora.

Ela o olhou com um sorriso torto.

–Jurávamos que Lady Heather iria aprontar uma com vocês. Ela gritou para os quatro cantos desse laboratório escutar que não iria permitir que você e Grissom fossem felizes...

Naquele momento Cathy segurou o sorriso apenas para disfarçar, porque por dentro ela estava em choque. Grissom tinha deixado inúmeros recados naquela noite dizendo que não se lembrava de ter feito aquilo, que não amava Heather, que a mulher deveria ter armado para ele, mas ele não tinha provas.

–Cathy? Tá tudo bem? Achei que Grissom tivesse te contado.

Ela voltou em si e disse:

–Ela não conseguiria isso nem se tentasse direito. Agora vamos ao trabalho, porque preciso chegar mais cedo em casa.

E se você pensa que ela disse aquilo por que ia conversar com Grissom sobre Heather você está absolutamente enganado. Ela só proferiu aquelas palavras para parecer ser uma boa esposa. Durante o dia as palavras de Nick ficaram em sua mente e, quando foi buscar Linds no colégio sentiu-se mais confusa ainda já que a garota disse:

–Sabe mãe, eu nem acredito que a senhora está jogando a oportunidade da sua vida assim, fora, sem ouvir todas as versões. Esse não é o trabalho da senhora? Investigar? Por que quando se trata da senhora simplesmente deixa as coisas irem, sem se dar ao trabalho de lutar por elas. O tio Gil ama a senhora, mas vai chegar um dia que ele vai cansar. Aí vai ser muito tarde.

Catherine nada disse, apenas refletiu na situação. A filha estava lhe dando um sermão e os argumentos eram ótimos, não podia negar.

–Eu não queria falar disso, filha. – Cathy disse baixo, voltando a atenção ao trânsito.

Linds suspirou e a volta para casa fora silenciosa. Naquela noite os três jantaram juntos e conversaram a beça. Gil estava numa fase engraçada e Cathy e Linds estavam adorando isso. Ele se ofereceu para lavar as louças e Linds foi guardar. Catherine foi conferir as roupas da tal festa e imaginou Grissom naquele terno negro, os olhos azuis extremamente azuis, os cabelos penteados para trás e aquele sorriso torto que ela tanto amava, que ela tinha a sensação de que ele só sorria daquela forma para ela...

–Ei, está na hora da sobremesa. Vamos? – Gil a assustou.

Ele percebeu muito bem o que ela estava fazendo ao olhar para aquele terno e ali uma faísca de esperança surgiu em seu peito. Ela ainda o amava. Podia até negar, mas os olhos a entregavam.

–Vamos sim. – Ela respondeu sem graça.

Enquanto tomavam sorvete Gil foi bipado e teve de ir trabalhar. Chegou antes de irem para o tal jantar e no caminho Linds disse:

–Acho desnecessário esse jantar. Por mim nós não tínhamos vindo.

Cathy sorriu ao perceber que a filha também não gostava da dona da festa.

–Não poderíamos deixar vovó Lily sozinha, amor. – Cathy disse para a menina.

Gil sorriu enquanto dirigia. Quando chegaram à festa Linds encontrou com umas colegas e acabou se distanciando. Catherine e Grissom, além de entrarem na festa de mãos dadas, não pareciam um casal recém-casado e Linds ouviu comentários durantes suas andanças pelo recinto.

–Mamy, papy? Preciso falar com vocês, lá fora. A-g-o-r-a. – Chamou-os.

Foram para o jardim e Cathy, preocupada, disse:

–O que houve filha? Alguém te fez algo?

–Não mãe. Relaxa, eu tô bem. Mas acho bom vocês abrirem bem os olhos porque eu ouvi comentários que vocês não vão gostar.

Catherine a olhou curiosa.

–Por que eles não parecem um casal, não se tocam, não se beijam, não trocam carinhos. Nem parecem que estão a casados a menos de seis meses... – Linds disse imitando a voz da pessoa que havia dito.

E aquilo foi um tapa na cara de Catherine. Ela ficou quase que em choque.

–Então acho bom vocês darem um jeito nisso. Sentem em uma mesa qualquer, mas reservada para as pessoas acharem que vocês querem um pouco mais de privacidade e mudem esses comentários. – Linds saiu correndo e Gil disse, animado:

–Vamos entrar e fazer o que ela disse.

Ele puxou Catherine antes que a ruiva protestasse, sentaram-se numa mesa um tanto quanto reservada, mas todos poderiam vê-la.

–Parece que eu se eu te beijar, Senhora Grissom, você não vai poder fugir. – Ele disse pondo a mão no rosto dela.

Catherine se viu hipnotizada por aqueles olhos azuis intensos, não conseguiu nem responder. O misto de sentimentos que brotavam no peito da mulher era indomável e ela só queria poder viver aquele momento. Grissom passou a ponta do nariz na bochecha de Catherine e a ruiva fechou os olhos ao sentir aquele toque.

–Parece que você gosta quando eu faço isso.

Os lábios da mulher se entreabriram e Grissom aproveitou para fazer o que há dias estava querendo. Beijou Catherine delicada, mas intensamente. Lindsey via tudo lá de cima e não conteve o sorriso. Naquele momento notou como aquela festa tinha feito bem ao casal. Cathy e Gil ficaram um tempo se beijando até que uns amigos de ruiva se sentaram com eles e tudo que Cathy fez foi dar um jeito de trazer Gil para mais perto e ficar com a cabeça deitada no ombro dele. Cathy aproveitou cada segundo daquela situação, registrou cada momento na memória. Quando chegaram a casa, Linds subiu morta de cansaço e Cathy foi a cozinha tomar água. Gil chegou por trás da mulher e beijou seu pescoço.

–Gil... Não. Tudo é uma farsa. Você sabe disso. – Ela disse fria, mas ao mesmo tenso de uma maneira delicada.

Gil se separou da moça e a olhou indignado:

–O que Catherine?


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Notas finais do capítulo

Peço desculpas pelos erros (tinha que pedir lá em cima, eu sei, mas não deu kkkk) E já aviso que o próximo, provavelmente, só sairá no próximo fim de semana porque essa semana a universidade tomará todo o meu tempo. Gostaram??? Mereço aqueles lindos comentários?? Sim né?



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