Sob minha pele escrita por Bruna


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Eu acho que é meio louco eu ficar ansiosa para postar logo o capítulo só pelo fato de eu gostar de relê-lo aqui!
kkkkk



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Mel.

Ele saiu há algum tempo. E já estou com saudades! Isso não é estranho? É estranho demais. Se já estou sentindo sua falta sendo que vou vê-lo de novo mais tarde, imagina quando ele for embora. Quando ele voltar para Nova Iorque. O que eu vou fazer?

Não quero pensar nisso agora. Não quero estragar tudo. Quero curtir o momento. Sim, é isso o que eu tenho que fazer. Pensar no presente. É isso o que combinamos. Combinamos que iriamos aproveitar.

Não quero ser paranoica!

– O quê aconteceu com o Pluto? – Pergunta Julia de repente, fazendo-me lembrar de que eu não estou sozinha na cozinha.

Ela está ao meu lado preparando um dos pratos para o almoço, enquanto eu corto alguns legumes.

Pluto. Pensando bem tem muito tempo que eu não o vejo.

Eu e Julia o encontramos perdido na cidade a uns dois anos. Ele estava sujo, com fome, e com medo. Ele era uma fofura. Não resistimos. Tive que implorar ao meu avô para ele permitir que eu ficasse com ele. Ele foi um pouco difícil de convencer no inicio. Não porque ele não gosta de cachorros. Pelo contrário, ele adora, porém eu sou alérgica, mas nada que um anti-alérgico não resolvesse. No final, ele se encantou pelo filhotinho dos pelos brancos como neve.

– Agora que você disse que eu percebi. Tem muito tempo que eu não o vejo por aqui. – Digo franzindo o cenho.

Mesmo depois de nos termos o acolhido ele nunca deixou de dar suas escapadas. Aquele cachorro tem o espirito aventureiro. Pluto tem mania de sumir de vez em quando. Ele passa tempos e tempos fora, mas quando sente saudade, sempre volta.

– Às vezes eu tenho inveja desse cachorro. – Diz Julia fazendo um muxoxo. – Ele viaja mais que eu!

Estou rindo descontroladamente. E ela me segue rindo também.

Faz sentido!

– Ele é um mochileiro. Fazer o que. - Digo dando de ombros. - A vida dele é badalada. – Digo ainda rindo. – E mudando de assunto. Obrigada por ter arrumado tudo por aqui essa manhã.

– Não há de quê! – Diz Julia. – Minha tia quando bebe ronca demais. Não consegui dormir. Eu precisava de alguma coisa para fazer, ou eu iria enlouquecer. – Ela revira os olhos fazendo drama.

– Eu também não consegui dormir a noite toda. – Um sorriso se forma em meus lábios.

Eu não consegui dormir porque eu não conseguia parar de pensar no quanto tudo foi perfeito. No quanto eu me senti bem sendo abraçada por ele, beijada por ele...

Tê-lo tão pertinho de mim...

– HÁ! – Ela joga as mãos para o alto. – Mas seu motivo é muito melhor que o meu! - Ela diz segurando o riso. - Vamos combinar. John ou minha tia roncando. - Ela diz fazendo uma balança com as mãos. - Acho que o americano bonitão ganha em disparada.

Não posso negar. Muito melhor.

– Você não me disse se ele beija bem! – Ela diz curiosa. - Vamos. Pare de ser assim. Você deveria me agradecer. Minha tia quis sair do quarto umas dez vezes e eu a impedi. Graças a festinha particular de vocês dois. - Ela faz cara de orgulhosa. - Eu sei, eu sei. Eu sou demais!

– Nesse caso - Digo a reverenciando - muito obrigada Ju! - Ela ri a bate palminhas. - E quanto ao beijo, eu não tenho como comparar tenho? – Pergunto a fitando de esguelha. - Pelo menos, não com muita experiencia.

Eu não dei muitos beijos em minha vida. Meu primeiro beijo foi com Mateo. Depois dele acho que beijei mais uns dois garotos. Tinha o Luís da padaria. Ele era muito bonito, e tinha também o Bernardo, primo do Mateo. Lembro que Mateo não ficou nada feliz. Mas foi só um beijinho inocente. Não tem muitas opções aqui. E quanto aos beijos, eu lembro de terem sido bom. Mas não tem nem comparação com o beijo de ontem à noite e o de hoje de manhã. John deve realmente saber o que estava fazendo.

