Contra o Tempo escrita por DCAlexanderRizzles


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Reta final pessoal...



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Depois de uma noite de amor e sexo, ambas dormiram poucas horas até a hora de voltarem ao departamento. O dia de ambas prometia ser estressante .

Maura à pedido de Jane traçaria o perfil psicológico durante uma conversa com o suspeito,que agora tudo indicava que seria uma testemunha de grande importância. Jane não queria manda-lo para prisão pois sabia que se ele estivesse falando a verdade , certamente não duraria na cadeia.Seria questão de dias se não horas , para que Thompson cobrasse favores de alguém que já defendera .

Após chegarem ao departamento elas se separam e seguem cada uma para o andar de seus respectivos escritório.

Jane busca por crimes contra mulheres em seu sistema durante o período em que o suspeito começou a trabalhar como entregador , e para sua felicidade, encontrou 4 mulheres que se encaixavam nos padrões que o acusado buscava segundo ele de acordo com a preferência de Thompsom.

Jane manda um oficial buscar o suspeito , e mostra as fotos das vítimas ao suspeito que para sua total satisfação, reconhece as quatro como tendo sido as escolhidas por ele para serem atacadas por Thompson .

Jane sai da sala , mas antes avisa ao suspeito que se ele estiver falando a verdade , ela e sua equipe colocarão Thompson atrás das grades , na melhor das hipóteses.

O suspeito se anima com a certeza que Jane tinha de que o pegaria .

–Ah , -você não precisa voltar para a sala , a minha no.. Jane percebe que se referiria à Maura como sua noiva e assim que percebe contorna a situação –a nossa legista chefe virá aqui para conversar com você

– O que uma legista teria para conversar comigo ? Eu já passei por um corpo de delitos , ela não encontrou nada .

–Eu sei , ela só virá traçar um perfil psicológico seu!

–O que ? Vocês acham que eu sou louco , ou um mentiroso compulsivo ?

–Não , eu não acho , mas eu te garanto que se ela tiver essa impressão de você a sua vida estará à salvo.

Jane parecia tranquila , o que deixa o suspeito indeciso

–Vocês vão me internar ?

–Se ela achar que temos base para isso sim , caso contrário , se provarmos sua participação, o que provaremos , porque você confessou que era responsável na escolha das vítimas você vai para a prisão.

– Detetive , pelo amor de Deus , me deixa aqui , me deixa sob custódia de vocês , se eu for para a rua ele me mata , se eu for para a cadeia também

– Bem , então você já sabe o que tem que fazer para ir para uma clínica vigiada 24 horas por dia .

Jane lhe sorri discretamente em cumplicidade,em seguida caminha em direção à porta onde dá instruções ao oficial que o algeme , afinal de contas ela não estará presente durante a conversa entre ele e Maura e ela quer ter a certeza de que Maura estará segura.

–Espera ! Ontem você me disse que havia vigiado enquanto ele violentou e matou 5 vítimas , mas eu só encontrei 4 , e você reconheceu as 4 , onde está quinta vítima , o que vocês fizeram com ela ?

–Eu não sei , e aparentemente nem ele sabe !

–Como assim ?

–Depois que ele a estuprou , passaram -se alguns dias e ele a viu no noticiário , viu que ela sobreviveu ,e desde então ele procura por ela, provavelmente para mantê-la calada , porque ela viu o rosto dele .Ela foi a única que conseguiu ver o rosto dele e....

Jane dá de ombros e abre a porta freneticamente deixando o suspeito sem entender .

–Heeey , onde você vai ?

–Encontrar essa vítima ,ela é chave para colocarmos esse monstro na cadeia !

Jane decide mandar buscar Thompson que ainda se encontra sob custódia, por medida preventiva.

Ao entrar na sala onde ele a esperava um sorriso dissimulado era dado por ele acompanhado de uma provocação.

– E então? Já estou aqui há quase 24 horas , suponho que você deve ter boas notícias para mim.

–Não ! As notícias que eu tenho para você é que está muito próximo de eu te levar a julgamento pelo assassinato de 4 jovens .

–Aaah é ? Suponho que você tenha uma testemunha ocular para tais afirmações .Visto que DNA eu tenho certeza absoluta que você tem .

–Na verdade eu tenho duas testemunhas oculares !

Thompson se sobressalta com a informação e logo lhe vem à mente a jovem que sobreviveu ao ataque , e que desde então ele a buscava .

–Você está blefando !

–Pague para ver! Jane o desafiava com o olhar , depositando o peso de sseu tronco todos em seus braços , que a sustentava sobre a mesa , falando muito próximo ao rosto de Thompson

–A única coisa que eu posso te assegurar é que você não vai sair ileso desses crimes .Você vai responder por todos eles , pelos 4 homicídios e pela tentativa de um .

