Perfectly Imperfect escrita por Ana Martins


Capítulo 22
Capitulo 22


Notas iniciais do capítulo

Adivinha quem voltoouu? Simmm, eu! Bem gente, eu fiz um hentai bem leve, afinal a história é para 16 anos né? Não quero ir contras as regras, então tá bem leve e é bem rápido. Então acho que até quem não gosta, não vai se importar. Bom, boa leitura.



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     Meus pés pareceram criar raízes no chão enquanto o homem me encarava. Então ouvi alguém pigarrear atrás de mim. Só então me toquei que estava na entrada, impedindo que qualquer pessoa entrasse ou saísse dali. Me forcei a andar e parar em frente ao homem.

— Elizabeth – ele disse e se levantou, me abraçando de um jeito desajeitado – Eu fico feliz que tenha vindo. Confesso que fiquei com medo de você me deixar plantado aqui. Mas claro que entenderia... eu estou falando demais, não é? Ah, cala a boca Oliver – ele olhou para mim, parecia sem jeito como eu – Sente-se. Quer um café?

   Assenti me sentando à sua frente.

— E como vai a escola? – perguntou depois de um silêncio constrangedor

— Vai bem... eu tenho notas boas, e os professores gostam de mim – respondi

— E os namorados? – perguntou

— Estou namorando – falei e lhe olhei rapidamente – Ele se chama Thomas.

— É aquele ali que não para de nos encarar? – perguntou com um sorriso de lado

    Olhei por cima dos ombros e vi Thomas nos olhando. Acenei para ele, e o mesmo levantou as mãos e acenou de volta, mas no meio do caminho desistiu e passou a mão pelo cabelo negro como petróleo. Ele fingiu se entreter com um sobretudo preto.

— Esse mesmo – falei me virando para encarar meu pai

— Ele parece um bom garoto – disse vagamente

— Oliver... – falei baixo – Porque você não quis ser meu pai?

    Aquela pergunta sempre martelou na minha cabeça. E agora ela escapou facilmente pela minha boca, como quem pergunta sobre o tempo. Mas tudo em mim vibrava pela resposta, será que eu não era o suficiente? Nós não erámos suficiente para ele ser feliz?

— Eu era jovem – disse com um suspiro – Fiz muita besteira quando era jovem. Me arrependo da maioria, principalmente ter ido embora. Vocês eram meus presentes. E eu...

— Você nos abandonou...

— Eu fugi, e foi muito idiota. Me apaixonei por uma enfermeira, meu casamento com Fernanda já estava fadado ao fim...

— Sabe, você poderia ter simplesmente pedido divórcio, não precisava fugir.

— Eu queria recomeçar. Uma vida nova. Eu sou médico, poderia trabalhar em qualquer lugar, e assim fugi com a enfermeira, Deuzalina. Moramos em uma cidade pequena, durou 5 anos. Mas desde a hora que virei as costas eu quis voltar.

— Mas não voltou – falei seca – Nem ao menos telefonou.

— Telefonei! – ele disse – Sua mãe atendeu e disse que se eu não ficasse distante ela mandaria me prender. Mas continuei telefonando, então um dia Yan atendeu. Falamos por quase uma hora, então ele me disse que ninguém queria falar comigo e que viviam muito bem sem mim... e eu não duvido.

   Fiquei calada. Não conseguia digerir a informação que minha mãe e meu irmão me afastou do meu próprio pai. Acho que ficou muito na cara, pois seus rosto se transformou.

— Não fica com raiva deles, Elizabeth – ele disse – Eu faria o mesmo no lugar deles. Não consegui nem acreditar que você aceitou ouvir minha versão...

— Não acredito que eles fizeram isso... só, não consigo lidar com isso.

— Você faria o mesmo no lugar deles, Elizabeth – falou

   E isso que me intrigava mais ainda. Eu sabia que sim.