Sinto meu rosto esquentar.

– Você já esteve com um homem? – pergunta Julia deixando seu serviço de lado para bisbilhotar minha vida. O pior é que eu nem posso repreende-la, porque eu em seu lugar faria o mesmo. E nós somos como irmãs.

Nosso lema é: Sem segredos!

Não uma com a outra!

Engulo em seco.

Eu poderia mentir. Ela não tem como descobrir. Mas mentir para quê. Não há nada de vergonhoso em ser virgem aos dezenove anos. Eu apenas não conheci a pessoa certa!

– Não. - Digo baixinho. Por que me sinto tão sem jeito? - Nunca estive.

Creio que não sou a única, porém acho que estou enganada. Olhando para Julia ela parece surpresa. Se ela está surpresa com isso significa que...

– UAU! Jura? – É ela realmente parece chocada. O que deixa minhas antenas a postos. E super bem ligadas.

– Por quê? - Questiono. - Você já?

Nesse momento paro de cortar os legumes e me viro para ela. Ela tem minha tenção total.

Não sei de quê cor ela está. Acho que está pálida. Como se eu estivesse tocando em um assunto que ela não quer me contar.

– Então. Vai guardar segredos de mim agora? – Ela pode sentir a magoa em minha voz. Eu nunca escondo nada dela. Ela é minha melhor amiga, quase como uma irmã para mim.

– Há um tempo, eu sai com um garoto e aconteceu. – Ela diz dando de ombros meio sem jeito.

Minha boca está caída no chão. Não acredito!

Como assim?

A um tempo?

E porque diabos eu só estou sabendo disso agora?

Eu e Julia crescemos juntas assistindo a filmes românticos, e ansiando pelo dia em que finalmente iria ser a nossa vez.

– Há quanto tempo? – Pergunto ainda surpresa.

Ela esta pensando se me responde ou não. Posso ouvir as engrenagens em sua cabeça.

– Há uns cinco meses. – Ela diz suspirando desistindo de me esconder.

Nossa!

Faz tempo!

– E você só me fala isso agora. Pô Julia, muito obrigada. – Digo com as mãos na cintura.

Estou realmente chateada por ela não ter me dito nada. Qual é! Não é imaturidade. Amigas tem dessas coisas. E isso é um tipo de coisa importante na vida de uma garota.

– Sinto muito Mel. Acho que eu fiquei com vergonha. Eu ia te contar, mas eu estava tomando coragem primeiro. - Parece arrependida, ou constrangida, não sei. - Eu ia tocar no assunto. Na verdade, eu não sei quantas vezes eu já cheguei a quase falar, mas na hora as palavras simplesmente não saiam.

– Tudo bem, vamos fingir que eu acredito. – Digo. Chego perto dela com um sorriso no rosto. – Mas, você vai me dizer quem é não é?

Eu posso estar chateada por ela de um certo modo ter escondido isso de mim, mas isso não diminui nem um pouco minha curiosidade em saber quem é.

Ela olha em meus olhos. Suas bochechas coram. Seus olhos vão ao chão. Meus olhos não saem dela. Julia não resiste a uma pressão.

– Mateo. – Ela diz baixinho mordendo o lábio.

Acho que minha boca foi ao chão outra vez!

Eu não acredito!

Como assim?

Ele nunca demonstrou gostar dela.

Bem, não desse jeito.

– Mateo? – pergunto boquiaberta. – Como foi isso?

– Foi depois da festa de São Valentim na praça. Você veio embora cedo com seu avô, e eu fiquei. Ele me trouxe. E acabou acontecendo. – Ela diz encarando os legumes à sua frente.

UAU!

– Ele falou com você depois? – Pergunto. – Vocês não quiseram namorar, sei lá.

Que coisa mais estranha. Se alguma coisa desse tipo aconteceu, deve ser porque já havia alguma coisa antes. Sei lá, tipo uma troca de olhares, um beijo.

