Os enteados escrita por Evil Queen 42


Capítulo 19
Castigo


Notas iniciais do capítulo

Olha só quem ressurgiu das cinzas hahah. Não, não é ilusão, estou atualizando a fanfic. Surpresos? Pois é, peço desculpas por ter abandonado essa história por quase seis meses... Enfim, não deixarei mais vocês esperando. Voltei e voltei de verdade! Rsrs.
Boa leitura.



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A adolescente não suportava mais o fato de que sua madrasta a tinha na palma das mãos por causa da festa que a tinha deixado ir. Na cabeça de Saya, Sakura podia usar aquilo contra ela a qualquer momento. 

   Seu irmãozinho não escondia o quanto gostava de Sakura, mesmo que deixasse claro que a rosada jamais ficaria no lugar de Karin. 

    Sabia que estaria encrencada se aprontasse mais alguma coisa contra Sakura, mas todo mundo é inocente até que se prove o contrário, não é verdade ? É óbvio que Saya seria a principal suspeita, mas quem iria garantir que o próprio Saito não teria se desviado novamente para o lado negro da força ? 

    Caminhou lentamente, na ponta dos pés, até a geladeira e pegou um vidro de geléia. Aquilo poderia lhe servir para alguma coisa, visto que suas idéias mirabolantes já estavam se esgotando. 

     - Eu dei um jeito de tingir o seu cabelo e você gostou - Sorriu diabolicamente, fechando a geladeira após pegar a geléia de morango - Vamos ver se você gosta disso, Sakura...  

    Entrou lentamente no quarto do casal e sorriu de canto ao ver que estava vazio, então foi até o closet da rosada e passou os olhos pelo local até encontrar os sapatos dela. 

    Perfeito ! 

    Sentou-se no chão e pegou um par de sapatos vermelhos de salto alto, então tratou de passar a geléia dentro do sapato. 

    Não satisfeita em colocar geléia em apenas um par de sapatos, pegou outro par, dessa vez os saltos eram brancos, que Sakura usava bastante para ir trabalhar.  

     Quando foi pegar o terceiro par, Saya foi surpreendida por um pigarreio atrás de si, então olhou por cima do ombro e se assustou ao ver seu pai parado na porta do closet, com a face séria e os braços cruzados em frente ao corpo. 

    Alguém estava encrencada... 

    - O que a senhorita acha que está fazendo ? - Vociferou o Uchiha, nitidamente irritado com sua primogênita. 

    - Nada... - Sorriu sem graça, tentando esconder o vidro do geléia em baixo da blusa - Eu estava procurando um negócio... 

    Sasuke caminhou para perto da filha, abaixou-se para pegar um sapato de sua esposa e o analisou. Colocou o dedo indicador dentro do calçado e o tirou, sujo de geléia. 

    - O que significa isso ? - Arqueou uma sobrancelha, falando num tom sério que assustou sua filha - Saya, por que você fez isso ?

    - Por quê ? - Com raiva, a ruiva se levantou rapidamente, deixando a geléia no chão, ficando de frente para seu progenitor - Porque eu odeio essa pessoa que você escolheu pra ficar no lugar da minha mãe ! 

   - Pra ficar no lugar da sua mãe ? - Sasuke indagou confuso, largando o sapato de Sakura no chão - Você está ficando louca, Saya ?

     - Por causa dela você e a mamãe se separaram ! - Exclamou a menina - Mal se separou da minha mãe e já estava com a Sakura... Até casar com ela você casou. Morou por anos com a minha mãe e nunca casou com ela, mas mal conheceu aquela perua e já estavam casados ! 

    - Sua raiva é porque eu me casei com a Sakura e nunca fui casado no papel com sua mãe ? - A confusão de Sasuke era quase palpável, visto que ele realmente não estava conseguindo compreender a filha - Saya, eu e a Karin moramos juntos por bastante tempo. Não quisemos nos casar logo de cara porque éramos muito novos e nos acomodamos, mas vivíamos como marido e mulher - Explicou - Eu não conhecia a Sakura quando sua mãe e eu nos separamos. Sim, nós dois nos envolvemos muito rápido e eu comecei a namorar com a Sakura pouco tempo após estar separado de Karin, mas ela não foi a culpada pela separação. 

