Memory of the Future - Parte 2 escrita por chrissie lowe


Capítulo 20
The Bond


Notas iniciais do capítulo

esse capítulo ficou bom hehehehe



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A luta entre humanos, ciborgues e Cybermen ainda perdurava. Todas os lados já haviam sofrido baixas, mas nenhum deles parecia disposto a desistir. 

Spencer havia convocado Julien para ajudar na luta contra os Cybermen e, este, surpreso pela chamada, prontamente convocou os antigos colegas de Resistência, que também repassaram o chamado. Fazia anos que ninguém usava o sistema de comunicações da época da Resistência contra os Daleks, pois, além da tecnologia já estar obsoleta, era muito perigoso.

Eddie atirava para onde podia. Seu ódio pelos ciborgues e o desespero por Alec estar prestes a se tornar um deles o dominava naquele momento. Ashleigh atirava freneticamente na direção dos Cybermen. Estava com uma ferida aberta no braço direito, mas a adrenalina em seu corpo a impedia de sentir qualquer dor. Geoffrey e Emma atiravam com receio nos guardas, pois eles não conseguiam parar de pensar que um deles poderia ser o seu filho perdido há tanto tempo. Robert e Rhonda lutavam lado a lado contra os oponentes. Robert estava impressionado não só com as habilidades da garota, mas também no fato de Spencer tê-la adotado, visto que ele era resistente em relação a ter filhos. 

Os jovens das galerias mantinham-se de pé, apesar das dificuldades. Vince liderava habilmente os outros, mesmo estando com uma enorme ferida em uma das pernas. Ele soltou um grito ao ver Rookie sendo atingido no abdome por um dos Cyberman.

— Não! 

Em fúria, Mara rapidamente respondeu ao ataque do Cyberman, atirando freneticamente em sua direção. Ela gritava e desejava que aquele robô explodisse em milhões de pedaços.

No entanto, a batalha se tornava cada vez mais difícil para os humanos, pois parecia que quanto mais Cybermen eles abatiam, mas eles pareciam se multiplicar 

— Eles não param! Não vou aguentar por muito mais tempo! – Dizia Clara tentando se livrar dos Cybermen que vinham aos montes para cima dela.

— O que faremos? – Perguntou Rhonda desesperada.

Nisso, o Doutor desceu correndo para o campo de batalha, deixando Alec para trás.

— Temos que avisá-los! – disse o Doutor. – Clara! Onde você está? – gritava ele na multidão.

— Doutor! Doutor eu estou aqui! – gritava ela pulando e agitando os braços para cima para que ele pudesse vê-la.

— Claire! Claire, eu sei como acabar com isso! – exclamou o Doutor desviando dos tiros tanto dos Cybermen quanto dos humanos. 

— O quê? Como? – perguntou Claire tentando encontrar o Senhor do Tempo.

— Só você pode resolver isso! – Exclamou o Doutor para Claire.

— Como? – perguntou Claire.

— Há algo controlando os Cybermen! Algo que nem eles mesmo compreendem! Alec disse tudo!

—  Do que está falando? – Perguntou ela abatendo os Cybermen que se aproximavam.

—  É Alec! – Exclamou o Doutor. – Parece que eles estão conectados à raiva e à angústia de Alec de alguma forma! Eu li isso no computador da nave!

— E por que não me disse isso antes?! – exclamou Claire.

— Por que eu queria ter certeza disso antes. – respondeu ele. – Mas agora eu sei que é verdade porque Alec confirmou tudo! Disse que sua raiva alimentava, ou melhor, ainda alimenta os Cybermen!

— Eu não estou entendendo! – exclamou ela já impaciente com o Doutor.

— Os computadores mostraram uma alteração na composição interna dos Cybermen! – explicou ele rapidamente. – Lá dizia que a alteração não havia sido identificada e nem se encontrava em nenhum protocolo, mas Alec explicou que quando os Cybermen chegaram à Terra, estavam muito fracos, por isso usaram da energia mental de Alec para se recuperarem! – explicava ele aceleradamente e tentando não atropelar as palavras umas nas outras.

—  Eu… eu não sei se consigo!

— Mas é claro que consegue! Ele é seu filho! Ele ainda te ama apesar de tudo. Ele ainda ama você e Eddie! Se não amasse, ele não teria o mantido nos campos por todos esses anos! – Exclamava o Doutor. – Lembre-se de Artie! O que você faz quando ele está nervoso ou chateado? Pense, Claire! 

