Caminho do Sucesso escrita por Saya Shimizu, Luka Megurine


Capítulo 37
Capítulo 37


Notas iniciais do capítulo

Geeeeenteee! Desculpa, eu esqueci, simplesmente isso e.e
Enfim, boa leitura :3



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Anteriormente em “Caminho do Sucesso”...

— O que você quer? - Falei reconhecendo a figura.

— Nossa, oi pra você também. - Ele disse e eu fiz uma expressão tipo "fala logo". - Ok, eu vou falar, acontece que eu quero me desculpar com você.

— Ah, você quer se desculpar? - Ele balançou a cabeça fazendo um sim. - Óbvio que eu não vou aceitar.

— Por que?

...

— PAI E MÃE! - Gritei entrando na sala com tudo e os abraçando.

— Senhorita, você não pode entrar aqui. - Falou uma enfermeira me colocando pra fora.

— Mas eles são meus pais, por favor deixa eu ficar com eles.

...

— Senhorita, seus pais... - Ele disse com uma cara decepcionada. -  Eles não conseguiram resistir, lamento.

— Você ta brincando comigo, né? Por favor diga que é mentira... - Falei desabando em choro.

— Senhorita Luka, quer que eu te levo em casa? - Perguntou o homem que estava comigo o tempo todo.

— Desculpa, mas eu quero ficar sozinha agora...

...

— Obrigada Luki, por me consolar. - Dei um sorriso fraco e nós no soltamos do abraço.

— Quer que eu te levo para casa?

— Sim, por favor.

Chegando em casa, ele me abraçou novamente e nos despedimos e eu fui direto para a minha cama me desabando em choro novamente e a Leko ficou apenas acariciando a minha cabeça.

— Você vai superar. - Ela disse e se deitou na cama comigo.

— Tomara....

 

Agora...

 

Pov’s Miku On

Eu e a Rin tínhamos ido para minha casa e ficamos esperando alguma notícia do Luki. Ele insistiu em continuar a procurar sozinho, porque estava à noite, era perigoso para nós duas e ele sentia que esse sumiço tinha haver com ele. Nós ficamos sentadas na sala de estar, a Rin estava tentando lembrar se a Luka tinha dito que iria em algum lugar, enquanto eu estava no notebook vendo as imagens do dia armazenadas na câmera de segurança que fica em um poste na esquina da casa dela.

— Não vai dar problema se você ficar invadindo o sistema da prefeitura assim, né? – Perguntou Rin.

— Shii! – Eu coloquei meu dedo indicador próximo a minha boca. – Continue tentando se lembrar.

Passados alguns muitos minutos, senti meu celular vibrar no meu bolso.

“Encontrei ela.
Luki.”

Assim que li a mensagem, dei um suspiro de alívio. Mostrei para a mensagem para a Rin e apenas sossegamos quando o Luki nos mandou uma mensagem contando todo o ocorrido. Assim que lemos a história, ficamos chocadas e nos emocionamos.

— Nós temos que ir vê-la. – Eu disse me levantando do sofá.

— Sim, e temos que ir agora! – Disse Rin.

— Vem, vou pegar o carro. – Eu disse e seguimos em direção à garagem.

Entramos no meu carro e o liguei. Fomos correndo em direção à casa da Luka. Chegando lá, eu estacionei rapidamente e eu bati na porta.

— Ela está no quarto. – Disse Leko ao abrir a porta.

— Vem aqui, Leko. Fique com a gente. – Disse Hachune enquanto ela e a Nami abraçaram a Leko de forma calorosa e acolhedora.

Enquanto nossas pixels se consolavam, eu e a Rin subimos até o quarto da Luka e a encontramos deitada na cama em prantos.

— Luka... – Eu disse enquanto me aproximava lentamente dela. – E-eu sinto muito. – Terminei de dizer e me ajoelhei ao lado da cama dela, onde ela estava chorando muito.

— Luka, vem aqui, não fique assim, por favor. – Rin disse enquanto abraçava a Luka.

— G-gente... – Disse Luka tentando parar de chorar, mas seus soluços continuavam. – E-eu... To a-acabada. – Ela disse e voltou a chorar com a cabeça enfiada no travesseiro.

— Calma, eu sei que é difícil, mas tente não ficar assim tão triste, se não você vai me fazer chorar. – Eu disse já com os olhos marejados.

— N-não t-tem c-como... – Disse Luka com uma voz fraca e ainda se acabando em lágrimas.

Eu e a Rin ficamos algumas horas tentando acalmá-la, até que, finalmente, ela pegou no sono enquanto a Rin fazia cafunés nela.

— Coitadinha... – Disse Rin. Seu olhar de preocupação cobria a Luka ao mesmo tempo que seu cafuné acolhedor a fazia dormir.

— Eu nunca iria esperar uma tragédia dessas... – Eu disse em um volume baixo o suficiente para não acordar a Luka.

