Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 13
A bronca


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, aqui está mais um capítulo, espero que gostem!

Agradeço à todos que leem e acompanham minha história e principalmente aos que comentaram o último capítulo: "Taw", " sakurita1544", "Maylaila Black", "CatrinaEvans", "Anne Marrie Vroengard", "haynny", "paz Salvatore Mikaeson", "Gabi Rollins" e "fantasminha".



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Harry, Hermione e Rony olhavam estáticos e pálidos para a cara de Snape. Eles estavam com receio, pois a expressão do professor fulminava de raiva. Já Tobias estava com o coração à toda velocidade e vermelho do susto que levara.

–No meu escritório, agora! -ordenou ríspido olhando para os três garotos.- E você também -falou encarando pai.

Os quatro se entreolharam e com um pouco de demora, seguiram para o escritório. Caminharam vagarosamente, como se estivessem andando em um corredor cujo destino seria a morte. Aqueles poucos instantes em que caminharam até a sala de Snape pareceram ter levado séculos. E quando finalmente entraram, encararam uma cara nada amigável.

–Você é surdo, não compreende o que digo ou simplesmente não possui um pingo de respeito pelas regras impostas à você? -indagou encarando os olhos de Harry, estes, por sua vez, estavam olhando perdidos e deslumbrados o cômodo.

Harry já tinha estado no escritório naquela manhã, mas como fizera isso para discutir, sequer se dera o trabalho de analisá-lo. Ao contrário do que imaginava, ele ou qualquer pessoa, o escritório do professor Snape não parecia em nada com um cômodo escuro, nas profundezas de um porão. Ficava localizado perto da sala de estar; era pequeno, mas bastante confortável; apresentava-se tingido de um tom verde-claro, aliás, este era um fato que intrigava Harry. Todos os cômodos da casa, com exceção de seu quarto apresentava aquela cor, mas o garoto resolvera não perguntar o porquê daquilo, senão teria de ouvir Snape discursar sobre o fato dele apreciar as artes das trevas, não necessariamente queria dizer que teria de viver em um antro de vampiros, em um cemitério abandonado ou algo do tipo.

–Eu estou falando com você -disse Snape em um tom rigoroso, porém um tanto calmo, fazendo com que o garoto voltasse à realidade.

–Desculpe.

–Para onde e por qual motivo você e sua gangue saíram mesmo quando eu disse o contrário? E não ouse inventar uma resposta, pois a sua cota de mentiras já está estourada há muito tempo.

Harry deixou de encarar Snape e voltou sua atenção aos olhos de Hermione. A garota, apesar de não ter dito um só palavra, lhe pediu com o olhar para que contar a verdade de uma vez.

–Bom... -Harry começou à falar-, nós não fizemos nada demais. Queríamos encontrar o Dobby.

–E quem é Dobby?

–Um elfo.

–E por que diabos você estava à procura de um elfo? Já temos um nesta casa, outro seria desnecessário.

–Eu não estava procurando um escravo. Estava procurando um amigo.

–Eu não acredito que o senhor ainda está naquele assunto de como os elfos domésticos são injustiçados.

–Dobby é um amigo antigo, que me ajudou muito e que também ajudei e estava precisando de um favor dele, então fui até a casa em que ele servia para saber se os outros elfos tinham alguma informação de onde eu poderia encontrá-lo.

Snape olhou para Harry de cima à baixo, como se o analisasse por completo. Aquela história lhe parecia absurda, mas vindo de quem vinha, não parecia tão mentirosa, visto que o garoto, em sua curta estadia em Hogwarts, se metera em inúmeras situações estranhas.

–E vocês dois? -perguntou à Rony e Hermione que estavam de cabeça baixa.- O que foram fazer lá?

–Bom -disse Rony-, nós queríamos ajudar o Harry.

–Se deslocaram de suas casas para fazer isso?

–É que não tem muita coisa interessante acontecendo em casa -Rony falou dando de ombros.

Snape voltara agora seu olhar ao pai, que estava olhando para o teto, até que percebera que os negros e furiosos olhos do filho o encaravam.

–O que o senhor estava fazendo junto desses garotos? Se sabia o que iriam fazer, era de sua obrigação me informar imediatamente.

Tobias apenas olhou para o filho e logo voltou sua atenção para uma grande estante repleta de livros que estava acomodada no canto da sala.

–Não foi uma pergunta retórica -Snape falou começando a perder a serenidade que estava incrivelmente conseguindo manter diante da situação.- Responda!