O celular de Jane toca num alerta de mensagem.

***A vítima estava grávida , de três meses ! (Maura )***

–Corrigindo, você pagará por tentativa e homicídio de 5 .

Thompson não entende , até onde sabia ele só havia feito 5 vítimas,dentre as quais uma havia sobrevivido. Ele tinha certeza que Jane estava blefando

–É impossível .

–Não! Não é , sua última vítima estava grávida , portanto faz de você assassino de 5

–Não detetive , faz de mim , um suspeito ,e você bem sabe que não tem nada além dessa suposta testemunha que me coloque na cena do crime .Em juízo , isso se você conseguir me mandar a julgamento , em quem você acha que o juiz vai acreditar ? Em um advogado renomado , sem passagem pela polícia , ou em um ex condenado por em crimes sexuais , que agora é recorrente vale lembrar ?

A arrogância do homem ao falar aquilo fazia Jane sentir vontade de socar sua cara , e esganá-lo até ele confessar, mas ela respirou fundo e não entrou nas provocações dele.

–Você sabe que eu não vou descansar até te colocar atrás das grades não é ?

–Então é bom se apressar em ouvir sua testemunha porque dentro de poucas horas você terá que me soltar.

Jane sai da sala furiosa , mas não deixa que ele perceba que ela não teve acesso à testemunha ainda

Ah propósito , deixe-me perguntar : COMO VAI A NOSSA QUERIDA LEGISTA ?

Jane o encara com fúria nos olhos. e após respirar fundo lhe dirige apenas as palavras :

–Mais linda do que ontem !

O homem sorri , e num gesto malicioso encena enxugar o canto inferior direito de sua boca , revelando sua malícia que seria complementada pelo comentário invasivo

–Não acredito! Por dois motivos, primeiro porque ela não tem como ficar ainda mais linda ,e segundo ,porque vocês parecem não ter dormido muito essa noite !

O olhar dele era seco , mas provocava a detetive, e Jane, por sua vez ,não entende a insinuação mas ao acompanhar o olhar do advogado para seu colo,ela tinha certeza que haviam marcas deixadas por Maura durante o sexo.Jane fecha as mãos em punhos ,e exige que ele respeite a profissional que Maura é .

–Eu imagino que você ficaria sem chão se algo acontecesse à ela , não é mesmo detetive?

–Seu filho da P... –O oficial a segura pois sabe que se Jane o agredir , ela pode se complicar .

–Você encosta nela e eu te caço até os confins dessa terra!

–Então eu sugiro que você faça bem o seu trabalho , por que você sabe , eu tenho uma queda por loiras! Está certo que ela é um pouco mais velha do que minhas últimas “conquistas’’, mas ela realmente não aparenta a idade que tem .Você definitivamente teve sorte no amor .

Enfurecida Jane entorna sobre ele um copo d’água que havia na mesa

–Calma detetive , isso foi um elogio , afinal de contas apesar de não fazer muito meu tipo você também é uma mulher de tirar o fôlego. Pelo menos assim , eu não me sentirei mal ao ter sua namorada em meus braços , afinal a concorrência é leal, exceto pelo fato de que quando ela estiver com um HOMEM de verdade , ela nunca mais vai querer estar com uma mulher .

–Além de homicídio, estupro, e tortura você ainda quer ser acusado por homofobia?

–Talvez esse seja o único pelo qual você terá provas para me processar, mas para sua tristeza, não será o suficiente para me manter preso.

Jane sai e manda que o oficial o jogue de volta onde ele estava antes e segue ao escritório em busca de pistas pela testemunha que sobreviveu ao ataque.

Maura chega ao escritório de Jane.

–Jane ?

–Oi Maur ? Está tudo bem ?

–Sim , está tudo bem e você como está? Como foi com o Thompson?

– Maura esse infeliz está me desafiando , e se Deus não me der uma luz , dentro de poucas horas ele estará na rua .E como se eu não temesse por novas vítimas , eu temo também pelo suspeito que agora é testemunha .

–Bem , com relação à isso , acho que você pode ficar tranquila.Eu dispenso até uma segunda opinião no perfil psicológico que eu fiz dele .

–Não vai me dizer que você conseguirá interna-lo até que tenhamos provas pra jogar o Thompson na cadeia .

Jane tinha quase certeza que era exatamente isso , mas mesmo assim esperou atentamente pela resposta .

