Ghouls Também Tem Sentimentos escrita por R Aysha


Capítulo 7
Os três pontos


Notas iniciais do capítulo

Bem, peço desculpas por ter demorado, e também pelo capítulo ser tão pequeno. Mas eu gostaria de saber se vocês gostariam de uma história individual com os personagens dessa fanfiction, tipo um especial de natal. Apesar de já estarmos em fevereiro, eu estou muito empolgada para fazer um . Então gostaria de saber o que vocês acham. Bem, boa leitura pra vocês!



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Mal amanheceu, e Naki já tinha ido me buscar. Deixei um bilhete dizendo a Uta que iria passar na casa do representante de sala antes de ir à escola. Entramos no carro, e vamos até. .. Bem, não sei pra onde vamos. Ficamos em silêncio, até chegarmos numa velha fábrica. Naki andava no meio de dois homens grandes mascarados, me pergunto o porque de estarem daquele jeito, mas eles pareciam bem chegados a ele. Entramos dentro da fábrica. Dentro, ela estava em muito bom estado. Não duvido que alguém more aqui. Em seguida, chegamos a um corredor extenso. Ele tinha sangue escorrendo pelas paredes e utensílios pelo chão, algodão e coisas que não consegui identificar .

— Doutor ? - diz um dos homens mascarados de Naki.

— Hum ? - a sala havia um grande eco, em seguida, um homem alto de óculos e rabo de cavalo e roupa de médico sai de uma das salas do corredor. - Ah, Naki.

— Oi professor. Anda ocupado ? - responde Naki, um tanto indiferente.

— Sim, mas sempre tenho um pouco de tempo pra você. O que quer ?

— Trouxe alguém que gostará de conhecer. - ele aponta descaradamente para mim. O homem olha pra mim um tanto surpreso.

— Esta é... - ele anda até mim e pega no meu queixo. - qual o seu nome?

— Kuryo Mizani - digo, meio desconfortável. Ele estava muito perto.

— KURYO? - ele grita de repente igual ao Naki,será que são parentes ? - Você não deveria estar viva...

Ele corre até uma das portas do corredor, e corro á mesma.

— Conheceu meus pais ? - digo, um tanto surpresa também. Ele pega uma das pastas numa velha estante, e retira rapidamente todas as folhas de dentro dela. Até que pega a que procurava.

— Isso. - ele me mostra a folha em suas mãos. - Esse aqui é seu pai. - tiro a folha de suas mãos.

— O que quer dizer com isso ? Está brincando comigo ? Esse com certeza não é meu pai !

— Deixe eu explicar melhor... Esse é seu pai de sangue.

— SANGUE ? - grito.

— Aquela pessoa que te criou não é... Ou melhor, não era seu pai.

— Como quer que eu acredite nisso ? E porque diabos você teria um documento com uma foto do meu pai de sangue ?

— Leia o documento.

Olho para o documento em minhas mãos.

" Nome : Kuryo Sawada

Idade : 28

Tipo sanguíneo : O negativo

Caso : falecimento

Relatório : Antes de morrer , pediu pra que reutilizassemos o seu corpo. Mas com uma excessão. Poderíamos utilizar todo o seu corpo, exceto seu órgão de reprodução, que deve ser utilizado em sua mulher ainda viva, Misako de 24 anos. Também pediu que ela fosse mantida no laboratório até o nascimento do bebê."

Quando paro de ler, me viro para o doutor, que já está procurando outro documento.

— Encontrei. - ele me entrega o outro documento.

" Nome : Misako Nanase

Idade : 24

Caso : Procedimento de fertilização

Relatório : Conforme o pedido de Kuryo, foi realizado o procedimento de extração de espermatozóides e também realizado a fertilização da paciente. Infelizmente, a paciente Misako Nanase não suportou as dores do parto e faleceu em seguida. O bebê, é saudável e será levado por uma família anônima. Como pedido da mãe, batizei o bebê de Kuryo Mizani."

Olho para Naki, que estava na frente da porta. O doutor não estava mais na sala.

— Onde está o doutor ? - digo, me recusando à acreditar em tal história.

— Ele saiu, disse que era melhor você ficar um pouco sozinha, mas não acho que precise.

— Você sabia disso ? -digo para Naki.

— Não. Mas Uta conheceu seus pais, então deve saber da história.

— Hum... - sento em uma cadeira a frente da mesa coberta de papéis. - Ele poderia ter me dito.

