I Surrender escrita por AhPalasAthena


Capítulo 1
Testamento


Notas iniciais do capítulo

Minha primeira Fic Grillows babys, espero que gostem, de verdade... Eu e a Céline esperamos, na verdade kkkkkk



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Quando se é mãe tudo na vida gira em torno daquele ser que é seu, mas que não é seu. Confuso? Demais. Mas é exatamente assim que as mães se sentem. Catherine Willows tinha esse sentimento, mas sua vida não girava em torno de Lindsey... Na verdade elas andavam tendo muitas discussões exatamente por isso. Linds sentia falta da mãe por perto, já que a ruiva só ficava naquele laboratório investigando mortes. A menina sentia falta de sair com a mãe como todas as amigas faziam, sentia falta de cantar para ela, de dançar... Não era fácil perceber que a mãe era a justiceira de todo mundo, menos dela. Mas, naquele dia, a mãe era apenas dela.

–Filha, Gil chegou, vamos? – A ruiva perguntou entrando no quarto da filha que ficou encantada com a mãe. – O que foi?

Linds sorriu e respondeu:

–A senhora está tão linda mãe.

Catherine se olhou. Usava uma calça justa preta, uma blusa branca e, por cima, um blazer azul escuro. Os cabelos formavam cachos lindos e uma maquiagem suave terminava o conjunto.

–Obrigado! Você também está ótima... Aliás, amei essa maquiagem. – A mãe disse olhando nos olhos da filha.

Linds surpreendeu a mãe abraçando-a fortemente.

–Estou tão feliz de poder passar essa tarde e noite com a senhora... E com o tio Gil.

Catherine sorriu com os olhos cheios d’água. Sentia-se falha com a filha. E iria mudar aquilo. Estava decidida. Aquele era o primeiro passo para essa nova vida. Passar o resto do dia com a filha.

–Isso vai aconteceu mais vezes filha. Eu prometo.

Se separaram e Linds enxugou as lágrimas...

–Não chora, vai borrar a maquiagem da estrela. – Cathy disse passando a mão no rosto da moça.

Desceram e Gil olhou para as duas meio abobado. Babou em Cathy e só a ruiva não viu. Linds ficou olhando e, já sabendo que a mãe tinha uma paixão retraída por Gil, decidiu que além de ficar mais próxima da mãe também iria juntar os dois. Ela sentia falta de uma presença masculina e Gil sempre estava por perto da jovem.

–Vocês estão lindas, senhoritas. – Ele disse cortês. – Mas acho que Linds está quase atrasada.

Cathy sorriu e foram para o carro. Quando chegaram ao teatro do colégio de Linds a menina saiu correndo para o camarim e o casal foi procurar os melhores lugares. Eram um dos primeiros a chegar.

–Ela está ansiosíssima... E linda. – Gil disse assim que se sentaram.

Catherine sorriu toda orgulhosa.

–Vou ter que ficar menos tempo no laboratório Gil, ela precisa de mim. Prometi a ela. – Falou olhando para ele.

–Eu entendo. Mas podemos tentar fazer uma escala nova para você. Pelo menos no começo.

Ficaram em silêncio até que Gil soltou com seu lapso de coragem:

–Vou sentir sua falta.

Ela o olhou e falou sorrindo, delicada:

–Você tem meu endereço... Vá me visitar...

Ele sorriu e olhou para frente. Linds arrebentou na apresentação e depois de ser muito elogiada o professor dela contou a Catherine que a garota tinha uma chance de fazer um Off-Broadway, mas que para isso Cathy teria que investir na filha, financeiramente falando. E claro que Catherine prometeu a menina que a ajudaria.

–Gil, eu preciso da sua ajuda. – Catherine disse assim que a filha foi trocar de roupa para irem ao cinema.

–Pode falar.

Cathy suspirou. Era um assunto complicado demais para ela.

–A leitura do... Testamento do Sam... Queria que você fosse comigo.

Gil sentiu o coração aquecer com aquele pedido. A vontade de dizer a ela que queria poder ficar sempre ao lado dela fazendo tudo por ela era enorme.

–Te pego que horas? – Falou direto enquanto observava a ruiva cruzar as pernas daquela maneira sensual que ele tanto babava.

–Às oito da manhã. A leitura começará as nove.

Ele quase abriu a boca que já dormiria na casa dela, mas se lembrou de que da última vez ele acabou indo mesmo e eles quase fizeram amor na sala da casa da ruiva.

–Mas se você quiser dormir lá em casa. Eu iria adorar. Linds também. – Ela disse como quem não quer nada, mas a malícia em sua mente era tanta que ela ficou ruborizada.

–Passamos na minha casa, pego minhas coisas e vamos para o cinema então. – Ele disse todo animado.

