Anteriormente em “Caminho do Sucesso”...

— HEY! Cala a boca! Ainda mando em você! – Eu disse apontando o dedo pra ela, que apenas me mostrou a língua. – Até depois, e vai ajudar meu pai.

— Vou mesmo. Preciso me aprimorar na programação, assim quando você precisar de ajuda com desativações de câmeras, NÃO CONTE COMIGO!

...

“– Rin, onde você está?”

“– Indo pra escola, por quê?”

— Pode desligar.

...

— Me soltem, odeio vocês!

— Você sabe que não tivemos escolha.

— Blá, blá, blá!

...

— Fala logo, Miku! Fiquei curiosa agora.

— Calminha, sem pressa. Daqui a pouco vocês vão descobrir, mas garanto que isso vai marcar nossa amizade pra sempre!

Agora...

Pov’s Rin On

Como assim? Para aonde estamos sendo levadas? Isso é um sequestro? Ok, chega de drama.

— Você ta louca, Miku? - Eu perguntei quando percebi que estávamos nos afastando demais da cidade.

— Relaxa, só confia. Nunca vou me perder, isso eu posso garantir. - Ela disse colocando seus óculos escuros. Eu e a Luka fizemos o mesmo, afinal, o sol estava se pondo, ficando bem de frente ao nossos olhos, atrapalhando a visão.

— Estou ficando curiosa! - Exclamou Luka.

Passaram alguns minutos, ficamos conversando sobre coisas aleatórias até que...

— Chegamos! - Gritou Miku.

Ela estacionou o carro em frente a um estabelecimento chamado "Tattoos Studio". Ela saiu do carro, sem falar nada. Eu e a Luka nos entreolhamos, nossos olhares diziam "Essa menina endoidou!", depois nós apenas seguimos ela. Entramos no lugar e seguimos até a recepção.

— Hey Brad! - Disse Miku ao cumprimentar um cara alto e moreno. - Estamos aqui para nosso combinado.

— Oi Miku! Oi meninas! - Ele disse e sorriu. - Podem esperar ali, enquanto eu arrumo as coisas. Não vai demorar. - Ele apontou para um sofá e entrou dentro de uma sala.

— Ok, estou com medo, o que viemos fazer aqui? - Perguntou Luka.

— Meninas, vamos fazer uma tatuagem! - Exclamou Miku.

— Como assim, garota?! - Eu gritei. - Você ta louca?! Essas coisas não são de repente!

— Relaxem, ta tudo programado... - Ela revirou os olhos.

— Claro! Tão programado que eu descobri agora! - Eu disse.

— Por que você decidiu isso sozinha, senhorita Miku? - Perguntou Luka com as mãos na cintura.

— Bom... - Miku suspirou. - Eu disse que iríamos marcar nossa amizade para sempre, não é?

— Não esperava que isso fosse ao pé da letra! - Eu disse.

— Relaxem, parem de reclamar, não vai doer.

— Tá! - Bufei irritada. - Vamos tatuar o que, afinal? - Perguntei.

— Números! - Miku disse pulando e sorrindo.

— Ta de brincadeira, né? - Disse Luka erguendo uma sobrancelha.

— Não, por quê? - Miku parou de pular e tirou o sorriso bobo da cara.

— Eu que pergunto o por quê. Por que números? - Eu perguntei.

— Números são legais. - Disse Miku.

— Nem todo mundo é boa em matemática igual a você, Miku. - Eu reclamei.

— Não é só pela matemática, gente. Os números estão presentes no nosso dia a dia, mas o real motivo para estarmos tatuando números, é por causa da numerologia, ou seja, o estudo dos números.

— Resumindo... - Interviu Luka.

— Resumindo... Cada número tem um significado. E eu já procurei os nossos. Querem saber? - Perguntou Miku.

— Claro, né! Você ainda pergunta? - Eu disse.

— Eu vou tatuar o número 01, que significa uma pessoa autoritária, orgulhosa, criativa e benevolente. A Rin vai tatuar o número 02, uma pessoa alegre, otimista e espontânea. E, por fim, a Luka vai tatuar o número 03, que significa uma pessoa sensível, protetora, intuitiva e imaginativa.

— Até que eu gostei. - Eu disse abrindo um sorriso.

— Viram? Eu sei o que eu faço. - Disse Miku com um sorriso orgulhoso na cara.

— Não vai se achando não! - Disse Luka.

— Pronto, meninas! Quem vai ser a primeira? - Disse Brad, o tatuador, assim que entrou na sala onde estávamos.

