Go To Sleep - Livro 1 escrita por Julyanne


Capítulo 4
☏ 4º Capítulo - Anne! ☏


Notas iniciais do capítulo

Capítulo grande, espero ver muitos favoritos e comentários!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646713/chapter/4

Silêncio... era isso que reinava no meu humilde quarto. Depois da ligação eu não consegui pregar os olhos, o que tinha acontecido na noite passada era impossível. Algo completamente sobrenatural, algo completamente assustador. Não mais assustador que a misteriosa caixa, antes de Ellie ir embora eu coloquei a caixa com o maior cuidado em cima de uma das minhas "prateleiras esquecidas". Que eu nomeei alegremente, para colocar as coisas que eu não queria mais, mas tinha pena de jogar no lixo. Como aquele velho brinquedo que você tem e não joga ele do lixo por ter lembranças felizes com ele.

Bom... tecnicamente as minhas "prateleiras esquecidas" era um lugar feliz, onde tinha alguns brinquedos meus e até alguns box de DVD's de algumas series, como Supernatural ou Friends. Mais aquele lugar ficou frio e sombrio quando coloquei a caixa lá. Então Ellie apenas olhou para mim, depois para a caixa e por último para o Xbox . Antes de ir embora, ela colocou o capuz do seu moletom e arrumou suas galochas e sussurrou: Te vejo amanhã na escola Noah!

E simplesmente saiu, depois disso eu apenas me joguei na minha cama e fiquei pensando na merda que eu tinha feito. Eu tinha jogado merda no ventilador! Muita merda!

Alguns raios de sol já aparecia pelo o céu frio e nublado de Nova York. Eu não sentia sono, a única coisa que eu sentia era cansaço, meus músculos doíam e imploravam por um banho quente. Minha cabeça doía e minha barriga pedia uma xícara bem quente de chocolate quente.

Chocolate quente... chocolate... Anne!

Mais uma vez eu gemo e enterro minha cabeça no meu travesseiro. Eu tinha enganado Anne ontem no telefone e eu tinha certeza que ela não deixaria isso sair barato. Anne me conhecia da unha do pé até o último fio de cabelo, ela sabia quando eu estava mentindo ou nervoso.

Eu conhecia Anne deste de quando eu tinha dez anos, foi quando ela se mudou em frente a minha antiga casa no Brooklyn. Ela era uma garotinha muito pequena e bizarra, me lembro perfeitamente de quando ela saiu do carro. Ela usava um tutu de balé rosa, umas calças coloridas e umas botas pretas brilhantes, usava um moletom roxa com um dragão brilhante com estampa e um gorro de panda nos cabelos lisos e cacheados. Minha mão como uma ótima visita, nos obrigou a ir desejar boas vindas pros novos vizinhos. Quando eu fui cumprimentar ela, ela me recebeu com bom grado e feliz. Ela tinha -e ainda tem- um sotaque esquisito, depois fui perceber que ela era brasileira e tinha se mudado coma mãe e a irmã para Nova York depois de uma ótima oferta de emprego. A mãe de Anne -Diana- era uma estilista muito famosa no seu país, agora era trabalhava desenhando e costurando roupas e vestidos para algumas das pessoas mais importantes do país.

Foi aos meus quatorze anos, meu pai achou uma casa em Manhattan. Foi uma drama enorme no dia em que eu me mudei, Anne não largava do meu pé. Mesmo a nossa casa ser um pouco longe, minha escola ainda se localizava no Brooklyn. Na escola a gente não desgrudava, e foi assim que conhecemos o Jeff e viramos uma dupla de três inseparável.

Meu despertador toca, me avisando que era hora de ir pra escola e ser o perdedor de sempre. Mais algo que me dizia que aquele não seria mais um dia normal no paraíso. Eu teria que enfrentar a fera que só tinha uma cabeça e o meu coração. Anne Oliveira!

