Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins


Capítulo 8
Capitulo 8


Notas iniciais do capítulo

OOOIIIIIIIIIIIIIIIIE
Gente, pelo amor né?! Estou revoltada com vocês, então agora é o seguinte, ou comentam ou não posto, certo? certo!
Boa leituras, Babes!



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– Tem certeza que precisam se ver todo dia para fazer esse trabalho? – Jean perguntou

– Jean – repreendi – Ciúmes do Thomas? Sério?

Ele deu ombros e eu ri. Gostava de vê-lo com ciúmes de mim. Me inclinei e lhe beijei, e logo depois ele sorriu durante o beijo. Era isso que eu gostava no Jean, ele era do tipo de pessoa que sorria facilmente e não era rabugento.

– Ele passa muito tempo com você – falou desviando os olhos dos meus

– Que tal nós sairmos depois que eu terminar? – perguntei mordendo o lábio e brincando com seu cabelo negro

– Tá bom – ele diz sorrindo – Me liga.

Ele me beija novamente, os vidros do carro estavam ficando embaçados. Toco sua bochecha gelada com minhas mãos e me afasto sorrido. Sai do carro e toquei a campainha da enorme casa branca. Thomas apareceu de moletom e uma blusa de mangas comprimas, mas que porém estavam acumuladas no cotovelo. Thomas também tinha uma caneca de café nas mãos.

– Entra – ele disse e acenou para Jean que nos olhava

Simplesmente entrei naquela casa que por mais que eu negasse, trazia umas memorias boas. Marisa Madalena veio até mim me abraçar. Ela era uma senhorinha, e vivia na casa em que trabalhava para cuidar de Thomas, já que Thomas morava apenas com a mãe, mas essa quase não aparecia em casa.

– Quanto tempo não aparecia aqui minha linda! – ela disse sorrindo – Está mais linda que da ultima vez! Andou indo na academia? Está com mais corpo!

– Calma Madalena – eu ri – É ótimo lhe ver também! E sou muito sedentária para ir na academia.

– E porque veio? – perguntou – Quer algo para comer?

– Não pergunte isso à ela – Thomas falou sorrindo – Ela vai acabar com a comida.

– Vim fazer trabalho escolar com esse doente mental – respondi dando a língua para Thomas que fez um coração com as mãos – E se não for incomodo, queria algo quente, estou com muito frio.

– Venha – ela disse me puxando para a cozinha – E as novidades? Está namorando muito?

– Estou namorando – respondi corando

– Não estou surpresa – ela disse me entregando a caneca com chocolate quente

– Terminaram de fofocar? – Thomas falou raivoso, lhe mandei um olhar feio

– Depois nós conversamos mais Madalena – eu disse e agradeci o chocolate quente

Thomas me levou para a biblioteca da casa. As vezes me esquecia que ele era duas vezes mais rico que eu, pois a biblioteca era meu quarto três vezes maior. Puxei uma cadeira e o olhei, ele me encarou também e por um momento deixei minha mente voar e pensar em como seus olhos eram lindos.

– O que você quer? – perguntou rude por fim

– Eu... – comecei a falar, mas o que diria? Não tinha nada para falar – Nada.

– Vamos fazer isso – ele sentou na cadeira e me analisou – Vamos ver o que me irrita em você hoje?

– Minha existência? – perguntei pegando uma folha

Ele revirou os olhos. Ficamos em silêncio, então ele pegou seu iPod e começou a tocar a música Sugar de Maroon5 e eu cantei junto com ele. Então ele começou a mexer os pés que estavam em cima da mesa.

– I'm hurting, baby, I'm broken down

I need your loving, loving

I need it now

When I'm without you

I'm something weak

You got me begging, begging

I'm on my knees – ele cantou e fechou o punho como se fosse um microfone e apontou para mim

– I don't wanna be needing your love

I just wanna be deep in your love

And it's killing me when you're away

Ooh, baby, 'cause I really don't care where you are

I just wanna be there where you are

And I gotta get one little taste – cantei e me balancei no ritmo

Cantamos juntos e quando acabou eu o olhei sorrindo para Thomas que fazia o mesmo. Ficamos nos olhando por um momento e me veio na cabeça como seu sorriso era mais bonito quando era verdadeiro. Balancei minha cabeça para tirar esses pensamentos e peguei a folha, já sabia o que fazer.

03/03/2015 Londres

É professor, apesar de odiar Thomas com todas minhas forças (isso não mudou) eu comecei a vê-lo de uma maneira diferente. Sempre o conheci pela sua forma irritante e egoísta. Mas hoje eu vi um outro lado dele.

Provavelmente esse lado estava escondido bem no fundo dele, tão fundo que quase achei petróleo, mas Thomas é gente boa, e é isso que me irrita tanto. Porque ele não mostra seu lado bom para as outras pessoas? Ele muda quando vê que tem outras pessoas o observando.

Levantei a cabeça e vi que Thomas olhava para mim com a caneta encostada distraidamente no seu queixo. Ele abriu levemente os lábios em um meio sorriso para mim.

– O que escreveu? - perguntou

– O que me irrita em você ué – eu disse sorrindo – É o trabalho né?

– Sim, mas o que você escreveu sobre mim? – perguntou

– Porque quer saber? – rebati sorrindo vitoriosa

– Você é impossível – respondeu – Não sei ainda o que escrever, quer fazer alguma coisa?

– Tipo o que? – perguntei – Não deve ser tão difícil, você me odeia.

– Quando eu disse isso? – perguntou fingindo ofensa

– O que realmente mostra o que sente são as ações – respondi

– Vamos jogar vídeo game – falou simplesmente me puxando pela mão para seu quarto

O quarto de Thomas era totalmente azul, com uma sacada, a cama de casal ficava no canto da parede e em frente tinha uma TV. Ele sentou na cama e me entregou um controle. Sentei do seu lado.

– O que vamos jogar? – perguntei

– Corrida – ele disse e eu revirei meus olhos

A primeira partida eu perdi, até corri na direção errada e Thomas riu tanto que caiu no chão. Mas na segunda eu já estava meio solta e já sabia o que fazer. Amarrei meu cabelo num coque mal feito e sentei que nem índio e começamos a jogar novamente.

Desta vez eu tinha ganho e quase esfreguei na cara dele, mas apenas levantei e fiz uma reverencia. Ele revirou os olhos, e levantou pegando sua folha com apenas a data escrita.

– Quer alguma coisa? – perguntou

– Não, vou sair com Jean agora – respondi pegando meu celular

– Ok – ele responde travando o maxilar

Me despedi de Madalena e sai em direção ao carro de Jean que já me esperava. Ele nos levou para uma sorveteria e sentamos juntos em uma mesa afastada.

– E como foi o trabalho? – perguntou

– Normal – eu disse e sorri – E o que fez esse tempo?

– Eu estava jogando bola com amigos – sorriu amarelo, desconfiei mas fiquei quieta

– Que legal – respondi – Espero um dia ver você jogando.

– Não jogo assim tão bem – ele diz agora sorrindo de lado

– Pelo menos uma coisa né – brinquei – Já basta. Você é bom em muitas coisas.

– Fala a menina prodígio do Colégio – ele rebate rindo

Revirei meus olhos, e ficamos conversando mas então eu notei, como agíamos mais como amigos que namorados. Isso ficou na minha cabeça o tempo inteiro e quando era de noite ele me deixou em casa. Entrei e joguei minhas coisas no sofá e fui diretamente para meu quarto.

Tomei um banho relaxante e fui estudar um pouco.


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