Eu e a Luka olhamos instantaneamente para a Miku.

— Ei! Por que eu? - Ela perguntou com as mãos no peito.

— Não é você o número um? - Eu disse.

— Ok, então. Já que é assim, você vai ser a segunda, Senhorita Nº 2! - Disse Miku mostrando a língua para mim, enquanto a Luka gargalhava.

— Dei sorte! Há! - Ela disse ainda gargalhando.

Seguimos o Brad para uma sala e entramos todas juntas. A primeira a começar foi a Miku, tatuando o número 01 em seu ombro esquerdo.

— Até que não dói tanto. - Ela disse engolindo em seco.

— É, não deve doer mesmo. - Eu disse, ironicamente, quando percebi a careta que ela fez.

— Pensem pelo lado bom. - Disse Brad. - É só um número, na verdade dois, porque tem o zero também. Mas tem gente que tatua um dragão nas costas inteira. Posso garantir pra vocês que isso não é nada, comparado a outras coisas.

Passaram-se algumas horas até que todas nós tínhamos acabado. Estávamos com um plástico por cima da tatuagem para proteger, afinal, nossas peles estavam sensíveis naquela região no momento.

— Amanhã vocês já podem tirar, mas evitem ficar tomando sol nessa região. - Disse Brad, antes de entrarmos no carro.

— Pode deixar, vamos cuidar disso aqui direitinho. - Disse Miku, entrando no carro.

— Tchau, Brad! - Nós três dissemos juntas, quando a Miku ligou o carro.

— Até mais! - Ele se despediu e ficou acenando até sairmos de vista.

Voltamos para a cidade de Los Angeles  e fomos direto para a casa da Miku. Assim que entramos, cumprimentamos o pai dela e fomos para a cozinha, pegamos algumas comidas e subimos para o quarto. Quando chegamos lá, eu, a Miku e a Luka ficamos boquiabertas com a cena que vimos, tão boquiabertas que as comidas que estávamos segurando, caíram.

*Imagem das pixels nas notas finais*

— O que que significa isso?! - A Miku gritou, então as pixels pararam de dançar feito loucas e nos olharam.

— Como vocês duas chegaram aqui? - Perguntou Luka apontando o dedo para a Leko e a Nami, alternativamente.

— P-podemos e-explicar! - Gaguejou Leko.

— Força, Leko! Não fraqueje agora! - Disse Hachune.

— Bom... É que... - A Nami começou a falar, mas foi interrompida pela Miku.

— PODE COMEÇAR A EXPLICAR, MIKUZINHA! - Ela pegou a Hachune pela saia e  a aproximou muito contra seu rosto.

— É simples, eu pedi para que elas entrassem no sistema e se enviassem para meu e-mail, assim, eu consegui imprimi-las pela sua impressora 3D. Viu? Eu disse que ia praticar minhas habilidades de programação. - Disse Hachune, mostrando a língua no final.

— Entendi. - Disse Miku soltando a Hachune, que acabou caindo de bunda no chão.

— Aiii! - Ela reclamou massageando o local machucado.

— Você não sentiu nada. Para de drama. - Disse Miku revirando os olhos.

— Não é o que meu compartimento de lembranças de emoções diz! - Resmungou Hachune.

— ENFIM! - Gritou Luka. - Vamos parar, se não vocês continuam com a discussãozinha boba de vocês até amanhã.

— Vamos comer! - Eu pulei e gritei de felicidade.

As pixels entraram no miniquartinho da Hachune, enquanto que eu, a Miku e a Luka fomos pegar as comidas que estavam no chão. Subimos na cama enorme da Miku e comemos tudo, enquanto falávamos de tudo, da escola, de música, dos meninos... E com isso, acabei descobrindo que a Miku é mais amiga do Len do que eu pensava, quer dizer... Eu sei que somos um grupo e todos são bastante amigos, mas tem coisas que eu pensava que só eu sabia sobre ele... Senti uma pitadinha de ciúmes, mas tudo bem. Acabamos a noite com um joguinho básico de RPG, chamado GunsFire. A Miku emprestou um NeverGear pra mim e pra Luka, já que nós viemos pra cá direto e não trouxemos nada, nunca vi uma pessoa com tantos videogames igual a Miku, antes de começarmos o jogo, ela nos mostrou o closet dela também, que ao invés de roupas, haviam muitos videogames! Enfim, passamos o resto da noite jogando aquele jogo de FPS e depois fomos dormir. Dormimos todas amontoadas, parecendo filhotes de cachorrinhos.

*Imagem das meninas jogando GunsFire nas notas finais*