- É incrivel como o destino funciona não é? Desde que eu descubri a traição de Perséfone, eu estava com muita vontade de fazer isso com você e, como um presente do destino, eu encontro você. É claro, foi bem desagradável quando eu vi que você estava com ela, mas pensando bem não foi tão ruim assim. Você me deixou com mais ódio o que vai fazer com que a minha vingança seja mais doce e divertida.

O louco varrido do Hades terminou de me amarrar em uma mesa de pedra e sorriu malignamente para mim. Isso me assustou um pouco, mas continuei sério. Eu não fazia idéia do que ele estava falando, o que me deixava mais frustado. Ele pegou os meus braço, e puxou para acima da minha cabeça e prendeu em algum lugar. Eu tentei olhar para ver o que era, mas a tira de couro na minha testa estava prendendo a minha cabeça à pedra e isso não deixava a minha cabeça virar.

Logo depois o Hades inclinou a mesa de pedra, que agora eu sei que não é uma mesa por que mesas não inclinam, e isso fez com que eu desse de cara com ele segurando a Perséfone amordaçada. Os olhos de Hades e os da Perséfone estavam vermelhos por causa da raiva que sentiam. Ela se debatia violentamente para tentar se livrar dele. Ele riu da sua tentativa inutil.

- HAHAHA!  Você acha mesmo que vai conseguir se livrar? Perséfone... você pode ser uma deusa poderosa, mas não tanto quanto eu.

Dito isso Hades tirou a mordaça de Perséfone.

- Seu maldito! Solta ele!

- Ao invés de pedir a sua liberdade você pede a dele? Como ousa!

Hades deu um tapa em Perséfone e eu tive vontade de degolá-lo. Ele percebeu a minha revolta e riu.

- Você está incomodado com isso? Imagina quando eu começar a brincar de verdade com ela.

- Ela é a sua mulher! Deixe-a ir!

- Não antes de dar uma lição à ela.

Hades a arrastou até uma placa de metal e amarrou seus pulsos e tornozelos com tiras de couro que as deixavam imóvel. Como uma coisa inutil como essas tiras conseguiam nos prender?  Eu perdi o meu racícinio quando vi que Hades estava começando a retirar algumas peças de roupa da Perséfone. O que esse doente está fazendo? Perséfone cuspiu em seus rosto e ele deu um soco em sua boca arrancando um filete de sangue. Eu podia jurar que ela não podia se machucar. Eu tentei me libertar das minhas amarras mas eu me sentia muito fraco e acabei não sendo bem sucedido. Hades a amordaçou e rasgou todas as pessas de roupa de Perséfone. Perséfone soltava alguns gemidos em protesto mas isso só aumentava ainda mais o sorriso de Hades. Ele se afastou um pouco para a olhar maliciosamente. Eu tentei desviar o olhar mas a tira que prendia a minha cabeça não permitia. Então eu fechei os olhos.

- É melhor você abrir os olhos se não eu vou arrancar as sua pálpebras. Eu não quero que  você perca isso por nada.

Eu não o obedeci e logo eu senti algo sento pressionado em meu olho. As minhas palpebras foram forçadas a se abrir quando Hades as puchou para cima com as suas unhas que mais pareciam garras. Eu o vi prender alguma coisa na minha cabeça e a apertar insuportavelmente. Eu tentei piscar e não consegui, percebi então que algo estava forçando as minhas pálpebras a ficarem abertas.

- Se você tivesse me obedecido você não teria que usar isso. Agradeça por eu não ter feito o que eu havia dito.

- Filho da mãe!

Eu sei o que ele havia colocado. Eu vi uma vez um cientista nazista usar isso quando ele ia fazer uma de suas experiencias malucas. Ele geralmente usava isso para que o olho da pessoa continuasse aberto enquanto ele introduzia tinta no olho da pessoa com uma siringa numa tentativa ridicula de fazer mudar de cor. Claro, isso não funcionava. Olhei de novo para Perséfone e vi que agora ela tinha a cabeça prendida como a minha e havia faixas de couro largas em cima de seus seios e quadril a segurando no lugar. Pelo menos agora eu podia olhar para ela sem tanto constrangimento.

- Você deveria ter aproveitado enquanto teve a chance. Você nunca mais verá esse corpo lindo...

Hades passava a faca que estava em sua mão pelo corpo de Perséfone que o olhava com  nojo.

-... nu novamente.

- Por que está fazendo isso?

- Por que assim fica mais fácil para eu fazer o que eu pretneod fazer. E quero que você veja tudo de camarote e saiba que a maior parte disso é culpa sua.

- Eu nem ao menos sei...

- Não se preocupe. Eu vou ajudá-lo a lembrar. Pense nisso como um ato de misericoridia. Afinal, é melhor morrer sabendo o por que vai morrer do que sem ter noção alguma, não é verdade?

Hades se aproximou de mim e colocou a sua mão em cima da minha cabeça. Imagens começaram a surgir em minha mente. As minhas lembranças perdidas estavam agora recuperadas. Eu olhei para Perséfone e eu tive vontade de chorar. As lembranças que eu compartilhava com ela eram as mais felizes. Ela é tudo para mim, o amor da minha vida, e agora ela estava diante de mim, prestes a ser torturada, e eu não podia fazer nada. Eu estava ficando cada vez mais sem forças.

- Bem, vejo que você se lembrou. Ótimo. Então, vamos começar a nossa brincadeira?

