Esperando o Amanhecer: DON'T CALL ME escrita por Jack Allan Poe


Capítulo 5
Capítulo 4 – Novo Pesadelo - Mike


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura ♥



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Finalmente saio do quarto. Preciso avisar Sam e os outros, eles também podem estar correndo perigo. Corro em direção a torre oeste onde eles estão. Os corredores desse hotel parecem cada vez mais estreitos e longos, uma claustrofobia que nunca tive antes toma rapidamente conta da minha mente, mas mesmo sendo muito difícil continuar, eu não posso parar. Não agora.

–Vamos Mike, você já esteve em situações piores em Blackwood... E com aquela filha da minha professora do primeiro ano também, ela era feia que até doía. – Tento me distrair um pouco para manter a calma.

Percebo que o fim do corredor está bloqueado por uma porta de ferro, aquilo é impossível de ser derrubado.

–Mas que caralho está acontecendo nessa droga de hotel?! – Pergunto para mim mesmo frustrado.

–Mike? – Ouço uma voz feminina que vinha do outro lado da grande porta de ferro no meio do corredor.

–Sam? – Eu sabia que era ela, era a mesma voz que ouvi quando estava prestes a morrer nas mão daquele índio no ano retrasado.

–Mike, você está bem? Tem alguma coisa acontecendo aqui, alguém pegou a Emily!

–O que?! A Emily também? Mas que merda! – Digo dando um soco na grande porta, fazendo um estrondo.

–“Também”? – Sam pergunta.

–Sam... – Ainda estou criando coragem para contar que esse “alguém” também pegou o Josh...

–Michael, fala logo!

–Eles também pegaram o Josh. Eu não consegui ajuda-lo... Droga, me desculpa!

–O que você disse?!Não, não, não, não, ele não pode ter morrido...

–Calma, tem grandes chances dele ainda estar vivo.

–Tem? Mas você disse que...

–Ele só pegou ele, pelo o que sei ele ainda deve estar por ai, e eu vou procura-lo. Mas o que ouve com a Emily, ela está bem...?

Sam fica em silencio por alguns segundos...

–Ela está... está... E a culpa foi minha! – Sinto que ela está prestes a chorar, e Sam não é de chorar.

–Calma, vai ficar tudo bem, saímos disso uma vez, e vamos conseguir sair de novo.

–A culpa foi minha Mike, eu tive a oportunidade de salva-la e...

–Tenho certeza de que fez tudo que pode para ajuda-la, Sam. – Digo interrompendo-a.

–Será que não podemos viver como pessoas normais? Será que a morte não vai sair do nosso pé? Será que esse pesadelo nunca vai acabar? Não da para fugir da morte mais de uma vez Mike.

–Nada é impossível Sam, é o que eu sempre digo. E nós VAMOS sair dessa.

–Ok. Nós temos que sair, pela Emy.

–Onde estão Chris e Ashley?

–O Chris ficou no quarto com Ashy, ela está chorando muito e ele está tentando ajuda-la.

–Ok, vamos fazer assim então, você, Chris e Ashley, vão procurar alguma arma ou sei lá, e depois alguma saída dessa merda de hotel. Eu vou ir procurar o Josh.

–Mas e se você não conseguir sair, ou não conseguir acha-lo?

–Me espera do lado de fora, mas espera ESCONDIDA em algum lugar perto de onde deixamos o carro. SE eu não sair em meia hora, vai ter que ir sem mim. – Estou tão perto, mas tão distante dela...

–Mas Mike...

–Isso não está em discussão.

–Tudo bem... – Eu sei que ela não vai obedecer.

–Então esta combinado, eu vou ir procurar o Josh, não vou deixar outra pessoa morrer. – Digo enquanto saio.

–Mike, espera! – Paro com o grito de Sam...

–Cuidado... – Ela diz, aquilo me acalma, ela tem o poder de fazer isso. Coloco a palma da mão no centro da porta e sinto que ela faz o mesmo do outro lado... Eu sei, está ficando muito gay, mas foda-se.

–Você também Sam.

...

Aquilo parece um labirinto, todas as portas que tento abrir estão trancadas, e está tão silencioso, que consigo ouvir as batidas agitadas do meu coração. Estou num corredor estreito e muito longo como os outros, as luzes eram fracas e o chão de madeira que parece estar podre começou a ranger, são pelo menos 10 portas em cada lado do corredor, e todas elas estavam trancadas. Até que finalmente, no final dele, vejo uma que parece estar aberta, o quarto no final do corredor, a luz no fim do túnel que leva direto para a porta do inferno. Me aproximo com o cu na mão, e o que sinto já está perto do pavor, não sei de onde tiro coragem para abrir a porta...

E é o que faço, uma quase completa escuridão me espera do outro lado, e nesse momento, eu vejo uma sequencia de fatos, como um clipe passado em alta velocidade: uma mão saindo das sombras, me pegando pela gola da minha camiseta e puxando-me direto para uma faca que perfura meu estomago, minhas tripas pintam o chão de vermelho e eu caio de joelhos no chão, o sangue escorre da minha boca e antes de morrer, levanto o olhar para ver o rosto do meu assassino.

Mas ao invés disso, tudo que vejo quando abro a porta, é apenas um quarto grande e vazio. Este hotel está me enlouquecendo.


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Notas finais do capítulo

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