Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 21
Mudança repentina


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, aqui vai mais um capítulo que escrevi. Acho que ficou bom, estava inspirada quando fiz, kkk, mas vocês é que irão me dizer.
Obrigada à todos que leem, acompanham ou que comentam, principalmente aos que comentaram o último capítulo: "Bella Solace", "fantasminha", "Maylaila Black", "haynny", "Gabi Rollins" e "sakurita1544". Beijos!!!



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Snape encarava Harry nada satisfeito por o garoto está fazendo outra coisa que não era prestar atenção à sua aula.

–Minha aula é tão desinteressante ao ponto do senhor deixar de prestar atenção para encarar um livro com páginas em branco? -perguntou Snape fuzilando Harry.

–Não... é que... -disse Harry tentando se explicar, mas nada saia de sua boca.

–Que livro é esse? -Snape perguntou tentando pegar o livro, mas Harry o impediu.

–Não é nada! O senhor pode voltar à sua aula, prometo que irei prestar atenção.

–Acho bom.

A aula passara vagarosamente. Harry olhava para Snape, ouvia algo sair de sua boca, mas não estava prestando atenção realmente no que era. Sua mente estava em outro lugar.

–Eu quero que vocês me entreguem até amanhã três rolos de pergaminho sobre o assunto da aula de hoje -disse Snape recebendo olhares decepcionados dos alunos.

–Vamos, Harry? -disse Hermione já com os livros na mão olhando para o amigo que aparentemente estava com a cabeça em outro lugar.

–Tá, só vou pegar minhas coisas.

–Então, que livro é esse que você olhou a aula toda? -Hermione perguntou olhando para as mãos de Harry, enquanto caminhavam pelo corredor.

–Não é nada não -respondeu Harry contrariado consigo mesmo, pois queria a ajuda da amiga para descobrir se havia algo escondido entre as páginas em branco, mas achava melhor não pedir, pois poderia metê-la em problemas.

–Tem certeza, Harry? -insistiu Hermione.

–Tenho -disse Harry suspirando-, não quero metê-la em problemas.

–Harry! -disse Hermione parando bruscamente no fim do corredor.- Se não posso ajudá-lo quando precisa, então por que somos amigos? Deixa eu ver esse livro -disse com a mão estendida.

Harry olhou para a cara da amiga e ficou encarando-a em dúvida se deveria mesmo envolvê-la naquilo.

–Anda Harry!

–Tá -disse entregando o livro à garota.

–Mas não tem nada escrito -disse a garota folheando página por página do livro.

–É, seu sei. Pensei que talvez estivesse enfeitiçado.

–Ou talvez seja apenas um livro em branco.

–Mas eu o encontrei dentro do vaso sanitário, no banheiro das meninas.

–Então era isso que você estava fazendo lá? Por que não contou para mim e Rony?

–Só soube de última hora. Fred e Jorge me disseram que dentro do banheiro havia um segredo, então fui ajudá-los.

–Então o Jorge também estava lá? E por que ele não foi pego junto com você e Fred?

–Ele sumiu no meio da confusão.

–Vamos para a biblioteca, talvez esteja mesmo enfeitiçado.

Harry e Hermione caminharam para a biblioteca e lá ficaram na mesa mais afastada possível, para que não fosse percebidos.

–"Revele seus Segredos" -disse Hermione com a varinha, lançando um contra-feitiço no livro. -Nada Harry!

Algumas semanas se passaram e Harry nada descobrira sobre o livro. Hermione se não estava Harry ajudando à saber se de fato existia um segredo naquele livro, estava estudando sem parar, e pior, falando sobre o que descobrira em suas leituras, para o pesadelo de Rony, que, ao parecer de Harry, sumia sempre que a garota aparecia.

Durante esse tempo, Snape continuou a ser um professor carrancudo, mas fora de sala de aula, de vez em quando, saia com Harry para conversar com o garoto, em uma tentativa de aproximação.

–Por que o senhor nunca come nada? -perguntou Harry à Snape enquanto os dois estavam em uma lanchonete, a preferida de Harry, pois tinha todos os tipos de doce.- O senhor acha que comer um doce fará do senhor menos rígido? -disse com um pirulito enorme na boca, arrancando um pequeno sorriso de canto de boca do pai.

De vez em quando, vinha na cabeça de Harry o assunto de como chamar Snape. Se de pai, ou pelo nome, ou pelo sobrenome. Mas não quis comentar sobre o assunto com o homem, então evitava chamá-lo por qualquer nome, apenas chegava e falava o que queria.

Nos finais de semana, Harry estava tão atolado com as tarefas normais e as extras, devido à sua travessura, que mal saia do quarto, mas Snape o convidou para ir até a sua casa. O garoto apenas lembrou de Tobias e Winky e o quanto sentia a falta deles, então resolveu ir com o pai visitá-los e como sempre se divertiram à berça. Durante a visita, o avô sem querer quebrou um precioso vaso de Severus, o que deixara o homem furioso, mas relevou, pois o pai apenas estava se divertindo com o seu filho.