– Cara você deve ter feito a maior merda da sua vida -Jeff me dizia enquanto comia um hambúrguer do dobro do seu tamanho. Anne não apareceu hoje na escola, eu sabia muito bem onde ela estava e se eu não fosse falar com ela. Eu seria um garoto morto antes mesmo do jogo acabar.

– Eu sei cara! Eu joguei merda no ventilador -Eu disse ignorando a minha bandeja cheia de comida e olhar de Ellie me queimando.

– O que você fez para deixar a Anne tão furiosa?

– Quem é Anne? -Ellie pela a primeira vez se manifestou no almoço. Ela estava sentando conosco depois da confusão que ela arrumou.

– Anne é a nossa melhor amiga e a futura namorada do Noah, ela é brasileira e por isso tem um temperamento difícil, ela odeia mentiras e que faça ela de boba. Tem um metro e cinquenta e cinco, joga beisebol e torce para os Knicks, ela tem alergia a amendoim e devo admitir... ela é muito bonita -Jeff tinha um sorriso travesso enquanto comia. E Ellie tinha um olhar perdido. -Ou seja, o que é o que o Noah tenha feito ontem a noite... ele irritou ela... tipo, eu só tinha visto ela daquele jeito quando os Knicks perderam o campeonato.

– Nossa Jeff, você está ajudando muito. Muito obrigado! -Digo sarcástico e ele sorri mostrando algumas partes do hambúrguer presos nos dentes.

– De nada amigão!

O sinal toca mostrando o fim do intervalo, Ellie não tinha comida nada além de uma garrafinha com alguma substância desconhecida. Ela se levanta mostrando uma saia curta e umas meias brancas que ia até o joelho. Um suéter da cor de sangue que se destacava na sua pele pálida e o seu cabelo. ela logo sai e suspiro olhando para o Jeff.

– Me cobre na aula de Física! -Pego o meu casaco e visto, Jeff olha para mi com uma cara de interrogativa.

– Onde vai?

– Como você disse... vou atrás da minha futura namorada -Saiu do refeitório e sigo pelo o corredor movimentado, vou até o banheiro e me escondo em uma das cabines. Arrumo a minha franja e espero o segundo sinal tocar para finalmente sair.

Depois de uns dez minutos o sinal toca e saiu da cabine e abro a porta verificando se tem alguém no lado de fora. Acho que a sorte finalmente está ao meu lado, o corredor estava vazio!

Sorrio ara mim mesmo e saiu correndo passando pelo o porteiro que estava interdito em uma revista da Playboy , passo por ele tranquilamente e saiu da escola verificando a minha carteira e sigo para o metrô.

Anne estava simplesmente incrível. Ela estava como sempre, um short curto e como ela mesmo dizia "eu não irei de usar minhas roupas super fodas por causa de um frio qualquer", uma blusa dos Knicks, uma bota preta e um rabo de cavalo alto segurando o seu cabelo castanho com as pontas em uma mistura de roxo e azul. Ela rebatia as bolas que a maquina mandava, com raiva perfeitamente. Ela sempre foi uma boa rebatedora. Eu bato palmas quando a maquina para e ela volta seu olhar para mim, ela revira os olhos e se aproxima de mim girando o bastão na mão.

– Você sempre me impressiona Anne -Digo e ela revira os olhos.

– Para de me bajular idiota, sai daqui seu traídor antes que eu enfie esse bastão em um lugar inapropriado e você fica por duas semanas na cama! -Ela diz agarrando firmemente o bastão e me ameçando.


– Para disso Anne, vamos conversar como seres humanos normais. Eu pago uma xicara de chocolate quente pra você com mashmallow. -Digo e ela abaixa o bastão e sorri para mim mostrando as ruguinhas nos cantos dos olhos.

– Com muito mashmallow? -Ela pergunta inocentemente e assinto sorrindo.

– Muito!

Ela então pula a grande e pega a minha mão me arrastando para fora do clube onde ela treinava. Eu e Anne já tínhamos nosso futuro planejado, iriamos fazer universidade juntos em Harvard. Ela queria fazer Física Quântica, para poder explodir geral. E eu queria fazer administração. Quando dou por mim já estávamos fora do clube caminhávamos para um cafeteira do outro lado que tornou nossa segunda casa. A gente chamava de "casa dos cocho".

