Sob minha pele escrita por Bruna


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Olá!
Capítulo novo para quem estiver acompanhando! :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646617/chapter/15

Mel.

Como se um filme se passasse em minha cabeça. É sempre assim. Sempre quando perdemos alguém importante é como se um filme de todos os momentos felizes que você viveu com essa pessoa se passassem em sua mente. Foi assim com a minha mãe. Eu me lembro de não entender o que estava acontecendo, na época eu era muito criança, não entendia direito, não conhecia a morte de perto. Foi difícil para eu entender, e aceitar que eu não a veria de novo, que ela tinha ido para nunca mais voltar. Meus avós me confortaram do melhor jeito possível. Mesmo sofrendo eu ainda tinha os dois comigo. Quando minha avó se foi eu entendia melhor, eu sofri junto com ela, junto com meu avô, vi o quanto ele ficou abalado por perder o amor da sua vida, sua companheira de anos. Nós confortamos um ao outro. Eu não quero perder meu avô. Eu não vou ter ninguém para me confortar. Eu vou estar sozinha.

Eu estou sendo egoísta?

Talvez sim. Mas eu não posso evitar, é mais forte que eu. Não é pecado nenhum querer alguém para dividir a carga.

Eu estou tão envolvida em meus pensamentos que eu quase me esqueci de que Julia está aqui ao meu lado. Julia está calada. Eu também estou. Meus pensamentos estão a mil. Eu sei que ninguém vive para sempre, mas mesmo sabendo disso, nós nunca estamos preparados para perder ninguém. É sempre muito doloroso.

Estaciono o carro em frente ao restaurante.

— Você está mais calma? - A voz de Julia invade meus pensamentos.

Me viro para ela.

— Eu estou ótima, de verdade. – Forço um sorriso para ela. – Não se preocupe comigo. A Ruth serviu para eu descarregar as energias! - Digo piscando tentando desfazer a atmosfera pesada que está em meu encalço desde que sai do consultório do doutor Carlos.

Ela sorri para mim.

Não é que eu não considere Julia ou Ana como da minha família. Elas são, e sempre vão ser, mas elas têm sua própria família. Ana tem duas irmãs, ela tem sobrinhos, Julia tem primos. Eu tenho o meu avô e mais ninguém. Eu não conheço meu pai, meus avós só tiveram uma filha – minha mãe. E minha mãe teve apenas eu.

— Que bom que chegaram – Diz Ana vindo até nós assim que entramos no restaurante. Ela seca as mãos no avental. – Seu avô já chegou. Ele está lá atrás com o Fernando. – Diz Ana num fôlego só. Ela avalia meu rosto. – Pela sua cara já vejo que sua conversa com o Carlos não foi nada boa.

Julia solta um risinho.

— Se você soubesse. – Ela diz colocando a mão na boca. Como se não devesse dizer nada.

— Aconteceu alguma coisa? – Ana pergunta com as mãos na cintura.

Tenho que revirar os olhos para isso. Eu conheço bem o lugar onde eu nasci. O povo daqui parece não ter mais nada de interessante para fazer na vida além de falar da vida alheia. Meu nome já deve estar na boca de todo mundo a essa altura.

— A Mel pegou a Ruth de jeito, e deu uns belos de uns tapas nela. – Diz Julia rindo como se isso a tivesse deixado muito feliz. - Foi tão legal tia! A Mel realmente fez ela calar a boca!

Não posso reprimir o orgulho que sinto do que fiz.

Aquela vadia mereceu!

Ana arregala os olhos em minha direção.

— Por que você fez isso? – Ela pergunta de cara feia.

— Ela me provocou. E eu não estou num dia bom. – Digo me defendendo.

— Isso não é motivo Mel, vocês duas já não são mais crianças para continuar com essa briga. – Ela me repreende. - Eu não posso deixar mais vocês sairem sozinhas? É isso? Que vocês fazem bagunça?

