Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 1
A detenção


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal! Agradeço por estarem lendo a história que eu escrevi com muito carinho de meus amados personagens de Harry Potter. Espero que vocês gostem e sempre que puderem, estejam à vontade para conversar comigo nos comentários. Eu quero que vocês digam o que realmente acharam dos capítulos, para que eu possa ter uma base no que fazer para a história sempre ficar mais interessante para vocês, ok?



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Harry e Rony corriam pelos corredores de Hogwarts, em direção às masmorras, atrasados para o primeiro dia de aula, que seria de poções.

–O professor Snape vai nos matar! -disse Rony ofegante, enquanto corria ao lado de Harry.- Não é nenhum segredo que ele não gosta da gente.

–Não é mesmo e ele não faz a menor questão de esconder isso.

–Isso é sua culpa, Harry!

–Minha por quê?

–Foi você que inventou da gente ir para a casa do Hagrid e ficamos a noite inteira, por isso acordamos tarde.

–Ninguém obrigou você a ficar -retrucou Harry parando bruscamente quando chegou em frente à sala de aula de poções.

–Vamos olhar primeiro, quem sabe ele ainda não chegou? -recomendou o ruivo.

–Com meia-hora de atraso? Eu acho que não! -disse Harry incrédulo.

–Olha, ele não está! -avisou Rony olhando por uma pequena fresta da porta.- Vem, vamos entrar.

Os dois garotos entraram de fininho na sala, enquanto os demais alunos escreviam em seus livros, sentados em suas cadeiras.

–Que bom que o Snape está atrasado! -comemorou Harry.

–Atrasado está você Potter! -disse Snape aparecendo, de repente, atrás de Harry e Rony.- Você e o senhor Weasley.

Os dois garotos sentiram seus corações gelarem e viraram bem devagar, com receio da reação do professor nada compreensível.

–Eu espero que os dois tenham uma excelente desculpa para esse atraso.

–Nós... nós... nós... -disse Harry, parecendo gago, tentando achar uma desculpa descente para aquele enorme atraso.

–Se for demorar a responder, senhor Potter, avise-me que conversaremos por carta!

–Nós... nos perdemos, senhor -respondeu Harry nervoso.

–Vocês se perderam? Há um ano estudam nesta escola e conseguiram se perder?

–É que as férias nos deixaram um pouco esquecidos, professor -tentou argumentar Rony.

–É muita petulância dos dois em me contar uma desculpa fajuta como esta. Vejo que continuam os mesmos bagunceiros de antes -disse o professor de poções nada satisfeito com a situação.

–Não, senhor -disse Rony.- Nós vamos andar na linha esse ano.

–Duvido muito disso.

–As pessoas mudam, sabia professor? -argumentou Rony.

–As pessoas sim, mas vocês dois eu não tenho certeza.

–Olha, nós dormimos demais, tá bom? -disse Harry.

–Harry! -repreendeu Rony com os olhos arregalados.

–Tem a coragem de dizer na minha cara o motivo estúpido do atraso?

–O senhor queria a verdade. Pois, então, aí está ela! -respondeu Harry.

–Cinquenta pontos a menos para Grifinória pela gracinha dos dois.

–Cinquenta? -perguntou Harry irritado.- Nós não fizemos isso de propósito! Se o senhor quer castigar , que faça isso apenas conosco, e não com a nossa casa.

–Deixa pra lá Harry, senão vai arranjar mais problemas!

–Não, Rony! Desde que eu cheguei aqui, no ano passado, o senhor tira pontos de mim por coisas sem sentido -disse encarando Snape.

–Sem sentido? Eu não pensei que isso fosse possível, Potter, mas o senhor conseguiu ficar mais insolente. Não lembra de que no ano passado junto ao senhor Weasley e a senhorita Granger, você se meteu em mais encrencas do que se juntássemos todos os demais alunos da escola? Não se lembra das diversas saídas à noite sem permissão, do infeliz encontro com o trasgo gigante, do carro voador visto pelos trouxas? Hãn?

–Nós fizemos isso e fomos punidos e o senhor continua a nos punir sem verdadeiras razões, mas eu tenho a consciência limpa que eu não fiz nada de errado.

–Mas é claro que você tem a consciência limpa, Potter. Você nunca a usou. Agora, sentem os dois antes que eu tire mais pontos de suas casas!

Harry e Rony foram se sentar em suas cadeiras, quando foram interrompidos por Snape.

–Não, não. Os dois vão sentar aqui na frente. Chegaram atrasados, então eu suponho que já saibam da matéria.

Os dois garotos andaram em direção a duas cadeiras da frente e sentaram, ao lado da cadeira de Hermione.

–Oi -cumprimentou Harry.

–Oi -retribuiu Hermione.

–Abram na página 394!

–Senhor Potter, responda à meu questionamento: o que é preciso que se faça para quebrar um feitiço de um objeto azarado, como uma vassoura, por exemplo?

–Eu sei! -gritou Hermione com o braço levantado.

–O senhor está diferente, senhor Potter -disse olhando para Hermione-, deixou o cabelo crescer?

–Desculpe -disse Hermione envergonhada.

–Então, Potter?

–Isso não é assunto para o próximo ano, senhor?

–A senhorita Granger sabe e ela é da mesma sala que o senhor.