— Nem eu. Justo agora, quando ela está passando por dificuldades amorosas. – Rin suspirou tristemente. – Ela deve estar péssima, achando que ninguém se importa com ela.

— Mas ela sabe que pode contar com a gente sempre, certo? – Perguntei com meu olhar sobre a Luka.

— Tomara que sim.

— Acho melhor nós passarmos a noite aqui com ela. – Eu disse e após alguns segundos, o telefone da casa tocou. – Eu atendo, continue com o seu cafuné, isso acalmou ela bastante, pelo visto.

— Ok, vai logo! – Exclamou Rin, fazendo um sinal para que eu fosse atender logo.

Eu sai correndo degraus abaixo e, assim que cheguei na sala de estar, a Leko atendeu.

— Alô? Ok, espera um minutinho.— Disse Leko olhando para mim, até que ela se aproximou e me entregou o telefone.

— Alô? – Eu disse.

— Boa noite, eu gostaria de falar com a Senhorita Luka ou algum responsável.— Disse uma voz máscula do outro lado da linha.

— Boa noite, a Senhorita Luka não está em condições de atender no momento, portanto, sou a responsável agora, pode falar. – Eu disse dando um ar de responsabilidade.

— Senhora, sou aqui do hospital, onde houve o falecimento dos pais da Senhorita Luka. Eu gostaria de saber quando poderemos despachar os corpos?

— Amanhã de manhã a funerária irá receber o corpo, então, só libere o corpo a partir das oito horas da manhã. Ok? – Perguntei.

— Ok. Obrigado e boa noite!

Assim que desliguei o telefone, pensei:

“Nossa, que povo sem coração, as pessoas acabaram de morrer e o necrotério do hospital já quer despachar os corpos sem mais nem menos”.

 - E agora, Miku? – Perguntou Leko.

— Vou arranjar uma funerária para amanhã de manhã. – Eu disse e comecei a procurar na internet pelo meu celular algumas funerárias. Eu nunca tinha feito isso, então eu tive que pesquisar algumas coisinhas.

Eu poderia pedir ajuda, mas não queria atrapalhar meu pai, e muito menos a Luka. A Rin também não iria saber lidar com isso e, além do mais, sempre tem uma primeira vez pra tudo, né?

— Miku, achei isso aqui. – Disse Hachune enquanto transferia as pesquisas feitas pelo sistema dela para o meu celular.

— Obrigada!

Fora que eu tinha uma ajuda da minha adorável pixel! Sempre posso contar com ela também.

— Alô? – Disse após discar o número que a Hachune me passou.

— Funerárias Boa Morte, boa noite, em que posso ajudar?— Disse uma atendente do outro lado da linha.

— Eu gostaria de um carro funerário para às 08h00min amanhã.

— Qual o destinatário, Senhora?— Perguntou a atendente.

— Puts! Ainda tenho que escolher o cemitério. – Eu disse tampando o telefone, para que a moça do outro lado não me ouvisse. – Hachune, me ajuda ai, por favorzinho. – Eu disse com os olhinhos pidões e a Hachune começou a pesquisar novamente.

— Senhora? Ainda está na linha?

— Ah, oi, estou aqui. Desculpe, poderia repetir? – Perguntei com a cara toda vermelha. Ainda bem que ela não pode me ver.

— Qual o destinatário? Em qual cemitério o corpo será enterrado?— A atendente quis deixar claro. Ela deve estar pensando que eu sou uma burra e não sei o que é destinatário.

— Bom... É... – Eu tentava enrolar enquanto a Hachune não me mandava nada, até que ela, finalmente, encontrou um lugar. – Cemitério da Saudade! – Exclamei depois que recebi os dados no meu celular.

— Ok, quais são os detalhes do caixão?— Ai meu Deus, ainda tem isso.

— Bom... – Eu suspirei tentando achar a maneira mais bonita dos pais da minha melhor amiga serem enterrados. – Serão dois caixões, brancos, os mais nobres e luxuosos que vocês conseguirem encontrar.

— O orçamento ficará na cerca de 80 mil dólares.— Disse a atendente com certa alegria na voz.

Bom... Meu pai vai ajudar, e acho que os meninos e a Rin também. Acho que está dentro do possível.

— Ok. Pode encomendar. – Eu disse e engoli em seco.

— Está agendado, Senhora. Muito obrigada por fazer negócio com a gente.

Assim que desliguei o telefone, cai no sofá e respirei fundo.

— Não se esqueça de ligar para o cemitério agora. – Disse Hachune, me lembrando de que o sufoco ainda não tinha acabado.

— Você não tem ideia de como isso é horrível. Resolver problemas relacionados à morte. Sério... Uma das piores coisas, com certeza! – Eu disse e peguei o telefone novamente.

Depois de uma hora mais ou menos, consegui arrumar tudinho para amanhã de manhã. Avisei aos meninos e aos conhecidos da família também. Antes de subir para o quarto novamente, liguei para o meu pai, contei todo o ocorrido e o avisei que iria passar a noite aqui. E, finalmente, depois de tudo resolvido, fui ao quarto da Luka e encontrei as duas dormindo na enorme cama de casal.

