Black Angel escrita por summer


Capítulo 37
Fim da Vida


Notas iniciais do capítulo

Geeente! Esqueci de postar! Perdoem-me!



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– Berkeley! Esse não foi o combinado! - Johnny protestou

– Não me importo! Eu quero ver o sangue dessa cadela manchando o meu tapete! Minha filha pode dar o que você quer dessa aí. - Ela apontou para mim

– Anne!

– Chega, Johnny! Vai ser do meu jeito agora.

Anne caminhou para a cama e se sentou, pronta para ver o espetáculo. Dois capangas sorridentes e armados se aproximaram de mim. Dei uma rasteira no mais próximo, que deixou sua arma cair próxima das minhas mãos atadas. Peguei a arma com as duas mãos e atirei naquele que vinha atrás. Dois capangas se colocaram na frente de Anne.

Derrubei outro homem com mais um tiro antes de levar um chute no rosto. Com as mãos atadas, não consegui manter o revólver nas mãos. Outro chute, dessa vez, no estômago. Comecei a levar chutes e socos de homens diferentes, até ficar acabada, no chão. Mais um chute veio na direção do rosto, mas eu impedi com as mãos, segurei a barra da calça do homem e a puxei, derrubando-o no chão. Ouvi Johnny rir.

O homem que eu derrubei se levantou com um revólver nas mãos. Ele colocou o revólver na minha testa e eu fechei os olhos. Estava acabado. Eu havia acabado. Pedi, mentalmente, que Dick cuidasse da minha família, inclusive de si mesmo. E então, o barulho.

Estranhei quando não senti nada, apenas a arma gelada desencostando da minha pele. Abri os olhos. O barulho não viera do revólver e, sim, da porta, que havia sido arrombada. Uma mulher vestida de verde e máscara estava atirando flechas por todos os lados, ela tinha um longo cabelo loiro, que estava preso, e um arco incrível. Suas flechas não eram pontudas, mas tinham efeitos especiais incríveis.

Um raio amarelo passou pelo quarto e, de repente, parou. Era um homem vestido com uniforme amarelo e um símbolo no peito mostrava um raio. Por fim, Asa Noturna correu até onde eu estava e se abaixou. Ele estava lá. Dick estava me salvando mais uma vez.

– Você veio. - Sussurrei com um sorriso

– Claro que vim. - Ele sorriu e pegou meu rosto com as mãos - Eu te amo e vou proteger você.

Nada além de seus olhos parecia ter qualquer vestígio de cor enquanto ele me desamarrava. Nossos lábios selaram o tão esperado beijo de paz no meio do caos. Ele me levantou e se virou para os bandidos que corriam para ele, estava totalmente focado na sua luta. Vi Anne correr para fora do quarto com Johnny e mais dois bandidos na sua cola, corri sem pensar duas vezes.

Anne era prudente e descia as escadas do prédio correndo com Johnny na sua frente e os capangas atrás. Derrubei o primeiro sem fazer barulho e, o segundo, com uma pancada na cabeça. Anne parou de se mexer ao ouvir o barulho, Johnny não parou nem por um segundo até que eu o perdesse de vista na curva das escadas.

Ela olhou para mim com desespero nos olhos pálidos. Aquela mulher tão poderosa de segundos atrás estava acabada, com as roupas e os cabelos loiros bagunçados. Ela olhou dentro dos meus olhos e abriu um sorriso lento. Anne levantou a mão para me mostrar um dispositivo negro, tinha o tamanho de um chaveiro, mas podia fazer um estrago enorme.

– Tem certeza que quer fazer isso, Amell? Dê mais um passo e todos vamos para os ares. Você vai matar todos que estão lá em cima. - Ela sorriu

Dick. Ele, a arqueira e o raio podiam se machucar ou até morrer se ela estivesse falando a verdade. Dei um passo na direção dela. Fé. Eu tinha fé em Dick Grayson ou Asa Noturna, tinha fé no meu herói. E era dessa fé que eu precisava para terminar a minha missão de criança, para terminar meu propósito. Corri para Anne.

DICK

Do lado de fora do Hotel, Artemis e Kid Flash me ajudavam a colocar os bandidos nos carros que a SHIELD havia mandado. Capitão América e Gavião Arqueiro observavam tudo de longe, supervisionando meus amigos. Olhei para os lados e observei cada rosto de todas as pessoas que saíam do Hotel com pressa, após receberem a ordem de evacuação. Nenhum daqueles rostos me era familiar.