    - Por que isso ? - Saya indagou com tristeza - Por que você esqueceu da minha mãe tão depressa ?

    - Minha relação com a sua mãe começou a desandar quando o Saito nasceu - Explicou - Nós lutamos pra continuar juntos, não por mim ou por ela, mas por você e seu irmão. Acontece que estávamos infelizes juntos, foi quando vimos que não valia a pena insistir em algo que já havia acabado. Conversamos e chegamos à conclusão de que o melhor a fazer era ir cada um pro seu lado - Saya abaixou o olhar. Nunca tinha ouvido essa história na versão de seu pai, que obviamente era a mesma versão de sua mãe, mas Saya acreditava que Karin dizia aquilo para não contar que Sasuke havia se separado dela por causa de outra mulher - Eu não me separei da sua mãe por causa da Sakura. Nós nos separamos porque vimos que não dava mais certo, será que é tão difícil você entender isso ? 

    - Não era a mesma coisa - Suspirou a garota - Você não era com a mamãe como é com a Sakura... Nunca foi ! 

    - Como você pode afirmar com tanta certeza algo de que sequer se recorda ? - Questionou de maneira retórica - Você tinha acabado de completar três anos quando o Saito nasceu, foi na época que meu relacionamento com sua mãe já não estava muito bom. Éramos muito jovens, imaturos, estudávamos e tínhamos dois filhos pequenos - Contou, tentando manter a paciência, visto que Saya já tinha idade o suficiente pra compreender a situação - Nossa, quantas e quantas vezes eu tive que ir pra faculdade com você porque sua mãe tinha que ficar com o Saito recém nascido... Perdi a conta de quantas vezes tive que virar a noite estudando com um de vocês no colo, quantas vezes tive que dar uma pausa nos estudos pra ir fazer mamadeira ou trocar fralda. E com a sua mãe não era diferente. Nós dois penamos na época, não tínhamos tempo um para o outro, só vivíamos pra você e seu irmão. Não há relação que aguente, Saya ! 

– E por que agora é diferente, pai ? - Indagou com tristeza no olhar - Você também tem uma filha com a Sakura, por que a relação de vocês continua boa ? Por que só o seu relacionamento com a mamãe desandou por causa dos filhos ?

– Filha, uma coisa é um casal de adultos, formados, terem um filho - Explicou - Outra coisa é dois adolescentes, estudantes, serem pais. Entende a diferença ? Não éramos mais namorados, éramos apenas pai e mãe. 

A verdade é que nem o próprio Sasuke conseguia explicar por que realmente a relação dele com a Karin acabou. Não foi só a questão do cansaço, da vida corrida ou dos filhos pequenos, também teve a parte sentimental. 

Não existia mais sentimento, não dava mais pra manter aquela relação infeliz, cheia de desentendimentos e discussões. 

– Você não gostava mais dela, essa é a verdade - Saya afirmou com toda a convicção do mundo. 

– Eu já gostei muito da sua mãe, Saya - Sasuke falou mais paciente dessa vez - Mas não era pra ser. Você não tem que ficar questionando isso. Mesmo que nossa relação tenha sido mantida por um tempo exclusivamente por causa de você e do Saito, eu sempre fui fiel a Karin durante todos os anos que ficamos juntos - Saya abaixou o olhar. Nunca engoliu a idéia de ter Sakura como madrasta, mas tinha que admitir, pelo menos para si mesma, que talvez sua cisma com a madrasta a tenha feito imaginar demais - Eu não posso obrigar  você a gostar da Sakura, mas exijo que a respeite - O tom de voz do moreno ficou mais sério - Aprontar o que você já aprontou, por pura implicância, é infantilidade demais. 

– Pai, eu...

– Saya - O homem sequer deixou sua primogênita terminar de falar - Você vai agora mesmo limpar essa bagunça que você fez - A menina apenas abaixou a cabeça e assentiu - Não somente isso, você vai falar com a Sakura e pedir desculpas.