Quando voltaram ao castelo, Harry foi direto dormir, pois no dia seguinte, iria ter mais aulas e aulas e a maioria seria com Snape, que apesar de estar se mostrando mais legal do que poderia imaginar, em sala de aula continuava o mesmo, a não ser pelo fato de que agora não estava mais tirando pontos da Grifinória à torto e à direita, apenas com um bom e verdadeiro motivo, para a tristeza de Draco.

–Bom dia pessoal -disse Harry sentando ao lado de Rony e Hermione.

–Bom dia -responderam os dois.

–Você estava sumido -disse Rony.

–Harry -disse Hermione baixinho, só para Harry-, conseguiu algo no livro?

–Não, nada -respondeu no mesmo tom.

Os três continuaram à conversar sobre o jogo de quadribol, que logo deveria ocorrer a semi-final com Sonserina contra Lufa-Lufa. A casa que ganhasse iria competir com a Grifinória pela vitória. Dumbledore anunciou que este ano, a casa que ganhasse a taça, iria ganhar também uma sala comunal maior. Os jogadores treinavam sem parar, exceto Harry e Fred, que estavam proibidos de treinar por causa do incidente com o banheiro. Os dois estariam liberados do castigo em uma semana, a tempo de competir na final, mas sem quase um mês de treinamento, estavam um pouco enferrujados. O que faziam para ficarem ativos era observar os treinos e o presente que Harry ganhara em seu aniversário, que mostrava jogos e cada lance, podendo ser repetido quantas vezes quisessem. Aquele presente foi a salvação deles, pensou Harry.

–Não se preocupe Harry, você e Fred vão se sair bem no jogo -disse Rony.

–Você sabem quais são os três feitiços que são considerados como as maldições imperdoáveis? -disse Hermione com um grande e velho livro nas mãos.

–Lá vem ela de novo -disse Rony revirando os olhos ao perceber que iria ter que ouvir a garota despejar conhecimentos em seus ouvidos e que não poderia sair de fininho, já que a aula estava prestes à começar.

–Guardem seus livros, hoje iremos ter uma prova surpresa -disse Snape entrando na sala, fechando as janelas como sempre, mas estava um pouco diferente. Sua expressão facial expelia raiva, não a de normalmente, pois no dia-a-dia apenas tinha raiva por os alunos não prestarem atenção em sua aula, mas aquela cara era de fúria.

–Mas nós não fomos avisados -disse Rony.

Snape, que andava de um lado para o outro, como se algo realmente o incomodasse, olhou para Rony e foi rapidamente em sua direção, ficando à alguns centímetros do rosto do ruivo, podendo até sentir a respiração deste.

–Cinquenta pontos à menos para a Grifinória -disse Snape encarando os apavorados olhos de Rony.

–Mas por quê? -perguntou Rony engolindo o iminente choro, deixando Harry e Hermione um pouco orgulhosos, pois geralmente, em situações como esta , ele sempre desabava e fugia.

–Pela burrice! -disse Snape.- Se é uma prova surpresa, então como eu poderia avisar?

–Professor! -disse Hermione se levantando, ganhando a atenção do homem.- Tirar pontos da nossa casa por um motivo tão mesquinho me parece uma atitude um tanto injusta -disse fazendo os olhos de Harry e Rony se arregalarem, pois sabiam que a garota era corajosa, mas jamais para bater de frente com qualquer professor, ainda por cima com Snape.

–Não só parece injusta como é -disse Snape fuzilando a garota com um olhar de arrepiar, fazendo-a sentir uma enorme vontade de correr e se esconder, mas mante-se firme, de pé e encarando os olhos negros furiosos em sua frente.

–É uma atitude injusta e o senhor admite assim, na cara? -disse Hermione engolindo seco, tentando fazer seu coração não pular para fora de sua boca.

–Admito -disse Snape com a face gélida.

–E que nome o senhor dá a isso?

–Falta de caráter, abuso de poder, arrisco até corrupção -respondeu impressionando à todos os alunos, principalmente Hermione, que não teve como deixar transparecer sua boca cair de chocada.

–Bom... -disse Hermione tentando argumentar ainda com a boca aberta.

–Bom...? -disse Snape respetindo a garota.- Quer falar com o diretor? É só descer uma escada e virar à direita. Mas lembre-se, caso eu não for demitido por isso, caso apenas levar uma advertência, tornarei sua vida em um inferno.
Hermione olhou para os lados, e de relance, notou um pequeno sorriso vindo de Draco, então resolveu se sentar.

–Atitude bem pensada, senhorita Granger, porém extremamente covarde de sua parte -disse Snape voltando para perto do quadro de escrever.- Cinquenta pontos à menos para Grifinória por sua covardia -disse fazendo oa olhos da garota se encherem de lágrimas, por vergonha.- E a senhorita está de castigo e terá de fazer alguns exercícios hoje, mas deverá gostar, sendo que é sempre tão puxa-saco e metida à inteligente durante as aulas.

–Mas hoje terá a semi-final do quadribol, senhor -disse Hermione respirando fundo e engolindo o choro.

–E a senhorita por acaso foi convocada?

–Não, mas...

–Sem "mas". Agora guarde as sua coisas porque começarei a distribuir os testes! E isso vale para o restante de vocês! -ordenou fazendo com que Harry ficasse sem reação, pois o homem estava sendo tão justo com os alunos, que ficou sem entender aquela atitude.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem suas opiniões nos comentários, OK?