Oh, Calamity! escrita por Leh Linhares


Capítulo 18
Capítulo Dezessete


Notas iniciais do capítulo

Sei que to há muito tempo sem postar nas notas no final eu explico...
Agora se alguém ainda for ler isso aproveitem
Espero que gostem



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Pov .  Bellamy Blake

Audrey nos enganou. Deu ordens para que os soldados dispersassem e fizessem parecer que tudo já estava sobre controle quando eles ainda procuravam por invasores. Ainda esperamos vinte minutos extras, que de nada serviram, de alguma maneira eles sabiam onde os nossos estavam escondidos. Só Deus sabe o quanto eu e Clarke nos culpamos por aquela mensagem.

Nossa suspeita é que de algum deles deve ter visto alguma coisa e reportado. A verdade é que nunca saberemos e por mais que isso me aflija. Meu verdadeiro desespero agora é outro.

Penso em Raven e Octavia o tempo todo, escuto seus gritos pelo corredor 5 e quero trocar de lugar com elas. Quando conto a Clarke o que pretendo fazer, ela se desespera e me jura que encontraremos outro modo.

O que ela encontra pouco tempo depois. Um plano muito melhor e mais eficaz. Baseado na nossa mais nova descoberta: a máquina de terremotos.

Só são necessários dois dias para que através de um espião entremos em contato com Lexa. Oferecendo nossas informações e apoio como moedas de troca. Plano arriscado eu sei, contudo não só única opção. Não podemos vencê-los sozinhos.

A confirmação chega mais rápido do que eu espero e no mesmo dia invado a sala de Audrey no corredor 4. Me transformando na distração que Clarke precisa para  se manter afastada na preparação da fuga. Não é difícil convencê-la e se todo plano der certo nada aconterá a mim ou a nenhum dos meus amigos. Nada agora ao menos.

Entrar na sala e ver o estado de todos é incentivo suficiente para toda minha raiva. Se existia receio em atacá-los, ele some. Raven e Octavia tem feridas muito nítidas e meu único arrependimento é ter esperado tanto.

— Vocês estão livres– Audrey precisa repetir mais uma vez. Vejo que nenhum deles acredita realmente nessa frase. Eu também não acreditaria.

— O que você deu em troca, Bell?- Raven me pergunta alto suficiente para todos escutarem.

— Minha vida, Rav. Como eu prometi que daria por qualquer um de vocês - Eu digo arquejante. Sei que nenhuma das duas vai reagir bem a notícia. Contar a elas o que vim fazer ali é doloroso, mentir para as duas equivale a ser atingido por mil balas, mas é um mal necessário. Audrey não pode suspeitar do plano.

— Não... Não... Não... Não— Raven repete a palavra mais vezes do que posso contar. O que me lembra da morte de Finn, como queria não precisar fazê-la se sentir assim. A reação de Octavia é semelhante, nenhuma delas pode entender ou aceitar.

— Deixe-nos morrer no lugar dele. Pelo amor de Deus. Não é justo, eu cometi o crime, vocês mesmo viram. Por favor, deixe ele em paz... Eu planejei tudo sozinha. Nem Octavia sabia no que estava se metendo. Solta ele, pelo amor de Deus... - A voz de Raven é desesperada, ofegante... É possível notar as grandes lágrimas por seu rosto. E nesse momento percebo que a amarei para sempre, que em uma parte minha ela sempre será especial demais para ser deixada de lado.

— O trato está feito. Se afastem Nenhuma delas o faz e por isso são arrastadas pelos guardas. Mesmo sem poder vê-las ainda consigo ouvir seus gritos. Só consigo sussurrar perdão enquanto algumas lágrimas escorrem.

Será que elas me perdoarão por enganá-las?

O resto do dia passa e eu permaneço acompanhado de três guardas. Audrey está em seu escritório preparando a papelada para minha execução que pelo o que conversamos seria amanhã. Não sei muito sobre o plano de fuga, seria perigoso demais deixar tanta informação comigo. A única coisa que sei é que ele inclui resgatar todos os Sky, inclusive eu logo após o início do toque de recolher.

As luzes se apagam, os alarmes soam e eu sei que a hora chegou. Os guardas se afastam tentando descobrir o que tudo isso significa e a sala fica vazia. Sozinho começo a ficar nervoso. Será que está tudo sobre controle? Será que me deixaram para tráz?