– Mas, pai - A ruiva arregalou os olhos negros - Eu vou limpar tudo e ela nem vai saber que eu tinha aprontado isso... Ela não precisa ficar sabendo.

De fato, Saya, para não levar mais sermões, aceitou limpar a bagunça que tinha feito nos sapatos da madrasta; no entanto, achava que ir pedir desculpas já era humilhação demais.

– Ela vai ficar sabendo porque a senhorita vai contar e vai pedir desculpas - Exigiu o moreno - Não me faça mandar duas vezes, Saya ! 

– Tudo bem, pai - Respondeu a contragosto.

– Mais uma coisa - Sasuke falou e Saya voltou seu olhar para o pai - Me dê seu celular. 

– O quê ? - Questionou com a voz esganiçada e franziu a testa - Por quê ?

– Está de castigo, portanto vai ficar sem celular por tempo indeterminado - Falou pausadamente, mantendo o tom sério. Isso só deixou a mocinha ainda mais irritada com a situação. 

Definitivamente, ela nunca mais aprontaria com sua madrasta. 

– Isso não é justo - Resmungando, Saya retirou seu celular do bolso e entregou na mão de Sasuke. 

Após ter seu celular tomado por sabe lá quanto tempo, Saya virou as costas e saiu pisando forte até o quarto que dividia com sua irmãzinha, bateu a porta com força e se jogou na cama.

Sozinha, a ruiva não conteve as lágrimas. Não estava feliz ali, não engolia o fato de ter Sakura como madrasta, mas pensava nas palavras que Sasuke havia dito.

Saya era tão egoísta assim para querer que seus pais ficassem juntos mesmo que eles estivessem infelizes ? 

Obviamente que o som da porta sendo batida com força foi percebido por Sarada, que estava na sala assistindo seus desenhos. A pequenina, curiosa sobre o que teria acontecido, foi até seu quarto para ver o que tinha acontecido de tão grave para a porta ter sido batida com aquela intensidade. 

Sarada abriu a porta e ficou preocupada ao ver sua irmã mais velha chorando sobre a cama. Aproximou-se da ruiva e lhe tocou no ombro para chamar sua atenção. 

– Saya ? - Chamou com certo receio, visto que a garotinha já havia percebido  há muito tempo que sua irmã não era o ser humano mais doce da face da Terra - Saya, por que você tá chorando ?

– O que você quer aqui, pirralha ? - Esbravejou a adolescente. 

– Eu só queria saber por que você tá chorando - Franziu o rosto, nitidamente magoada por sua irmã ter sido tão grossa. 

– Garota, vaza daqui - Falou secamente enquanto abraçava um travesseiro e se virava para a parede, ignorando completamente sua irmã caçula. 

Sarada saiu amuada de dentro do quarto, fechou a porta com cuidado para não fazer barulho e voltou quietinha para a sala, onde se encontrou com Saito.

O garoto ficou preocupado e com o coração nas mãos quando viu sua irmãzinha chorar daquele jeito. 

– Ei, baixinha - O rapazinho chamou a atenção de Sarada, então a garota olhou para ele - O que aconteceu contigo ? 

– A Saya gritou comigo - Fez um biquinho infantil, fitando o chão - E eu não fui malcriada, só perguntei por que ela estava chorando. 

– A Saya estava chorando ? - Questionou curioso o garoto.

– Ela está chorando - Sarada respondeu enquanto limpava as lágrimas com as costas da mão - Mas ela foi super mal educada comigo quando eu perguntei por quê. 

– Chora não - Saito então pegou sua irmãzinha no colo e lhe deu um beijo na bochecha - Eu não gosto de ver você chorar, sabia ?! - Sarada assentiu e Saito sorriu de canto - Então para de chorar, ora essa.

– Tá bom - Ela deu uma risadinha e o garoto então a colocou no chão - Vai terminar de assistir. Pode deixar que eu falo com aquela malcriada da Saya. 