A ruiva não pôde conter a risada e Gil simplesmente entrou na gargalhada. Ficaram conversando sobre o nome do animal nojento e envidraçado que Gil iria ganhar de um amigo e o homem só não chorou de rir ao ver a reação de Catherine por que tinha certeza que fazer aquilo o levaria a morte.

–Não entendo a necessidade que você tem Gil. – Ela insistiu revirando os olhos. – É nojento. Muito nojento.

Quando ele ia abrir a boca para responder carinhosamente a mulher Linds chegou e desviou a atenção do casal. Na saída uma senhora olhou para os três e falou:

–Que família linda a de vocês. Você tem muita sorte garotinha – falou passando a mão no rosto de Linds – seus pais formam um belíssimo casal, talvez o mais bonito que eu já tenha visto.

Linds sorriu e antes que os mais velhos pudessem dizer que não eram um casal a senhora saiu. Catherine ficou vermelha ao passo que Grissom olhou para Linds que piscou para ele de volta. Ele tinha entendido tudo naquele momento. A mocinha queria juntá-los e ele não dormiria no ponto. Não mesmo.

–Acho... Melhor irmos logo. – Cathy disse indo a frente.

Grissom e Linds sorriram ainda mais ao ver Catherine totalmente desconcertada e a seguiram antes que a mulher resolvesse brigar com eles. Depois de passarem na casa de Gil eles seguiram para o shopping e assistiram a um filme. Catherine não tinha conseguido dormir bem naquela semana e acabou dormindo recostada no ombro de Grissom, quando acordou e viu onde, como e com quem estava olhou para Linds que parecia nem ter notado aquilo, mas a menina tinha tirado até fotos. Comeram alguma coisa, fizeram umas compras e foram para o play do shopping que por sinal era bom demais. Linds se sentia tão feliz que mal conseguia disfarçar isso e, quando Gil deu dinheiro para ela ir a um brinquedo que estava louca para ir, ela os abraçou apertado. Assim que a menina se distanciou Cathy disse:

–Obrigado Gil. É muito bom poder viver esse novo começo com você.

Ele sorriu e beijou a testa da ruiva. Se ela se assustou? Demais. Gilbert Grissom não era de demonstrar carinho, ele era fechado na dele e quando ela notou que ele estava tentando mudar com ela, tentando mostrar mais seu jeito carinhoso, ela se assustou. Amava Grissom do jeitinho que ele era, mas ver que ele queria agradá-la fazia seu coração se encher de amor, isso se fosse possível amar mais aquele homem do que já amava.

Quando chegaram a casa, por volta das nove da noite, Linds foi direto para o quarto tomar um banho e dormir. Estava exausta. E queria que rolasse algo entre o casal. Da última vez o homem dormiu na cama de Cathy já que a casa estava em reforma e o quarto de hóspedes era o alvo. Mas naquele dia ele tinha certeza que não conseguiria viver aquilo de novo.

–Quer comer algo? – Ela perguntou retirando o casaco e abrindo os dois primeiros botões da blusa ainda de costas para ele.

–Não, mas um vinho eu aceito sim. – Ele disse sorrindo.

Ela riu e falou:

–Vou lá pegar, já venho.

Catherine, segundo Grissom, tinha um bom gosto maravilhoso para vinho, na verdade era difícil perguntar para ele em que ela não tinha bom gosto. Ele observou a foto dos dois que ela havia insistido para que tirassem ao lado de uma foto de Linds com Lily e Catherine entre as duas, ambas as fotos estavam na mesa de centro, solitárias. Aquela foto dizia muito do sentimento envolvido entre os dois.

–Esse eu ganhei em, mas gosto muito. – Catherine falou e Gil quase pulou de susto.

A ruiva vinha rebolando deliciosamente, na opinião de Grissom, com duas taças na mão direita, a garrafa de vinho na esquerda e aquela blusa aberta mostrando um pouco dos seios e do sutiã meia taça, vermelho, que os aprisionavam.

–Confio no seu bom gosto. – Falou com um sorriso malicioso e a ruiva não pôde deixar de sorrir.

Sentaram-se e Gil abriu o vinho. Assim que encheu a taça de Catherine ela fez questão de brindar. Eles ficaram conversando sobre coisas fúteis naquele dia, nada de conversas sobre casos, ou sobre o pessoal do laboratório. Naquele dia a conversa fluiu bem e quando já estavam bastante alterados devido a grande quantidade de vinho ingerido Grissom disse:

–Acho que está na hora de irmos para sua cama.

Catherine soltou uma gargalhada.

–Para a minha? – perguntou se fazendo de burra.

Grissom chegou mais perto dela e enquanto a olhava nos olhos passou a mão no rosto da mulher.

–Você quer tanto quanto eu.

Catherine fechou os olhos com o toque da mão de Grissom e falou:

–Eu quero, mas não estando nesse estado. Quero estar sóbria para guardar cada momento na memória.