–Sim , é isso mesmo , não há dúvidas . O suspeito é um risco fora da cadeia , mas também tem transtornos que podem e devem ser tratados , e eu ficarei feliz em corroborar junto à corregedoria , aliás vou já para o meu escritório redigir o pedido .

–Essa é minha garota !

Jane se despede de Maura apenas com um estalinho em seus lábios , Maura se dirige ao escritório e ao sair esbarra com Frost que adentrava ao escritório de Jane

Detetive Frost .

–Doutora Isles ? Como vai ?

–Eu vou bem detetive , e você ?

– Estou bem também obrigado , você estava de saída , ou é só porque eu cheguei ?

–Oh , não , eu realmente preciso ir .

Certo , eu também preciso falar com a Jane , até mais doutora .

Maura meneia a cabeça e deixa a sala , Frost se encaminha até onde Jane estava.

–Jane ,eu não consegui encontrar nada sobre a testemunha , o endereço que ele nos deu realmente era onde ela morava , mas depois de ter sido atacada , ninguém da rua ou do quarteirão sabe dela .

– O sumiço dela seria justificado se ela tivesse denunciado Thompson ,e talvez estivesse no programa de proteção à testemunhas, mas não existe nada contra Thompson.

– Eu não consegui encontrar ninguém da família dela. Ela vivia aqui ,mas pelo que a vizinha dela me disse ela não era daqui ,ela trabalhava em um bar , e sempre era vista com homens em casa , mas nunca assumiu compromisso com ninguém, a vizinha suspeitava que ela fosse prostituta .

–Meu Deus , encontrar uma suposta prostituta , que foi vítima de um estuprador em série e encontra-la em menos de 4 horas vai ser uma missão quase impossível.

Jane e Frost tomam seus computadores e filtram no sistema , ataques à prostitutas no período indicado pelo suspeito. Não havia nada , era como se a testemunha nunca tivesse existido , e quando já não existia esperanças , nem mesmo tempo de encontrar algo que a permitisse manter Thompson em prisão preventiva , ela desce até o necrotério para espairecer a mente.Jane não sabia explicar como , mas desde que conhecera Maura , quando tudo parecia não dar certo era à companhia dela que ela recorria .

–Hey Maur !

–Jane , o que faz aqui ?

– Eu tenho poucos minutos até ter que liberar aquele escroto com doutorado, então enquanto não vencer cada segundo , eu vou aproveitar da sua companhia.

– Será um prazer , mas eu temo desapontá-la .

–Porque ? O que você quer dizer ?

–Bem , eu fiz o pedido , e um juiz amigo meu assinou meu pedido , então eu preciso internar o seu suspeito , ou devo dizer testemunha? Quer ir comigo ? É bom que você já define o guarda que ficará responsável pela segurança dele .

– Ah , claro , mas eu preciso antes abrir a gaiola daquele infeliz , dá pra esperar ?

–Dá , deixa eu finalizar aqui esse relatório de um outro caso e subimos juntas .

– Okay .

Jane apoia -se na mesa de Maura e tamborila na mesa muito bem decorada da doutora

Alguns minutos se passaram , e agora no andar da homicídios e munida da ordem de soltura para Thompson , ela vai até a cela provisória acompanhada por Maura.

– Vejam só , a que devo a honra ?

–Não se faça de idiota , você sabe porque estou aqui ! Jane dispensa o sarcasmo do homem de maneira áspera .

–Shiii, não é você que me honra com sua presença detetive .

Maura olha para Jane porque sabe que a morena não vai manter a calma e antes que Jane levantasse a mão à altura da cara do homem , Maura pediu :

–Não Jane , não vale a pena , deixe –o ir , encontraremos algo que poderemos usar para jogá-lo atrás das grades pelo resto da vida dele .

–Você tem razão .Vamos .

Jane entrega uma cópia da ordem de soltura ao homem e o deixa para trás

–Detetive ? Só me esclareça uma dúvida , o que vai ser daquele cretino que ousou me acusar dessas atrocidades ?

– Não é da sua conta , mas você ainda vai ouvir falar dele , e provavelmente ficará cara à cara com ele em juízo. Que é onde ainda o verei .

Em meio a um sorriso de vitória, e um olhar intimidador ele encerra a conversa

–Você ainda me verá muito antes de poder me levar à júri detetive. Vá pela sombra, você não quer que sua linda namorada se queime não é mesmo?

Jane engoliu seco , ela sabia que era uma ameaça , e agora mais do que em qualquer outro instante ela o queria preso , para que não oferecesse risco à Maura ,claro que ela se preocupava com as outras jovens, e desprotegidas mulheres que faziam parte do padrão dele , mas ali , diante daquela última frase , ela sabia que aquela investigação tomou vias pessoais , era a vida de Maura que estava em risco , e ela não descansaria até ter certeza de que ele não a ofereceria risco algum .