— Continue – falei

— Eu continuei vivendo com Deuzalina, mas nós vimos que não daria certo, então nos separamos. Eu voltei para a cidade esse ano, pensei em ir ver vocês. Mas quando falei com sua mãe, ela disse para manter distância. Então aconteceu aquilo com Yuri...

    Limpei uma lágrima traiçoeira.

— Não chore – falou baixo

— Não sei o que dizer agora – falei depois de um silêncio

— Pode dizer que nós podemos nos ver novamente em breve – ele sorriu – E me dizer se posso colocar medo no seu namorado que ainda não parou de nós olhar.

    Eu ri um pouco.

— Os gêmeos já botam muita pressão nele, acho que não seja necessário – disse

— Humm, deve ser horrível para eles ver você crescendo – ele disse

— Eles agem como se eu fosse uma criança, e querem que Thomas vire uma babá, além que sempre querem tomar as decisões por mim – reclamei

— É preocupação – ele disse – Não mudaria nada neles.

— Eu também não – falei e sorri um pouco – Amo meus gêmeos.

   Ele riu.

— Lembro deles pequenos – ele sacudiu a cabeça – Eram terríveis. Eles ainda são danados?

— Muito – eu ri – Agora o Yan deu uma folga, ele está namorando Elaine, e ela conseguiu colocar ele no eixo por enquanto.

— E Yuri?

— Yuri, bem, ele sempre vai dar trabalho. Não se amarra em ninguém, faz direto umas burradas, mas no fim é bem responsável. Não fez sentindo o que eu disse né?

— Teve sim – ele riu – Seu sorriso é igual de Fernanda. Na verdade você é a Fernanda mais nova.

— Obrigada – eu disse

— Eu tenho que ir – ele disse – Tenho um paciente. Mas... podemos marcar um outro café ou qualquer outra coisa?

— Lógico – respondi – Você tem meu número.

    Sai e vi Thomas com os braços cruzados sobre o peito fingindo olhar um relógio. Parei do seu lado e vi ele me observar pelo canto do olho.

— Então, você gosta de relógios com corações? – perguntei e ele riu

— Você é muito chata, sabia? – perguntou passando o braço por cima do meu ombro me puxando para ele

— Me disseram algumas vezes – dei ombros e ele me beijou

   Saímos do shopping e dirigimos sem rumo, já estava de noite, então Thomas parou o carro em frente à um prédio. Descemos e o olhei com dúvida, ele apenas deu ombros e disse que queria me mostrar uma coisa. Ele entrou e olhou para os dois lados e correu me puxando pela mão.

   O segurança não nos viu e enquanto nós corríamos pelas escadas nos acabávamos em risadas. Ele segurava minha mão e eu tentava acompanhar seu ritmo acelerado. Ele parou em frente a uma porta de metal e parou do lado.

— Faça as honras – falou sorrindo com os olhos verdes brilhando intensamente

    Abri e vi o terraço. Mas não era apenas o terraço, dali de cima dava para ver praticamente toda a cidade. Várias luzes, os carros em movimento, pessoas andando tranquilamente pelas calçadas. Olhei ao redor, tinha um cobertor jogado no chão, uma cadeira e um rádio.

    Virei meus olhos para Thomas que estava quieto demais, apenas me observando com aqueles holofotes que me esquentavam. Me aproximei dele e passei os braços pelo seu pescoço.

— Aqui é perfeito – falei

— Uma vez me hospedei aqui quando minha casa ficou empesteada de moscas, descobri esse cantinho – ele disse – Agora pode ser nosso cantinho.

   Assenti e lhe beijei. Suas mãos me apertaram e ele juntou ainda mais nossos corpos. Baguncei seu cabelo e passei os beijos pelo seu pescoço e mordi sua orelha. Meu ego inchou quando ouvi seu gemido rouco e baixo.