Grissom aproximou os lábios e beijou a boca da mulher que rapidamente deu passagem para a língua dele. Quando o ar lhes faltou ele disse:

–Mas eu preciso dormir com você nos meus braços.

Ela, finalmente, abriu os olhos e disse:

–Você não precisa da minha cama para isso, mon amour.

Ele entendeu exatamente o que ela quis dizer. Pegou as duas taças e colocou na mesinha, deitou por cima de Cathy ali no sofá mesmo e voltou a beijá-la. Ela deu um jeito de ficar por cima dele e voltou a beijá-lo. Quando viu que estava ficando animado começou a fazer cócegas em Cathy e terminaram no carpete da sala, rindo como dois adolescentes, olhando um nos olhos do outro...

–Acho melhor irmos para minha cama. – Ela disse quase num sussurro.

Ele sorriu e a puxou para um beijo simples e demorado.

Levantaram e foram para o quarto de Catherine. Ela trocou de roupa, colocou uma regatinha e um short curtíssimo de malha. Gil colocou seu short, mas fingiu não ter uma camiseta. Assim que deitaram ele não parou de beijá-la pelo rosto e foi assim que moça dormiu, com um sorriso no canto dos lábios, a cabeça no peito dele e a perna em cima do quadril do homem que não resistiu e pôs a mão na coxa dela.

Linds acordou às sete da manhã e passou no quarto da mãe, a curiosidade foi maior que ela, e quando viu a mãe dormindo quase que deitada em cima de Gil que a envolvia docemente a menina teve vontade gritar de felicidade, mas tudo que fez foi descer e arrumar o café da manhã dos três. Gil desceu primeiro, assoviando e cantando, vestindo um terno preto muito bem passado, com uma gravata vermelha se destacando. Ele estava um gato.

–Bom dia mocinho. – Lindsey disse sorrindo.

Ele sorriu mais e dando um beijo na bochecha da garota disse:

–Ótimo dia!

Sentou-se a frente da menina que fazia um belo café da manhã.

–Toda essa alegria por um acaso se chama Catherine Willows? – Ela perguntou sorridente.

Ele parou de rir na hora e perguntou preocupado:

–Está tão na cara assim?

Lindsey soltou uma gargalhada gostosa ao ver a expressão de Gil e respondeu:

–Está. Como se tivessem escrito na testa do senhor o nome da mamãe.

Ele ficou a olhando preocupado. Não podia demonstrar tudo isso no laboratório. Não podia deixar os colegas perceberem aquilo que rolava entre os dois, mal sabia ele que os colegas eram loucos para vê-los juntos.

–Mas e aí? Já estão namorando? – Linds pegou no pé do homem.

–Bem que eu queria, - soltou um suspirou – mas você conhece bem sua mãe né? A única coisa que fiz foi dormir na cama dela... Nada mais que isso.

A cara de frustração dele foi tão cômica que Linds soltou outra gargalhada.

–Você ri né? Mas foi bom. Eu nunca dormi tão bem na minha vida.

Linds e Grissom ainda ficaram conversando sobre Cathy até que ouviram o toc toc dos saltos da mulher que descia as escadas. Catherine vestia um vestido tubinho branco e por cima dele um casaco preto. Estava linda.

–Bom dia! – Falou ao adentrar.

–Bom dia mãe. Está belíssima. – Linds disse indo abraçar a mãe.

Gil ficou de boca aberta. Sem reação alguma. Catherine, após soltar a filha, sentou-se ao lado dele e as duas começaram a conversar enquanto tomavam café da manhã. Quando terminaram Linds disse que ia subir para pegar as coisas, ia para a casa de uma colega terminar um trabalho de escola. Quando a menina começou a subir as escadas Gil puxou Cathy para um beijo, a ruiva passou os braços ao redor do pescoço do supervisor e se rendeu a ele. Ao término do beijo ele disse:

–Você está linda. E essa foi uma noite agradabilíssima.

Ela, para não perder seu jeito de sempre, falou:

–Estou naquela cama quase todas as noites, volte quando quiser.

Ele sorriu e depositou um selinho nos lábios dela. Se separaram por que ouviram Lindsey descendo as escadas. Deixaram a menina na casa da amiga e foram para a antiga casa de Sam. A leitura fora até rápida. O que ele deixara para Cathy fora o último a ser lido:

“Para minha amada filha, Catherine Willows, deixo 40% das ações do Eclipse e 20% de todo o meu dinheiro investido na Suíça. Mas há uma condição para que Catherine tome posse de seus bens, ela deverá estar casada.”

E daquele momento em diante Cathy não ouviu mais nada. O que Sam tinha na cabeça ao colocar uma clausura daquela em um testamento?


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Notas finais do capítulo

Mereço comentários? Sim né? Fui uma boa menina kkkk