Anteriormente em “Caminho do Sucesso”...

— Não posso fazer nada, se ela está me olhando com um olhar mortal.

— EU VOU MATAR ELAS!

...

— Para de baboseira, pra que greve?

— Porque... Nós também não sabemos...

...

— Se você continuar falando, eu vou te deixar aqui.

...

Ninguém atrapalhou não, fique tranquila, o beijo rolou... AHHHHH! ESPERO QUE EU NÃO ESTEJA COM BAFO. Essa foi a minha querida emoção ao beija-lo... Quando o beijo terminou nós no separamos e cada um seguiu seu caminho, eu fui direto para cama dormir, hoje a minha noite foi incrivelmente linda!

Agora...

Pov’s Miku On

Depois de assistirmos ao filme FODÁSTICO do DeadPool, adivinha pra quem sobrou a função de motorista? É, pois é, pra Mikuzinha aqui!

— Enfim, quem eu levo primeiro? – Perguntei.

— Eu! – Todos gritaram em um coro.

Após os gritos, meus amigos se entreolharam e começaram a falar tudo de uma vez os motivos para que um deles vá para casa primeiro. Meus ouvidos vão explodir, socorro!

— CHEGAAA! – Gritei e parei o carro com tudo, fazendo com que todos fossem pra frente, além de fazer aquele barulho irritante. – Vocês estão me desconcentrando, cacete!

— Ai, que grossa! – Disse Rin cruzando os braços.

Dei partida no carro novamente e continuei com o percurso aleatório. Já que ninguém decidiu aonde vamos primeiro, não vou decidir por eles. NÃO SOU OBRIGADA!

— Vamos pra casa da Rin primeiro. – Disse Len.

— Ok. – Eu concordei e dei um giro de 180° graus, fazendo com que a Rin fosse empurrada sobre o Len na parte de trás do carro. Eu olhei pelo retrovisor e vi um sorriso de canto por parte dos dois. Não consegui segurar e deixei escapar uma risadinha.

— Você acha engraçado me empurrar contra a janela, Miku?! – Disse o Mikuo, tirando toda graça do momento.

— Nem to rindo de você, moleque! – Eu mostrei a língua para ele, que fez uma cara de emburrado.

Depois de alguns minutos, chegamos em frente ao apartamento da Rin.

— Valeu, Miku. Até mais, meninos! – Ela se despediu e saiu do carro.

— Len, cai fora você também. – Eu disse assim que a Rin saiu.

— Como assim? Ta louca? Minha casa ainda é uns 10 minutos daqui. – Ele disse com a expressão de “Não to entendendo nada!”.

— Xiu, não reclama, você precisa andar, ta muito gordo! – Eu disse, novamente, tentando expulsá-lo do meu carro.

— Len, vai logo. – Disse Mikuo, me ajudando. Finalmente!

Os meninos ficaram se encarando e fazendo uma série de expressões, sem dizer uma única palavra, meu Deus, que bizarro!

— Vocês estão se comunicando via mente? – Perguntei e ergui uma sobrancelha.

— Nada não, até depois, falou! – Len disse e depois saiu do carro normalmente. Ok, isso foi estranho.

— Ok né... – Eu liguei o carro novamente e segui em direção a casa do Mikuo. – Onde você mora mesmo?

— Perto da sua casa. – Ele disse.

— Sério? – Ergui uma sobrancelha. – Nunca te vi por lá.

— Talvez seja porque você nunca sai de casa, né? Só pra ir à escola, mas nessa hora eu já fui, gosto de chegar cedo, e você sempre sai umas 07h50min de casa. Sendo que as aulas começam as 8:00h! Você não tem tempo nem de falar com os amigos e já tem que entrar na sala.

— Prefiro dormir mais! – Eu disse.

— Pra você é fácil porque tem carro! Mas eu tenho que ir a pé.

— Vai a pé porque quer. Era só me avisar que eu te levava. – Eu mostrei a língua pra ele.

— Você nem sabia que eu morava na sua rua!

— Você nunca me contou!

— Presta atenção na rua, se não você vai matar a gente! – Ele apontou para frente.

Eu acelerei o carro mais ainda e mantive meus olhos fixos no dele só pra provar pra esse babaca quem é que manda no volante!

— Ok, Senhorita Paul Walker! Mas nós já passamos da rua.

— Me deixa, Mikuo! Só sabe reclamar!

— “Me deixa, Mikuo! Só sabe reclamar!”. – Ele disse fazendo uma voz fina e eu bufei irritada.

Voltei pra nossa rua e estacionei o carro na minha garagem. Depois nós dois saímos do carro e fiquei empurrando ele em direção a saída.

— Sai, sai, sai, sai, sai, sai... – Eu repetia empurrando ele até a porta da garagem.

— Ai, calma, calma, caaalma! – Ele resmungava.

— Tchau, Mikuo! Até depois, beijo, adeus. – Eu disse prestes a fechar a porta, mas ele me impediu de fazer isso bloqueando a porta com o pé. – O que é que foi agora? – Eu disse após revirar os olhos.

— Por que você expulsou o Len do carro? – Ele perguntou.

— Ué, você não percebeu o clima? Dã. – Eu disse.

— Que clima? – Ele ergueu uma sobrancelha.

— Os olhares, o jeito de falar um com o outro, aquele dia sozinhos... – Eu falei fazendo expressões fofas ao imaginar a Rin e o Len juntos. – Ai, ai... – Suspirei. – Seria perfeito se... – Eu terminaria de falar se eu não tivesse sido puxada contra o peito do Mikuo. – O que você ta fazendo? – Perguntei com uma cara assustada e uma sobrancelha erguida.