— Acho que não quis te dizer, com medo de como você poderia reagir.

— Hum, talvez... - estou um pouco hesitante sobre essa história. - Mas... Porque ele me mostrou esses documentos? E aliás, como Kuryo Sawada morreu ?

— Ele foi morto pelos agentes da CCG. Pelos pombos.

— Mas, eles não podem matar pessoas, certo ? Somente ghouls, não é?

Naki dá um pequeno sorriso.

— Não podem não. E sim, eles só podem matar ghouls.

— Então. .. - Naki passa o indicador em meus lábios, e aproxima o rosto pouco a pouco do meu.

— Ele era um ghoul. - diz ele. - Seu pai foi uma das pessoas mais gentis que já havia visto. Sua mãe também, mas não quanto ele.

— Por isso, ela também. ..

— É. Uta já deve ter te dito como é o nascimento de um meio ghoul, não? Pra falar a verdade, eles quase desistiram de ter você, sabia ? Você só está viva, bem. Tudo isso, foi por causa do seu pai.

— Isso é muita coisa pra minha cabeça. Mas... Espera ! Se o meu pai era um ghoul... Então. ..

— Você já é um ghoul, boba. Só te trouxe aqui, pra que soubesse a verdade.

— Mas... Eu consigo comer comida humana !

— E daí? O que eu tenho a ver com isso ?

— Ghouls não conseguem comer comida humana, só carne, certo ?

— Seu estômago deve ter se acostumado, ou algo assim. Afinal, você foi criada por humanos, né? Desde nascida comeu comida humana. Mas me diga... Quanto tempo você suporta comer carne ? - diz Naki, um pouco frustrado.

— Não sei, Uta prepara carne todos os dias, praticamente.

— Hum... Seria bom investir nisso.

— Hein ?

— Tente passar alguns dias sem comer carne, depois, me diga o que aconteceu. Não me entenda mal, isso é pra ajudar na pesquisa do doutor.

— Não sei se isso é o certo.

— Não a estou obrigando, se não quiser fazer isso, tudo bem.

— Senhor... - chega um dos guardas de Naki na frente da porta.

— Diga.

— Teremos que ir.

— Ah, vamos Kuryo.

— Okay.

Entramos no carro, e Naki me deixou um pouco perto de casa. Fui caminhando até lá. Abri a porta, e vi Uta deitado no sofá. Estava com grandes olheiras debaixo dos olhos, com uma bochecha vermelha com marca de dedos e parecia cansado.

— Cheguei ! - digo, disfarçadamente.
— Aonde você estava... - ele disse, com uma voz longínqua.

— Fui para a casa de ... - ele me interrompe.

— Quero saber aonde você ESTAVA, não onde você diz estar. - nunca dava certo mentir pra ele.

— Naki.

— O que tem ele ? - ele diz, um tanto desinteressado.

— Ele me convidou para ir pra uma... - sou interrompida.

— Velha fábrica ?

— Como sabe... - odeio quando ele faz isso.

— Hum, você é teimosa. Não sei como deixo você ir a escola sozinha. Então, o que houve por lá?

— Eu conheci um doutor.

— Como ele era ? - ele pareceu curioso, e um pouco perturbado.

— Usava óculos e tinha um rabo de cavalo. - ele senta no sofá, e leva as mãos à cabeça. Deve estar com dor de cabeça.

— O que houve de interessante lá? - ele diz.

— Bom, ele me mostrou alguns documentos, que poderiam ser dos meus pais de sangue. E agora, eu sei que sou um meio ghoul. - Digo ironicamente. Ao ouvir isso, ele levanta bruscamente.

— Você não acreditou nisso, não é? - ele diz.

— Não sei o que pensar...

— Ah, bem, se não se incomodar, irei pro meu quarto.

— Okay.

Ele pareceu muito perturbado com aquilo que eu disse. Será que ele fugiu do que eu poderia perguntar futuramente?


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Notas finais do capítulo

Eu sei o quanto demorei, eu sinto muuuuiiito por isso. Mas aqui está. Escreverei outro capítulo, e espero públicar ainda esta semana, e também que seja mais longo que este. Espero que tenham gostado. Até o próximo ! Me desculpem também pelos erros, mas é horrível escrever no celular, e eu só escrevo pelo notebook. Essa é também uma das razões do capitulo ser tão pequeno.



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