PercyJackson.A disputa em uma batalha sem profecia escrita por FernandaC


Capítulo 3
Pequeno desespero


Notas iniciais do capítulo

Hey folks, one more chapter, hope you enjoy it. And don't forget to post coments.

See ya. Kiss.



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A corneta soa anunciando o jantar. Eu ainda estou abalado. Como eu pude ser tão estúpido? Como, de repente, eu fiquei tão irracional, descontrolado? Vagarosamente, dirijo-me para o pavilhão. De alguma forma vou ter que corrigir meus erros.

Eu não sei dizer qual é a minha expressão ao chegar ao pavilhão, mas percebo muitos olhares de tortos, em minha direção, vindos dos campistas, em sua maioria dos filhos de Atena, lógico, com certeza eles sabem o que aconteceu entre mim e Annabeth e devem ter espalhado a fofoca. Inclusive, muitas garotas do chalé de Afrodite me encaram, só não sei dizer se é com repugnância ou não. Aparentemente todo o acampamento está ciente da minha briga com ela, o que é bem irritante, onde está a privacidade?

Assim, me sentido um merda e sozinho, vou para minha mesa. Faço minhas oferendas na fogueira, mas estou sem fome. Olho para a mesa da Annabeth e percebo, com um espanto, que ela não está lá. Por que ela não veio jantar? Com uma pequena raiva se formando em meu amago, imagino alguém a consolando. Desta forma, abruptamente eu me levanto, tenho que falar com ela agora. Deixo minha comida pela metade e saio apressado. Todos os campistas estão no pavilhão, então acredito que se eu bater na porta e disser que sou eu, ela não vai querer abrir.

Noto as luzes acesas pelas janelas laterais do chalé 11. Espero que ela realmente esteja lá dentro. Então, lentamente eu giro a maçaneta da porta. Coloco meio corpo para dentro do chalé e a vejo na escrivaninha na parede dos fundos, de costas para a porta. Ela está trabalhando em algum projeto no notebook e faz anotações apressadas em uma enorme folha.

Caminho silenciosamente até ela, a observando por uns instantes, e então percebo sua intenção, ela está tentando manter a mente ocupada. Mas pelo visto não está conseguindo, posto que, subitamente ela fecha a tela do notebook e empurra com força a cadeira, afastando-se da bancada. Analiso-a pôr as mãos na cabeça, murmurando coisas que eu não consigo entender. Ajoelho-me próximo dela e toco-lhe suavemente as mãos, fazendo-a parar de pressionar as têmporas.

Annabeth abre os olhos e, no momento em que me vê, sua expressão se suaviza e quase que imediatamente se torna raivosa. Quase como um soco no estômago, percebo seus olhos ainda vermelhos e, agora, com lágrimas preste a caírem.

– Annabeth... – Falo baixinho.

– Vai embora, Percy. – Ela diz tirando as suas mãos das minhas e ainda com a raiva em suas expressões.

– Não, por favor, me escute! Desculpe-me Annabeth... - Ela tenta interromper minhas desculpas, mas continuo. - Eu sei, eu sei, eu fui um estúpido e não deveria ter dito aquilo, eu não sei o que está acontecendo comigo. Fiquei irado, descontrolado... Perdi a razão. Não sei por que reagi assim.

– Eu não quero conversar com você Percy, vá embora!

– Annabeth... Por favor. - Ela começa a me empurrar com força tentando me socar porta afora. Mas eu tenho que fazê-la parar e me escutar. Então, seguro os seus pulsos e olho diretamente nos seus olhos.

– Annabeth, você pode me bater, me empurrar e gritar comigo, porém isso não vai fazer eu me afastar de você. Eu vou ficar aqui até você me perdoar. Não vou embora. - Estou quase desesperado e acho que ela percebe isso, pois sua expressão se ameniza um pouco.

– Você é um hipócrita, Percy! – A encaro surpreso. Do que ela está falando agora? Minha incompreensão não é novidade, então ela explica. - Você disse para o Grover conversar com a Juníper, disse que ele deveria escutá-la primeiro antes de acusá-la e olha o que você fez comigo? Foi tirando conclusões precipitadas, nem me deixou falar e me acusou de coisas que não existem! – Annabeth diz furiosa, mas não só isso, ela diz com mágoa também. Com muito empenho ela tenta não chorar. Contudo, as lágrimas caem em sua face, tento enxuga-las com meus dedos, mas ela me afasta.

