Oh, Calamity! escrita por Leh Linhares


Capítulo 17
Capítulo Dezesseis


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente! Dois capítulos não consegui, mas pelo menos mais um consegui escrever.
Espero que gostem. Mudei o Pov. de novo, porque foi a única forma de eu dizer tudo que queria dizer nesse capítulo. O Pov. de uma pessoa específica deixaria de fora detalhes que eu achei necessário incluir,



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Pov. Observador

Há uma aura de medo na Nação do Gelo. Não demora para que a notícia de um ataque vindo de dentro os assuste e faça até mesmo os mais corajosos não sairem de casa. Existe quem culpe os novos cidadãos incluídos, os Sky, e/ou o relacionamento positivo de Audrey com Clarke.

O desejo coletivo se divide, os radicais exigem um massacre ou expulsão geral, uma outra parcela muito pequena acredita na inocência desse povo. Ninguém sabe quem exatamente foi preso, apenas um número: quatro pessoas. Os boatos se espalham como o vento, há quem diga que viu um jovem de descendência asiátia ser preso, outros ainda afirmam ter sido um Grounder. O que é claro é que nenhum dos líderes, Bellamy e/ou Clarke, está preso. O que não impede de que o povo formule teorias da conspiração sobre suas participações no ato.

A suspeita vem da forma como os dois vem passando seu tempo: correndo de um lado para o outro, nervosos. Como se buscassem solucionar algo que aparentemente não tem solução. O moreno é o que parece mais aflito. Como se estivesse prestes a fazer algo que vai se arrepender.

Os gritos de tortura podem ser escutados se você estiver perto o suficiente do sombrio corredor 5. Lugar onde Clarke e Bellamy passam grande parte dos seus dias ultimamente. Segundo fontes confiáveis, Audrey como resto de seu povo desconfia dos Sky e supõe que Clarke como líder está de alguma forma envolvida. Cada um dos interrogatórios é comandado pela jovem tatuada, onde ela utiliza de todas as ferramentas disponíveis para descobrir quem mais está envolvido. A líder do batalhão não é tola o suficiente para acreditar que os quatro agiram sozinhos.

Os berros da jovem morena são os mais altos, dolorosos, passíveis de pena até para os mais radicais, mas nunca há confissão. As visitas insistentes de Audrey todos os dias são provas disso. Da tortura a barganha, nada parece o suficiente para esse jovens traírem seus comandantes.

Na cela escura e úmida, escondida nesse velho corredor, só é escutado uma trilha de choros constantes. Onde um jovem guarda ouve com paciência. Mesmo não sendo permitido ele se aproxima da prisioneira, a consola e trata das suas feridas físicas e mentais. O jovem Nathan parece preocupado com o estado das queimaduras, porém não diz nada. Não é como se Raven pudesse procurar ajuda médica ou algo desse tipo.

Apesar dos gritos de dor da sala ao lado. De alguma maneira, os dois se conectam. E passam a noite entre sussurros, choros e risadas. Como se já se conhecem a bem mais tempo.

No cômodo próximo a mais nova Blake passa por um processo parecido ao de Raven: queimaduras, cortes e etc. Métodos ineficazes e repetitivos. Ameaças vazias quanto a vida do irmão. A ponto da morena nem acreditar mais.Seu irmão é valioso demais. O motivo, porém ela desconhece.

No corredor 4, Audrey afobada tenta entender o que está acontecendo. Bellamy, um dos líderes dos Sky, negocia sua confissão e sua vida em troca da absolvição de todos os envolvidos no ataque. Se a lei for seguida, ele morrerá da forma mais letal e violenta: chicoteado. Uma morte lenta e dolorosa não desejada nem ao pior inimigo. Apesar de surpresa, a proposta é aceita. Sabendo que a confissão de Clarke não deve demorar a chegar.

Quando as portas se abrem em mais um dia de tortura coletiva e Bellamy entra. Todos prendem a respiração tentando definir o que realmente significa. As cordas de Lincoln são as primeiras a serem cortadas, em seguida a de Monty, Octavia e por último Raven.

Vocês estão livres. - Audrey precisa repetir mais uma vez. Todos eles sabem que há algo de errado . A líder não os perdoaria com tanta facilidade.

— O que você deu em troca, Bel?- Raven pergunta alto suficiente para todos escutarem.

— Minha vida, Rav. Como eu prometi que daria por qualquer um de vocês.- Bellamy diz arquejante. Sabendo que nenhuma das duas vai reagir bem a notícia.

Não... Não... Não... Não— A única coisa que a mecânica repete é essa palavra. Como se a mesma pudesse mudar o mais novo destino do Blake. A reação de Octavia é semelhante, nenhuma delas pode entender ou aceitar.

— Deixe-nos morrer no lugar dele. Pelo amor de Deus. Não é justo, eu cometi o crime, vocês mesmo viram. Por favor, deixe ele em paz... Eu planejei tudo sozinha. Nem Octavia sabia no que estava se metendo. Solta ele, pelo amor de Deus... - A voz de Raven é desesperada, ofegante... É possível notar as grandes lágrimas por seu rosto. Ela pode odiá-lo por pô-la em risco, mas nunca se perdoaria se ele morresse em seu lugar.

O trato está feito. Se afastem.— Nenhuma delas o faz e por isso são arrastadas pelos seguranças. Num quarto muito distante, juntas as duas choram, não é o momento de Blake morrer, não depois de já ter feito tanto pelas duas.

De repente toda a história com Clarke não importa. Raven só o quer bem, saudável e vivo. É pedir demais? Já é muito tarde quando Nathan invade o quarto acreditando que Raven está dormindo. O que ele não sabe é que ela apenas tem seus olhos cerrados. A mecânica, por outro lado, sente o doce beijo selado em sua testa como algo promissor. Uma promessa de um futuro melhor com menos mortes e execuções.

Se passam apenas horas, contudo um ataque de verdade acontece. Os Grounders dominam o prédio, com violência e letalidade, todos Sky são levados, sabe se lá para onde, sabe se lá porquê.


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Notas finais do capítulo

Como eu disse no outro capítulo. Amanhã eu viajo e não sei como vão ser as postagens daqui em diante. Vou tentar separar um tempo pra escrevê-la, mas não sei realmente como vai ser minha vida lá pra poder dizer.
Beijos. Espero que vocês gostem e que não me abandonem se eu demorar um pouco demais para atualizar.



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