– Tudo bem - A pequenina assentiu contente e correu para o sofá, abraçou sua boneca que estava ali e se concentrou na Peppa Pig. 

– Saya, por que você está chorando e por que fez a Sarada chorar ? - Saito já foi entrando no quarto sem bater na porta e despejando tais perguntas na cabeça da irmã mais velha. 

– Mais um pra me encher o saco - Revirou os olhos. 

– O que aconteceu ? - O garoto fechou a porta atrás de si e depois sentou-se na cama de Sarada, que fica de frente para a cama de Saya - Me conta, por favor. 

– Eu... - Não podia negar que estava envergonhada, mas Saito é seu irmão, portanto, ele aprovando ou não sua atitude, sempre estaria ali para ela - Eu estava colocando geléia nos sapatos da Sakura e o papai me flagrou.

– Você não fez isso... - Saito murmurou incrédulo e bateu na própria testa - Garota, tá ficando doida ?

– Era um plano bom, eu só não pensei que o papai fosse aparecer pra estragar tudo !

– Ele brigou, né ?! 

– Aham - Assentiu a garota - Eu vou ter que limpar aquela bagunça toda, tô de castigo sem meu celular e ainda por cima vou ter que me desculpar com a Sakura. 

– Mais do que justo.

– Saito ! - Bradou indignada e o garoto demonstrou indiferença, apenas deu de ombros e pouco se importou com a histeria da ruiva - Pensei que fosse ficar do meu lado.

– Saya, eu não concordo com o que você fez - Falou seriamente  - O papai tá certo em castigar você e em ter te mandado pedir desculpas pra Sakura. 

– Isso vai ser humilhante demais ! - Reclamou a Uchiha, inconformada.

 - Ninguém mandou você ir colocar geléia nos sapatos dela - Retrucou o garoto - Na boa, a Sakura tá sendo paciente até demais.

– Ainda acho que ela pode ser um lobo na pele de cordeiro.

– Saya, não viaja ! - Bufou - E por que você foi grossa com a Sarada ? Sabia que ela tava chorando ?

– Tô nem aí - Deu de ombros - Não mandei aquela pirralha vir me encher o saco num momento em que eu estou fervendo de raiva.

– A Sarada não tem culpa de nada - Falou o garoto - Sei que você não vai com a cara da Sakura, mas a Sarada é nossa irmãzinha e não tem culpa de ser filha dela. 

– Meio irmã - Enfatizou - Não se esqueça disso. Sarada não é filha da nossa mãe. 

– Mas você sabe que, independente dessas suas implicâncias ridículas, a Sarada vai ser sempre filha do nosso pai. Tão filha dele quanto nós dois. 

– Infelizmente - Suspirou pesadamente - Sabe, o papai falou que ele e a mamãe estavam infelizes juntos. Que a relação deles começou a desandar depois que você nasceu e que eles estavam juntos só por causa de nós. 

– E só agora você veio se tocar disso ? - O rapazinho arqueou uma sobrancelha - Saya, a mamãe já tinha dito isso milhões de vezes, mas nunca entrou na sua cabeça !

– Sei lá... Ouvir do papai foi diferente. 

– E por que foi diferente ? - Indagou confuso. 

– Porque o papai é sempre tão calado... - Comentou - Ele nunca foi de se abrir e muito menos falar sobre os próprios sentimentos daquela forma.

– Falar sobre os próprios sentimentos ? - A confusão na cabeça de Saito apenas aumentava. 

– Ele disse que ambos estavam vivendo infelizes... Que não dava mais pra manter o relacionamento... - A ruiva ajeitou o óculos - Enfim, nunca pensei que fosse ouvir o papai falar daquela forma sobre a separação dele e da mamãe. 

– Mesmo que a mamãe tenha falecido, pelo menos ela e o papai encontraram pessoas para fazê-los felizes, já que eles não deram certo juntos.

– Saito - Saya chamou o irmão com um certo ar de dúvida - Será que o papai amou a mamãe ? 

