Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 6
O pedido


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Obrigada por acompanharem, principalmente "Gabi Rollins", "
Maylaila Black" e "fantasminha" que sempre estão comentando os capítulos! Bom, este capítulo traz um pouco de emoção, espero que gostem, beijos!!!



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Harry assistiu ao restante da aula de poções calado, como Snape o tinha mandado fazer. Para o garoto, a aula pareceu se arrastar por dias. Apesar de manter-se quieto, Harry não pode evitar que a sua expressão facial transparecesse raiva e ódio pelo professor. Todas as vezes que Snape o olhara, no decorrer da aula, o garoto lhe lançava um olhar fuzilante, quase irreconhecível, visto que geralmente seu olhar sempre fora tão meigo.

–Por hoje chega -anunciou Snape.- Eu quero que façam uso disso que vocês chamam de livro e que na próxima aula, estejam preparados para responder a qualquer tipo de pergunta, seja qual for a sua magnitude -ordenou, em um tom rígido, olhando para Rony, que não conseguira responder a uma única pergunta feita pelo professor morcego, como ele mesmo apelidara, durante toda a aula.

Os alunos se levantaram e começaram a sair. Harry, ao lado de Rony e Hermione caminharam em direção à porta quando foram interrompidos por Snape.

–Senhor Potter, não se esqueça de que após o almoço o senhor terá que ficar de detenção em minha sala até o anoitecer! -disse sentado, olhando para os papéis espalhados em sua mesa.

–Como poderia esquecer? É só olhar para essa sua cara que... -disse com os olhos semicerrados de raiva, mas foi impedido de terminar por Hermione, que dera uma suave cotovelada em seu braço.

–Harry -cochichou-, basta de confusão!

–O senhor deseja me falar algo? -indagou levantando-se de sua mesa, andando em direção à Harry, parando em frente ao garoto, encarando-o.

–Na verdade eu queria sim!

–Não Harry -pediu Hermione-, por favor!

Harry olhou Hermione por alguns poucos momentos e depois voltou a sua atenção para Snape, o encarando novamente.

–Eu não desejo falar mais nada, senhor.

–Foi o que pensei! Agora veja se no curto período de tempo entre esse horário e o da sua detenção, o senhor não arranja mais outra confusão para a sua coleção -disse sentando-se à cadeira de sua mesa novamente.

Hermione, Rony e Harry saíram da sala de aula, e este, por sua vez, esfumaçando de raiva.

–Você devia deixar eu ter dito poucas e boas para ele, Hermione! -desabafou na ponta da escada.

–Não, Harry, só iria piorar mais as coisas!

–Que poucas e boas a senhorita Granger impediu o senhor de falar, meu rapaz? -perguntou Dumbledore surgindo no alto das escadas, atraindo a atenção dos três mais jovens.

–Nada senhor! -disse Harry contendo o tom de raiva em sua voz.

–Por favor, me diga, eu faço questão de saber e, se possível, de lhe ajudar.

–É o professor Snape, senhor! -respondeu Harry.

–O que ele fez desta vez?

–Ele colocou Harry de castigo o dia inteiro -explicou Hermione.

–Até de noite! -acrescentou Rony.

–O professor Snape não toma jeito, não é, crianças? -disse sorrindo.- Deixe que eu falo com ele, tudo bem Harry? Vou tentar convencê-lo a adiar o seu castigo, afinal hoje é o seu aniversário!

–Obrigado senhor, eu ficaria muito grato por isso. Estou ansioso para ir à casa do Hagrid e depois assistir ao jogo de quadribol! -disse sorrindo, sentindo seus meigos olhos verdes voltarem a brilhar.

Dumbledore entrou na sala onde o professor Snape se encontrava arrumando alguma papelada, enquanto Harry, Rony e Hermione se direcionaram para a sala comunal da Grifinória.

–Com licença, professor -pediu batendo na porta, que estava entreaberta.

–O senhor precisa que eu faça algo? -perguntou Snape tirando sua atenção dos papéis da mesa e voltando-a para o homem de barba longa e prateada.

–Na verdade, professor, eu preciso sim -disse entrando na sala, com um pequeno sorrido incrustado em sua face enrugada.

–Pois não?

–Eu quero que o senhor libere Harry do castigo, pelo menos por enquanto!

–Nem pensar! Ele estava brigando fisicamente com outro aluno no meio da minha sala, como um arruaceiro! -respondeu aparentemente irritado com o pedido.

–Mas ele não estava brigando sozinho, estava? Tinha outro aluno envolvido na situação e pelo que bem entendi, apenas Harry foi castigado.

–Eu não pretendia castigá-lo, apesar dele merecer. Eu apenas separei ele do senhor Malfoy, pois estavam se estapeando no chão feito dois gatos raivosos e pretendia dar uma advertência, mas o senhor Potter desafiou a minha autoridade, então, o coloquei sim de castigo para que aprenda a respeitar as autoridades.