— Eu queria falar que... – Ele engoliu em seco. – Eu fiquei feliz que você reparou como eu te olhava. Que você gostou de como nossa conversa vai fluindo, afinal, nós dois adoramos falar de jogo, e você também me escuta quando eu falo do basquete e eu te escuto quando você fala sobre músicas que você escreve. Antes você era só uma novata, mas nós fomos nos aproximando cada vez mais, e acho que, nessas semanas que passamos juntos e conversando, você se tornou minha melhor amiga, apesar das discussões. Eu adorei aquele dia que ficamos sozinhos no jogo, eu percebi que fazíamos uma dupla e tanto! Temos uma sincronia muito boa e... – Ele parou pra respirar, ele tava nervoso e falando muito rápido. E eu ouvia aquilo tudo perplexa. Ah não, Mikuo, você entendeu tudo errado... – Eu gosto muito de você, você é a única menina que eu consigo falar normalmente e que me entende. Quando eu tava passando por um momento difícil, você me ajudou bastante.

— Mikuo... – Eu disse colocando minhas mãos em seu rosto. – Gosto muito de você também, mas...

— Sério? – Ele me interrompeu novamente, arregalou os olhos e deu um sorriso.

— Sim, mas... – Eu estava com pena de dizer que ele se enganou, mas não queria que ele sofresse mais depois, então melhor contar logo. – Vamos ser apenas amigos, ok? Eu estava falando da Rin e do Len aquela hora, e o quão perfeito seria se...

— Nós ficássemos juntos? – Ele perguntou se afastando de mim.

— Se eles ficassem juntos. – Ele me olhou com os olhos tristes e desapontados. – Me desculpa... – Eu murmurei olhando para o chão. Eu estava super envergonhada, queria morrer ali!

— Tudo bem, eu fui ingênuo agora... – Ele deu um riso fraco. – Nós nos conhecemos só há um mês... Não tem como sentir tudo isso. Acho que me enganei um pouco. Acho que eu fui pelo momento. – Ele engoliu em seco. – Então eu que peço desculpas, quase acabei te iludindo com uma coisa que não aconteceria. Confundi uma amizade forte com o amor. – Ele riu e coçou a nuca, mas eu fiquei com uma expressão séria.

Nossa... podia  jurar que ele estava falando a verdade. Ok, agora veio uma vontade de chorar do nada, O QUE QUE TA ACONTECENDO?

— Tchau, Miku! Até mais. – Ele deu um beijo em minha testa e foi embora, descendo a rua.

*Imagem nas notas finais*

Eu entrei pra dentro de casa correndo.

— E ai, filha. Como foi o filme? – Perguntou meu pai.

— Agora não, pai! – Gritei enquanto corria com a cabeça baixa. Que droga! Algumas lágrimas teimosas começaram a descer.

Subi as escadas correndo e fui em direção ao meu quarto.

*Ainda na sala de estar...*

— Você viu isso, Taylor? – Perguntou Sr. Fuguki ao seu pixel.

— De acordo com meus conhecimentos sobre garotas adolescentes, sua filha está passando por um período normal do gênero feminino, ocorre uma vez por mês. Denomina-se Tensão Pré-Menstrual, também conhecida como TPM. Daqui a pouco irão ser liberadas secreções pela...

— Ok, Taylor, já entendi. Obrigado.

*Voltando para o quarto da Miku...*

Assim que entrei fui direto pra minha cama. Deitei e fiquei lá, com a cabeça no travesseiro e com um bichinho de pelúcia. Eu tinha vários.

— Que depressão é essa? – Perguntou Hachune, depois que projetar um pijama em meu corpo.

— Não sei. – Falei fungando, devido ao choro.

— Como assim você não sabe?

— É sério, não sei o que aconteceu, eu só fiquei triste de repente. Como isso é possível? Eu não sou bipolar, né? – Perguntei com os olhos marejados.

— Pelos meus conhecimentos e pela minha convivência com você nesses anos, tenho certeza que não.

— Então, o que aconteceu? – Perguntei e comecei a pensar no Mikuo. – Será que foi ele?

— Ele quem?

— Mikuo.

— O que aconteceu? – Perguntou Hachune.

— Ele me disse umas coisas muito bonitas, mas depois, sei lá, ele disse que acabou confundindo uma amizade forte com amor. Me disse que ia acabar me iludindo com essas palavras.

— Prossiga... – Disse Hachune analisando minhas palavras, como se fosse processar uma resposta em sua mente.

— Na real, acho que eu estava gostando dele dizer aquilo, dizer que gostava de mim. Nunca tinha percebido o quanto eu e o Mikuo nos aproximamos desde que ele entrou na escola.

— Mas você também ficou bem próxima do Len e do Luki.

— Do Luki nem tanto, mas do Len eu concordo. Mas sei lá, com o Mikuo era diferente. Quando os pais dele se separaram, fiquei o dia todo com ele, o consolando. Ele disse que eu o ajudei muito em seus momentos difíceis. Eu me senti muito feliz em ouvir aquilo. Mas depois... Não sei o que houve... URGH! – Eu coloquei minha cara no travesseiro e comecei a gritar muito alto.

— Isso, grita que passa. – Disse Hachune dando tapinhas nas minhas costas.

— Um mês não parece muito tempo, mas mesmo assim, fiquei muito próxima dele. Acho que eu já sei tudo sobre a vida dele. Nós jogamos direto e, como ele disse, temos uma sincronia incrível. Nem com a Rin, nem com a Luka tenho isso que eu tenho com ele. Entende? – Eu disse enxugando as lágrimas que escorriam.

— Bom... Já cheguei a uma conclusão. – Disse Hachune.

— Estou com medo... – Eu disse fungando.

— Pode ficar com muito medo, porque você está apaixonada.

— Porra! – Eu disse e afundei minha cara no travesseiro, começando a chorar novamente.

* Imagem nas notas finais *