– Capitão? - Aproximei-me

– Sim?

– Alicia Amell já saiu do hotel?

– Não. - Ele olhou para os lados - Acho que vou procurar por ela.

Ele deu dois passos na direção do hotel e eu o parei.

– Não... Eu vou. Pode deixar, Capitão! - Abri um sorriso

Mesmo com uma pontada de ciúme, ele havia cuidado da minha garota quando eu não pude, então havia gratidão em mim. Caminhei na direção do prédio.

– Ei, maluco! - Kid Flash gritou - Aonde vai?

– Vou buscar minha namorada! - Gritei

Corri na direção do prédio com um sorriso idiota na cara, ela seria minha mais uma vez. De repente, veio a explosão, o barulho, os escombros e o fogo.

NÃO!

O hotel explodiu e eu via fogo saindo pelas portas e janelas do térreo e do primeiro andar. Tropecei na minha própria corrida para o fogo.

– Dick, não! - Kid Flash entrou na minha frente

Capitão América correu até o meu lado com preocupação no rosto. Meus olhos ardiam e meu peito queimava.

– Solta, Wally! - Eu o empurrei e retomei minha corrida

Ele me alcançou mais uma vez, mas eu desviei. E me alcançou outra vez, mas eu o empurrei. Nada me impediria de alcançar ela.

As portas de vidro do hotel não existiam mais, então eu entrei sem dificuldade naquela espessa camada de fumaça negra. O fogo tomava a mobília e fazia pequenos estalos. Tudo era fogo e fumaça. Entre os escombros das colunas de sustentação, algo se mexeu, algo que pedia para viver. Lis estava destruída, brigando com os olhos para tentar matê-los abertos.

D-dick...– Ela sussurrou

Eu a agarrei e a tirei de dentro da construção condenada. Lis estava machucada, queimada e com as roupas rasgadas, mas estava viva e em meus braços. Eu a deixei com Wally e Artemis, para que eles a levassem para o hospital e corri para casa.

No hospital, eu a acompanhei em todos os momentos em que era permitido. Tive bastante tempo para olhar cada machucado e corte em seu corpo, ou mesmo para decorar cada detalhe daquele rosto que dormia tão serenamente e, vez ou outra, sussurrava o meu nome.

– Como ela está? - Bruce entrou no quarto

– Se recuperando.

– Fico feliz. Estou orgulhoso de você, filho. - Ele colocou a mão no meu ombro

– Obrigado, Bruce. - Pai, pensei.

LIS

Acordei aos poucos, ainda confusa com a droga dos remédios. Eu senti seu toque carinhoso no meu rosto e abri os olhos.

– Dick. - Minha voz estava fraca, mas isso não me impediu

– Lis! Você acordou!

– Eu estive dormindo há quanto tempo?

– Um dia só.

– Eu me lembro. Você me salvou... De novo.

Dick havia me salvado de todas as maneiras que eram possíveis. Antes de Anne apertar o detonador com a minha faca dentro dela, eu havia tentado impedir, tentado escapar, mas por quê? Toda uma vida dedicada a uma vingança obtida com êxito, não fazia sentido viver mais. Mas quando Dick me salvou, eu finalmente entendi. Minha vida havia acabado e dado lugar a outra, eu precisava viver uma nova vida ao lado de Dick, Dave e os Lane. Quando Dick me salvou eu estava quase morta, mas, quando ele o fez, me fez renascer das cinzas que me cobriam também.

– Ei, você acordou! - Suzi colocou a cabeça dentro do quarto de hospital

– Sue!

– Vou falar com o doutor, talvez você possa sair antes da ceia!

– Ceia? Hoje é...?

– Dia vinte e quatro de dezembro. Vou avisar Dave que você acordou!

– Dave está aqui?

– Todos estamos aqui. Mike está quase surtando. - Ela riu

Natal. Geralmente era aí que meus pesadelos pioravam. Dick apertou minha mão. Era só uma noite com a minha família, não ia me machucar.


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Notas finais do capítulo

Olá para vocês que leram essa fic ♡ bom... como está escrito na descriçao, isso é um REBOOT, a temporada original está no Nyah!. Para alegria de todos e felicidade geral da nação, declaro que estou escrevendo a segunda temporada ☆

Com amor,
A Escritota.



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