Black Angel escrita por summer


Capítulo 3
Amigos


Notas iniciais do capítulo

Vamos parabenizar minha criatividade para títulos! Parabéns, linda.
Apesar disso, espero que gostem!
Boa leitura!



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– Grayson! - Eu o abracei - Como você cresceu!
Lembrei do Richard Grayson da oitava série, quando ele era magro, baixo e com o cabelo penteadinho. O sorriso irreverente era o mesmo.
– E você está... Linda.
Também me lembrei das cantadas nas garotas mais velhas, na oitava série elas começavam a funcionar com as garotas mais velhas. O que Suzi me contava era que, cada vez mais, ele se tornava um galã, queridinho das meninas. Embora ele nunca tenha sido o patinho feio, eu havia pedido toda a transformação.
– Obrigada.
Fiquei feliz por ter ao menos um rosto amigável, além dos meus primos.
– Ei, Dick! - Suzi chegou, com uma bebida nas mãos - Como vai? - Ela berrou
– Ótimo!
– Bom. Eu vou dar uma volta por ali... - Ela gesticulou apontando para um cara moreno - Até mais! - Observamos Suzi dançar a cada passo
– Então... Vamos até ali? Tem um pessoal da nossa época
Ele me puxou pela mão até uma mesinha alta redonda com dois banquinhos e quatro pessoas. Havia uma mulher ruiva, de vestido vermelho; uma mulher loira, com um longo cabelo e uma camiseta verde, combinando com o jeans branco; um cara ruivo, com sardas na pele e vestia amarelo; e uma mulher loira, com um vestido lilás delicado.
– Alicia Amell. - A ruiva anunciou, ao me ver
– Barbara Gordon. Que boa memória. Como vai?
– Ótima, obrigada.
– Esses são... - Dick começou
– Artemis Rock, Stephanie Brown e... - Eu as cumprimentei
– Wally West. - O ruivo levantou a mão para me cumprimentar
– Não me lembro de você, sinto muito.
– É porque ele não estudou conosco - Artemis falou, agitando seu longo cabelo - Wally é meu noivo. - Ela sorriu
– Meus parabéns ao casal.
– E então, Alicia - Barbara chamou minha atenção - Não nos vemos há uns sete anos? Por que saiu daqui antes do Ensino Médio?
– Hm, ganhei uma bolsa num bom Colégio de Metropolis e passei esses anos lá.
– Ah, claro. Você é prima de segundo grau de Lois Lane.
– Você a conhece?
Barbara arregalou os olhos, assustada com alguma coisa.
– Não! Não exatamente, ela ganhou o prêmio Pulitzer, não é mesmo? Gosto de Jornalismo. - Ela parecia estar mentindo, mas fazia sentido.
– Por que não vamos dançar? - Dick convidou
– Vamos? - Stephanie aceitou e caminhou para a pista
– Lis? - Ele perguntou
– Eu não danço.
O sorriso de seus olhos diminuiu e ele seguiu Artemis e Wally, depois de Stephanie. Barbara se esforçou para me entreter nos 5 minutos que Dick permaneceu na pista.
– Você e Artemis eram as únicas amigas de Dick que ele não teve nenhum romance.
Me lembrei das garotas que falavam sobre o aniversário de Dick de 14 anos e do beijo em Barbara. Eu não havia dado bola na época.
– Nós só ficamos amigos pouco antes de eu sair daqui. - Lembrei a ela
– Sim, mas ele sentiu sua falta. - Barbara continuou
– Também senti falta de um gênio egocêntrico em Metropolis. - Sorri observando-o na pista de dança, ao lado de Stephanie.
– Muito tempo passou, não? Parece que foi ontem! O que você faz agora?
– Trabalho na lanchonete dos Lane e estou cursando Ciências da Computação à distância. E você?
– Me formei em Ciências da Computação, estou me especializando em Segurança de Redes. Quero trabalhar na investigação, com a Polícia de Gotham.
– Incrível.
– Dick é policial agora.
– Jura? Eu não diria que combina com o Dick Grayson de quatorze anos! - Rimos