Dumbledore não disse sequer uma palavra. Apenas ficou encarando Snape e depois abriu um pequeno sorriso.

–Por que o sorriso?

–Você não deve mais chamá-lo de Potter, professor, agora ele é seu filho! -disse ainda sorrindo, sendo ouvido por Draco, que estava atrás da porta escutando.

Draco se surpreendeu com o que ouviu e saiu de lá correndo para contar para seus inseparáveis cachorros, Crabbe e Goyle.

–Eu ainda não tive tempo para pensar em como chamá-lo -explicou Snape, aparentemente abatido com o que ouvira.- Afinal, eu sempre chamo os meus alunos pelos seus sobrenomes.

–Chame-o de Harry, apenas. Eu que sou o diretor não me importo de chamá-lo pelo nome, por que o senhor se importaria, professor?

– Não sei se me acostumaria com a ideia. Às vezes, acho melhor nós deixarmos as coisas como estão e esquecer do conteúdo daquela maldita carta.

–Não diga isso nem brincando, Severo!

–Eu ainda não consegui aceitar de fato que o garoto é meu filho. Ele se parece tanto com Tiago.

–Mas ele é e comece a tratar como tal. E eu nunca o achei parecido com Tiago, até porque ele não é pai do garoto. Ele é a cara da mãe, mas de tanto você chamá-lo de Potter, acabou associando o nome à aparência de Tiago.

–Por que o senhor não vai direto ao assunto? Quer que eu livre o garoto de levar broncas, só porque ele é meu filho? Não me parece uma ação justa, muito menos vinda do senhor!

–Não foi isso que eu disse, Severus. Eu apenas quero que você , como os jovens dizem hoje em dia, pare de pegar no pé dele. Eu sei que as atitudes dele hoje em sala de aula não são dignas de um estudante de Hogwarts, mas convenhamos que o senhor, professor, já tirou muitos pontos de Harry sem motivos reais.

–Como o senhor ousa? Está dizendo que eu não sou honesto com os meus alunos?

–Não com todos, apenas com Harry. Admita, Severus, você sempre o olhou torto pelo fato dele ser filho de Tiago.

–Eu não faria isso! Eu sei muito bem separar a coisas.

–Ninguém está o culpando. Você não é de ferro! Eu sei que Tiago lhe fez muitas maldades quando jovem.

–Sabia e não fez nada! E ela ainda preferiu ficar com ele -disse referindo-se à mãe de Harry.

–Ninguém manda no coração, meu caro.

–Como se não bastasse, roubou meu filho de mim! -esbravejou, agora perdendo a calma, que até então mantivera.

–Você leu o conteúdo da carta, não leu? Sabe que não foi por maldade que Tiago assumira Harry e sim por necessidade. Mas é essa a atitude que eu quero ouvir de você! O senhor se ouviu, professor? Acabou de chamar o menino Harry de seu filho! -disse sorrindo.

Snape parou um momento, atordoado com que Dumbledore dissera. Não tinha percebido que acabara de chamar o garoto que tanto detestava de filho.

–Essa conversa já acabou! Eu não vou tirar o garoto do castigo.

–Mas eu não quero que você o tire do castigo, afinal ele o merece, apenas quero que o adie! Hoje é o aniversário dele e ele quer ir comemorar com Hagrid e os amigos. Vai ser o primeiro aniversário do garoto tendo você como pai, não desperdice esta oportunidade que a vida está lhe oferecendo, Severus.

Snape parou um pouco, pensou por alguns demorados minutos e por fim proferiu:

–Não, o garoto ficará de castigo hoje, como mandei! Manterei a minha palavra.

–Mas Severus... -tentou argumentar.

–É a minha decisão final!

–Vai mesmo perder a chance de criar um laço afetivo com o garoto por medo de manchar a sua palavra?

–Já terminamos?

–Isso Harry puxou à você: a cabeça dura! Nisso vocês são idênticos! Preste atenção no que eu vou lhe dizer: para que essa relação tenha futuro, algum de vocês dois terá de ceder!

–E por que tem que ser eu?

–Porque você é o adulto na história! Harry é apenas uma criança confusa, cujo o único carinho que recebera na vida fora a mísera lembrança de seus pais e agora até isso foi lhe tirado ao descobrir que a pessoa que ele mais detesta na vida se transformara em seu pai.

–Terminou? -perguntou insatisfeito com a situação.- O garoto continuará de castigo e nada me fará mudar de opinião.

–Tudo bem, Severus, é você quem decide, apenas quis lhe alertar, como um bom amigo faria. -disse o homem mais velho se retirando do recinto, deixando o mais jovem pensativo.


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Notas finais do capítulo

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