Eu não mereço ser repreendida desse jeito! Eu não sai de casa a procura de confusão. Ela que começou!

— Ela chamou minha mãe de vagabunda. – Digo com nada além de ódio em minha voz. - O que você queria que eu fizesse carinho nela?

Seu rosto está com uma expressão furiosa.

— Mas quem aquela garota pensa que é? – Ela diz irritada. – Eu vou ligar para a mãe dela, e ela vai me ouvir.

— Deixa isso para lá. – Eu digo querendo colocar uma pedra em cima desse assunto. – Como você mesma disse nós não somos mais crianças. Eu resolvo meus problemas sozinha. – Minha voz pinga frieza.

No momento em que essas palavras saem da minha boca, eu me arrependo de tê-las pronunciado. Eu tenho vontade de me bater por estar descontando minha frustração em cima da Ana.

— Eu sinto muito. – Digo arrependida e envergonhada.

Ela se aproxima de mim com um sorriso reconfortante no rosto, suas mãos acariciam minhas bochechas.

Esse gesto de carinho me envergonha ainda mais!

— Meu anjo – ela diz numa voz carinhosa que faz meu coração se apertar. – tudo bem.

Sorrio para ela. Sinto meus olhos se encherem de lágrimas.

— Ele vai ter que recomeçar o tratamento. – Digo baixinho. – Ele não sabe que eu fui ao consultório, então é melhor esperar que ele mesmo me fale. Não quero que ele pense que eu estou o vigiando.

Tenho certeza de que ele virá conversar comigo!

É melhor eu esperar. Não quero que ele se sinta mal.

Vejo tristeza nos olhos de Ana.

— Tudo bem, nós vamos disfarçar bem. Não se preocupe. - Diz Ana com firmeza.

Sorrio para ela.

— Mel – alguém me chama da porta. É meu avô. Ele vem sorrindo até mim, minha vontade é de correr até ele, e me atirar em seus braços e não soltar nunca mais. – Onde você esteve?

Engulo em seco tentando engolir os sentimentos que ameaçam me dominar.

— Eu fui até a cidade – digo tentando soar normal – eu e Julia precisávamos de algumas coisas.

— Devia ter me avisado. – Ele me repreende, mas logo sorri para mim.

Quando eu era criança meu avô nunca ficava bravo comigo. Ele podia me dar uma bronca, porém cinco minutos depois ele já estava me abraçando e me dizendo o quanto eu era especial para ele.

— E o senhor onde esteve? – Pergunto sem querer demonstrar nada.

Vejo um traço de desconforto passar por seus olhos.

— Depois nós conversamos sobre isso. – Ele diz abanando as mãos. – Mas você está se sentindo bem? – Ele parece preocupado. – Você parece meio pálida.

Seus olhos castanhos me avaliam. Meu avô era um homem muito bonito em sua juventude, porque mesmo agora aos seus setenta e seis anos ele ainda arrasa os corações das senhoras viúvas da igreja. Ele em traços bonitos, e uma juventude nos olhos que chega a afetar qualquer um.

Inclino meu rosto em sua mão.

— Acho que a gripe quer me pegar. Estou com dor de cabeça. – Faço uma careta.

Isso não é de tudo mentira. Acho que depois de todos os acontecimentos eu estou começando a sentir o preço. Tanto físico, quanto emocional.

E é angustiante!

— Então eu acho melhor você ir se deitar um pouco. Descansar. – Ele diz carinhoso. - Vai te fazer bem! Você sabe que quando você está desse jeito e não se cuida você acaba ficando pior!

Ele me conhece bem!

— Não posso - começo a dizer. - Não posso deixar as meninas na mão... - mas Ana me corta.

— Pode sim. – Ele me empurra em direção as escadas. – Tome um banho, e esfrie a cabeça.

Olho agradecida para ela. Agradecida por ela cuidar tão bem de mim.