– Dick mudou bastante. Depois do primeiro ano, ele virou um galã. Algumas garotas brigavam entre si por ele.
Revirei os olhos e rimos outra vez. Dick voltou com um drink em cada mão, ele entregou a Barbara e a mim. Depois disso, ele não saiu da mesa nem ao menos uma vez. Barbara se levantou para dançar, nos deixando sozinhos. Dick e eu retomamos discussões não acabadas durante o Colégio, sobre E.T.s e músicas do U2.
– Ei, Dick! - Stephanie se aproximou, mostrando seu belo sorriso - Vamos dançar! - Ela estava animada, o álcool fazia efeito perfeitamente.
Talvez depois de mais alguns drinks, ela dançaria sobre a mesa em que estávamos, para chamar a atenção dele.
– Agora não, Steph. - Ele sorriu, gentil.
Stephanie fez um biquinho que Dick pareceu não notar e saiu pisando forte.
– Ou você é muito burro, ou você não está interessado numa das mulheres mais lindas desse lugar! - Comentei
– O quê? - Ele fez cara de desentendido e eu tive certeza que era a segunda opção
– Você não está interessado.
Ele retomou o assunto antigo, sorrindo o tempo todo. A conversa foi interrompida por mais garotas como Stephanie Brown mais duas vezes. Eu apenas ria internamente, algumas delas eu me lembrava aos poucos. Garotas essas que eu fazia questão de ficar longe, na época do colégio, assim como Stephanie Brown.
Horas depois, procurei por Suzi sem sair do lugar. Quando não a encontrei, chequei meu celular.
"Estou voltando para casa com Lucy. Não encontrei você. Divirta-se"
– Acho que vou para casa... - Guardei o celular no bolso e me levantei do banquinho.
– Mas já? Por quê? - Dick se levantou
Meus motivos para ficar aqui acabaram, pensei.
– São 3h da manhã.
– Amanhã é sábado.
– Estou com sono.
– Suzi já foi, não é?
– Sim.
– Foi muito difícil para ela convencer você a vir? - Ele começou a ir para a saída, ao meu lado
– Como sabe que ela me convenceu?
– Você não dança, não conhece a maioria dessas pessoas, não gosta da maioria dessas pessoas e não sabia que eu viria.
Chegamos próximo ao estacionamento e eu comecei a discar para o táxi.
– Ela foi persuasiva.
– Eu levo você, desliga esse celular.
– Imagina, não precisa. Alô? - Falei o endereço do campus
– Alicia Amell, desliga esse celular. Vamos, eu faço questão.
Afastei o celular do rosto.
– Ei! Dick! - Stephanie corria para nós, gritando e com os saltos na mão. - Você pode me levar? Eu bebi muito e não devo dirigir. Alicia quase não bebeu, ela pode ir no carro dela. - Ela se aproximou
– Moça? Ainda vai querer o táxi? - A voz do taxista ecoou
– A não ser que... Ela não tenha um carro.
– Sim. - Confirmei ao telefone
Dick parecia encabulado ou irritado.
– Obrigada pela oferta, Dick.
Stephanie se pendurou ao redor do pescoço dele com seus braços claros. Revirei os olhos mentalmente. "Sinto muito", ele mexeu os lábios.
– Obrigada, Alice. Isso é muito gentil, eu realmente bebi um pouco de mais. - Ela murmurou
– É Alicia. - Dick corrigiu
– Não há de quê.
O táxi chegou antes que o silêncio constrangedor se tornasse ainda maior.

Estar com Dick Grayson naquela noite me fez lembrar o quanto eu sentia falta da adolescência que eu só vivia ao lado dele e dos meus primos. Estar com Stephanie, e garotas como Stephanie, me fez lembrar o que eu não gostava na adolescência.


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Notas finais do capítulo

Admito ser apaixonada pelo Asa Noturna!
Sinto muito aos fãs da Stephanie Brown, mas nada me faz gostar dela.

Enfim, gostaram?



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