– Eu digo que sim - Assentiu - Os dois eram apaixonados, ora essa. As coisas mudaram com o tempo e cada um foi pro seu lado, mas a mamãe faz parte da história do papai, até porque nós somos fruto da relação deles.

– Chega, eu não quero mais remoer essa história - Saya soltou um longo suspiro e levou as mãos até a testa - Nosso pai se casou com a Sakura e nossa mãe morreu, então não adianta mais falar sobre a separação deles. 

– São águas passadas. 

– É - Assentiu - Agora, por favor, me deixa sozinha - Pediu, abraçando uma almofada cor de rosa - Preciso me preparar psicologicamente pra pedir desculpas pra Sakura. 

– Vai limpar sua bagunça antes que dê formiga nos sapatos dela - Saito começou a rir e a almofada cor de rosa voou em sua direção, mas o garoto a segurou antes que acertasse seu rosto - Falo sério. 

– Idiota - Revirou os olhos. 

Saito então jogou a almofada de volta para Saya e saiu do quarto. Iria direto para a sala, uma vez que Sarada estava na companhia apenas de suas bonecas, mas parou no meio do corredor quando sentiu seu celular vibrar no bolso, então o garoto abriu o WhatsApp e sorriu bobamente ao ver que a mensagem era de Naomi. 

Ainda com um sorriso pra lá de bobo estampado em seu rosto, o pequeno Uchiha se escorou na parede para responder a mensagem de sua amiga querida. 

– Que cara é essa? - O garoto foi surpreendido pela voz de seu pai e quase deixou o celular cair no chão quando enviou a mensagem.

– Pai... - Sorriu sem graça, guardando o aparelho no bolso de sua bermuda preta - Eu não tinha visto o senhor aí, que susto !

– Falava com uma garota? - Uniu as sobrancelhas e Saito ficou vermelho feito um tomate, o que já respondeu por ele - Está sim... - Sasuke sorriu de canto. 

– Pai, não seja bobo... - Tentou disfarçar - Eu estava rindo de um negócio que mandaram no grupo da minha sala. 

– O que mandaram no grupo da sua sala? - Indagou curioso. Queria ver até onde Saito levaria aquela mentira, até porque estava se divertindo com isso.

Sasuke já teve a idade do filho e, embora na sua época de pré adolescente não existissem redes sociais, ele sabia muito bem decifrar o sorriso bobo que estava no rosto de Saito enquanto ele mexia no celular. 

– Era assim: "Eu até era bom em matemática, até o X começar com essa crise de identidade" - De fato tinham mandado isso no grupo de sua sala mais cedo, mas não era esse o motivo do sorriso do garoto. 

– Foi engraçadinho... - Comentou o mais velho - Mas eu sei que não era por isso que você estava rindo - Riu - Quem é a garota ?

– Pai... - As bochechas de Saito tornaram a ficar vermelhas e Sasuke se segurou pra não rir - Para com isso... - Resmungou. 

– É a garota que veio aqui em casa ?

A pergunta de Sasuke fez a cor de Saito passar instantaneamente do vermelho para o roxo. 

– Eu... - Controlou-se para não gaguejar - Eu vou assistir com a Sarada.

Antes que Sasuke pudesse abrir a boca para articular uma única palavra, Saito saiu correndo e foi para a sala, deixando seu pai sozinho. 

Sasuke não se aguentou e começou a rir. De fato, aquela era a primeira paixonite de seu filho.

Balançou a cabeça em sinal negativo, ainda rindo da situação, e foi até o quarto das filhas. Tornou a ficar sério antes de abrir a porta, podendo ver Saya deitada de bruços sobre a cama e com a cabeça enfiada no travesseiro. 

– Ei, mocinha ! - Ele chamou, então a Uchiha olhou na direção da porta - Vá agora mesmo limpar aquela bagunça ! - Ordenou - Agora.

Sem protestar, Saya se levantou para cumprir a ordem de seu pai. Não estava satisfeita, mas não tinha outra opção. 

Ainda não sabia como pediria desculpas para a rosada quando ela chegasse em casa. 


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Notas finais do capítulo

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