— Obrigada. – Digo baixinho. – Pode deixar que eu compenso a noite.

Ela sorri.

Vou para o meu quarto arrastada. Parece que as revelações do dia estão cobrando seu preço e com juros. Sinto um vazio no peito. Uma sensação ruim se enrola em meu coração. Talvez um banho alivie essa sensação ruim.

Embaixo da água eu deixo que ela leve minhas tristezas para longe, que lave tudo de ruim que está emaranhado em meu peito. Deixo que as lágrimas escorram. Permito-me sofrer por alguns minutos enquanto me sento no chão de azulejo do banheiro.

[...]

Sinto mãos acariciando meus cabelos, é uma sensação boa. Boa demais. Sinto vontade de ronronar como um gato. Me mexo espreguiçando-me. Ouço um riso baixinho. Conheço esse riso.

John.

Abro meus olhos e ele está sentado ao meu lado na cama, na penumbra. Parece um anjo. Ele sorri para mim e de repente eu sei o que estava fazendo eu me sentir vazia. Fazendo eu me sentir mais triste do que eu deveria. Fazendo eu me sentir carente. Eu estava sentindo falta dele. Como se nossa noite passada não tivesse sido o suficiente.

Eu nunca vou ter o suficiente de você John.

— Desculpa amor – ele diz baixinho – não queria te acordar.

Sorrio para ele. Agarro sua mão e levo até meus lábios. Seus olhos brilham.

— Não tem problema, já dormi demais por hoje. – Digo enquanto reprimo um bocejo.

Percebo que eu estava deitada em posição fetal. Isso deve ter me deixado mais vulnerável a seus olhos. Sento-me e lhe dou um dos meus sorrisos apaixonados que reservo apenas para ele. Ele me dá um de seus sorrisos sem jeito que puxam as cordas do meu coração. Inclina-se e deposita um selinho molhado em meus lábios, que me deixa com gosto de quero mais.

— Eu cheguei louco para te ver porque por incrível que pareça ontem a noite não foi o suficiente para mim – seu rosto está colado ao meu. E é como se eu estivesse ouvindo meus próprios pensamentos saírem de sua boca. – e ai eu dei com a cara na parede porque você não estava lá embaixo. – Ele diz num sussurro. – Eu não te vi hoje de manhã também. – Ele olha diretamente em meus olhos. Sinto ansiedade irradiar dele. Não entendo o motivo. Franzo minha sobrancelha confusa. – Você se arrependeu? – ele engole em seco. – Do que aconteceu ontem?

Ele está inseguro?

Bom, isso é novidade para mim!

Aliás, tudo que aconteceu ontem foi novidade para mim, mas eu não mudaria nada, nem um minuto. 

— Me arrepender? – Pergunto boquiaberta. – Da melhor noite da minha vida?

Seus olhos avaliam o meu rosto como se ele estivesse à procura de um sinal de que eu estava mentindo.

— Eu achei – seus olhos vão para baixo para nossas mãos entrelaçadas. – Eu não parei de pensar nisso o dia inteiro. Eu acordei de manhã na expectativa de te ver, e você não estava. Eu achei que eu tinha ferrado tudo. Me perdoa se eu forcei alguma coisa, é que eu não resisto a você. Alguma coisa em você me puxa, me deixa louco, fora do meu juízo. – Ele diz como se fossem coisas demais para administrar. Eu me sinto assim às vezes.

— John, você não forçou nada. – Olho para ele com nada além de amor e admiração – eu voltei sabendo muito bem o que ia acontecer, e eu queria, como você mesmo disse tem alguma coisa em você me puxando, você me deixa louca. Para de ser bobo. – Digo achando graça de sua insegurança. Eu achava que eu era a insegura aqui. - A noite passada foi a coisa mais linda que já aconteceu comigo! - Digo sorrindo sem jeito.

Seus olhos brilham em minha direção com afeto, carinho, amor, felicidade...

