PercyJackson.A disputa em uma batalha sem profecia escrita por FernandaC
Notas iniciais do capítulo
Hey folks, one more chapter, hope you enjoy it. And don't forget to post coments.
See ya. Kiss.
A corneta soa anunciando o jantar. Eu ainda estou abalado. Como eu pude ser tão estúpido? Como, de repente, eu fiquei tão irracional, descontrolado? Vagarosamente, dirijo-me para o pavilhão. De alguma forma vou ter que corrigir meus erros.
Eu não sei dizer qual é a minha expressão ao chegar ao pavilhão, mas percebo muitos olhares de tortos, em minha direção, vindos dos campistas, em sua maioria dos filhos de Atena, lógico, com certeza eles sabem o que aconteceu entre mim e Annabeth e devem ter espalhado a fofoca. Inclusive, muitas garotas do chalé de Afrodite me encaram, só não sei dizer se é com repugnância ou não. Aparentemente todo o acampamento está ciente da minha briga com ela, o que é bem irritante, onde está a privacidade?
Assim, me sentido um merda e sozinho, vou para minha mesa. Faço minhas oferendas na fogueira, mas estou sem fome. Olho para a mesa da Annabeth e percebo, com um espanto, que ela não está lá. Por que ela não veio jantar? Com uma pequena raiva se formando em meu amago, imagino alguém a consolando. Desta forma, abruptamente eu me levanto, tenho que falar com ela agora. Deixo minha comida pela metade e saio apressado. Todos os campistas estão no pavilhão, então acredito que se eu bater na porta e disser que sou eu, ela não vai querer abrir.
Noto as luzes acesas pelas janelas laterais do chalé 11. Espero que ela realmente esteja lá dentro. Então, lentamente eu giro a maçaneta da porta. Coloco meio corpo para dentro do chalé e a vejo na escrivaninha na parede dos fundos, de costas para a porta. Ela está trabalhando em algum projeto no notebook e faz anotações apressadas em uma enorme folha.
Caminho silenciosamente até ela, a observando por uns instantes, e então percebo sua intenção, ela está tentando manter a mente ocupada. Mas pelo visto não está conseguindo, posto que, subitamente ela fecha a tela do notebook e empurra com força a cadeira, afastando-se da bancada. Analiso-a pôr as mãos na cabeça, murmurando coisas que eu não consigo entender. Ajoelho-me próximo dela e toco-lhe suavemente as mãos, fazendo-a parar de pressionar as têmporas.
Annabeth abre os olhos e, no momento em que me vê, sua expressão se suaviza e quase que imediatamente se torna raivosa. Quase como um soco no estômago, percebo seus olhos ainda vermelhos e, agora, com lágrimas preste a caírem.
– Annabeth... – Falo baixinho.
– Vai embora, Percy. – Ela diz tirando as suas mãos das minhas e ainda com a raiva em suas expressões.
– Não, por favor, me escute! Desculpe-me Annabeth... - Ela tenta interromper minhas desculpas, mas continuo. - Eu sei, eu sei, eu fui um estúpido e não deveria ter dito aquilo, eu não sei o que está acontecendo comigo. Fiquei irado, descontrolado... Perdi a razão. Não sei por que reagi assim.
– Eu não quero conversar com você Percy, vá embora!
– Annabeth... Por favor. - Ela começa a me empurrar com força tentando me socar porta afora. Mas eu tenho que fazê-la parar e me escutar. Então, seguro os seus pulsos e olho diretamente nos seus olhos.
– Annabeth, você pode me bater, me empurrar e gritar comigo, porém isso não vai fazer eu me afastar de você. Eu vou ficar aqui até você me perdoar. Não vou embora. - Estou quase desesperado e acho que ela percebe isso, pois sua expressão se ameniza um pouco.
– Você é um hipócrita, Percy! – A encaro surpreso. Do que ela está falando agora? Minha incompreensão não é novidade, então ela explica. - Você disse para o Grover conversar com a Juníper, disse que ele deveria escutá-la primeiro antes de acusá-la e olha o que você fez comigo? Foi tirando conclusões precipitadas, nem me deixou falar e me acusou de coisas que não existem! – Annabeth diz furiosa, mas não só isso, ela diz com mágoa também. Com muito empenho ela tenta não chorar. Contudo, as lágrimas caem em sua face, tento enxuga-las com meus dedos, mas ela me afasta.