Agora seus olhos estão fitando o chão.

– Ele me disse que não deveria ter acontecido. – Sinto dor em sua voz. – Que ele não estava pensando direito. – Ela parece não ligar, mas eu a conheço muito bem. E isso com toda a certeza deve ter a feito sofrer.

– Idiota. – Xingo.

– Ele tem razão Mel. Nós dois não estávamos pensando direito. E todos sabem que ele gosta de você. – Diz ela tentando arrumar uma desculpa para a babaquice de Mateo. Isso para mim seria imperdoável.

– Isso não se faz Julia. Você não fica com uma pessoa e depois diz que foi um erro. Que tipo de pessoa faz isso? Se aconteceu foi porque os dois quiseram. Ele é um idiota! – Digo indignada com as palavras que ele usou para se desculpar. Primeiro porque ele nem deveria ter arrumado uma desculpa, e em segundo porque mesmo depois disso Julia continuava o defendendo.

Ele não é tão santinho assim afinal.

– Não ligue para isso Mel. – Ela parece triste. E isso parte o meu coração. – Eu já me esqueci.

Ela acha mesmo que vou acreditar nisso? A primeira vez é um momento único, mágico, e muito importante na vida de uma garota. Por isso algumas sonham com 'o cara perfeito', que nem sempre existe. Mas mesmo que esse cara não exista, deve ser horrível se entregar a uma pessoa pela primeira vez e ele dizer que foi um erro!

– Pelo jeito ele não é tão bonzinho afinal, não é. – Digo irritada.

Não acredito que ele foi capaz de usa-la desse jeito. Logo a Julia!

Caramba! Nós crescemos juntos! Como irmãos. Ele não deveria ter magoado o sentimentos dela desse jeito. Isso com toda a certeza é uma parte do caráter dele que eu não conhecia.

– Quem é um idiota? – Pergunta meu avô da porta.

Paralisamos.

Droga!

Tomara que ele não tenha ouvido.

– Ninguém vovô! Coisas de meninas. – Digo depressa tentando despistá-lo.

– Sei. Só passei para ver se vocês já tinham colocado fogo na cozinha, mas pelo jeito está tudo bem. – Ele diz enquanto examina o lugar.

– Nossa, muito obrigada. – Diz Julia se fingindo de ofendida.

Estou rindo.

Olhando para o meu avô percebo que ele está meio pálido.

– Vovô, está tudo bem? – Pergunto preocupada.

Ele parece meio cansado.

– Sim, está sim. – Não sinto confiança em sua voz. – Eu vou para o meu escritório. Qualquer coisa me chame.

Nós duas concordamos coma a cabeça.

Ele sai a passos lentos, cansados, quase como se estivesse fazendo um esforço enorme para andar.

– Ele não está me parecendo bem. – Digo para a Julia.

Sinto um aperto familiar em meu peito. O mesmo que eu senti naquele dia, no dia em que eu quase o perdi.

– Eu também o achei meio estranho.

– Eu vou até lá para ver se está tudo bem.

Desde o infarto há alguns anos atrás meu avô tem dias bons, e dias ruins. Ele já é um homem de idade, teimoso, mas de idade. Se eu não fico em seu pé ele não vai ao médico. Não faz os exames. Eu tenho sempre que estar de olho. Morro de medo de que aconteça alguma coisa com ele.

Bato na porta do escritório.

– Pode entrar. - Sua voz soa exausta.

Entro e encosto-me à porta. Fico o encarando e ele me encara de volta.

– Você está sentindo alguma coisa? – Pergunto sem rodeios. Mesmo sabendo que ele não irá me responder com sinceridade.

– Não Mel. Eu já disse que estou bem.- Ele diz como se estivesse cansado de me responder a mesma coisa.

– Você tomou seus remédios? – Ele faz que sim. – Aquele rosa do coração?

Meu avô toma três remédios por dia. Eles são importantes. Ele não deve esquecer nenhum.

– Eu tomei tudo o que eu devia tomar. – Ele diz enquanto massageia a têmpora.

– Por que eu acho que você está sentindo dor? – Inclino minha cabeça para o lado.

Me incomoda vê-lo desse jeito e não poder ajudar!