– Eu não quis falar aquelas idiotices. Você sabe como eu posso ser idiota quando quero, imagina quando não quero! - Digo. Felizmente, meu comentário autodepreciativo quase a faz sorrir, essa é a minha chance.

Pego sua mão, graças aos deuses ela não recusou, e a puxo para os meus braços. Abraço-a com força. Imediatamente, meu coração fica mais leve, deixando minha respiração mais suave. Então, pego seu rosto em minhas mãos e, sem ela esperar, a beijo. Irritantemente, seus irmãos entram no chalé, logo ela se afasta. Alguns me encaram com desaprovação, outros estampam risinhos idiotas na cara. Assim, sem largar sua mão e provavelmente vermelho, a levo para fora do chalé a ponto de termos mais um pouco de tempo a sós, o que é praticamente impossível.

Caminhamos em direção à praia e de mãos dadas andamos por um tempo, sentindo apenas o vento, a areia e as ondas do mar sobre nossos pés.

– Annabeth, eu sinto muito por ter magoado você. Não entendo por que eu agi daquela forma, é estranho. Como eu disse, eu sou um idiota imbecil!- Digo enquanto paramos em um lugar qualquer. Ela me olha atentamente com um brilho nos olhos, esboça um sorriso e me beija.

– Tudo bem, porque você é, realmente, um Cabeça de Alga idiota. – Ela diz rindo, um som maravilhoso, diga-se de passagem. - Não vamos mais brigar por causa disso.

– Eu não gosto de brigar com você dessa forma. Ou melhor, de nenhuma forma, me sinto péssimo. Porém, é claro que nunca vamos deixar de brigar, mesmo porque você não tem jeito. Sempre quer me derrotar quando não pode! - Eu rio, enquanto ela me dá um soquinho no ombro.

É ótimo saber que voltamos ao normal, traz uma sensação de alívio. Assim, beijo a ponta do seu nariz e depois os lábios. Por fim, após certo tempo ela me puxa pela mão, temos que voltar ao acampamento.

– É melhor irmos. Acredito que as Harpias não gostam de algas mal cozidas no jantar. - Annabeth diz.

– Há há, engraçadinha. – Retruco.

Pelo canto do olho eu a vejo sorrir abertamente. Ela percebe que estou olhando-a, então, levanta uma sobrancelha desafiando-me. Eu sorrio perversamente e a ataco fazendo cócegas. Ela se debate rindo e, assim, desequilibrados caímos na areia.

– Cabeça de Alga idiota! - Ela diz gargalhando.

– Eu só sou assim quando estou com você. - Falo, mas ela me olha com um olhar um tanto descrente. - Está bem, está bem, eu fico muito pior quando estou com você, satisfeita sabichona? – Eu pergunto com risos nos lábios.

Ela rola para o meu lado e me olha de cima, vejo seu rosto com a ajuda da luz da lua e, com toda certeza, eu nunca vi algo mais perfeito. Seus olhos estão intensos e um sorriso brinca no canto de sua boca. Coloco, delicadamente, uma mexa de cabelo atrás da sua orelha.

– Annabeth... - Sussurro.

– Sim - Ela sussurra de volta.

– Hum... - Como falar? Como posso fazê-la entender que é importante para mim? – Assim, sei que estamos juntos há pouco tempo... Hãn... Quer saber? Deixa para lá! - Digo sentando-me. Não vou conseguir dizer nada, já estou nervoso, provavelmente eu vou travar. Porém, em se tratando de Annabeth, ela não vai esquecer isso com facilidade.

– O que foi Percy? - Ela pergunta entrelaçando nossos dedos, analisando-me.

– Nada, não. Esquece isso, okay? - Ótimo, estou muito inquieto e suando, ela não vai deixar essa passar.

– Percy, me diga, por favor... Por que você sempre faz isso, começa algo e não termina? Por que você sempre foge quando...

– Annabeth... Eu quero... – Respiro fundo e olho no mais profundo da sua alma. - O que você acha de ser minha namorada?


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