Quando entramos o acolhedor cheiro de bolo e café. Eu sabia que Anne sorria de um jeito serelepe, e eu adorava isso nela. A nossa mesa era uma perto da janela e dava a vista para a ponte do Brooklyn. Nos sentamos e ela logo olha pra mim e sorri.

– Estou escutando pequeno gafanhoto -Ela diz e suspiro derrotado. Eu não podia contar a ela sobre o jogo, eu poderia colocar a vida dela em perigo.

– Tinha sim uma garota no meu quarto ontem -Logo sinto o meu braço direito queimar e solto um chiado e olho incrédulo para Anne. Ele tinha me dado um tapa!

– Seu idiota! Isso eu sei, você acha que o Jeff ia me ligar no meio do jogo dele ara falar besteira? Quero saber por quê você desligou o telefone daquele jeito! -Ela cruza os braços de um jeito emburrado.

Logo Mrs. Edna aparece, era uma senhora atenciosa e graciosa. Sempre gentil conosco e amigável, ela era a única que fazia nossos pedidos, e eu podia dizer com orgulho que era os melhores que eu já comi e bebi.

– Olá Mrs. Edna, bom Anne está emburrada comigo... a senhora poderia fazer o de sempre, mais o dela a senhora poderia coloca mais um pouco de mashmallow? -Digo sorrindo e ela concorda. Seu cabelo já branco preso em uma velha presilha.

– Tudo bem menina Oliveira? -A senhora pergunta preocupada, então Anne olha para ela e sorri amigavelmente.

– Tudo sim Edna, é só o Noah fazendo suas idiotices novamente -Ela diz olhando feio para mim.

Logo escuto uma risada e juntos olhamos para a senhora que tinha um belo sorriso nos lábios e os seus olhos azuis e cansados estavam com um brilho.

– Meus filhos é sempre muito bem ver vocês -Ela beija as nossas testas.

– Igualmente Mrs. Edna! -Dizemos em uníssono e ela sorri.

– Já trago os seus pedidos crianças! -Edna sai e logo me viro para Anne, que voltou a sua posse antiga, os braços cruzados e a sobrancelha arqueada.

– Anne me desculpa... só não me sentia a vontade de contar para você. Você é muito especial para mim, seria esquisito eu falar que eu tinha outra garota comigo as meia-noite -Digo suspirando, ela sorri e balança a cabeça.

– Você é muito... idiota! -Ela ri e começo a rir com ela. A gente sempre era assim, unidos de uma forma muito esquisita. Eu queria contar a minha melhor amiga e a garota pela a qual estou apaixonado, que eu estava em uma grande encrenca, e que eu podia morrer a qualquer momento. -Noah... você está bem?

– Sim... estou -Sorrio e vejo ela engolir em seco.

– Seus olhos perderam o brilho e ficaram mais... azuis, mais um azul quase branco. Como se estivesse hipnotizado -Ela diz olhando dentro dos meus olhos e eu para os seus. A cor dos seus olhos era algo familiar para mim, eu não sabia o que mais me lembrava algo... melhor alguém. Olho atentamente para os seus lábios em forma de coração que estava com uma coloração roxa -Noah... -Ela sussurra arrastado e eu me assusto um pouco. Era muito familiar...

– Aqui está crianças! -O som das xicaras e os pratos com torta batendo na mesa chama a nossa atenção. Desconectando os nossos olhos e sorrio agradecidos para Edna.

– Obrigado Edna -Ela sorri cansada e sai. Volto meu olhar para Anne que comia alegremente a torta e tomava seu chocolate.

– Dá próxima vez inventa uma mentira melhor -Ela diz divertida e franzo a testa.

– Anne... o que foi aquilo? -Pergunto e ela olha para mim. Seus olhos ainda era muito familiar. Ela olha para trás pela a janela olhando a rua, depois a lanchonete e volta pra mim confusa.