— Tomara que tudo isso passe logo. – Assim que eu disse isso, meus olhos começaram a lacrimejar.

Eu lembrei das histórias em que eu vivi com os pais da Luka, eles eram muito legais e me tratavam como uma filha. Acho que só agora, realmente, caiu a ficha pra mim. Coitada da Luka. Eles nunca foram tão presentes, mas mesmo assim, eles criaram uma filha linda e forte. A Luka vai superar isso, eu tenho certeza!

— E-eu... – Eu cruzei minhas mãos e comecei a sussurrar baixinho. – Não sei se vocês estão me escutando ou não, talvez eu possa estar sendo uma idiota agora. Não acredito muito nessas coisas, mas eu quero pedir que... Vocês que já se foram... Alexandre Megurine e Sayu Megurine... Minha mãe, Saya Hatsune... Fiquem bem, por favor, e cuide da gente, por favor. A Luka irá sentir muita falta de vocês dois. E mãe, mesmo nunca ter te conhecido, sinto sua falta e fico pensando às vezes em como teria sido se você ainda estivesse aqui. – Eu disse enquanto meus olhos lacrimejavam.

*Link da Imagem nas Notas Finais*

Depois dessa recaída que eu tive, limpei minhas lágrimas e fui dormir junto com elas. Não demorou muito tempo até que eu caísse no sono.

.     .     .

No dia seguinte, o pesadelo da Luka recomeçou. Eram mais ou menos seis e meia da manhã quando acordei com a voz de preocupação da Luka.

— E-eu tenho que cuidar dos preparativos para o funeral e... – Disse Luka com o olhar direcionado à Rin.

“Nossa, que vergonha. Eu era a única dormindo em um momento como este”— Pensei ainda meio inconsciente, devido ao sono.

— Calma, Luka. Vou te ajudar em tudo, não se preocupe. – Disse Rin.

— Luka, Rin, eu já cuidei de tudo, não se preocupem. – Eu disse com a voz sonolenta e os olhos entreabertos.

— Como assim? – Perguntou Luka. Ela estava com a cara inchada e os olhos vermelhos, consequências de muitas horas de choro.

— Calma, eu não queria que você cuidasse disso tudo, então já adiantei todas as papeladas. – Eu disse, me levantei e esfreguei meus olhos.

— M-miku... – Disse Luka prestes a começar a chorar de novo. – Muito obrigada! – Ela veio até mim e me deu um grande e forte abraço, enquanto que a Rin fez um sinal positivo para mim com o polegar. Eu sorri satisfeita.

— Bom, o enterro vão ser às oito horas da manhã. – Eu disse e senti um suspiro triste da Luka. – Já avisei aos amigos e conhecidos.

— Nem precisava. – Disse Rin. – Como eles eram famosos, as notícias já estão espalhadas por ai. – Ela suspirou.

— Vamos tentar deixar isso de lado um pouco? – Perguntei. – Vamos tomas um café da manhã e nos aprontar. Vou ligar para a escola e contar que não vamos comparecer hoje. – Eu disse já pegando meu celular.

— Ok! – Elas disseram em uníssono.

Enquanto elas desciam, liguei para a escola e contei o que aconteceu. Assim que a diretora ficou ciente, desci e fui me juntar a elas. Nós tomamos um delicioso café da manhã e quando a Rin foi colocar a louça usada na pia, ela acabou escorregando no tapete. Isso fez a Luka rir e, desse modo, todas nós rimos. Depois de arrumarmos tudo, cada uma foi tomar seu banho. A Luka foi a última, eu e a Rin fizemos questão disso para que ela pudesse demorar o quanto quisesse e pensar o quanto quisesse sobre tudo isso que está acontecendo. Enquanto ela tomava seu demorado banho, eu e a Rin tivemos nossas roupas projetadas em nosso corpo e ficamos conversando até a Luka chegar.

— Acho que é isso então... – Disse Luka saindo do banheiro, já pronta. – Estamos mesmo indo ao velório dos meus pais, não é um pesadelo, infelizmente. – Ela suspirou e deu um sorriso fraco, nós fomos abraça-la.

— Vamos? – Perguntou Rin com um sorriso acolhedor.

— Temos que ir, né? – Disse Luka.

— Continue aguentando firme, tudo vai dar certo. E lembre-se, sempre estaremos do seu lado. – Eu disse e sorri para ela.

Nós três demos as mãos e fomos para o bendito enterro.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado :3

Capa: https://plus.google.com/u/0/106188713173278985235/posts/iFLK758ynUs?pid=6300928375865477506&oid=106188713173278985235

Imagem da Miku: https://plus.google.com/u/0/106188713173278985235/posts/iFLK758ynUs?pid=6300927878083811330&oid=106188713173278985235


Beijos *3*



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