— Melhor pararmos – ele disse baixo, mas ainda me apertava

    Mas aí estava a questão, eu não queria parar agora. Estava fascinada o arrepio que subia pela minha espinha, ou pelas descargas elétricas que corriam até as pontas dos meus dedos. Estava fascinada, pela sua pele arrepiada e pelos seus gemidos. Não queria parar agora.

— Eu não quero parar – falei baixo o bastante apenas para ele ouvir, como se tivesse mais alguém ali

    Seus olhos queimavam nos meus.

    Aproximei nossas bocas e o beijo foi diferente. Estava feroz, desesperado. Minhas mãos entraram por baixo da sua blusa e senti a pele em chamas, ele me apertou contra si e me guiou para o cobertor.

    Senti suas mãos na minha coxa e sua mão foi subindo, tirando aquele pedaço de tecido e deixando um rastro de fogo em minha pele. Logo eu estava apenas com meu conjunto de roupas intimas.

    Ele parecia calmo, e tirou sua própria blusa, me mostrando aquele lindo físico que os próprios deuses gregos, romanos, egípcios e qualquer que fosse tinham desenhado. Thomas tirou a camisinha da carteira.

     Depois ele terminou de se despir e se juntou a mim. Não foi tão prazeroso para mim quanto pareceu ser para ele, contando que era minha primeira vez, mas de fato eu não podia ter pedido de um jeito melhor.

      Me deitei e apoiei minha cabeça no seu peito.

— Foi bom para você? – perguntou depois de um tempo

— Foi perfeito – eu respondi e lhe beijei rapidamente

    Ele se esticou e ligou o rádio e tocava Photograph de Ed Sheeran. Ficamos um tempo apenas ali parados, minhas pernas enrolas nas suas, minha cabeça no seu peito, e contando nossos planos para o futuro.

— Sabe, se me dissessem à um ano atrás que eu ia estar totalmente apaixonado por você, eu ia rir – ele disse mexendo no meu cabelo

— Eu queria me sentir ofendida, mas aconteceria o mesmo se me dissessem isso para mim também – respondi – Posso saber uma coisa?

— Só perguntar.

— Porque você anda com camisinha na carteira se tentava ao máximo resistir à mim? – perguntei e ele corou

— Bom... eu disse a Madalena que ia sair com você e disse para não me esperar, sabe eu não sabia que horas sua conversa ia terminar... acho que ela entendeu errado e me jogou essa.

    Eu ri um pouco e meu celular tocou, apareceu o Yuri fazendo careta na tela.

— Merda! – falei me levantando e tentando me vestir o mais rápido que conseguia

— O que foi? – perguntou ele sem entender e me olhando com malicia enquanto eu tentava colocar o vestido de volta

— São 1:00h – falei – Os meninos vão nos matar!

— Oh, merda! – ele disse e se pôs de pé vestindo a calça com rapidez

    Terminamos de nos vestir e saímos rápido. Atendi o telefone.

— Elizabeth Morgan – ouvi a voz de Yuri com raiva – Onde está você?

— Já estamos voltando – respondi – Fomos no shopping, depois no cinema.

— Olha que horas são! – ele disse e eu encolhi os ombros

— Nem é tão tarde assim – eu disse – Você chega muito mais tarde.

— Isso não é argumento – ele retrucou e eu ri de jeito fofo, eu sabia que meus irmãos nunca seriam tão severos comigo

— Não se preocupa, eu estou bem, sóbria, e chegando em casa – eu disse e desliguei

    Thomas me olhou divertido.

— Eles vão arrancar minhas bolas – ele disse

— Eu não deixo – falei e beijei seu queixo

— Eu estou dirigindo, não pode fazer isso – falou se sentando direito 

    Eu ri e ele parou em frente à minha casa. Ele me puxou para si me beijando, sua língua era ágil e fazia movimentos criativos, em uma briga por espaço. Baguncei seu cabelo.

— Obrigada, Thomas – falei quando me afastei – Eu amei a noite.