— Graças a deus – ele murmura enquanto me puxa para o seu colo. Aconchego-me em seus braços. - Foi a noite mais especial de toda a minha vida. - Ele diz encantado.

A lua está brilhando alta lá no céu. E eu nunca a vi tão linda. Talvez seja o momento, talvez seja o sentimento lindo que está tomando conta de mim agora que me faça enxergar tudo com mais beleza.

Sinto o cheiro dos seus cabelos. Embriago-me com seu cheiro. Ele aperta minha cintura com força. E eu ficaria o resto da minha vida em seus braços sem reclamar.

— Eu tive que encher a paciência do seu avô para ele me deixar vir te ver. – Ele confessa.

— Como assim? – Pergunto rindo.

Entendimento me invade. Ele está no meu quarto. Claro que meu avô não iria permitir uma coisa dessas.

— Eu cheguei e achei estranho não te ver. Fui perguntar para ele onde você estava – John acaricia minha maçã do rosto – ele disse que você não estava se sentindo bem. Fiquei preocupado. – Ele encosta seus lábios aos meus. Eu amo que ele se preocupe comigo. – Perguntei o que você tinha e ele disse que não sabia muito bem. Então eu voltei para a minha mesa onde eu estava com Mark, mas eu tinha a necessidade de te ver já que você não estava se sentindo bem. – Ele ri. E é um som maravilhoso que puxa as cordas do meu coração de um jeito que apenas ele consegue. – Eu acho que eu não fiquei sentando naquela cadeira por nem cinco minutos. Eu tive que implorar para ele me deixar subir. Eu fiquei um bom tempo no pé dele, até que finalmente ele se cansou e me mandou subir.

Meu avô é bem capaz disso mesmo.

— Não acredito que ele deu permissão. – Confesso rindo. – Meu avô é meio conservador.

Ele ri enquanto suas mãos vão para os meus cabelos e ele me beija apaixonadamente.

— Mas agora me diz – Ele me analisa – o que você tem? – Ele está preocupado comigo. Com meu bem estar e isso faz eu me sentir amada de um jeito que eu nunca havia sentido antes.

Qual o problema de querer se sentir amada pelo homem que você ama?

— E o que foi isso no seu braço? - Continua ele analisando o pequeno curativo em meu cotovelo.

Ah não! Eu não quero falar disso para ele!

— Nada. Eu estava com dor de cabeça. – Digo não querendo alarma-lo. – Ando meio preocupada com meu avô. - E isso não foi nada. Não se preocupe. Nem está doendo.

Ele franze o cenho.

— Mas agora me diz. Porque você está preocupada com seu avô? – Ele pergunta confuso. – Mas ele parece tão forte, saudável. – ele diz.

As coisas nem sempre são o que parece.

Ouça batidas na porta, e eu apenas tenho tempo de pular para fora do colo de John antes que meu avô abrisse a porta.

Suas sobrancelhas estão franzidas e ele tenta passar a imagem de durão, porém eu sei que isso não passa de atuação.

— Eu acho que seus cinco minutos acabaram rapaz – ele diz para John. E eu tenho que conter o riso.

John se levanta e eu me levanto junto.

— Está melhor princesa? - Ele pergunta com seus olhos afetuosos para mim.

Abraço a cintura de John.

— Estou vovô não se preocupe. – Não quero preocupa-lo com minhas bobices. John beija o topo da minha cabeça. – Na verdade, já estávamos descendo.

Seus olhos passeiam de mim para John, e nesse momento eu tenho a confirmação de que ele realmente gosta dele. Ele jamais teria permitido que ele subisse até o meu quarto caso ele não tivesse confiança.

— Estou esperando vocês dois. – Ele diz. O bigode dá um ar rústico e durão para ele. Mas, ele não passa de um coração mole.

John olha para mim com os olhos arregalados. Sorrio e fico na ponta dos pés para beija-lo.