Hades estendeu o seu braço esquerdo e sua mão ficou rodeada por fogo. Na sua mão direita estava a faca. Ele a estendeu sob o fogo e deixou a faca esquentando ali. O que esse doente vai fazer?

- O que você...

- Calma, espere que você vai ver.

Hades ficou com a faca ali por mais alguns minutos, enquanto isso eu e Perséfone tentavamos nos livras das amarras mas era inutil. Meus olhos estavam ardendo de tão seco que estavamm. Eu precisava piscar urgentemente para mantê-los umidos, mas a porcaria que estava em meu olho não deixava. Engraçado, como sendo um vapiro isso não deveria me incomodar. O que esse viado fez comigo? Hades apagou o fogo que estava em sua mão esquerda. A lâmina da faca estava vermelha de tão quente. Ele sorriu malignamente para mim. Eu prendi a minha respiração com medo do que viria a seguir. Ele não veio na minha direção como eu pensei que ele faria. Ele foi na direção da Perséfone.

- Não! Vem aqui, você quer me matar e não ela. Deixa ela em paz!

- Cala a boca! Eu não vou matá-la. Só vou garantir que ela nunca mais me traia com outro ser isignificante que nem você.

- Não, você vai acabar matando ela seu filho da puta! Perséfone, querida, olha pra mim. Seja firme querida. Resista meu amor, por favor!

Perséfone me olhava com determinação agora. Ela apenas deu uma leve acenada com a cabeça por estara fortemente presa e não poder falar já que estava amordaçada. Ela fechou os punhos e começou a respirar rápido como se estivesse tomando coragem. Aquele maldito! Eu vou sair daqui! Ah se vou! E quando eu sair eu vou querer vingança!

Hades se aproximou lentamente dela e tocou seu corpo com luxúria.

- Filho da mãe!

- Hora essa Mekah, com ciumes? Pois saiba que isso aqui sempre foi e sempre será meu! Você a chama de querida, meu amor... há! Se você realmente a amasse não a colocaria nessa situação. Pois isso é por sua causa Mekah! Se não tivesse tocado no que é meu isso não estaria acontecendo. A Perséfone não é tão culpada quanto você. Ela é impulsiva e gosta de me desafiar, por isso eu entendo a sua atitude. E é por isso que eu não vou matá-la. Agora você, por outro lado, fez por que queria roubar o que é meu! E ninguém, jamais, toca ou rouba o que é MEU!

Os olhos de Hades estavam vermelhos de raiva. Ele realmente acha que ela é um abjeto que ele pode ter posse? Fala sério!

- Você não é o dono dela!

- E claro que sou! Se não fosse, eu não poderia fazer isso.

Hades passava a mão pelo corpo de Perséfone que fexou o olho em uma demonstração clara de nojo.

- Seu doente!

- Esse corpo é meu e sempre vai pertencer só a mim. Ele é perfeito de mais para ser dividio. Tem que ser exclusivo, se não a sua beleza fica comum e gasta. E como eu vi primeiro, eu tenho o direito de ficar com essa perfeição.

- Ok, agora eu tenho certeza que você é louco e a vê como objeto. Na verdade, eu acho que a única coisa que você sente por ela é luxuria. Amor não deve nem ter passado pela sua cabeça em nenhum segundo que você esteve com ela.

- É...pode ser.

- Ah! Seu cretino!

- Silêncio. Essa conversa já está me entediando.

Hades estendeu a sua mão para mim e eu fui me sentindo cada vez mais fraco. Até que eu não consegui-se mais falar.

- Então, aonde estávamos querida? Ah, sim!

Hades sorriu para ela e beijou a mordaça aonde estava a boca de Perséfone. Então ele começou. Perséfone dava gemidos altos a medida que ele ia passando a faca aquecida pelo seu corpo. Eu quiz gritar e xingar ele, mas eu não tinha forças. Não demorou muito e lágrimas começarama descer pelo rosto de Perséfone. As marcas em seu corpo eram horríveis. Cortes profundos e manchados por causa da queimadura que a lâmina fazia. Ele ficou fazendo isso durante longos minutos, até que todo o corpo de Perséfone estivesse marcado. Eu me amaldiçoei por não poder ao menos chorar. Presenciei toda a tortura, não perdi um segundo. Foi a pior coisa que já me aconteceu em toda a minha maldita vida. Ele só parou quando Perséfone desfaleceu.

- Ficou bem feio, não é mesmo Mekah? Essas marcas são realmente horríveis. Mas não se preocupe, elas vão desaparecer, afinal, ela é uma deusa. Só não vão sair tão rapidamente como as de um corte normal. É por isso que eu aqueci a lâmina, para garantir que essas marcas durassem o máximo possível.

É claro, ele nunca estragaria o corpo de Perséfone permanentemente. Afinal, corpo dela, aparentemente, era o seu “brinquedo” favorido. Argh! Só de pensar nisso me da repulsa. Hades terminou de limpar a faca em um lenço negro e se virou para mim.

- Bem, Mekah, agora é a sua vez. Eu só não consegui decidir entre te queimar vivo aos poucos e te desmembrar lentamente. Ambos parecem ser tão bons... hummm... já sei! Por que não os dois, não é verdade? Assim vai ser bem mais divertido e interessante.

Hades caminhou em minha direção e soltou uma risada sombria. Fala sério! Ainda tenho que aquentar isso? Pois ele que venha! Eu ainda não sei como, mas eu vou conseguri sair daqui e salvar a minha pele e a da Perséfone. Seja o que “Zeus” quiser.