 Se pudesse andar estaria dando voltas pela cela, mas não posso, até minhas mãos estão presas. Por isso gasto meu tempo tentando não piscar. Olhando freneticamente para porta esperando que alguém entre e me solte. tempo demais, entretanto ninguém vem me resgatar por cinco, dez, quinze, vinte minutos...

Cadê eles? Clarke não me deixaria para morrer, certo?- Penso alto.

É quase uma surpresa quando dez minutos depois ela aparece correndo junto com um grupo de Grounders.

— Desculpe o atraso. Tivemos alguns imprevistos - Seu sorriso ilumina meu rosto e subitamente percebo que também sempre a amarei. Amo as duas. De maneiras muito diferentes isso é certo, porém amo e quanto mais tempo demoro para fazer uma escolha pior a situação se transforma.

— E os outros? – Pergunto quando minhas mãos já estão soltas.

— A caminho de Tondc. Nós somos os últimos. Está bem para correr? - Clarke me pergunta quando minhas pernas estão enfim soltas. A sensação é ainda melhor do que eu esperava, libertadora, imagino como deve ser ficar mais do que um dia preso dessa maneira e não consigo desejar a ninguém.

— Sim – Corremos o máximo que podemos. Nos defendendo dos soldados que aparecem a cada virada de corredor. Por alguns momentos penso que não saíremos dessa vivos.

Seguro a mão de Clarke firme quando atravessemos o muro separando o mundo normal da Nação do Gelo. O mais difícil já conseguimos agora só precisamos alcançar Tondc.

...

— Não sei se é o melhor momento, Bell, mas preciso dizer. Eu te amo, você sabe disso, mas não quero me intrometer entre você e Raven. Sei que a ama. Escolha o que for melhor pra você e eu prometo que estarei do seu lado como amiga de qualquer maneira. Para sempre – A loira diz isso enquanto andamos até Tondc.

— Não sei...

— Não diga nada agora. Só pense e lembre-se do que te falei. Não estará me perdendo se não me escolher.

...

Caminhamos por cerca de um dia, mas ao contrário do que esperávamos não somos recebidos cordialmente. Os soldados de Lexa que nos ajudaram na Nação do Gelo nos prendem em uma sala com todos os outros Sky.

Corro ao encontro de Raven e Octavia, que graças a Deus parecem bem. Suas queimaduras estão cobertas por ataduras e seus rostos já parecem um pouco mais descansados. Lexa não fez nenhum mal a eles, nem amordaçados ou acorrentados nos estamos o que já é algo positivo apesar da chave na porta.

— Está tudo bem? - Pergunto a Raven.

— Graças a Deus Bellamy. Eu pensei que fosse te perder– Seu rosto tem um sorriso tão lindo e alividado que é impossível não retribuir.

— Eu também, Raven, mas tudo está sobre controle agora.

— Preciso te dizer algo, Bel. Você pode ficar com ela se quiser. Só quero o melhor pra você, só quero que você seja realmente feliz... Sei que Clarke sempre foi quem você quis. Pode ficar com ela, não vou te odiar por isso ou deixar de ser sua amiga. Estarei aqui pra sempre.

— Eu não sei o que eu quero, Raven. Eu te amo, mas...

— Também a ama. Eu sei, sei disso há muito tempo. Só me avise quando descobrir - A morena diz isso e me abraça. Preciso me decidir, mas antes temos questões mais importantes para resolver...


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Notas finais do capítulo

Vamos lá
Primeiro de tudo mil perdões por passar tantos meses fora. Nunca me esqueci de vocês, eu só não tinha tempo e também criatividade para continuá-la.
Na viagem eu não conseguia escrever, os dois meses que passei lá me mudaram muito e quando voltei não conseguia me conectar com a velha eu para dar continuidade a história. Demorei meses para conseguir escrever qualquer outra coisa e só agora com as férias na faculdade e de outras coisas consegui reler a fanfic toda e escrever a continuação.
Devo demorar a postar o próximo, mas não tanto como esse posso jurar. E como a fanfic está na reta final não vai ser tão difícil cumprir acreditem em mim.
E não desistam por favor! Amo vocês!!
Se não fosse por vocês não teria continuado.



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