Oh, Calamity! escrita por Leh Linhares


Capítulo 10
Capítulo Nove


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus amores! Estive um pouco afastada devido a loucura que está minha vida. Peço desculpas e espero ver mais reviews lindos por aqui.



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Pov. Clarke Griffin

Passo a noite toda me revirando na cama. A raiva me tomando a cada segundo, não sei se pela insônia ou por tudo que está acontecendo. Meu único desejo é matar Bellamy, torturá-lo e esquartejá-lo em mil pedaços, nem ele pode ser tão estúpido. Tenho um motivo para estar aqui: um real, não uma desculpa para traí-los e levá-los a morte. Por que ele não consegue enxergar isso?

Demoro, porém depois de muito esforço me levanto convencida a encontrar Bellamy e dizer a ele como a crença dele não faz sentido. Me arrependo assim que vejo sua casa completamente apagada, dialogar com ele essa hora não é de maneira nenhuma uma boa opção. Além de acordá-lo minha visita não faria bem nenhum ao seu casamento. Seria prova suficiente para Raven, que estou tentando de alguma forma dissuadi-lo a se divorciar, o que não é verdade.

Penso em voltar para meu chalé, contudo desisto da ideia. A última coisa que quero é encarar um quarto vazio como fiz nos últimos anos. O bar que Monty administra fica a cerca de quatro casas daqui, não levarei mais que cinco minutos para alcançar, e talvez possa haver alguém para me fazer companhia ali. Sexo seria um bom consolo mesmo com um desconhecido. Talvez por ser com um desconhecido, na Nação do Gelo casamentos e famílias não existem, tornando qualquer uma das nossas relações mais casuais que outra coisa. Lá colecionei casos de uma noite e de uma semana, mais que isso é simplesmente estranho para eles.

Entro no estabelecimento olhando para todos os lados: o bar está vazio com exceção de Monty, há apenas mais um rapaz com um copo de Moonshine nas mãos: Bellamy Blake. A raiva contida retorna, é o momento de ele ouvir tudo o que eu tenho a dizer.

— Ei, Bellamy!- Falo com o máximo de grosseria que consigo. Ele se vira, seus olhos estão vermelhos, seu rosto inchado… Me assusto, nunca, em nenhum o momento o vi chorar. Essa é a última que eu espero ver.

— Griffin…- O moreno diz torto, mais bêbado do que eu imagino também. Permaneço em silêncio por alguns segundos pensando bem se devo ou não dizer tudo o que quero.

— Veio me convencer a ajudar seu novo povo… - Fala Blake e eu congelo. Talvez ele me conheça mais do que imaginei.

— Tenho certeza que você tinha algo a dizer, Princess! Diga, não tenha medo ou pena de um cara bêbado… - Tenho um pouco de dificuldade para entender tudo o que ele diz, mas o apelido, mesmo sendo proferido com ele completamente bêbado ainda me causa calafrios.

— Eu só queria te perguntar. Por que acha que eu viria até aqui só para atraí-los pra uma espécie de isca? Ou traí-los? Não faz sentido e você sabe disso.

— Uma dose pra moça, Monty. Por minha conta… Não vou abandonar tudo que nós, sem você, construímos por uma ameaça que até onde eu sei é fruto de uma vingança dos Grounders contra vocês: Nação do Gelo.

— Eu pago pelas minhas próprias bebidas. E se você ainda acredita que eu faço parte da Nação do Gelo, não sei mais o que dizer. Já lhe pedi desculpas, já lhe expliquei tudo. Os Grounders não estão se vingando estão dizimando vila por vila por poder. Pensei que você mais do que ninguém fosse compreender.

— Mas não compreendo… Não compreendo por que você partiu, porquê não voltou, porquê me deixou sozinho quando a única coisa que eu precisava era de você… Você não merece minha confiança, meu amor, minha dedicação, nada disso, mas ainda é você que eu desejo quando fecho meus olhos…- Sua voz é firme e pelo tempo que dura sua fala me esqueço que ele está embriagado, tudo o que ele diz me machuca e me destrói mais uma vez. Por que ele tem sempre que lembrar de tudo isso? Por que não pode deixar tudo para traz? E quando sua última frase sai de seus lábios, eu quase morro, é exatamente a mesma coisa que venho sentindo em anos mesmo sem definir o que é. O Blake se aproxima e me beija, correspondo com ainda mais desejo que a horas atrás, talvez pelo álcool ou pelas palavras ditas, realmente não sei dizer.

Mais cada beijo é mais tentador que o outro e nos obriga a nos beijar de novo. Com tanta sincronia e desejo que resistir ou se lembrar de qualquer outra coisa se torna impossível. Estamos concentrados um no outro, em passar cada uma de nossas mãos em todo o corpo do outro. Causando tanto prazer, tanto êxtase que tenho a impressão que posso evaporar a qualquer momento, sumir para qualquer lugar onde a única coisa que existe é Bellamy. Onde a única coisa que preciso me preocupar é com ele. Em como agradá-lo e fazê-lo ir a loucura na cama.

É tão rápido que eu mal me dou conta, quando deixamos o bar em direção do meu Chalé. Continuando aqui o que começamos lá, nos amamos uma noite inteira. Devagar e rápido, rápido e devagar, o máximo de vezes que pudemos aguentar.

Nos preocupando a maior parte do tempo em nos conhecer dessa maneira completamente nova e a última coisa que penso antes de adormecer de cansaço, é em como pude esperar tanto para experimentar isso. Como pude não notar a química e sentimento que há aqui?

Olho para Bellamy do meu lado já adormecido e sorrio. Amanhã posso pensar em todos os problemas que estar com ele trarão.


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