–Bom, mas eu não sei.

–Vê-se que a fama de grandiosidade que herdara de seu pai é pura especulação.

–Não fale do meu pai! -disse Harry levantando-se da cadeira.- E eu não preciso herdar nada de ninguém, eu mesmo posso conquistar o que eu quiser.

–Pois o senhor acabou de conquistar uma noite na detenção -disse encarando Harry de perto. Agora, sente-se em sua cadeira!

–Senta, Harry -pediu Hermione.

Ainda que à contragosto, Harry sentou-se de volta na cadeira.

A aula passara vagarosamente e finalmente acabara. Os alunos já estavam indo embora.

–Você tem treino de quadribol hoje, Harry? -perguntou Rony, enquanto apanhava seus livros da mesa.

–Tenho.

–Então espero que esteja disposto para a sua detenção hoje à noite -disse Snape.

–Sim, senhor.

Harry saiu da sala e trocou sua roupa para o treino de quadribol, o qual passou a tarde inteira treinando.

–Acho que já chega por hoje! -disse Wood.- Amanhã nós continuamos, pessoal!

–Até amanhã -despediu-se Harry.

–Até, Potter. Você jogou muito bem hoje! -disse sorrindo.- Não quer ir conosco à sala comunal da Grifinória?

–Obrigado, mas tenho detenção daqui à pouco com o professor Snape.

–Ah, puxa vida! Ele continua pegando no seu pé, não é?

–Fazer o quê? -perguntou dando de ombros.- Agora eu tenho que ir, até mais!

Harry entrou em seu quarto, tomou um rápido banho, vestiu-se e pôs-se à correr para as masmorras, até chegar, pontualmente à sala do professor de poções.

–Com licença -disse Harry batendo na porta, que estava entreaberta.

–Entre Potter! Eu deveria lhe aplicar mais detenções, só assim você consegue ser pontual -disse olhando para o relógio da parede.

–O que eu devo fazer, senhor?

–Tome aqui! -disse entregando ao garoto uma caixa de tamanho médio.

–O que é isso?

–É uma caixa, não está vendo?

–É, eu vi. Eu quis dizer dentro dela.

–São frascos de poções. Eu quero que o senhor as arrume impecavelmente na estante. Aproveite e limpe-a, ela está empoeirada -disse com dedo preto de sujeira ao passá-lo em uma das prateleiras.

–Mas tem vários frascos aqui, senhor -disse Harry olhando dentro da caixa, onde se encontrava diversos frascos de todos os tamanhos.

–Pretende ir à algum lugar?

–Não senhor -respondeu o garoto cabisbaixo, começando à organizar os frascos na estante.

–Não tenha pressa. Se não terminar hoje, terá a semana inteira lhe esperando.

–Acho que vai dar para terminar tudo hoje, senhor -disse Harry derrubando, por acidente, a caixa com os frascos no chão.

–Seu desastrado -disse abaixando-se no chão para apanhar a caixa-, olha só o que você fez? Quebrou o frasco com pó de chifre de bicórnio!

–Desculpe, essa não era a minha intenção.

–Você vai passar o resto do ano em detenção por isso! -gritou o professor irritado.

–Ainda assustando crianças, Severo? -disse um homem de cerca de 60 anos, que adentrara na sala do professor de poções.

Harry olhou para o homem, sem reconhecê-lo como professor ou qualquer pessoa que trabalhasse na escola. Aliás, aquele intruso, não se parecia sequer com um bruxo, pois vestia-se como um trouxa.

–O que você quer aqui? -perguntou Snape virando-se, tirando sua atenção de Harry e voltando-a àquele homem.

–Apenas lhe trazer um aviso -respondeu o homem encarando Severo.

–Vamos resolver isso lá fora. E você Potter, não pense que escapou do castigo -disse apontando o dedo para o garoto-, espere aqui que eu volto já!

–Potter? Harry Potter? -indagou o homem.

–Sim, senhor -confirmou Harry.

–Nossa, você é só uma criança, tão pequeno, mas com tão grande fama. Eu espero que esteja castigando-o por algo que ele fez de errado, Severo, e não por vingança à Tiago Potter ter lhe roubado a namorada.

Harry arregalou os olhos ao ouvir aquela informação do homem.

–Mas a sua língua não cabe dentro da boca, não é? -indagou Snape, furioso com a revelação.

–Oh..., ele não sabia? -disse o homem um tanto sem graça, percebendo o erro que cometera.

–Bom, graças à você, agora ele sabe.

–Meu pai roubou a namorada do senhor? Mas que namorada? Por acaso não seria a minha mãe, seria? -perguntou o menino surpreso diante da informação.

–Não é nada Potter! Esse homem não bate bem da cabeça. Vem, vamos conversar lá fora -disse apontando com a cabeça a porta para o homem-, antes que você fale mais assuntos inconvenientes.

Snape e o homem saíram da sala, encostaram a porta e foram conversar um pouco mais afastados, no corredor.

–Meu pai roubou a namorada do professor Snape? Será que foi a minha mãe? Não, não é possível, eu saberia! -falou para si mesmo, atordoado.


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Notas finais do capítulo

Obrigada à todos que leram e quem puder escrever comentários do que achou, eles serão muito bem-vindos!!!



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