–Eu fui para ter certeza que não se machucariam ou algo parecido.

–Eu adoraria que vocês tivessem feito isso dentro da escola, pois eu teria o prazer de escorraçá-los de lá, mas como não, o que posso fazer é mandá-los de volta às suas casas.

Harry, Rony e Hermione se viraram e caminharam em direção à porta.

–Harry -disse Snape atraindo a atenção dos três que estavam de saída, fazendo-os parar para ouvir-, você fica.

–O senhor acabou de dizer para irmos para nossas casas. É o que estou fazendo -disse Harry.

–Não banque o engraçadinho comigo. Se a sua intenção é me fazer um teste de paciência, lhe adianto logo que não passaria. Agora, vocês dois, por favor -falou com Rony e Hermione-, tomem o rumo de suas casas.

Hermione e Rony não falaram nada, apenas lançaram um olhar de despedida à Harry e saíram. Harry voltou a ficar em frente à mesa de Snape, ao lado de Tobias.

–O que eu devo esperar do senhor? -Snape perguntou olhando para o pai.

–Espere sempre mais, meu filho.

–Bom, não é possível que eu espere menos.

–E você? -perguntou, agora olhando para Harry.- Nem que o senhor pedisse mil desculpas, eu aceitaria.

–Que bom -respondeu Harry calmo-, porque eu não tinha a menor intenção de me desculpar.

Snape mordeu a língua e respirou profundamente quando ouviu tamanho desaforo. Aquele menino desafiara sua autoridade e não mostrara um pingo de remorso.

–Hoje mais cedo eu me desculpei com você por achar que estivesse fazendo algo errado, coisa que raramente faço, e o senhor olhou nos meus olhos e as aceitou sabendo que eu estava me equivocando, sem dizer uma só palavra -Snape disse com um tom de extrema raiva.

–Ele não só fez você se desculpar, como fez isso estando errado? -disse Tobias.- Esse garoto é bom -falou sorrindo.

–Calado! -ordenou Snape.

Depois de mandar o pai ficar quieto, Severus voltou a sua atenção mais que focada à Harry. Ele encarava o garoto como se quisesse que ele implorasse por seu perdão por ter lhe feito de idiota, mas o menino apenas o olhava com desdém, como se quisesse dizer "eu sei que estou errado, mas eu morro e não admito".

–Posso ir? -Harry perguntou.

–Não, não pode -respondeu Snape.

–Ahh, mas o que o senhor quer de mim? Eu só fui ver um amigo acompanhado de outros amigos e do meu avô! Até onde eu sei, isso não é nenhum crime.

–Não é crime, mas é uma imensa falta de respeito para com a minha decisão. Mas já que o senhor não vai mudar de atitude, vá para seu quarto e não ouse fugir de novo pela janela ou por qualquer lugar desta casa. Irei verificar se está em seu quarto, agora vá!

Harry olhou para Snape contrariado, mas sabia que, em parte, merecia o castigo então achou melhor acatar à ordem que o homem dera.

–Por que ele chama o senhor de avô e não me chama de pai? -Snape perguntou à Tobias, que estava calado e de cabeça baixa, assim que Harry saiu.

–Bom..., eu acho que ele não ainda não assimilou a notícia direito.

–Mas ele já chama o senhor de avô. O que eu fiz de errado?

–Quer que eu fale agora ou espera eu fazer uma listinha?

–Responda sem deboche.

–Bom, eu ainda não o conheço muito bem, mas no caminho à procura de Dobby, eu perguntei como era viver com o que sobrou da família e ele me confidenciou que eles sempre o trataram mal, praticamente à pão e água, enquanto tinham condições de lhe oferecer um banquete. Sem falar que só vestia as roupas usadas do primo gorducho e seu quarto era uma minúscula despensa. Ele está acostumado à ser castigado por coisas injustas e você como nós bem sabemos, tirou vários pontos da casa dele sem necessidade. Pois bem, acho que ele associa os tios que o maltrataram à você e trancando-o dentro de casa, só vai fazer com que ele tenha a certeza disso. É um milagre ele ser doce e atencioso do jeito que é da forma como foi criado.

Snape ouviu àquelas palavras cuidadosamente e quando o homem terminou de falar, ele dera um longo suspiro e pediu para que saísse para que pudesse colocar os pensamentos em ordens e lá ficou por algum tempo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem suas opiniões nos comentários, OK?