Ele encosta-se à cadeira.

– Por que você não bate bem da cabeça. – Ele está tentando fazer graça.

– Pode ser por isso. Você sabe que eu não bato bem mesmo. – Vou em sua direção, puxo uma cadeira e sento em frente a ele. – Mas talvez seja porque você está com a mão no peito como se quisesse impedir que seu coração pule para fora.

Seus olhos se arregalam.

– Não minta para mim. Você sabe que eu me preocupo com você. – Digo. Meus olhos já se enchem de lágrima. Ele segura minhas mãos por sobre a mesa.

Ele respira fundo.

– Eu estou com um incomodo, mas eu já liguei para o Carlos, e ele disse que eu devia tomar aquele remédio para emergências. – Ele diz suspirando.

Meu peito se aperta.

– Você já tomou? – pergunto com voz de choro.

– Já sim. – Ele continua afagando minhas mãos. – Eu não vou partir agora Mel. – Ele diz e minhas lágrimas já caem soltas pelo meu rosto. – Eu tenho que cuidar de você.

Levanto-me e vou até ele e o abraço.

– Tenho tanto medo Vovô! – Digo aos prantos.

Não me imagino sem ele. Não há um momento só em minha vida que ele não estava presente. Não vejo um futuro sem ele. Eu quero ele do meu lado para sempre.

– Não tenha! Somos nós dois lembra? – Ele está enxugando minhas lagrimas. – Somos um time. Você é minha família, e eu sou a sua.

Assinto.

– Eu te amo muito.

– Também te amo minha pequena.

Depois de lutar e praticamente obrigar meu avô a ir deitar. Descansar um pouco que fosse. Ele finalmente cedeu. Depois de deixa-lo no quarto voltei para ajudar Julia. Ela percebeu meus olhos vermelhos. Ela sabe que eu chorei, mas não pergunta nada. Ela sabe que meu avô é meu ponto fraco. Por ele eu sou capaz de tudo.

[...]

O movimento está bom. Por enquanto estamos dando conta de tudo.

Estou saindo da cozinha com alguns pedidos quando avisto John em uma das mesas. Ele está sozinho.

Ele sorri para mim. E apenas de vê-lo já sinto um alivio no peito.

Depois de entregar o pedido vou até sua mesa. Feliz, porém surpresa. Ele nunca vem para almoçar. Seu sorriso se desfaz quando chego mais perto.

– O quê aconteceu? – Ele pergunta. Suas sobrancelhas estão tão franzidas que parecem apenas uma. Nesse momento ele já está em pé enquanto acaricia meu rosto. Parece não se importar com os olhares lançados a nós. Também não me importo.

– Nada. – Digo num fio de voz.

– Você andou chorando. – Ele diz enquanto me abraça – Você está muito ocupada aqui?

– Não. - Digo baixinho. Tão baixo que apenas ele ouve.

– Então vamos lá fora.

John sai me puxando pela mão. Quando chegamos a um lugar mais afastado ele se senta em um dos bancos de madeira pintados de branco do lado de fora do restaurante, e me puxa para perto. Ele está acariciando meus cabelos. Meu rosto está apoiado em seu peito. Nunca me senti tão segura.

Ele é a fortaleza que eu preciso agora!

De repente me dou conta de que eu nunca tive isso. Alguém para correr quando as coisas estão difíceis. Isso só faz seu abraço ser mais bem-vindo ainda.

O sol brilha forte lá em cima.

E eu me sinto segura de um jeito que eu nunca havia sentido antes...

– Quer me dizer o que aconteceu? – Ele pergunta hesitante.

Ele respira suavemente. Isso é música para os meus ouvidos. Eu consigo ouvir o ritmo das batidas do seu coração. E isso me acalma.

– Meu avô não está muito bem hoje. Eu fico preocupada. – Digo enquanto brinco com o botão de sua camisa.

– Ele tem algum problema sério? – Sua voz está calma. Me sinto calma. Ele passa calma para mim. Ele me conforta.

O sinto inspirar o cheiro dos meus cabelos.

– Ele teve um infarto há alguns anos. Ele já tem uma certa idade. Isso meio que prejudicou mais. – Explico para ele.