Claire olhou ainda insegura para o Doutor. Ela tentou se recordar de todas as vezes que Artie se zangava ou se chateava e o que ela fazia para resolver isso. Mas Artie era apenas uma criança. Quem garante que isso funcionaria com Alec?

Mas não custava tentar.

Claire, então, afastou os Cybermen em seu redor e correu até o andar superior. Clara olhou para o Doutor, ainda incerta de seu plano.

— Tem certeza do que diz? – Perguntou ela.

— Não, é lógico que não! – Gritou ele.

A mulher saiu correndo em busca de Alec. Este, estava lutando contra um dos ciborgues, apesar de não ser muito bom em luta corporal.

— Devia ter aceitado aquelas aulas. – resmungou ele tentando se esquivar do ciborgue.

Claire avistou Alec próximo às escadas e soltou um grito ao ver um dos Cyberman se aproximando do rapaz e prestes a agarrá-lo pela gola do blazer.

— Não! – exclamou ela atirando nas costas do Cyberman.

O laser ricocheteou nas costas de metal da criatura e atingiu uma das paredes, que agora tinha uma cratera soltando fumaça. Claire correu e, com o braço biônico, deu um soco tão forte no Cyberman, que seu punho o atravessou e arrebentou o seu componente interno, fazendo-o cair no chão soltando faíscas. 

Alec soltou-se do ciborgue que tentava prendê-lo e esfregou o braço para aliviar a dor que sentia e também para que o sangue voltasse a circular nele. Na verdade, ele tentava era evitar olhar para Claire, não somente pela vergonha que sentia, mas também porque estava chocado com o que ela acabara de fazer.

Mas ela simplesmente ignorou o silêncio do filho, aproximou-se dele e o abraçou, para a surpresa do rapaz. Um abraço forte e sincero.

— Eu sinto muito. Mas o que você faz é errado. Por favor, não faça mais os outros pagarem pelos erros que eu cometi! –  vociferava ela com lágrimas nos olhos. –  Eu te amo e sempre vou te amar. – dizia ela apertando Alec cada vez mais forte.

Os olhos de Alec se arregalaram. Estava completamente desnorteado. O rapaz não sabia como reagir, além de que a força de sua mãe estava literalmente esmagando-o. Ele não era acostumado com toques, por isso seu corpo estava enrijecido nos braços de Claire. Ele sentia um incômodo insuportável, mas ao mesmo tempo, sentia… afeto. Alec sentia o amor de Claire em seu corpo e isso fazia com que seu mundo desabasse por completo. 

Ele, então, sem perceber, relaxou o corpo até pousar a cabeça no ombro da mãe.

— M-me desculpe, mãe. – sussurrou ele.

Nisso, no andar de baixo, a batalha entre os humanos e Cybermen tomava outro rumo.

— Doutor, parece que eles estão enfraquecendo! – exclamou Clara ao perceber que conseguia derrubá-los com mais facilidade.

O Doutor soltou um suspiro de alívio. Sua hipótese estava correta. Agora que Alec apaziguara de vez sua raiva por Claire, os Cybermen estavam enfraquecidos.

Ele olhou em volta e viu que, de fato, Rhonda, os jovens da galeria e os colegas de Claire estavam dando a volta por cima e derrubavam todos os Cybermen um a um. 

Claire continuava a abraçar Alec. Ela nunca se sentira tão aliviada nos últimos anos. Lágrimas de felicidade corriam em seu rosto e ela não conseguia conter o riso. 

O rapaz mantinha a cabeça deitada no ombro da mãe. Ele não fazia ideia de como ele sentira falta daquele abraço. O abraço que só Claire conseguia lhe dar. Ele sentia como se voltasse a ter apenas oito anos.

No entanto, Claire, ao abrir os olhos para ver o que se passava no andar de baixo, se deparou com um outro Cyberman, quase abatido, apontando sua mão para Alec.

— De-le-tar. 

— Não! – Gritou ela empurrando o filho para longe.

Alec bateu com as costas na parede e caiu com tudo no chão, confuso. Ele se levantou, abriu os olhos rapidamente e eles se arregalaram ao ver o que acontecera.

Claire, muda e com os olhos fitando o horizonte, caiu de joelhos no chão. 

Ela havia sido atingida no lugar de Alec.

 


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Notas finais do capítulo

sempre bom colocar aquele suspense no final né hehehe.