— UAU! – ele diz passando as mãos no cabelo. Ele parece perdido, e confuso com a cena. O que é muito engraçado e divertido.

— UAU mesmo. – repito suas palavras.

— Essa foi uma situação nova para mim. – Seus olhos brilham de diversão.

Não entendo o que ele quis dizer.

Situação nova?

Ah claro! Deve ser isso.

As mulheres com quem ele se relacionou deviam ser maduras, deviam viver sozinhas, deviam ser donas do seu próprio nariz. Elas não deviam explicação alguma a ninguém. Isso meio que me deixa com ciúme. Na verdade, isso me enche de ciúmes.

— Ei – seu indicador levanta meu rosto obrigando-me a encara-lo. – Tudo bem? Você ficou estranha de repente.

Nossa, ele é tão alto.

— Você alguma vez já namorou alguma garota da minha idade? – Pergunto como quem não quer nada.

Ele parece cauteloso como se estivesse andando em um terreno perigoso.

— Por que essa pergunta agora? – Ele hesita.

— Só curiosidade. – Digo dando de ombros. - Sei lá. Você é um pouco mais velho que eu, e você disse que é uma situação nova.

Ele parece pensar se me responde ou não.

— Não. Da sua idade não. – Ele admiti meio sem jeito. - Mesmo com a diferença de idade Mel, você é uma mulher que me surpreende e me encanta cada dia mais.

— Por que não? – Pergunto querendo me concentrar nesta parte de sua resposta. – E nós nem temos tanta diferença de idade. São apenas seis anos.

Ele sorri para mim.

— Eu sei, mas é que garotas da sua idade sempre foram amigas da minha irmã mais nova ...

— E no mundo dos adultos as mulheres são mais velhas é claro – continuo para ele. Odeio que minha voz tenha soado magoada.

Seus olhos se arregalam.

— Não foi isso o que eu quis dizer. - Ele diz cautelosamente como se não quisesse me irritar. – Como nós entramos nesse assunto? – Ele pergunta, sua voz soa nervosa.

Odeio me sentir assim. É óbvio que ele teve uma vida antes de chegar aqui. Antes de me conhecer. É óbvio que ele já esteve com outras mulheres – o pensamento quase me faz gritar de tão doloroso. Ao contrário de mim ele sabia muito bem o que fazer na noite passada, ele sabia muito bem onde me tocar, onde me beijar. Ele tem experiência, eu que sou a bobona aqui, a inexperiente.

Porém, de alguma forma, nisso o que estamos vivendo, ele também é inexperiente. Ele parece nunca ter sentido uma paixão tão forte antes. E eu me sinto orgulhosa de estar despertando isso nele. 

— Eu amo você. – Ele sussurra para mim. Ele parece enxergar dentro de mim. Ele parece enxergar tudo o que me angustia. Seus olhos me passam tanto conforto, me passam tanta certeza do que seus lábios pronunciam que eu me sinto até uma completa idiota.

— Eu sinto muito – digo o abraçando forte. – Eu sou uma idiota às vezes. 

— Você não é uma idiota. – Ele diz. - Eu amo você demais. – Sua voz ao pronunciar essas palavras soam com tanta intensidade que chegam a me arrepiar.

— E eu amo você John, mais que tudo. - Não tiro meus olhos de sua imensidão verde.

Eu o amo, e não sei mais ficar sem ele. Ficar sem ouvir ele dizer que sou sua e de mais ninguém. Ele me encanta, e me deixa mais apaixonada a cada dia. Ele se enraíza cada vez mais. Ele já virou meu mundo de cabeça para baixo, e nada mais vai voltar ao normal depois dele.

— Mais que tudo. – Ele repete enquanto afunda o rosto em meus cabelos.

E com essas palavras eu sei que depois de mim nada em sua vida vai voltar ao normal também. 

Eu também virei seu mundo de cabeça para baixo. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comentem!