— Foi muito especial para mim – ele disse

     Nos despedimos e eu entrei em casa. Os meninos me deram uma bronca e eu corri para meu quarto. Eu estava tão cansada que apenas cai na minha cama e dormi.

    Acordei cedo e me arrumei para a escola. Desci e vi meus irmãos falando baixo, e pararam quando me viram. Peguei qualquer coisa e os olhei com dúvida.

— Nada mais faz sentido – eu disse – É muito cedo para vocês estarem acordados.

— Tem algo para nos dizer? – perguntou Yan me olhando

— Não – falei quase engasgando

— Elizabeth – eita, porra, a coisa tá séria. Me virei para Yuri – Vimos a mensagem do nosso pai no seu celular.

— Vocês mexeram no meu celular?! – gritei

— Você deixou ele desbloqueado aqui na sala – Yan se defendeu – Não tira nosso foco.

— Que foco? – perguntei de volta – O mar de remorso que vocês tem?

— Não fale assim com a gente! – Yuri levantou

— Assim como? – perguntei – Vocês nem deram uma chance do cara se explicar!

— Liz, ele nos abandonou para fugir com uma enfermeira! – Yan gritou – Droga, ele nos deixou. Mamãe entrou em depressão, você era uma criança pequena, e nós tivemos que arcar com todas as responsabilidades.

— Yan...

— Não! Você não está entendendo! – ele gritou e se aproximou de mim, parecia que eu tinha diminuído – Esse cara quase matou nossa mãe! Se não confiar nele é remorso, tudo bem, mas se você se encontrar novamente com ele pode esquecer que tem irmãos.

   Olhei para Yuri. Ele estava com um olhar duro. Voltei meu olhar para Yan, e tentei controlar minhas lágrimas.

— Você sempre consegue ferrar com tudo, Yan – eu disse – Se eu fosse você, escutava a versão dele antes de julgar.

    Peguei meu celular que estava perto de Yuri e corri para fora de casa. Liguei para Elaine e nós combinamos de matar aula, era só esperar sua mãe sair para o trabalho. Liguei para Thomas e disse que não iria para a escola e depois explicava o tinha acontecido.

   Quando vi a mãe da Elaine dobrar a esquina subi as escadas e logo a Elaine apareceu ainda com a roupas que ia para a escola. Ela me olhou desconfiada e me mandou entrar.

   Eu não falei nada, apenas chorei como uma criança nos braços.

— O que aconteceu? – perguntou

— Eu encontrei meu pai novamente – eu disse e lhe expliquei tudo do jeito mais simples que podia pulando a parte que tinha perdido a virgindade

— Não acredito que ele fez isso! – ela disse – Liz, eu acho que amo seu irmão, mas isso não está certo. Eu vou tentar conversar com ele.

— Não, isso só vai atrapalhar vocês dois.

— Ele só está de cabeça quente. Yan vai entender.

   Ela apertou minha mãe e sentamos na sala assinto TV.

— Elaine – falei corando

— Hm? – perguntou mexendo no celular

— Você já... hum... já transou com Yan? – perguntei e ela me olhou espantada

— Bem... chegamos perto – ela disse – Mas eu travei e estraguei o clima. Porque?

    Eu lhe olhei e um sorriso escapou pela primeira vez no dia. Sentia o sangue se acumulando nas minhas bochechas e ela assoviou alto e me olhou com uma cara engraçada.

— Pode me contar tudo! – ela disse

   Mordi o lábio.

— Não sei, só se você fizer chocolate de panela para mim – eu ri

—  Chantagista – ela disse indo para a cozinha


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Notas finais do capítulo

RECOMENDEM SE GOSTAM DA HISTÓRIA! COMENTEM TAMBÉM QUE ISSO ME DEIXA MUITO FELIZ! BOM RESTO DE FIM DE SEMANA MEUS LINDOS E LINDAS!



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