– O que Noah?

– O que... tinha acontecido... não adianta mentir. Você mente mal Anne! -Digo serio e ela muda a feição, passou de confusa para... assustada?

– Noah... não sei do que está falando. Eu só disse que você era idiota... mais nada -Ela diz e coloca i garfo na prato e olho para a minha torta intacta confuso.

O que estava acontecendo?

– Atrapalho? -Escuto uma voz muito familiar e olho para cima vendo a garota ruiva.

– Ellie? O que faz aqui? -Pergunto e a ruiva não tirava os olhos de Ellie, que encarava a menina com ousadia. Já Ellie olhava para Anne um pouco... assustada e com nojo?

– Eu vim com o Jeff -Ela aponta para o balcão onde Jeff falava alegremente com Edna e pedia um pedaço de torta enorme. -Anne? -Ellie diz e volto meu olhar para Anne que assentia.

– E você deve ser a Ellie -Anne diz com ironia e come mais um pouco de torta ignorando a ruiva.

Ellie agora usava com casaco... pera era uma casaco muito familiar, era meu casaco. Dos Knicks que Anne tinha dado como presente de aniversario, ela estava na parte mais funda do meu armário. Como ela conseguiu?

– O que é isso?! Como conseguiu isso?! -Anne pergunta largando furiosamente o garfo em cima da mesa e aponta para o casaco.

– É do Noah, ela me emprestou pois estava muito frio -Ellie diz com uma tranquilidade. O que era mentira, a menina nunca sentia frio.

Logo uma movimentação soa e olho para trás vendo Jeff correr até nós. Ele tinha um enorme pedaço de torta nas mãos e ele logo para quando vê tensão no ar.

– Hey Anne... tudo bem? -Ele se senta ao lado da Anne que não tirava os olhos de Ellie, que agora estava sentada ao meu lado.

– Não! Não está Jeff! Olha só aquilo, essa ruiva oxigenada está usando o casado dos Knicks que eu dei para o Noah! -Anne exclama furiosa e eu começo a brincar a minha torta.

– Puta merda! É mesmo... bom parece mesmo que foi o Noah que deu ara ela, porque estava no armário dela -Jeff diz e olho para ele furioso. Como assim estava no armário dela?!

Logo Anne pega o garfo e volta a comer e tomar o seu chocolate. E assim seguiu, Ellie pediu apenas um café com leite e Jeff um enorme copo de chocolate quente com muito mashmallow. Logo quando o silêncio estava constrangedor o bastante. Ellie quebrou o gelo.

– Como está Anne? -Ellie pergunto e Anne enfia o garfo com tudo na torta do Jeff e come um pedaço.

– Bem... eu estava bem. -Ela diz e Ellie sorri de uma forma muito estranha.

– Bom ontem Noah me contou muita coisa sobre você. E ele estava certo, você é bonita e amigável -Ela diz e olho surpreso para ela.

– Obrigada -Anne sorri fraco e eu sorrio um pouco feliz.

– Também diz como sua vida é uma desgraça. Sinceramente eu sinto pena de você. Um pai bêbado, que agora está morto. Que Deus o tenha! Também falou sobre a sua irmã estar em Oxford, e como sua mãe foi corna. E a melhor parte, ele riu muito dizendo isso. A forma de como você é completamente apaixonada por ele, mais ele não liga muito. Sabe por que? Ele sempre te achou estranha. deste o primeiro momento em que ele te viu naqueles tutus de bailarina. -Ela termina de falar e o que eu escuto é apenas um fungar e o garfo caindo no prato.

Jeff me olhava com fúria, e Anne chorando. Eu nunca tinha visto ela chorar... aquilo era muito estranho, eu nunca tinha contado isso pra ninguém. Os únicos que sabia era eu e Jeff... agora Ellie. Não era possível. Em um piscar de olhos, Anne saiu correndo da lanchonete e umas notas estava jogada na mesa e Jeff corria atrás dela.

O que estava acontecendo?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Go To Sleep - Livro 1" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.