–Jane não dê ouvidos à ele , vamos ,nós temos algo a fazer.

Elas seguem até a cela da testemunha que ainda responderá pela morte da mulher, mesmo que Jane não tivesse uma nada que o ligasse ao crime , ela tinha o principal , a confissão do homem que mais temia ser obrigado por Thompson a cometer novos crimes do que passar o resto da vida trancafiado numa clínica .

Elas saem acompanhadas do suspeito ,algemado e com a escolta de dois oficiais .

Ao chegarem à clínica , Jane deixa sob aviso a recepção para quem em hipótese alguma deixem que ele receba visitas , e que ligações só serão feitas entre o advogado que Jane lhe informava quem era , e a própria Jane .

Após interna-lo Jane e Maura voltam à central. Sem que elas pudessem notar, um carro as seguiu desde o momento em que deixaram a central, e agora seguiam caminhos opostos .

Elas voltaram à central apenas para processos burocráticos, como relatórios do dia, e minutos depois seguiam para a casa de Maura.

Já na casa de Maura, Jane decide fazer uma macarronada, Maura sai do banho e fica maravilhada com o cheiro da massa que pedia por um bom vinho.Ainda com os cabelos molhados Maura surpreende Jane abraçando-a por trás enquanto ela colocava a mesa .

– Já escolhi o vinho ! Eu sei que é um dos melhores para massa , mas acho que ele está abaixo da perfeição que está essa macarronada , o cheiro está delicioso.

–Que tipo de ítalo-americana seria eu se só soubesse comer fast food ? Todo italiano que se preze precisa ao menos saber fazer uma macarronada .

–Jane , porque você me deixou comer batatas no almoço ? Sabe quantas calorias tem essa macarronada divina ?

–Não Maur , eu não sei , mas eu sei um ótimo jeito de queimar todas elas depois do nosso jantar e da sobremesa é claro.

Jane pisca sugestivamente para Maura que ruboriza e tenta desconversar.

–Por falar em sobremesa ,o que teremos de sobremesa ?

–Alguma coisa com chantilly

–Sorvete ?

–Não !

Salada de frutas coberta por chantilly ?

–Não .

Jane ! Você sabe que eu nem gosto muito de chantilly .

–Eu sei , é por isso que a sobremesa é para mim !

Jane provoca-a mordiscando o lábio enquanto a olhava fixamente com um sorriso à meia boca

Maura ruboriza ainda mais ao perceber que a sobremesa que Jane falava se tratava dela ,e ainda sem argumentos ,é interrompida com um beijo da amada , que nem ao menos espera o jantar para ter a tão esperada sobremesa.

Jane pega a lata de spray de chantilly na geladeira e uma tigela com morangos , e vai ao encontro de Maura que sorri com as insinuações da morena .

Jane a beija e a encaminha ao quarto , mas antes Maura alcança a garrafa de vinho que havia escolhido para o jantar .

– Maura , as taças estão muito altas até para mim , deixa o vinho para depois ? Please ?

– Quem disse que eu vou tomar o vinho em taças ?

– Ah, não ? Vai tomar no gargalo doutora ? -Jane não perdia nunca a oportunidade de insitar os bons hábitos da loira.

– Não !

–Estou começando a achar que suas louças são desnecessárias. Quando nós tivermos o bebê e comprarmos a nossa casa , não teremos louça .Eu não me importo nem um pouco .

– Jane !– Maura esbraveja , mas não resiste à morena , e com um beijo convidativo seguem para o quarto .

A noite foi regada de muito amor,e sexo, com direito à vinho sobre o abdome levemente curvado pela gravidez de Jane que insistia em fazê-lo escorrer para o meio de seus seios deixando Maura deslumbrada com a imagem .

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No departamento , seguiram-se os dias ,e para preocupação de Jane nada que pudesse incriminar Thompson era descoberto,a testemunha que Jane duvidava à essa altura que existia ,nunca fora encontrada .O caso nunca foi solucionado nem tampouco fechado , a busca de Jane por ele não terminaria , e se fosse o caso , ela a encontraria de maneira extra oficial ................................................................................................................


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Notas finais do capítulo

Nada de impactante nesse capítulo , pensei em uní-lo ao próximo , mas como eu disse eu tive que reescrever os capítulo , o próximo ainda não foi reescrito e é um pouquinho maior do que este , então tentarei reescrevê-lo essa madrugada visto que trabalho esse final de semana , vejo vcs por ai ?



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