Stay With Me escrita por Queen Of Peace


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem ♥



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Era nosso aniversário de um ano de namoro. Eu estava nervoso, mas a todo instante Katniss apertava minha mão com a sua e me dava um daqueles lindos sorrisos que conseguiam acalmar minha alma. Eu estava com ela, no final das contas. E era ela a causa do meu nervosismo, da minha euforia e das noites em que perdi o sono pensando nela.

Eu estava completamente apaixonado por ela. Reformulando: Eu sempre estive apaixonado por ela. Katniss e eu sempre moramos no mesmo bairro. Frequentamos o mesmo colégio e sua mãe sempre mandava fazer seus bolos de aniversário da confeitaria do meu pai. E eu sempre a notei. Eu sempre a achei a criatura mais linda e incrível que já havia pisado na Terra, e eu sei o quanto isso pode soar exagerado e clichê, mas essa é uma das coisas que o amor provoca na gente.

Eu passei anos tentando fazer com que ela me notasse. Anos e mais anos sorrindo pra ela quando ela aparecia na confeitaria pra comprar donuts ou cupcakes. Anos e mais sorrindo pra ela sempre que ela se sentava ao meu lado durante as aulas de História. Nós dois eramos apaixonados pela matéria e nossas discussões acaloradas durante as aulas eram os únicos momentos em que eu tinha certeza de que ela se lembrava da minha existência.

Mas tudo mudou na noite em que sua irmã, Prim, passou mal e Katniss bateu na porta da minha casa, aos prantos, implorando pra que alguém a ajudasse. Meus pais estavam fora, mas eu rapidamente corri pra pegar a chave do carro e levá-las até o hospital. Nunca fui tão grato por meu pai ter me obrigado a tirar a carteira tão cedo e ter me dado um carro de presente. Depois daquele dia Katniss e eu não nos desgrudamos mais. Eu passei a noite com ela no hospital esperando que sua mãe chegasse, e ela segurava minhas mãos com força, apertando meus dedos sempre que algum médico passava por nós, e só relaxava quando eles continuavam andando, sem parar à nossa frente.

Prim melhorou, voltou pra casa, mas minhas mãos e as de Katniss permaneceram juntas desde então. Depois da melhora de sua irmã, ela apareceu na confeitaria agradecendo-me pelo o que eu tinha feito... E me convidou pra jantar na casa dela. Era sua forma de me agradecer. E ela me garantiu que seria ela a cozinhar. Jantei na sua casa duas noites depois e passamos a madrugada inteira sentados em seu jardim, conversando sobre uma infinidade de coisas. Eramos muito parecidos, mas ao mesmo tempo muito diferentes. Nenhum de nós tinha certeza sobre a existência de Deus, mas também nos recusávamos a acreditar na teoria da evolução. E Katniss sempre gargalhava quando eu contava sobre meus muitos acidentes na infância, e de como perdi um dente uma vez ao cair de patins. Ela tinha uma risada incrível. Ela era completamente incrível.

Depois disso eu não prescisei fazer muitas coisas pra que ficássemos juntos. Ela parecia gostar de estar comigo. Passava os intervalos das aulas comigo e estava sempre me ligando e me convidando pra ir até sua casa. Numa dessas noites nós nos beijamos. Foi muito natural. E ela me confessou que aquele era seu primeiro beijo, e passamos o resto da noite rindo da cara um do outro e nos beijando sempre que conseguíamos parar de gargalhar.

Eu estava apaixonado.

E ela também. Quando Katniss apareceu na minha turma de Química, completamente vermelha, descabelada e afoita, eu pensei que algo estava errado. Ela pediu licença ao professor e disse que precisava muito falar comigo. Era um caso de "vida ou morte". Ela me arrastou pra fora da sala e eu já estava preocupado, achando que algo teria acontecido a Prim, ou aos meus pais. Mas não era nada disso. Nós paramos no corredor vazio e Katniss me empurrou contra os armários, juntando seu corpo ao meu e me dando um beijo e tanto. Só nos separamos quando ficamos sem fôlego, e ela se aproveitou da minha falta de voz pra murmurar um "Eu te amo demais", e saiu correndo logo em seguida, sem me dar tempo de respondê-la.

E agora, enquanto comemoramos nosso aniversário de namoro, eu posso dizer inúmeras vezes que a amo, e ela sempre me responde com sorrisos e olhares carinhosos. Não cobro "eu te amo" dela, porque sei que ela me ama. Não preciso que ela me diga pra que eu saiba. Eu vejo isso na forma como ela olha pra mim, como acaricia minha mão enquanto caminhamos pra fora do restaurante e em como ajeita meus cabelos sempre que uma mecha insistente cai sobre meus olhos.

E quando nós estamos atravessando a rua, eu sinto seus lábios roçarem em minha bochecha e sua voz sussurrante que diz "Eu te amo tanto", e logo em seguida nós somos atingidos por um carro que vinha em alta velocidade pela rua.


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