Nove passos de um contrato... Nove passos pro amor escrita por Dri


Capítulo 17
Borrões


Notas iniciais do capítulo

oieeee.... voltei meu povooo...
tenho que agradecer a todos que comentaram e a linda e maravilhosa Lorena alves por ter recomendado a fic.
Mil desculpas pela demora...



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Sinto minhas pálpebras pesadas. Ainda consigo escutar o som do baque. Continuo no escuro, não sei há quanto tempo. Talvez alguns segundos. Mas aos poucos sinto um corpo em algo macio. O banco do carro? Não. Não tem mais cheiro de sangue nem de gasolina. O cheiro, seja lá onde eu estive,r é de morfina. Meu subconsciente pede para voltar à inércia de antes, mas as vozes que não consigo entender me chamam a atenção e a necessidade de abrir os olhos é maior.

No inicio é apenas um borrão totalmente branco, sem forma. Mas aos poucos o nevoeiro deixa minha visão e percebo que estou olhando para um teto. Tento respirar, mas sinto uma forte dor. Percebo que quem estava no lugar de teto branco percebeu que eu acordei e vem rapidamente em minha direção. Viro um pouco a cabeça e vejo que é meu pai. Está abatido e cansado e sei que provavelmente a culpa é minha.

 – Kat. Meu anjo. Você acordou.

Abro minha boca pra falar mas minha voz simplesmente não sai. Puxo uma boa quantidade de oxigênio mas logo em seguida me arrependo a dor ficou bem mais forte.

 – Não tente falar filha. Vou chamar o médico.

Não faço esforço para responder.

Meu pai vai até a porta e chama o doutor. Um homem alto de cabelos grisalhos entra pela porta e sorri ao me ver.

 – Mas vejam só quem acordou. Senhorita Everdeen que bom vela acordada. Isso representa uma melhora gigantesca no seu quadro. Consegue falar?

Meu ai responde por mim.

 – Ela tentou, mas fez uma careta de dor.

 – Isso é completamente normal. As costelas de Katniss foram fraturadas. Já foi um milagre não ter nenhuma lesão na coluna vertebral. Porém acho que por conta e todas as demais fraturas, nas pernas, braços e costelas terá que fazer fisioterapia. Mas, antes de mais nada tenho que te perguntar algumas coisas Katniss. Você terá apenas que balançar a cabeça levemente se sim ou não ou se doer muito dar uma piscada pra sim e duas pra não. Ok ?

Balanço a cabeça uma vez bem levemente, a dor é fraca.

 – Ótimo.

Ele se senta em uma cadeira próxima a mim.

 – Você se lembra quem você é?

Faço que sim com a cabeça.

 – Lembra dos seus familiares?

Respondo a mesma coisa.

 – Se lembra do que aconteceu antes do acidente?

Penso. Sim, infelizmente me lembro. Mas algumas coisas parecem um borrão. Algumas coisas não estão nítidas por mais que eu me recorde do que aconteceu. Parece um sonho sem formas definidas.

 Não respondo.

O médico me olha esperando a resposta.

— Acho que posso mudar a pergunta. Você se lembra que sofreu um acidente?

Faço que sim com a cabeça.

 – Ok. Bom Katniss, sua memória ta boa. Depois trabalharemos naquela pergunta. Mas você não perdeu a memória e isso é muito bom. Porém você pode se assustar com algumas coisas. Vou te explicar direitinho o que aconteceu tudo bem?

“Você sofreu um acidente de carro. seu carro bateu em um caminhão de médio porte. O impacto foi muito forte e você apagou na hora. O que pensamos que foi sua salvação. O corpo humano tende a apagar como uma forma de proteção no seu caso foi o coma. Quando chegamos seus batimentos e respiração estavam mínimos. Mas conseguimos reverter seu quadro. Você ficou dez meses desacordada. Nesse tempo muita coisa aconteceu então aos poucos seus pais vão contando tudo que precisa saber”

Dez meses. Santo Deus. Minha faculdade, meus planos. Imagina como papai e mamãe não ficaram. Mamãe. Mamãe já deve ter ganhado bebe. Ai meu Deus eu já tenho um irmãozinho ou irmãzinha.

Começo a entrar em desespero e sinto que vou apagar.

 – Calma Katniss, ta tudo bem. Você não pode entrar em desespero.

Cala a boca!!!! Eu tenho esse direito.

O medico me olha e depois de um tempo fala pro meu pai para saírem e me darem espaço.

As horas se passam e ninguém mais entra pela porta daquele quarto, tentei falar e alguma coisa saiu. Não sinto mais tanta dor mas minha voz desapareceu. Uma enfermeira aparece quando começa a escurecer pela janela e me ajuda no banho. Depois ela coloca novamente a agulha no meu braço e me médica, diz que vou dormir um pouco e amanha quando acordasse uma médica viria me ver.

Agradeço com um aceno e ela se vai e logo caio no sono.

A primeira coisa que ouço quando acordo é uma risada infantil. Tenho vontade de sorrir só de ouvir essa risada. Abro meus olhos me acostumando a luz do lugar e procuro pela risada. Vejo papai sentado na poltrona perto a porta brincando com uma bebe. Ela é linda, a pessoinha mais linda que já vi. Sorrio.

 – Pai.

Minha voz é só um sussurro e ele não ouve mas por incrível que pareça a bebe olho para mim. Ela deve ter uns cinco meses de vida. Meu pai percebendo o olhar da bebe em minha direção olha para mim e sorri ao ver que estou acordada.

Ele se levanta aconchegando a bebe em seus braços e vem em minha direção.

 – Filha que bom que acordou.

Sorrio para ele mas meu olhar logo se desvia para a menininha em seu colo que me olha. Ela é loirinha dos olhos azuis. Como mamãe. Porém seus olhos são mais azuis. Ela é linda.

 – Kat. Essa é Prim sua irmã. Prim essa é Kat.

A menininha olha pro meu pai e sorri quando ele termina e se joga em minha direção. Meu pai ri e eu apenas sorrio já que a dor não permite mais que isso.

Meu pai coloca ela sentada em meu colo de modo que ela não fique em cima dos meus ferimentos. Levanto um dos braços e acaricio sua bochecha. Ela sorri e tenta engatinhar mais para cima porém meu pai pega ela com medo que me machuque. Mas eu não me importaria.

— Ela é linda.

Sussurro e meu pai sorri em concordância.

— Prim nasceu prematura. Já tem quase seis meses. Ela vem comigo te ver desde sempre. Então ela já te conhece muito bem.

Sorrio e ele olha para Prim que brinca com a gola da blusa dele.

As semanas se passam e vejo Prim e papai todos os dias. Tela por perto é mais que incrível. Agora já posso pegá-la no colo. E ando pelo hospital com uma enfermeira perto.

O estranho é que nessas  quatro semanas o hospital mamãe não veio me ver nenhuma vez. Papai diz que ela está mal. Pegou uma gripe muito forte e está de cama. O que é estranho. Mas entendo.

O tempo passa rápido e quando vejo já estou em frente a minha casa.

Sei que serei feliz novamente. E ELE nunca mais me atingira ou fará parte da minha vida.


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Notas finais do capítulo

então... o que acharam?
comentem por favorrrr....
ainda não sei quando posto o próximo capítulo.
mas pretendo não demorar....
beijocassss...
amo vcs...



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