Black Angel escrita por summer


Capítulo 31
Morte na Família - II


Notas iniciais do capítulo

eeeeei! Como vão vocês?
Espero que ninguém aí tenha ficado bad! Guardem os detalhes desse capítulo (conselho)!
Boa leitura ♡



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Propriedade de Anne Berkeley, Gotham, 21h47 - Dias depois.

A sala de estar estava em silêncio. A empregada, estirada no chão, não respirava mais. Seu uniforme azul escuro disfarçava o sangue que cobria seu corpo. Eu havia chegado tarde de mais para ela. Caminhei na direção das escadas e subi cada degrau olhando para os lados. Era uma bela casa, cheia de luxos. O corredor superior estava vazio e escuro. Um som baixo e rápido chamou minha atenção para uma das portas daquela casa.

Corri na direção do quarto, sem me procurar com a discrição. No quarto, havia cerca de quinze homens, além da própria Anne, amarrada e amordaçada, no chão. Seu rosto estava molhado e cheio de pavor. Os bandidos começaram a atirar na minha direção, mas havia homens o suficiente para que eu os usasse de escudo. Eles atiravam em si mesmos enquanto eu pulava entre eles. Menos três homens.

Tracei uma estratégia na batalha e comecei a colocá-la em prática: saltei em um deles, colocando minhas pernas ao redor do seu pescoço, joguei meu corpo para o lado, torcendo seu pescoço. Ao atingir o chão, derrubei outro homem com uma rasteira. Dei um pulo e joguei meu pé no rosto de outro. Um deles agarrou meu cabelo e virou meu rosto para ele, ele abriu um sorriso e eu o imitei, logo em seguida, bati minha cabeça contra o seu nariz. Acertei mais dois socos em seu rosto.

Vi Asa Noturna entrar no quarto com pressa. Voltei para a minha estratégia com a minha faca em mãos. Havia dois homens me separando de Anne. Corri na direção dos dois e enfiei minha faca na coxa do primeiro, derrubei o segundo aproveitando minhas aulas de artes marciais com Natasha. Antes que alcançasse Anne, uma terceira pessoa atirou um bastão em mim.

– Você não devia ter chamado a minha atenção. - Resmunguei e ataquei

A luta foi mais pesada, ele não era um bandido de rua, era bem treinado. Mas não era melhor que eu. Peguei seu cabelo e empurrei sua cabeça contra o meu joelho. Depois, acertei um chute em seu estômago. E mais um, e mais um. Esperei que ele se levantasse, mas seus braços não aguentaram seu corpo pesado. Empurrei seu corpo para baixo com o pé.

– Fique no chão. - Mandei

Alguém puxou o meu braço e me preparei para um soco, mas era Asa Noturna.

– Ele já está no chão. Todos estão. Já chega.

Puxei meu braço e o vi caminhar para soltar Anne. Assim que ele tirou o pano que a impedia de falar, ela gritou toda a sua dor em nossos ouvidos.

– Antes eles pediram que eu me afastasse e eu me afastei! Mas eles querem que eu volte! Querem que eu acabe com as negociações com a Wayne! Querem que eu pare a fiscalização! - Ela jogou seu corpo contra Asa Noturna e gritou - Minha filha... Eles... A minha filha! - Ela berrava entre soluços

– Cadê a sua filha? - Perguntei

– Na Holanda, com o pai. Ela está a salvo, mas eles fizeram ameaças! Eu estou com tanto medo! - Ela se agarrou ao corpo dele.

Ele era o herói que ela queria. Eu era a justiceira que ela precisava. Por ora, meu trabalho estava acabado e decidi voltar para a minha casa.

Eu teria algum tempo para me arrumar antes que Asa Noturna subisse no telhado da minha casa mais uma vez. Depois de me livrar do meu uniforme, sentei à mesa e comecei a refazer alguns trabalhos que eu teria que enviar para a faculdade.

Um grito estridente me fez soltar a caneta. Outro grito. Desci as escadas do prédio correndo, sentindo falta de ar. Eu reconhecia aquela voz que gritava de dor e agonia. O vento frio fez minha camisola colar no corpo. Havia dois homens e ela. Ela estava no chão, gemendo de dor e com seu próprio sangue manchando seu roupão. Os dois homens olharam para mim, com fúria nos olhos. Lágrimas queimavam meus olhos e comecei a andar na direção deles.

Asa Noturna saltou e aterrissou na minha frente, sendo a minha única barreira. Ele segurou meus braços.

– Volte para dentro! - Ele mandou

– Não encosta em mim! - Berrei e chacoalhei meus braços, na tentativa de fazê-lo soltar.

– Volte para dentro, Alicia! - Ele berrou

Um barulho vindo de trás o fez soltar meus braços. Agora havia outro homem, o responsável pela queda daqueles bandidos. Ele estava de azul e vemelho, com uma roupa que parecia muito seu uniforme de antes do acidente.

– Solte a moça. - Steve Rogers mandou

Empurrei Asa Noturna e corri para o corpo no chão. Selene Maria da Silva foi esfaqueada às 23h17min daquela noite. Uma enorme mancha de sangue estava espalhada em seu roupão cor-de-rosa claro. Seus olhos estavam abertos e vidrados, sua pele negra estava pálida e sem vida.

Steve se ajoelhou ao meu lado e passou seu braço ao meu redor. Afundei meu rosto em seu peito e chorei, deixei aquele sentimento tomar conta de mim. Steve não me interrompeu nem por um segundo. Afastei meu rosto dele e fechei os olhos da mulher morta. Seu rosto transmitia paz e tranquilidade agora. Quando virei para atrás, Asa Noturna estava parado. Do mesmo jeito que estava quando eu o empurrei, ele parecia em choque. Steve se levantou e caminhou até ele:

– Quem é você?

– Asa Noturna.

– Eu sou o Capitão América. Não toque naquela mulher novamente. - Ele apontou para mim

– Eu só queria...

– Suas intenções não fazem diferença.

– Eu só queria dizer que... Sinto muito. - Ele olhou para mim

Asa Noturna se afastou devagar. A luz amarelada do poste projetava sua sombra durante o caminho.

A manhã seguinte estava nublada, o cemitério contava com os filhos e netos dos Da Silva, além de quase todos os moradores do prédio. Todos estavam de preto, mas carregavam flores coloridas, para lembrar a felicidade de Selene. Jack e Victor estavam lado a lado. Ralf se afastou de Sofia e me abraçou logo que me viu. Dona Martha e os outros Lane também estavam presentes. Lembrei-me de todas as vezes que ela cuidou de mim quando eu era criança, ou mesmo na vida adulta.

Ao fim da cerimônia, as duas filhas dos Da Silva acompanharam Victor, que estava arrasado e infeliz. Martha era o suficiente para ajudar com o que fosse preciso, então eu pude ficar sozinha, na minha casa.


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Notas finais do capítulo

Fiquei tão apegada à Selene que doeu para mim!



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