Não gosto de lembrar daquele dia. O quanto foi doloroso. Senti muito medo de ficar sozinha.

Como por reflexo John me aperta mais em seus braços.

– Entendo. - Diz simplesmente. - Ele tem você para cuidar dele. – Ele está beijando meus cabelos. Fecho os olhos.

– Você já perdeu alguém importante? - Pergunto baixinho.

Ele suspira.

– Não.

– Eu já. Mais vezes do que eu gostaria. - Digo triste.

Ele está me abraçando. Ficamos assim por um bom tempo. De vez em quando ele me rouba um beijo. Eu roubo outro dele. Outras vezes isso que existe entre nós é mais forte e eu me agarro a ele como se ele fosse um bote salva vidas. Estamos nos beijando há tanto tempo que eu nem sei como ainda não sentimos a falta do ar. Acho que eu poderia fazer isso por horas.

– Você veio para almoçar e eu estou te atrapalhando. – Sorrio com meus lábios colados aos seus. - Te atrapalhando com as minhas bobagens. - Digo sem jeito passando meus dedos por seus lábios.

Ele sorri. Seu rosto está bem colado ao meu.

– Pode me atrapalhar assim sempre que quiser. – Ele diz enquanto se inclina para me beijar outra vez. Seus lábios estão vermelhos e inchados. Isso me da uma certa ideia de como devem estar o estado dos meus. E como eu sou muito pálida com certeza vai ficar na cara para todo mundo o que eu estava fazendo. - E nada que venha de você é uma bobagem. Eu estou aqui para o que você precisar.

Quando isso se tornou tão forte? Estando em seus braços como agora eu me esqueço de tudo. Como se não houvesse problemas. Só nós dois. Meu coração se enche de felicidade só por estar aqui, bem pertinho dele. Às vezes sinto que meu coração quer sair de dentro de mim para agarra-lo ele mesmo.

Eu estou tão apaixonada por você John.

– Acho melhor você comer alguma coisa. – Digo dando beijinhos em seu rosto. Seu sorriso me deixa de pernas bambas. Ainda bem que estou sentada.

– Não tem problema. – Ele diz tirando o cabelo do meu rosto. Ele me olha com admiração. – Você é tão linda! Não consigo parar de olhar. – Sinto-me envergonhada quando ele me olha desse jeito. Me sinto tão exposta.

Sorrio encabulada. Ele está deixando beijos em meus olhos, em minhas bochechas, em meu nariz. Contorço-me em seus braços, e ele me aperta mais forte.

– Você vai arrumar problemas no seu trabalho. – Digo. Mesmo estando muito bom mesmo aqui, não quero que ele tenha problemas por minha causa.

– Não se preocupe. Eu sou o chefe lembra? – Diz com um sorriso pretensioso no rosto.

Eu realmente havia esquecido disso!

– Metido. – Digo de brincadeira.

Ele ri.

– Espero que não se importe, mas eu disse ao Mark que estamos .... – Ele tenta achar a palavra certa.

Decido arriscar.

– Juntos? – digo hesitante com medo de sua reação.

Eu não tive relacionamentos. E eu sei que isso que nós temos não vai ser uma coisa mais séria, pelo fato de ele não viver aqui. Mas seria maravilhoso poder ouvir essa palavra saindo de seus lábios. Me confortaria. Seria uma prova de que isso não é uma coisa qualquer. Que isso que nós temos é especial.

Estamos juntos.

Eu quero estar junto de você John.

Me diga o mesmo.

Ele sorri e aproxima seu rosto do meu.

– Juntos. – Ele sussurra com a voz rouca. Tenho certeza de que ele sabe o quanto isso me deixou feliz. – Achei melhor dizer. Não o quero jogando charme para você. Você é só minha.

– Sua? – Pergunto cautelosa.

Eu sou sua.

Eu quero ser sua como eu nunca quis nada em toda em minha vida.

Eu nunca fui de ninguém antes.

– Minha. – Sua voz está rouca. Ele é possessivo.

Meu corpo se arrepia.

– Sua. - Murmuro.

Tenho certeza que depois de John eu não vou querer ser de mais ninguém.


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