– Eu não quis falar aquelas idiotices. Você sabe como eu posso ser idiota quando quero, imagina quando não quero! - Digo. Felizmente, meu comentário autodepreciativo quase a faz sorrir, essa é a minha chance.
Pego sua mão, graças aos deuses ela não recusou, e a puxo para os meus braços. Abraço-a com força. Imediatamente, meu coração fica mais leve, deixando minha respiração mais suave. Então, pego seu rosto em minhas mãos e, sem ela esperar, a beijo. Irritantemente, seus irmãos entram no chalé, logo ela se afasta. Alguns me encaram com desaprovação, outros estampam risinhos idiotas na cara. Assim, sem largar sua mão e provavelmente vermelho, a levo para fora do chalé a ponto de termos mais um pouco de tempo a sós, o que é praticamente impossível.
Caminhamos em direção à praia e de mãos dadas andamos por um tempo, sentindo apenas o vento, a areia e as ondas do mar sobre nossos pés.
– Annabeth, eu sinto muito por ter magoado você. Não entendo por que eu agi daquela forma, é estranho. Como eu disse, eu sou um idiota imbecil!- Digo enquanto paramos em um lugar qualquer. Ela me olha atentamente com um brilho nos olhos, esboça um sorriso e me beija.
– Tudo bem, porque você é, realmente, um Cabeça de Alga idiota. – Ela diz rindo, um som maravilhoso, diga-se de passagem. - Não vamos mais brigar por causa disso.
– Eu não gosto de brigar com você dessa forma. Ou melhor, de nenhuma forma, me sinto péssimo. Porém, é claro que nunca vamos deixar de brigar, mesmo porque você não tem jeito. Sempre quer me derrotar quando não pode! - Eu rio, enquanto ela me dá um soquinho no ombro.
É ótimo saber que voltamos ao normal, traz uma sensação de alívio. Assim, beijo a ponta do seu nariz e depois os lábios. Por fim, após certo tempo ela me puxa pela mão, temos que voltar ao acampamento.
– É melhor irmos. Acredito que as Harpias não gostam de algas mal cozidas no jantar. - Annabeth diz.
– Há há, engraçadinha. – Retruco.
Pelo canto do olho eu a vejo sorrir abertamente. Ela percebe que estou olhando-a, então, levanta uma sobrancelha desafiando-me. Eu sorrio perversamente e a ataco fazendo cócegas. Ela se debate rindo e, assim, desequilibrados caímos na areia.
– Cabeça de Alga idiota! - Ela diz gargalhando.
– Eu só sou assim quando estou com você. - Falo, mas ela me olha com um olhar um tanto descrente. - Está bem, está bem, eu fico muito pior quando estou com você, satisfeita sabichona? – Eu pergunto com risos nos lábios.
Ela rola para o meu lado e me olha de cima, vejo seu rosto com a ajuda da luz da lua e, com toda certeza, eu nunca vi algo mais perfeito. Seus olhos estão intensos e um sorriso brinca no canto de sua boca. Coloco, delicadamente, uma mexa de cabelo atrás da sua orelha.
– Annabeth... - Sussurro.
– Sim - Ela sussurra de volta.
– Hum... - Como falar? Como posso fazê-la entender que é importante para mim? – Assim, sei que estamos juntos há pouco tempo... Hãn... Quer saber? Deixa para lá! - Digo sentando-me. Não vou conseguir dizer nada, já estou nervoso, provavelmente eu vou travar. Porém, em se tratando de Annabeth, ela não vai esquecer isso com facilidade.
– O que foi Percy? - Ela pergunta entrelaçando nossos dedos, analisando-me.
– Nada, não. Esquece isso, okay? - Ótimo, estou muito inquieto e suando, ela não vai deixar essa passar.
– Percy, me diga, por favor... Por que você sempre faz isso, começa algo e não termina? Por que você sempre foge quando...
– Annabeth... Eu quero... – Respiro fundo e olho no mais profundo da sua alma. - O que você acha de ser minha namorada?
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